Filha do Olimpo escrita por Any Queen


Capítulo 3
Missão sem fins lucrativos


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, desculpa por demorar, eu tinha esquecido que estava escrevendo essa fic. Estou me concentrando na minha outra história, A Ordem, no momento e eu tinha começado Smallville, então estava fissurada no Clark Kent.
Bem, é isso.
Boa leitura, espero que gostem?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/560853/chapter/3

– Você está brincando comigo, certo? – desabei na escada e respirei fundo, talvez aquele seria o momento que eu descobriria sobre meus pais. – Então você sabe de quem eu sou filha?

– Sim – isso! – Mas eu não posso dizer, jurei pelo Rio Estige.

– Ótimo! Sem querer ofender, grandão, mas você é a única pessoa que sabe de alguma coisa sobre meu passado e não pode dizer nada porque jurou? Você não juraria do nada, alguém o forçou? Meu pai? Minha mãe? Já sei... Poseidon?

– Sua mãe. – fiquei surpresa por ele responder tão calmamente – Ela estava protegendo você até ser o momento certo.

– Claro, porque para Hera sempre tem um momento certo. – revirei os olhos.

– Acredite em mim, Lia, se você soubesse da verdade que te acompanha não teria tido a vida que teve.

– Eu acho isso vantajoso, você não? Você não cresceu com os deuses – falei diminuindo o tom de voz, eu tinha uma tendência a aumentar o tom de voz sem perceber – Eles são pirados...

– Porém eles te aceitaram, cuidaram de você e te protegeram – olhei para o chão, ele estava certo, mas eu sempre ignorava esse ponto, desse jeito era mais fácil odiá-los e culpá-los pelo erro de meus pais. – Eu sei que pode ter sido difícil, eles são seres imortais e cheio de problemas, mas são sua família.

– Eu sei, eu sei. – suspirei e massageei as têmporas – Uma hora eu vou ter que descobrir e aceitar esse tal fardo.

– Muito bem – Quíron se levantou da cadeira, se transformando em um gigante centauro – Vamos ver seu futuro.

Dei um pulo me levantando.

– O quê? Tipo, agora?

– Você queria respostas, vamos atrás delas. – ele começou a caminhar, eu demorei um pouco para começar a segui-lo, estava começando.

***

Paramos em um gruta, eu não estava entendo ao certo de por que estarmos naquele lugar, não sabia como encontraria resposta em uma gruta. Porém, uma garota ruiva e muita bonita apareceu, suja de tinta, ela foi ao nosso encontro e sorriu.

– Lia, é um grande prazer conhecer a Filha do Olimpo. – olhei boquiaberta para Quíron, havia mais pessoas que sabiam sobre mim do que eu poderia imaginar.

– Rachel é o nosso Oráculo. – ele deu de ombros – Costumava a ser uma múmia em um banquinho de três pernas, mas agora essa jovem é a portadora do Oráculo de Delfos.

– Você sempre acaba com apresentações assim? – ela riu.

Porém seus olhos começaram a ficar verdes, Quíron foi para o seu lado, como se fosse procedimento padrão, ele não parecia nervoso com a garota soltando fumaça verde.

De repente, ela começou a professar como se três dela falasse:

“Ao oeste, na entrada do outro mundo, seguirá

O meio-sangue que roubou a pedra encontrará

Sua verdadeira essência irá se mostrar

E o segredo enfim irá se quebrar

Porém aquilo que mais deseja não vai se revelar

Porque o dono que o guarda não se mostrará

– Era para eu ter achado isso vantajoso? – questionei enquanto Rachel voltava ao normal. – Eu vou para uma missão suicida no Mundo Inferior, mas não encontrarei a resposta que mais quero. Ótimo!

– Profecias nem sempre são claras, Lia. – disse Quíron.

– Essa foi bem clara para mim, grandão. – olhei para Rachel em um pedido de desculpas – Valeu por esfumaçar e tudo mais, porém eu tenho que ir. Estou nesse lugar há uma hora e ainda não tenho essa blusinha laranja, é uma graça.

– Lia... – chamou a ruiva, me virei encarando o chão, eu não queria aceitar que tudo na minha vida encontrava um jeito de esconder o meu segredo de mim mesma – Você encontrará coisas importantes nessa missão. Confie em mim.

– Eu acredito em você, ruivinha. – revirei os olhos – Mas não é como se eu tivesse que partir agora, podemos deixar isso para amanhã.

– Você precisa partir agora. O meio-sangue precisa de você. – insistiu ela.

– Esse semideus é um burro, provavelmente feio que usa óculos e joga mito-magia. – comecei a andar nervosa. Sim, eu queria uma missão e viver como uma semideusa normal no seu acampamento de férias, mas eu queria, pelo menos, passar uma semana nesse acampamento antes de ser mandada para uma missão suicida sem fins lucrativos! – E vocês querem que eu vá resgatá-lo porque ele fez a besteira de entrar no reino de Hades.

– Eu entendo que é demais para você, Lia. – disse Quíron – Porém, se isso não fosse importante, o Oráculo de Delfos não mostraria a você.

– Tudo bem. – desisti, ele tinha razão, era o meu destino e eu estava fugindo como uma egoísta filha de Hera – Espera... Por que eu sinto que vou sozinha nessa?

– Normalmente mandamos três semideuses para cada missão, é o nosso número ideal. Entretanto, creio que não seja apropriado você acompanhar mais dois meios-sangues que poderão vir a descobrir que você não é filha de Zeus.

– Ei, não elimine o Rei dos Céus, ele ainda é uma possibilidade para mim. – parei – Espera, isso foi uma pista?

– Hora de ir, Lia. – falou Rachel – Você descobrirá tudo na hora certa.

– Os Oráculos possuem uma escola em que eles ensinam essas frases de efeito?

– Você já encontrou outro Oráculo? – perguntou ela divinamente interessada.

– Não, mas eu cresci com Apolo. Ele adora frases de efeito.

– Com certeza. – ela sorriu e começou a se afastar – Foi um prazer.

– Até mais.

***

Quíron insistiu para que eu pegasse um pégaso para a viagem. No começo eu tinha adorado a ideia, porém ela não foi me parecendo muito legal depois que eu descobri que poderia falar com eles. Era para eu ser uma semideusa comum, filha de Zeus, não ter uma conversa com os animais do deus do mar, eu sei que teria que me desfazer do colar de Poseidon, porém eu simplesmente não consegui.

Quirón me deixou sozinha no estábulo, falou que eu poderia escolher qualquer um para a minha ajuda pessoal. Encontrei os animais e amei cada um deles, porém um negro foi o que me puxou.

– Ei, você. – disse acariciando sua cara – Acho que vamos a uma missão.

“Você trouxe doces?”

– Hãm... Não, desculpa. – acariciei sua crina – Mas eu prometo que vamos parar em algum lugar e comprar alguns donuts pra você.

“Percy trazia doces pra mim. Afinal, você sabe onde meu chefe está?”

– Você é o cavalo do Percy Jackson? – ele relinchou, acho que aquilo era um sim. – Não, eu não sei onde ele está. Sou Lia, já que estamos falando de nomes.

“Blackjack”

– Muito bem, Jack Black, volto em alguns minutos para podermos ir. – afaguei novamente sua crina e me retirei.

Quíron tinha preparado uma mochila com tudo o que eu iria precisar na minha viagem: Néctar, ambrosia, roupas limpas, dinheiro, dracmas e uma garrafa d’água. Ele também deixou uma blusa do acampamento em cima da cama no chalé, vesti-a e esperei uma luz mágica brilhar sobre minha cabeça. Eu queria tanto fazer o que estava fazendo que não parecia mais tão especial, parecia que faltava algo em todo aquele processo. Não sabia o que estava fazendo, não sabia o que era e quem estava indo salvar, eu não tinha imaginado as coisas daquele jeito. Eu sonhava com algo mais star wars, um deus aparecendo e dizendo com uma voz forte: “Lia, eu sou o seu pai.”. E não toda essa embolação de “Eu não posso dizer para o seu bem” ou “tudo na hora certa”, eu queria que parassem de achar que eu não dava conta. Sou a Filha do Olimpo, dou conta de tudo!

Estava pronta para partir, Quíron ficou surpreso quando viu que eu havia escolhido Blackjack, mas não pestanejou, ele disse que o pégaso precisava esticar as asas já que Percy estava em suas férias prolongadas. Me despedi do centauro e voei com o cavalo alado.

Não sei o que pensei nas horas que se sucederam, paramos em uma loja para poder descansar (comprei doces para Blackjack que agradeceu com uma dor de estomago pelo resto da viagem). Voamos até nenhum de nós poder aguentar, decidimos parar em um parque até que nossas forças tivessem sido renovadas. Estava tudo ocorrendo bem até uma fúria apareceu.

Sim, aquele morcego feio e gigante que trabalha para Hades, chamadas Benevolentes, trabalhavam em escolas para assustar crianças semideusas e têm um bafo horrível. Uma delas pousou bem na minha frente, dei um pulo e alcancei a Píton em meu cabelo, Blackjack também parecia preparado, mas a fúria não atacou.

– Você não pode ir para o Mundo Inferior.

– E quem vai me impedir? – desdenhei – Você?

– Quem for necessário.

– E por que isso é tão importante?

– Hera fez um acordo com o Rei do Mundo Inferior, Hades deu-me ordens. Você não pode encontrar esse semideus

– E desde quando Hades recebe ordens? – levantei a espada e me posicionei.

– Hera possui algo que ele quer. – grunhiu ela – O seu cheiro é diferente, meio-sangue. Os poderes dos deuses com que viveu em sua vida mascaram sua verdadeira essência. Porém um se sobressai, sim... – inspirou o monstro – Delicioso.

– Muito bem, sua viciada em essência de semideuses, pode vir.

A fúria atacou, porém Lia era muito mais rápida, se esquivou para a direita e se preparou para outro ataque. O morcego gigante era forte, mas menina tinha técnica, Lia brandiu sua espada e cortou uma de suas asas, o monstro caiu e se contorceu, ainda lutando com suas garras. Lia se desviou e cravou a espada em seu coração, pelo menos, onde deveria estar algum coração. A Benevolente se contorceu e explodiu em purpurina.

– Isso! – gritei – 1x0 para Lia, essência de deuses. – fiz uma careta com o meu próprio chamamento e olhei em volta, os humanos que estavam no parque nem pareciam perceber que algo havia acontecido, a névoa era algo impressionante.

“Foi uma manobra das boas, chefinha.”

– Obrigada, Jack Black. – tomei fôlego confiante – Vamos continuar nosso caminho antes que mais algum monstro apareça.

O resto do voo foi tranquilo, conseguimos alcançar Hollywood com facilidade, mesmo que o tempo ameaçasse chover. Quando chegar nos estúdios de TV para entrar no Mundo Inferior, vi que alguém me encarava. Segui até o estranho para ver que ele não era tão estranho assim.

– O que está fazendo aqui? – resmunguei cruzando os braços.

– Não posso mais visitar minha irmãzinha?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nada ver com Percy Jackson, mas... Qual é o seu herói preferido?
O meu é o Arqueiro Verde da Liga da Justiça, amor da mamãe.
E meu instagram é @anynhy e twitter é @anynhycarvalho.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Filha do Olimpo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.