Heart Attack escrita por Angel


Capítulo 8
Past


Notas iniciais do capítulo

Se estou postando dois capítulos em um dia? Sim, estou.
Meu surto de criatividade está a mil e eu não aguento deixar de postar esse capítulo ausha
Espero que tenham uma boa leitura



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Capitulo 07 - Past

POV Bella

Eu andava em direção á um enorme parque em meio aos enormes prédios antigos. Várias crianças brincavam juntas e pais as olhavam, sorrindo. Sentei em um dos banquinhos em frente à fonte e aproveitei a leve brisa quente que soava em meio a arvores.

Alguém passou atrás de mim e colocou as suas mãos em meus olhos e senti-o abaixando até a altura de meus ombros, sussurrando em meu ouvido.

Adivinha quem é?

Aquela voz me causou arrepios no corpo inteiro, fazendo com que um involuntário sorriso veio ao meu rosto.

Acho que tenho uma ideia. – enquanto falava, fui me virando para trás e suas mãos saíram de meu rosto, dando a mim a visão mais perfeita do mundo.

Seus olhos castanhos me fitavam com carinho e amor e logo avançou aos meus lábios com fervor. Nossas línguas dançavam dentro de minha boca enquanto ele sugava meus lábios de uma forma alucinante.

O empurrei um pouco e sai de seu aperto um pouco ofegante, mas não muito diferente de seu estado. Ele sentou ao meu lado e passou seus braços em torno de meu ombro.

Estamos em público, será que não pode ser um pouco mais discreto? – falei para ele enquanto ele beijava meus ombros expostos.

Desculpe-me. – falou se afastando um pouco. – Mas sabe que eu não resisto á você.

Dei risada com a cara de cachorro perdido que ele fez e com o enorme bico, dando-me a tentação de beija-los.

Levantei de minha cama em um solavanco. Minhas roupas estavam encharcadas e meu coração batendo muito mais forte do que o normal. Eu não acreditava que eu havia tido esse tipo de sonho com alguém que mal conhecia. Bom, nas circunstancias, creio que eu não o conheça.

Fui em direção ao banheiro já jogando minhas roupas no caminho. Precisava muito de um banho para que eu pudesse acalmar meus nervos, quem sabe até mesmo acalmar minha mente e imaginação.

Logo depois de desligar o chuveiro, me enrolei em uma toalha e fui até o armário, vendo que ele era lotado de todos os tipos de roupas. Fiquei impressionada, ainda mais que todas eram de meu gosto.

Peguei uma calça jeans escura que ficaria colada em meu corpo, uma blusa soltinha vermelha que ia até a metade de minha coxa e era de apenas uma manga e coloquei um allstar preto, deixando meu cabelo enrolado e solto.

Ouvi algumas batidas na porta e fui até lá, quando a abri não havia mais ninguém no corredor. Olhei aos meus pés e vi uma bandeja farta de comida com um bilhete escrito numa caligrafia impecável.

“Como vi que você não tomou café hoje, trouxe isso para que você não passasse fome. Teremos um novo treinamento hoje as dez horas e não seria muito bom que você fosse sem comer alguma coisa. Espero que goste, coloquei coisas do meu gosto e o que eu achei que você gostasse.

Romanova”

Estranhei o bom gesto de Romanova. Não haviamos conversado muito além do jantar e do treinamento, e, em minha cabeça, creio que não tinhamos criado algo que a influenciasse a me trazer café da manhã, ou até mesmo perceber minha falta de presença no mesmo.

Entrei com a bandeja em uma das minhas mãos e a coloquei em uma pequena mesa que havia no quarto. Comi algumas coisas, como pães doces, pão de queijo e algumas frutas, tomando um delicioso suco de laranja para acompanhar.

Quando terminei, lavei minhas mãos e sai do quarto, levando a bandeja, e indo em direção a cozinha, para deixar ela lá. Aproveitei o fato de que a sala de treinamento era um 'pouco' longe de meu quarto, fui em um passo um pouco rápido, menos lento do que em uma corrida, para ir me aquecendo.

Quando eu passava correndo pelos corredores, todos me olhavam esquisitos, mas disfarçavam. Demorou cinco minutos e eu já estava no centro da sala. Não havia mais ninguém, pela ultima vez que eu vi as horas eram quase nove e quinze da manhã.

Tive a ideia de começar o treinamento mais cedo, então fui em direção aos equipamentos para os hologramas e os configurei para uma luta normal.

O holograma se materializou á minha frente e me preparei para atacar quando o vi se movendo em minha direção. Sua estrutura alaranjada e em estilo pixel era um pouco estranha e meus olhos demorariam a acostumar, mas seria melhor assim.

Ele correu ao meu encontro e eu simplesmente fui um passo para o lado e chutei o local onde seria suas costelas. Ele não se abalou e continuou a tentar me acertar em todos os lugares possíveis. Quando ele ergueu os braços para dar um soco em meu rosto, soquei seu estomago e lhe dei uma rasteira e, pela primeira vez, ele caiu ao chão.

Sua coloração mudou para um tom avermelhado e ele levantou-se rapidamente, correndo em minha direção. Pulei e cai em suas costas, novamente lhe dei uma rápida rasteira e coloquei meus pés em suas costas.

Me distrai com um barulho em algum lugar e ele conseguiu se soltar, segurando meu calcanhar e me derrubando no chão, ficando em cima de mim. Ele tentava dar socos e tapas em meu rosto e peito, mas consegui segurar seus pulsos e o joguei para cima da minha cabeça e me levantei, pronta para atacar de novo.

Pulei e chutei se rosto. Ele cambaleou para o lado, mas voltou com tudo para cima de mim. Ele socou meu rosto e depois me deu um chute no meio da minha perna esquerda, fazendo com que eu virasse o rosto e gemesse de dor pela força imposta. Chutei seu estomago com a maior força que tinha e logo pulei novamente, chutando suas costas e subindo em cima dele, forçando seu pescoço.

O holograma foi desaparecendo até que eu estava totalmente de joelhos no chão. Me levantei ofegante e girei meu pescoço, aliviando um pouco a dor que senti.

Ouvi algumas palmas atrás de mim e me virei imediatamente em direção ao som, e as imagens do meu ultimo sonho voltaram aos meus olhos.

Ele estava usando uma camiseta social branca um pouco colada ao seu corpo com alguns botões abertos, mostrando um pouco seus músculos. A calça jeans larga o deixava um pouco mais charmoso.

Ele sorria e me olhava de uma forma estranha, parecia orgulhoso.

– O que faz aqui tão cedo? – perguntou se aproximando um pouco mais de mim.

– Não reparei na hora que sai do meu quarto e decidi treinar um pouco.

Andei até uma mesinha perto das janelas e peguei uma garrafa de água gelada, tomando ela inteira em seguida. Percebi que ele me olhava em cada movimento que eu fazia e senti meu rosto esquentar.

– O que veio fazer aqui mais cedo? – perguntei me virando totalmente para ele e me encostando na mesinha.

– Pensei que todos já estivessem aqui. – disse dando de ombros. – E também queria ver você, percebi que não estava em lugar algum e fiquei preocupado de ter acontecido alguma coisa.

Sorri involuntariamente.

– Acho que estava tão cansada que acabei acordando muito tarde, mas Romanova levou algumas coisas para mim em meu quarto. – informei.

– Sério? – falou levantando uma sobrancelha. – Nunca vi ela ser tão boa assim com alguém, é claro, retirando Bruce.

– Hulk? – perguntei.

Ele assentiu e fiquei surpresa já que, nas poucas vezes em que os vi juntos, eles sempre acabavam discutindo no final de cada frase.

Ouvimos a porta se abrir e vimos os Cullens entrando. Meu bom humor se foi quando os vi. Fiz uma cara de desinteressada e me virei novamente para Steve.

– O que você quis dizer ontem com ‘espero que voltemos a ser como antes’?

– Com o tempo você vai descobrir. – ele disse sorrindo e saiu para conversar com Carlisle.

Fui até a sala de comando e ajustei o holograma em suas funções normais. Fiquei um pouco ali mexendo no gráfico de alguns hologramas em teste. Consegui torna-lo ainda mais ‘vivo’, retirando o pixelado e aumentando sua força.

Ouvi a porta abrindo mais não liguei muito, continuando a olhar para a tela do computador. A cadeira ao meu lado foi colocada para trás e depois alguém sentou-se nela. Senti aquele cheiro enjoativo de novo que me deu náuseas.

Me virei para a pessoa e vi que era Esme. Ela me olhava de um jeito estranho, acho que com um olhar de culpa. Várias vezes ela abriu a boca, mas nenhum som saia dali. Depois de algum tempo, ela apena sorriu.

– Sei como você deve ter se sentido quando tudo aconteceu, creio que passei pela mesma dor que você quando perdi meu bebê. – ela falou. – Queria me desculpar, por mim e por minha família, tudo o que fizemos de mal a você, de tudo o que fizemos fazer você sofrer e de tudo o que aconteceu com você. Nós, nós queríamos que você tivesse uma vida melhor, que você tivesse sua própria família, que você tivesse uma vida humana. – ela deu uma pausa e aproveitei a brecha.

– Você não deveriam ter perguntado isso á mim em vez de tomar a decisão sozinhos? Eu estava feliz com vocês, eu queria passar a eternidade com vocês. Não era um simples capricho ou algo temporário, até hoje eu penso em como a minha vida estaria se vocês não tivessem ido embora. – suspirei. – Mas vocês foram e olha onde estou, não é a toa que todos me chamavam de imã para perigos, ou quem sabe, desastres. – suspirei novamente. – Eu sei que foi Edward quem fez com que vocês tomassem essa decisão, e é com ele que estou magoada, com vocês, não. – sorri. – Vocês são uma família para mim, querendo ou não, e eu creio que não vou conseguir ficar longe de vocês morando praticamente juntas.

Quando terminei de falar, ela me abraçou e começou a soluçar. Ela me abraçou forte, muito forte, fazendo com que meus pulmões ficassem espremidos e não conseguisse respirar. Dei uns tapinhas em suas costas e ela me soltou, olhando-me com aqueles olhos brilhantes de sempre.

– Agradeço muito querida. – disse sorrindo.

Um dos outros agentes veio nos buscar, dizendo que eles tinham muito trabalho para fazer ali. Voltamos para a sala conversando e ficamos assim por algum tempo até Nick chamar a nossa atenção.

– Hoje vocês irão lutar entre si, os pares serão formados diante de suas escolhas, mas serão apenas aceitas com nossos critérios.

Ele os organizou um em frente ao outro em lugares opostos da sala. Ele arrumou as duplas com os mais fortes e os mais fracos, os com maior velocidade e os com mais habilidades em lutas e os que tinham poderes opostos.

– Você vem comigo. – Nick disse para mim depois de organizar tudo.

Ele havia dito que hoje eu não iria treinar, pois ele me levaria á um laboratório – junto com Carlisle e Edward, que me deixou apreensiva – onde ele queria me contar e me mostrar algumas coisas.

Sentamos ao redor de uma mesa pequena e eu fiquei de frente á Nick, que havia tirado sua capa e respirava fundo.

– Sobre o que quer falar? - perguntei.

– Lembra-se que eu iria terminar de contar sua história? - assenti. - – Como eu havia lhe contado anteriormente, você foi criada em plena Primeira Guerra Mundial, antes mesmo de Capitão América. Você lutou contra os alemães e voltou sã e salva e nos ajudou a recrutar um novo super soldado. – ele suspirou. – Foi você quem votou a favor que o magricelo ser o mais novo soldado da América. Você o ajudou nas preparações para a mutação e ficou ao lado dele quando saiu de lá.

''Nós criamos um dispositivo que irá abrir suas memórias que foram apagadas. Isso tudo foi com o auxilio de Carlisle - falou apontando para ele. - que nos ajudou a codificar o aparelho. Quer experimentar?

Respirei fundo.

– Sim.

Eles me levaram até uma outra sala, ao lado de onde estavamos, onde tinha uma cadeira com vários fios presos ao seu redor.

– Você vai se sentar aqui – apontou Carlisle – e colocaremos os fios em seu corpo e em sua cabeça para que possamos trabalhar.

Fiz o que ele mandou e me sentei na cadeira, fechando meus olhos enquanto colocavam os fios em meu corpo. Respirei fundo e relaxei. O barulho de máquinas começou a e cadeira tremeu um pouco, e várias imagens passaram em minha cabeça.

FlashBack onn

Hoje seria o grande dia. Não sei o porquê de meu coração estar tão apreensivo com o que pode acontecer daqui alguns minutos, acho que é apenas ansiedade por ver com meus próprios olhos o que aconteceu comigo há alguns anos.

Lembranças vagas do dia da minha mutação vieram a minha mente. A luz forte, o barulho ensurdecedor eram as únicas coisas que eu me lembrava antes de acordar naquela maca.

Steve chegou e sorriu para mim. Ele tinha uma pose confiante, mas seus olhos estavam nervosos e suas mãos tremiam levemente. Sorri, ele tinha aparência de um garoto de quinze anos. Não tinha músculos e nem gorduras, era aquela pessoa ‘puro osso’, mas isso não deixava de dar uma certa beleza a ele.

Ele tinha cabelos loiros lisos, olhos castanhos vibrantes e uma pele branca e perfeita que qualquer mulher que o conheça cobiça. Tinha um temperamento divertido, se irritava com qualquer brincadeira feita com ele ou se divertia com qualquer piada contada pelos seguranças da base. Ele parecia uma perfeita criança, indefesa, frágil, linda.

Ele foi mandado para o laboratório onde receberia o soro, e eu fui atrás dele. Quando ele se deitou na maca, fui ao lado dele e segurei sua mão.

Ainda mais de perto, vi o medo em seus olhos. Segurei suas mãos e percebi o quão geladas e tremulas elas estavam.

Fique calmo, vai ocorrer tudo bem, não precisa ficar com medo. – sorri calorosamente para ele, passando um pouco de calma para ele. – Eu estou aqui, não estou? Então, confie neles como eu confiei, você vai ver que vai sair daqui vivo e bem.

Continuei conversando com ele e percebi que ele havia se acalmado um pouco e parado de tremer. Estava tão concentrado em mim que nem sentiu quando injetaram o soro em seu corpo e só percebeu isso quando o chamaram para ir até a cabine.

O compartimento não havia mudado muito desde seu ultimo uso, havia apenas trocado algumas peças e tido mais uma pintura, deixando ela com um ar moderno, mas não muito além disso.

Ele se posicionou e respirou fundo, fechando lentamente seus olhos. A porta foi fechada e pudemos ver apenas seus olhos pelo vidro colocado em sua altura. A máquina foi colocada e o mesmo barulho de minhas lembranças começou.

Tudo começou a tremer e a iluminar pela intensa luz que saia do vidro e de qualquer fresta da grandiosa máquina. Um grito foi ouvido e a máquina começou a tremer ainda mais, fazendo com que meu coração batesse ainda mais rápido e meu peito apertasse de apreensão.

A luz foi se apagando aos poucos e o barulho cessando, fazendo-me prender a respiração. Me aproximei um pouco mais da máquina, ficando em frente a porta, esperando que ela se abrisse.

Uma grande névoa saiu dali, e quando a porta foi totalmente aberta uma silhueta totalmente diferente da que entrou ali pode ser vista, e logo o corpo de quem a pertencia caiu para frente, fazendo-me, por impulso, ir para frente e segurá-lo.

Seu corpo parecia estar em chamas, fazendo que um calor se apoderasse do meu corpo.

O corpo de Steve, antes magro, estava ainda maior e musculoso, a pele alva agora estava um pouco mais morena, seu cabelo continuava o mesmo e todo o resto, mas eu sabia que ele havia mudado ainda mais por dentro.

Me ajudaram a coloca-lo em cima de uma maca e começaram a injetar mais soros em seu sangue. Como sua respiração estava muito fraca, colocando um tubo em sua garganta para o aparelho o auxiliasse em sua respiração. Testaram seus reflexos e sua sensibilidade a dor, ao qual a ultima foi um sucesso, já que ele não demonstrou nenhuma reação as agulhadas.

O levaram para um quarto longe do laboratório e me deixaram sozinho com ele. Sentei em uma das poltronas ao lado de sua maca e continuei segurando sua mão.

Não sei quanto tempo passou desde que ele foi levado ali, mas apenas sei que eu não sai de seu lado por todo esse tempo.

Ele ficou ligado a tantos fios que acabei esquecendo para que eles serviam, apenas conseguia distinguir aqueles que serviam para ver os batimentos do coração e o que injetava o soro em suas veias.

Eu acabei adormecendo depois de um longo tempo sem dormir, e acabei por acordar com uma movimentação estranha no quarto.

Levantei minha cabeça depressa e olhei ao redor, constando que não havia ninguém no quarto. Senti um aperto em minha mão e me virei para Steve, que estava com os olhos semicerrados.

Sorri e me aproximei um pouco mais dele, me levantando da poltrona.

Olá. – sussurrei.

Ele deu um sorriso fraco e fechou os olhos. Apertei o botão que chamava a enfermeira e me virei novamente para ele. Ele estava com a testa franzida, com o rosto se contorcendo minimamente.

Está com dores? – perguntei preocupada. – Já chamei a enfermeira, ela já deve estar chegando.

Ele abriu os olhos por inteiro e me olhou com aqueles mesmos olhos castanhos de sempre. Ele me olhava preocupado, mas ao mesmo tempo feliz.

Não falei que você iria sair vivo de lá? – sorri. – Você vai ficar surpreso quando se olhar no espelho.

Ele me olhou curioso, mas não tive mais tempo para falar, pois a enfermeira entrou no quarto, pedindo para que eu saísse por um tempo.

Quando sai do quarto, suspirei aliviada. Estava com tanto medo de que alguma coisa acontecesse e desse tudo errado, mas ele estava ali, vivo, acordado. Aquilo me deu uma alegria e meu peito se encheu de orgulho.

Fui até a cozinha e peguei alguma coisa para comer. Perguntei para uma das enfermeiras se Steve poderia comer e, quando ela confirmou que poderia, comecei a fazer uma bandeja com algumas comidas que ele gosta.

Voltei para o quarto e a enfermeira não estava mais ali. Steve estava sentado na maca tomando uma água e sorriu quando entrei no quarto e arregalou os olhos quando olhou para a bandeja em minhas mãos.

Você acha que eu vou comer tudo isso? – perguntou meio rouco, apontando para o que tinha em minhas mãos.

Olhei para ela e realmente havia exagerado um pouco, mas,como eu havia acordado com muita fome e comi uma bandeja maior do que essa em minha mutação, calculei que ele também fosse comer isso e mais um pouco.

Sorri e coloquei a bandeja em cima do compartimento da maca, colocando a sua frente.

É para comer tudo, mocinho. Eu sei que essa sua barriga deve estar rugindo mais do que um leão.

Ele sorriu cúmplice e colocou o copo de água ao lado da bandeja, a atacando.

Ele nem dava tempo para respirar, fazendo com que eu lhe desse uma bronca por estar comendo rápido demais. Ele deu de ombros e continuou assim, não ligando para o que eu disse e concentrado em sua refeição.

Quando terminou, ele agradeceu e perguntou onde era o banheiro. Apontei para a porta ao lado do armarinho e o ajudei a se levantar. Quando ele colocou os pés no chão, suas pernas falharam e ele quase caiu em cima de mim. Se não fosse pela minha força, eu teria caído com ele em cima de mim, e provavelmente uma cratera estaria feita no chão.

O levei até a porta e o deixei seguro lá dentro, saindo da porta e fechando ela em minhas costas. Sentei novamente e esperei que ele saísse do banheiro. Fiquei olhando o sol pela janela e fiquei distraída ali, tentando ver imagens nas nuvens.

Me assustei quando a porta se abriu, mas me ajeitei antes mesmo de que ela fosse realmente aberta. Steve saiu dali com uma cara assustada. Me levantei e fui até ele.

O que foi? – perguntei.

Quando você disse que eu ficaria surpreso quando me olhasse no espelho, não pensei que seria tanto. – disse apontando para seu próprio corpo.

Ri de sua cara assustada e o ajudei novamente ir para a cama. Ficamos conversando por algum tempo e ele quis todos os detalhes do que aconteceu desde que ele entrou naquela máquina. Ele ficou surpreso, não conseguia se lembrar de absolutamente nada desde a nossa conversa antes dele ser levado para a mutação.

Um dos médicos que participou da mutação veio conversar com ele e anotou todas as respostas de suas perguntas feitas em seu prontuário e o liberando para passar um tempo em casa.

Steve arrumou suas roupas e se trocou. O acompanhei até a saída, tentando convence-lo a deixar que eu o leve para casa.

Não se preocupe Bella, vou ficar bem. – disse sorrindo confiante. – Qualquer coisa, eu ligo correndo para você e você vem voando ate mim.

Ele saiu em seu carro e fiquei olhando ele desaparecer na próxima esquina. O aperto em meu peito voltou, creio que seja apenas nervosismo e preocupação, por mais que seja apenas infantil, agora ele pode muito bem se proteger sozinho, mas a ideia dele correndo perigo me deixava tonta.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar,
Angel.