The Selection escrita por Tati Rodrigues


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora mas eu realmente estou muuuuito ocupada :/
como recomendação do meu querido The ice guy de uma música para a minha querida Mione que é Cinderella-Tata Young aqui está o link, deem uma olhadinha: https://www.youtube.com/watch?v=g8MaeRioaKo
O que acham?



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Na manhã seguinte foi um sacrifício acordar, minha cama estava tão confortável, mas o sol não quis deixar que eu permanecesse lá por muito tempo. Minhas criadas já tinham chegado e preparado o meu banho.

–A Senhorita já acordou? - Perguntou Lilá.

–NÃÃÃÃÃÃO! - meu protesto saiu mais parecido com um grunhido.

Elas começaram a rir da minha reclamação e eu meio se querer ri junto, era tão fácil conviver com essas garotas, fiquei imaginando se elas seriam minhas amigas ou se a etiqueta lhes proibia isso. Como eram criadas, pertenciam a casta Seis, e eu sempre me dei bem com os Seis... Rony... mas não vou pensar nele.

Despi-me para o banho, e eu me senti muito desconfortável, não fazia parte dos meus costumes ficar nua na frente de outras pessoas, nem mesmo na frente da minha família. Elas me levaram pra banheira, a água morna me ajudando a relaxar, então me permiti pensar na noite de ontem, me lembrei dos gritos e do meu comportamento em frente ao Draco, e como ele foi gentil comigo mesmo eu sendo tão grossa. Eu estava certa de que ele já teria se arrependido de falar comigo, me achado uma louca e iria me expulsar na mesma hora.

Eu estava certa que ele seria só mais um esnobe que se acha o máximo por ser príncipe e todo mundo tem que lhe obedecer, mas ele ate que é legal... tá ele é muito legal. E fiz uma promessa mental que pediria desculpas na primeira oportunidade.

Quando saí do banho minas criadas trataram de perfumar e hidratar cada parte do meu corpo, deixando-me novamente com cheiro de morangos, acho que elas querem que eu fique comestível. Do meu guarda-roupa escolhi o vestido mais simples, com uma estampa florida e cumprimento até o joelho, me passaram a caixa de joias pra que eu escolhesse, mas escolhi ficar com o colar de prata que o meu pai me deu e o menor par de brincos que eu encontrei. As criadas sorriram pra mim então achei que estava apresentável.

Saí do quarto e fiquei sentada na poltrona do corredor, passei meia hora esperando as outras se arrumarem, e eu achando que eu havia demorado. Quando finalmente chegaram cada uma estava parecendo uma verdadeira Um , com joias pesadas e vestidos longos, mais pareciam que iriam ao baile e não a um simples café da manhã. Eu ainda parecia uma Cinco, só que com um vestido bonito.

Pansy foi a ultima a chegar, como sempre, com os seios mais amostra que cobertos. Ela com certeza chamariam atenção, e acho que eu também mas por motivos totalmente opostos. Descemos as escadas, eu estava ansiosa pra chegar à sala de jantar, mas não porque eu estaria pela primeira vez em frente aos nobres do meu país, e sim porque eu estava com fome... e com certeza a comida seria deliciosa, magnífica. Tentei enfiar na cabeça que isso não tinha nada haver com o pedido de desculpas que devia a um certo príncipe de lindos cabelos platinados.

Para a minha decepção não fomos direto pro café da manhã, em vez disso Minerva nos levou para o Grande Salão, onde havia um tipo de bancas escolares individuais não entendi o porquê disso, e seja o que for imaginei que deveríamos comer antes de qualquer baboseira do palácio. Mas Minerva tirou toda a minha alegria colocado regras no café da manhã, e eu que pensei que seria só sentar e comer, mas aparentemente havia regras sobre de como se sentar até de qual à maneira certa de comer um bolo.

Parecia que o discurso de Minerva nunca acabaria, até que do nada as portas se abrem e eis que surge Draco andando com o seu inconfundível gingado. Imediatamente varias garotas suspiraram, outras tiraram o cabelo do rosto e até ajeitaram a postura, tentando parecer perfeitas. Coitadas. Tentando agradar alguém por dinheiro. Tudo que eu imaginava era a hora em que ele me colocaria pra fora pelo meu comportamento pela noite anterior.

P.O.V. DRACO

Eu estava nervoso em frente ao Grande Salão, em alguns instantes eu faria a minha primeira aparição para as Selecionadas... nem todas elas, e então a cena da noite anterior me voltou a memória, ela era o tipo de garota que eu queria ao meu lado, alguém de personalidade que não se importa com a coroa em cima da minha cabeça. Foi a primeira vez que vi alguém tão verdadeira.

Respirando fundo, adentrei o Grande Salão, a toda volta garotas tentavam parecer perfeitas, algumas até seriam bonitas e chamariam minha atenção se eu não tivesse inevitavelmente procurando por uma em especial. E quando finalmente encontrei-a sorri involuntariamente. Ela estava em um perfeito contraste, enquanto as falsas se cobriam de joias mais falsas ainda pra me chamarem atenção, ela estava simples, radiante, com toda a delicadeza que eu sabia que ela não tinha.

–Bom dia Senhoritas! - e todas elas responderam suspirando, menos ela. Eu queria que ela suspirasse por mim.

–Alteza. - Minerva, sempre formal.

–Desculpe atrapalhar seu discurso muito instrutivo - sentiu o sarcasmo? - mas eu gostaria de conversar um pouco com essas magníficas senhoritas, se você deixar, lógico.

–Claro Alteza. - e com uma reverência se afastou pra que eu pudesse conversar com a garota da primeira fileira e a levei para uma poltrona que tinha ali perto. Um encontro com uma garota já é complicado, um encontro com dezenas de câmeras me filmando era um pesadelo!

Tentei me concentrar em algumas palavras que elas diziam, mas era impossível. Eu estava muito centrado em uma certa ruiva. Por que a única que eu quero tinha que estar com os pensamentos em outro? E pela primeira vez eu fiquei com inveja de alguém.

–Está me ouvindo, Draco?

–O que? Ahn, sim Pansy - eu disse rapidamente olhando pro crachá em seu peito... e que peitos! Se a intenção era chamar minha atenção ela conseguiu. Uhnnn acho que não tem problema em ela ficar por aqui por mais um tempo.

–Bem Pansy, eu tenho que conhecer as outras garotas.

–Claro - e com uma reverência mostrou ainda mais o vale entre os seios.

A próxima foi justamente quem eu queria ver.

–Hermione, Certo? - fingi ler o crachá em seu busto, que diferente de Pansy estava muito composta, então fiquei imaginando como seria ela com o mesmo tipo de roupa que Pansy... então resolvi afastar esse tipo de pensamentos, ou eu não seria responsável por meus atos.

–Sim, e tenho certeza que já ouvi seu nome antes, poderia me recordar, por favor?

Eu ri, ela era engraçada quando não estava gritando comigo, se bem que ela gritando comigo também era divertido.

–Dormiu bem minha querida?

No momento em que disse isso me arrependi, estava com medo que ela começasse a gritar em frente às câmeras. Mas em vez disso ela sorriu, e eu percebi que queria a ver sorrir mais vezes.

–Ainda não sou sua querida - ela disse sorridente. - Mas dormi. Assim que me acalmei, dormi muito bem. Minhas criadas tiveram que me derrubar da cama. Estava confortável demais.

Eu tive que rir desse comentário, pelo menos a jaula era confortável.

–Fico feliz em saber que você estava confortável, minha... Hermione - me corrigi antes de falar “Minha Querida” novamente.

–Obrigado... Draco, eu queria pedir desculpas pela minha grosseria ontem. Eu acabei descontando em você toda a minha frustração por estar nesse lugar. Você não tem culpa.

Como ela estava enganada... mas eu não sou louco de dizer isso a ela. Apoiei meus cotovelos nos joelhos e a cabeça nas mãos, olhei em seus olhos e naquele momento tudo que e queria era que ela dissesse que estava ali por mim, e não pela comida. Que quisesse a ficar ao meu lado. Eu a queria pra mim.

–Hermione, eu tenho uma pergunta pra te fazer, e por favor, me responda com sinceridade. Durante a Seleção, teria alguma chance de você sentir algum sentimento amoroso por mim?

Eu esperava que sim. Se ela dissesse essa simples palavra toda essa palhaçada de Seleção acabaria aqui.

–Vossa Majestade é muito gentil e atraente... e atencioso.

Eu sorri, por favor Hermione diga que sim.

–Mas tenho motivos muito pertinentes para achar que não.

Droga, fiquei magoado, decepcionado, triste nunca tinha sentido tudo isso junto.

–Você pode se explicar? - perguntei tentando esconder a irritação na minha voz.

–Acho... acho que meu coração está em outro lugar.

Minha decepção ficou maior, quem era aquele que conquistou o coação de uma mulher com ela e desperdiçou, enquanto eu não teria jamais a chance de conquista-la e fazê-la feliz? Então percebi que ela estava prestes a chora e me desesperei.

–Por favor não chore! Nunca sei o que fazer quando uma mulher chora. - E ela riu, ufa! Passei por esse perigo. – Você quer que eu mande pros braços do seu amado hoje?

–Não! É que eu não quero vê-lo... e minha família precisa de mim aqui...

Entendi ela precisava do dinheiro, afinal ela era uma cinco, mas diferente das outras ela não quer ser uma Um. Ela não queria mais dinheiro. E ela foi sincera desde o começo. E eu a admirava por isso.

–Se me permitir ficar, mesmo que por pouco tempo, podemos fazer um trato.

Ela queria um acordo comigo? Eu devo ter perdido alguma parte na conversa enquanto observava a sua beleza e admirava a sua personalidade.

–Um trato?

Ela mordeu os lábios e inferno isso foi muito quente.

–Se me deixar ficar... Tudo bem, veja só. Você é o príncipe. Fica ocupado o dia inteiro ajudando a administrar o país e tal, e agora tem que encontrar tempo para escolher uma entre trinta e cinco, ou melhor, trinta e quatro garotas. É pedir muito, não acha? Não acha que seria muito melhor se tivesse alguém aqui dentro? Alguém para ajudar? Tipo... uma amiga?

Eu a queria mais que amiga, mas ela estava certa, com a guerra contra o oriente eu tinha muita coisa para me ocupar.

–Uma amiga?

–Sim. Se me deixar ficar, posso ajudar. Serei sua amiga, Não precisa se incomodar em correr atrás de mim. Já sabe que não sinto nada por você. Mas pode falar comigo a qualquer momento e tentarei ajudar. Ontem à noite você disse que estava em busca de uma confidente. Bem, posso ser essa pessoa enquanto não encontrar a definitiva. Se quiser...

Engraçado é que ela seria a única que eu correria atrás e, no entanto está aqui me oferecendo sua amizade. Ela poderia não querer ser a mulher da minha vida, mas eu não via ninguém melhor a quem eu pudesse confiar, sorri para ela e aceitei sua proposta, deixando-a ir em seguida.

Tentei achar algo interessante em outras garotas, conversei com as favoritas de alguns conselheiros, mas nenhuma me chamou atenção como Hermione. Terminei de falar com todas e me dirigi ao centro do salão.

–Aquelas a quem pedi que permanecessem, por favor, fiquem em seus lugares. As outras podem acompanhar Minerva até a sala de jantar. Em breve vou juntar-me a vocês.

As garotas que eu pedi pra ficar estavam receosas, mas não tinha como, eu não senti nada em relação a elas, não conseguia imaginar elas ao meu lado.

–Minhas queridas, tenham em mente que isso é uma Seleção, e que apenas uma será a minha futura esposa, e temo dizer-lhes que as senhoritas estão fora do concurso. Eu gostaria de pedir que esperassem Minerva que ela virá atender as suas necessidades.

Pude ver que elas estavam chorando decepcionas, e eu não aguento ver mulher chorando, então saí apressado em direção à sala de jantar. Assim que cheguei antes que elas se levantassem pedi que não fizessem a reverência, sempre odiei esse tipo de formalidade. Andei em direção a minha cadeira ao lado esquerdo do meu pai.

–Está feito. - falei baixo.

Tinha cumprido a sua exigência, oito garotas hoje, voltaram pra casa, e simples assim ficaram vinte e sete.


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Notas finais do capítulo

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