Beyond two Souls escrita por Arizona


Capítulo 15
Companheiro de Distrito


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Eu queria avisar a vocês que esse é o último cap. de Beyond que vou postar esse ano, então aproveitem. Quando eu voltar, vão ser quatro cap. novos postados de uma vez, e as postagem serão da mesma forma, sempre nas quintas e domingos. se algo mudar, eu aviso.Então é isso gente, contem esse cap. e falem o que vocês acharam.
Beijos.



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Ouço o barulho forte a correnteza do rio, provavelmente por haver uma pequena queda d’água. Há algumas pedras a minha frente, tenho que subi-las com cuidado já que estão molhadas, tomando-as escorregadias. Praticamente estou me rastejando para não cair. Subo devagar, e quando me apoio em uma pedra maior vejo rastro de sangue nela.

Imediatamente eu empunho minha faca, já que armar-me com o arca poderia me fazer perder o equilíbrio. Olho atentamente de um lado para o outro, mas não vejo ninguém. O sangue ainda parece fresco, então seja lá quem esteja ferido, pode estar por perto.

Tento sair o mais rápido possível ali, então escuto um murmúrio distante. Abaixo-me rapidamente entre as pedras, rezando para não terem me visto. Para meu infortúnio, ele me viu.

Mas algo me espanta.

Ele chama meu nome.

 

A voz está longe, mas ainda assim, é alguém me chamando pelo, penso ser os Carreiristas, então guardo a faca empunhado o arco. Novamente ouço o murmúrio, que agora estar mais perto e bem.

Levando de uma só vez, com o arco estendido, na sua ponta uma flecha, a mira perfeitamente em seu alvo. Toda via, antes de rechaçar meu inimigo, meus olhos identificam quem ele é, e ele é exatamente quem eu procurava.

Gale.

Não contenho minhas pernas e corro para abraça-lo. Involuntariamente sorrio por encontra-lo a salvo.

— Catnip, você me achou! – ele diz me apertando no seu abraço.

— Sim. Nós vamos para casa Gale. – o contentamento na voz era notável.

Gale reclama no meio do nosso abraço, eu me distanciando para olha-lo de frente. Gale está pálido, mais magro do que já era antes. Ele tenta me passar segurança dando um sorriso amarelo, mas aí eu noto suas mãos tremulas, e só agora percebo que aquele sangue que encontrei antes era dele.

— Gale, o que houve com você? – pergunto preocupada.

— Estou bem Katn...


Antes que ele complete a frase, Gale cai de joelhos quase desmaiado. Eu o seguro pelos braços para que não caia totalmente, só que Gale é muito grande e pesado para mim. Fico de joelhos para suportar seu peso, dando tapas no seu rosto para que volte a se.

Por fim, desperta abrindo os olhos assustado. Pergunto mais uma vez o que houve, até que finalmente cede. Ele me diz que estar com um ferimento na barriga eu não consegue parar se faz sangrar. Gale rasgou um pedaço da camisa para usar como curativo, mas que já está totalmente ensopado de sangue e grudado na sua pele. Quando ele retira devagar o curativo improvisado, vejo a gravidade do ferimento.

— Como foi isso? – eu lhe pergunto.

— Fo-foi quando eu briguei com o 2. – falando reclamando de dor – Ele me achou, e me acertou.

— Então foi você quem deixou Cato cego, e não o Thresh?

— Cato? Então é esse o nome dele? – ele dar um risinho – É, eu me defendi do melhor jeito que pude, mas você tem que concordar que eu fiz um bom trabalho.

Não acredito nisso, já que é ele quem estar ferido com urgência, e Cato perdeu um olho, mas ainda tem o outro. Está por aí, suficientemente apto para nos matar.

— Gale, temos que sair daqui. – eu olho por cima do seu ombro procurando um abrigo – Vamos, tem que ajudar. Você é pesado para que eu te carregue sozinha.

Com um certo esforço, Gale impulsiona o próprio corpo para cima, ficando de pé.  Passo seu braço pelos meus ombros, para que ele se apoie em mim. Abraço sua cintura, tentando ao máximo segura-lo junto a mim.

Caminhamos alguns metro até que eu encontro uma caverna bem escondida entre as folhas. Nem dar para imaginar quanta sorte nós tivemos. Parece que aquela caverna era para estar justamente ali.

Deixo Gale apoiado para poder verificar se há nem uma animal fazendo do lugar sua casa, mas ela está limpa e sem indícios de que qualquer outro ser esteve presente além de nós. Ajudo Gale a descer com cuidado.  Encosto-o na parede rochosa da caverna até que suas costas aprumadas.

Procuro dentro da mochila que consegui curativos, tirando-os para suturar Gale. Saio da caverna para encher com água do rio a pequena vasilha de alumínio que veio com a mochila. Assim que faço, volta a caverna. Peço para Gale levantar a camisa para que eu possa limpar o ferimento.

Começo a passar a gaze úmida devagar ao redor do ferimento removendo a camada grossa coagulou em redor. Agora que limpo, posso ver o quão é profundo o corte. Não tem mais sangue saindo dele, mas tem um verdadeiro buracão, se eu fizer um curativo não vai resolver.

Tento esconder minha cara preocupada de Gale, entre tanto, ele sabe que sua situação não é nada boa. Quando termino, ponho uma gaze em cima do buraco que é seu ferimento sem fechar o curativo. Eu o forço a deitar e descansar um pouco, dizendo que vai ficar tudo bem. Ponho a mão na sua testa e sinto o quanto ele está quente de febre, mas pelo menos ele estar suando, o que é um bom sinal.

— Obrigado por não desistir de me procurar. – ele diz com os olhos semicerrados.

— Eu não desistiria. Somos um pelo outro, lembra? Desde sempre. – eu aperto sua mão para assegura-lo das minhas palavras.

Hum...eu só pensei que você também me abandonaria.

— Como? – talvez ele esteja delirando de febre, mas ele me deixou confusa.

— É que eu não sou muito de receber paraquedas. – seus olhos se desviam para minha bolsa.

Recebi um paraquedas com remédios através de um patrocinador. Pelo jeito, Haymitch não o envio nada, mesmo ele ferido e precisando d ajuda, ele não mandou nada.

Me sento ao seu lado, pergunto se ele comeu alguma coisa, mas ele diz estar sem fome. Olho dentro da sua mochila, só o que encontro é água. Sei que pelo seu estado, ele não conseguiu casar desde que foi ferido.

Não vou insistir, não agora. Prefiro deixa-lo descansar.

— O que houve com seus dedos? – pergunta pegando minha mão direita, olhado meus dedos que não estão mas tão machucados.

— Foi um acidente. – dou um sorriso fingido, não quero contar o que houve.

— Fiquei com medo de não te ver outra vez. – confessa ainda segurando minha mão.

— Eu também. – suspiro alto em desanimo – Me desculpe por aquele dia, o anterior as Jogos.

— Tudo bem. Você está aqui agora, comigo.

Engulo em seco s saber exatamente como agir. Por que ele tem que falar assim? Eu desfaço nossas mãos até de um jeito brusco, mas tento fingir levando a mão para sua testa, verificando sua temperatura. Rasgo mais um pedaço a minha blusa e a molho, pondo em sua testa para ajudar a diminuir a febre. Gale fica me olhando, observando tudo o que faço, o que chega a ser constrangedor.

Sempre fomos amigos, é verdade, no entanto, nunca tivemos a intimidade que estamos tendo agora. O mais vergonhoso de tudo que há um pais inteiro vendo.                            

— Descansa agora, tá?

Ele assente sem dizer nada e fecha os olhos. Seus músculos relaxarem a medida de se deixa levar pelo sono. Continuo sentada ao seu lado, tentando entender o que ele estava fazendo olhando para mim daquele jeito, falando tão docemente, ele não é assim.

Abraço os meu joelhos, sentido todas as tragédias desses me abaterem, fecho os olhos automaticamente. Sinto o calor da pérola na ponta dos meus dedos. Ela tem sido minha terapia, a corda que me puxa para a realidade quando estou perto de me afogar em incertezas.

Eu fico pensando em Peeta, se ele sente minha falta como eu sinto a sua. Foi muito repentino o que nós aconteceu. Se ele soubesse os efeitos que me causa...

Espera!

Ah não! Não podem estar usando isso! Mas que grande porcaria.

Não acredito que vão nos força a fingir isso, não posso, Gale é meu amigo, não consigo vê-lo de outra forma.

É isso que eles esperam? um romance entre nós?

Deus, eles foram muito espertos suando as palavras de Gale sobre estar apaixonado.

Inferno!

Gale se agita um pouco e logo abre os olhos, ele sorri fracamente ainda sonolento. Pergunto como se sente, mas sua voz não é mais que um sussurro. Ele estar muito mal Gale precisa de ajuda se não vai morrer, e eu não vou desistir dele assim.

Ele mesmo de disse quando inventou essa história de apaixonados, foi nas intenção termos patrocinadores.

Tomara que seu plano funcione.

Me inclino um pouco e beijo seu rosto morosamente. Quando me afasto, olha para mim, parece surpreso pela minha atitude. Eu também estou surpresa, nossos contatos nunca nem passaram de um empurram no meio de nossa brincadeiras de bicho do mato, e agora isso.

Um beijo não intencional.

Ajudo-o a beber um pouco água antes que se vira novamente para dormi. Ele me pede para que eu fique por perto, e eu digo que estarei no mesmo lugar quando ele acordar. Começa a ficar frio, e pela caverna ser úmida, será ainda mais frio aqui dentro. Faço um fogueira pequena depois de colher lenha, já nós aquecendo.

O som dos trovoes anunciam a chuva que está por vim, poucos minutos depois ela começa a cair deixando as noites ainda mais frias. Gale se encolhe abraçando o próprio corpo para se proteger. Sua febre ainda não passou, pelo contrário, ele parasse estar mais quente que antes. Estou preocupada, Gale está mole de fraqueza. Ele pode estar morrendo m que eu faça nada para impedir.

Quando acho que está tudo perdido, ouço o bip vindo do lado de fora da caverna, fazendo-me suspirar de alivio. O paraquedas está bem a porta da caverna, então eu só estico a mão e o puxo. Quando abro, há um bilhetinho de Haymitch para nós.

*Você não sabe beijar garota? –H* — Ele escreveu.

Reviro os olhos sem achar graça da piadinha. No paraquedas há um saco com gazes, um tubinho com um líquido vermelho, um linha grossa, e uma agulha quase em forma de meia lua. Reconheço esses objetos, minha mãe usa para costurar os ferimentos mais profundos das pessoas quando precisam.

Só pode ser brincadeira!

Eu não puxei o lado curandeiro da minha mãe Agora tenho que dar os pontos na pele de Gale? Tudo bem, não deve ser tão difícil assim. Já viu mamãe fazer uma poço de vezes. Não é tão mais repulsivo do que esfolar esquilos como faço.

Acordo Gale para que ele não se espante quando eu o costurar. Abro o tubinho, confirmando que o seu líquido para esterilizar a área do ferimento. Logo que passo a gaze molhada com o remédio, Gale reclama, mas se aguenta firme até o fim.

Passo a linha na agulha, e começo costurar sua pele aberta o mais cuidadosamente que posso. Ele se queixa bastante e começa a se remexer de dor. Tenho que brigar com ele para que se aquiete, estava tentando não deixar um cicatriz muito feia ali. Gale morde a manga da jaqueta para abafar seu gemido, ele está tremendo com a dor que sente, e tudo o que posso fazer é me esforça para acabar logo.

— Katniss... – ele ponha mão na minha para que eu pare – Por favor, pare, eu não aguento mais.

— Falta pouco Gale. – tento lhe tranquilizar – Só mais um pouco, aguente firme.

— Não! Pare. – Gale se esforça para falar, ele estar realmente sentindo muita dor. – Não... Katniss.

Seus olhos começam a fechar lentamente, sua cabeça tomba para o lado, e para o meu desespero ele fica ainda mais pálido.

— Gale, não! – grito aflita por ele – Gale...


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Notas finais do capítulo

FELIZ FESTAS PRA TODOS, DESEJO TUDO DE MELHOR, E QUE VOCÊS FIQUEM RICOS. AMO VOCÊS, FELIZ 2015 E ATÉ 2015!
BEIJOS!



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