Beyond two Souls escrita por Arizona


Capítulo 13
Edaz


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo gente, espero que gostem.
Se tiverem gostando de Beyond, mandem comentários, favoritem, e recomende, quero saber o que vocês estão achando da história.
Beijos!



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P.O.V Gale

 

Consigo passar a primeira noite sem muitos riscos. Apesar se está seguro, ainda não comi, nem bebi nada desde de ontem pela manhã. Há um rio que passa ao lado da Cornucópia, é o local mais evidente de se conseguir água, por consequência o mais perigoso. Não sei exatamente onde estou, mas sei que não tão longe assim da Cornucópia, vou está me arriscando se quiser voltar, mas eu não tenho garantia nem uma de encontra água pelas próximas horas.

Cautelosamente, refaço o caminho para a Cornucópia, ando devagar e silencioso, como faço quando estou caçando. Uma das vantagens de ser habituado a floresta é poder facilmente se localizar nela. Chego a clareira onde fica a Cornucópia em poucos minutos. O lugar está completamente vazio, não há sinal nem um de Carreiristas, ou de qualquer outro Tributo.

Sorte a minha.

Tenho que dar a volta para chegar até o rio, provavelmente ele passa por dentro da floresta, então sigo seu curso subindo, e está lá. Uma parte do rio camuflada pelas plantas. Fico tão feliz que pulo no rio do jeito que estou, com a boca aberta bebendo da sua água. Só caio na real o que estou fazendo quando a correnteza começa a me carregar junto com ela.

Tiro a garrafa d’água da minha mochila e a encho. Dou uma olhada em redor, bem que posso montar meu acampamento por aqui. Tem árvores bem grandes, que sustentaram meu peso, além de ter água minha inteira disposição.

Abro o saco de frutas secas para comer, tenho que balancear a minha quantidade de comida, preciso casar também. Como só um pouquinho das frutas, mas não é o suficiente, ainda estou com fome. Pego a corda para fazer uma armadilha, posso conseguir algum rato do mato, ou algo do tipo.

Quando termino a armadilha, subo em uma árvore por precaução. Dela, tenho a visão da minha armadilha, posso tirar o que eu apanhar assim que capturar sem perder tempo.

 

***

 

Estou muito perto do acampamento dos Carreiristas. Minha água acabou e preciso de mais. Tenho que tomar cuidado, já que eles costumam patrulhar em der-redor. Já os vi passando algumas vezes bem embaixo da árvore onde estou. Estou começando a avaliar a possibilidade de mudar de lugar, já me arrisquei demais ficando aqui durante esses dias, e não quero abusar da sorte, mas aqui pelo menos eu tenho a garantia de água.

Tive que tomar cuidado com as armadilhas também. Agora monto-as pela noite, e as recolho de manhã cedo sem deixar vestígios. É difícil caçar por aqui, montar um armadilha é a mesma coisa de dizer que estou por perto. Devo ter emagrecido bastante já que minhas calças estão caindo, isso é o de menos.

É o quinto dia de arena que estou conseguindo sobreviver, e Katniss também. O rosto dela não apareceu até então entre as baixas, isso me deixa feliz e ao mesmo tempo angustiado. Não perdi a esperança de encontrá-la, toda via há uma porção de coisas martelando na minha cabeça.

Se ela está bem? Se tem comido? Como tem passado esses dias? Se precisa se ajuda? Tudo o que eu mais quero é estar com ela.

Do alto da minha árvore, pude ver que os Carreirista empilharam os suplementos na Cornucópia todos em uma lugar só. Fico tentado de ir até lá abastecer minha mochila de comida, quem sabe quando eles saíssem para patrulhar, mas não hoje.

Pela manhã consegui um peixinho no rio, não quis acender um fogueira então comi cru mesmo — nada agradável –. Com a presa de não ser visto esqueci de encher minha garrafa, agora tenho que descer da árvore novamente para enche-la. Me agacho na beira do rio, ponho a garrafa na água corrente e a encho, depois dela cheia, fecho com a tampa e guardo na mochila. Me levanto voltando para a árvore, para subi-la novamente, mas sou pego de surpresa pela lamina gélida na pele do meu pescoço.

— Olá garanhão. – a voz é irônica mas fria e cruel.

Droga!

Como fui ser tão idiota? Tomei tanto cuidado por todos esses dias, e agora ele me pegou.

— Nos encontramos então. – digo tão irônico quanto ele.

— É, mas que pena que nosso encontro tenha demorado tanto. Você não sabe como fico feliz em te ver 12. – sua risada me incomoda, tenho que me livrar dele.

— Acho que sua felicidade não vai durar muito 2.

— Ah sim! Claro que sim. Eu vou achar sua namorada, aí vou matar vocês dois juntinhos. O que acha? Que pena que ela escapou, senão você poderia ter o deslumbre da sua garota.

Ele a achou?! Céus, que bom que ela conseguiu escapar, não sei o que esse cara é capaz de fazer.

— Então ela te faz pagar de otário? – gargalho da cara dele, mas o 2 aperta a lamina no meu pescoço irritado.

— Você vai ver quem é o otário quando eu te rasgar em dois.

Antes que ele diga mas alguma coisa, acerto um cotovelada em seu estômago. Ele perde o ar por um segundo, tempo suficiente para que eu possa me livrar dele e correr. Mas o 2 pula em cima de mim, derrubando- me. Tenta me atingir com sua espada bem a tempo de eu segurar a mão. Ele força o braço para baixo usando o próprio peso, a ponta da espada está tão próximo ao meu olho, que posso jurar que a sinto risca-lo.

Consigo subir joelho direito, afastando um pouco ele de mim, dando-me espaço para atingir seu rosto com um soco. Rapidamente pego um pedra que estava próximo e acerto sua cabeça com força. Desnorteado, ele perde o equilíbrio caído para trás.

Me levanto pronto para correr, mas ele me detém segura pelo mochila, acertando minha perna com a espada em seguida

— Não vou te deixa! – ele esbraveja – Eu vou quebrar você 12, quebrar!

Caio de bruços com força no chão, então sinto algo machucar meus quadris na queda. O canivete. Puxo-o já me virando para o 2, mas não tempo o suficiente para evitar que ele me esfaqueie.

A ferida arde instantaneamente, rompendo em sangrar. Ele levanta a mão novamente, porém dessa vez eu sou mais rápido. Furo seu olho com o canivete. O 2 grita de dor se contorcendo, mesmo assim ele ainda me acerta, atravessando minha pele com a com sua espada. Dessa vez, sinto que corte foi mais profundo.

Ele vai me matar se eu não reagir.

Tento acerta seu pescoço, mas tudo o que consigo é fazer um corte no rosto, mesmo assim ele parece se assustar e cai para o lado. É aí que aproveito para corre. Me levando e saio em disparada, ouço os murmúrios do 2 atrás de mim, mas não ouso olhar pra trás, apenas corro, e corro sem parar.

Ponho as mãos na barriga sentindo o sangue escorre entre meus dedos. A cada passo que dou o corte parece que aumenta de tamanho. Depois de corre tanto eu enfim olho para trás, não há ninguém me perseguindo, ainda estou a margem do rio, mas dessa vez tendo a certeza de que bem longe dos Carreiristas.

Mesmo hesitante em parar, sento-me numa pedra para ver os ferimentos. O corte pena não tem nada de mais, a lamina apenas raspou. Os cortes que realmente me preocupam estão mais a cima. O primeiro golpe do 2 me acertou nas costelas, não é muito grande, mas sua aparência não é nada bonita. Já o outro golpe foi bem abaixo do umbigo, com a exata largura da lamina. O por é estar jorrando sangue sem parar.

Rasgo as mangas da minha camisa, ponho em cima da ferida pressiono-o, tentando fazer com que o sangramento pare. Cada vez que meus dedos apertão o ferimento, a dor é agoniante. Percebo que estou tremendo, respiro profundamente para me acalmar.

Tenho que ficar focado, tenho que me esconder. O 2 está ferido, ele não virar atrás de mim agora, mas sei que quando estiver melhor me caçará. Não posso deixar que me encontre outra vez.


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