Isabella

Domingo é o dia de descanso, só que para mim é o dia mais agitado da semana. Apesar de ir dormir bem tarde, acordei por volta das 8:00 horas e fui tomar um banho, coloquei uma roupa de caminhada e fui tomar um café, não tinha ninguém pela casa, claro quem acorda esse horário em pleno domingo? Só euzinha aqui mesmo. Fiz uma torrada e tomei um café preto para ver se meu sono diminuía, peguei meu celular e fones, uma garrafa de água e desci. O parque estava cheio de gente, várias pessoas faziam caminhadas e exercícios físicos, me preparei antes de correr e comei meu percurso, 7km no mínimo era a minha meta. O dia estava perfeito um sol entre nuvens e um clima dia 22°c. Coloquei em uma música e comecei a correr, estava correndo em volta do parque, e já estava a quase 45 minutos no pique quando alguém me chama, olho para trás e paro.

– Isabella, não sabia que corria por aqui. – disse Ricardo, pai do Alex.

– Oi Ricardo, geralmente corro aos domingos, você também corre?

– De sexta a domingo. – ele sorriu. - Quer me acompanhar?

– Claro, vamos. – sorri.

Corremos mais meia hora e paramos para descansar, Ricardo me contou sobre a Inglaterra, disse que o lugar era incrível, mas que gostava mais dos EUA por causa do clima e também porque estava perto do filho. Ele me contou um pouco sobre a história de vida dele e como conseguiu montar a sua empresa de hotéis. Estava surpresa com a sua tamanha educação e inteligência, sempre tão cordial ao falar, era incrivelmente parecido com Alex em vários quesitos. Fomos caminhando para casa e conversando sobre faculdade, disse que queria fazer moda ou publicidade, ele disse que eram ótimas profissões e que em qualquer uma eu seria bem sucedida. Era estranha a forma de como eu consegui conversar com ele tão abertamente, o Alex deve se orgulhar do pai que tem. Cheguei em casa e encontrei John na cozinha, o cheiro de café invadia a casa, acenei para ele e fui tomar um banho, estava grudenta demais para chegar perto de alguém. Vesti um short rosa e uma blusa do bob esponja escrito Geek, prendi meus cabelos em um coque frouxo e sai do quarto. Sentei na bancada e tomei um café, olhei em minhas redes sociais e vi a solicitação de amizade de Andrew, cliquei em aceitar e logo vi que ele começou a curtir algumas fotos minhas. Fui até a sala e me sentei ao lado do John, ele estava assistindo algum programa de medicina e eu coloquei meus fones e deitei em seu colo, ele começou a mexer no meu cabelo e eu fechei os olhos.

– Saudades disso. – disse baixinho.

– Saudades da minha irmãzinha que agora esta tão grande e bonita.

– Obrigado pelo bonita.

– Você sabe que é. – ele me olhou e piscou.

Josh apareceu na sala só de calção me tirando a concentração da música, ele estava com os cabelos meio bagunçados, o olhar baixo e uma cara de arrependido que dava até dó. John e ele começaram a conversar sobre o aniversário do Josh que seria daqui a duas semanas, e pra variar o da Vick era um dia antes, estavam combinando de fazer uma social em uma danceteria. Logo Vick chegou e começou a animar o Josh sobre a ideia, ela teve a coragem de encher ele de beijos na minha frente, meu sangue estava fervendo e antes que eu cometesse um suicídio fui até a cozinha e peguei um chocolate, quando estava quase saindo Josh cruzou o meu caminho, ele me olhou e eu o ignorei, ele passou por mim e me parou no meio do caminho, ambos estavam de lado, ele pegou minha mão e sussurrou no meu ouvido.

– Pode até estar me dando gelo, mas eu sei que não é isso que você quer. – ele beijou meu rosto e disse. – Sinto saudades pequena.

Abaixei meu rosto e segui até meu quarto, ele estava certo, apesar de estar brava com ele o meu desejo era estar junto a ele. Fiz meus deveres de matemática com muito esforço, e voltei minha atenção para as minhas falas do teatro, ensaiei até minha cabeça começar doer. Vi alguns vídeos e comecei a olhar para meu violão, fui até ele e dedilhei alguns acordes, no começo quis tocar algo mais melodramático, mas meus dedos foram direto para uma música no qual eu já conhecia muito bem e me lembrava alguém.

Passei o dia todo dentro do quarto, não estava a fim de sair e ficar olhando para o Josh e a sua amiguinha. John veio varias vezes no meu quarto e perguntou se eu estava bem, se eu queria dar uma volta, insistiu bastante, mas eu estava tão cansada e acabei dormindo mais cedo.

No dia seguinte acordei com uma dor de cabeça, vesti uma calça preta, uma blusa de lã de coruja e uma bota, passei um corretivo nas minhas olheiras, um rimel, lápis e batom e coloquei um óculos escuro. Estava com um péssimo humor, e ainda tinha ensaio logo pela manhã. Encontrei Vick andando pela casa só de roupão, cara ela quer é me provocar? Engoli a seco e respirei fundo, passei por ela e dei um bom dia forçado, tomei um café preto e comi um cereal, tomei um remédio e fui para a escola a pé mesmo. No meio do caminho meu celular toca era uma mensagem.

Preciso da sua ajuda, vem aqui em casa por favor.

Megh

Mudei meu percurso e fui até a casa da Megh, não me importava que iria faltar aula, se ela precisasse eu iria seja onde for. Cheguei em sua casa e toquei a campainha, a empregada veio e disse que a Megh estava no quarto. Subi as escadas e entrei em seu quarto.

– Amigaaa, o que foi? - larguei minha mochila e a abracei.

– Meus pais se separaram Isa, eles brigaram muito ontem, e falaram coisas horríveis. – disse ela chorando. – a abracei forte e passei todo o meu carinho.

– Vai ser definitivo?

– Pelo jeito que foi a briga será. Só que o pior de tudo é que eu voltei a fazer aquilo de novo, eu não consegui aguentar. – disse ela chorando.

– Calma amiga, isso vai passar. – ela chorou muito, até que conseguiu dormir um pouco.

Peguei meu celular e disquei o número do John e expliquei por cima a situação, ele entendeu e disse que se precisasse dele era só chamar. Fui até a cozinha e pedi que a empregada fizesse algo mais leve para a Megh comer e que levasse no quarto. Fiquei olhando algumas fotos que estavam espalhadas pelo seu quarto e vi várias nossas. Abri o closet da Megh e escolhi uma roupa pra ela, coloquei no cabide e deixei em frente a sua penteadeira. A empregada chegou e deixou o café na cama, Megh acordou e tomou tudo.

– Amiga se arruma porque não quero te ver assim, te alegra e vamos porque hoje tem ensaio do teatro e a noite vamos dar uma volta.

– Quer me levar pro mal caminho? Pensei que você que seria a levada. – ela riu e se levantou.

– Hahaaa engraçadinha, agora vai e se arruma.

.....

De tarde fomos ao ensaio e a professora estava pegando no meu pé, disse que eu teria que ter mais entrosação com o personagem, que eu deveria transmitir mais amor e desejo pelo Romeu, e nem precisava dizer que passai muita vergonha não é? Megh estava mais tranquila, ela ajudava a equipe do figurino, enquanto eu ralava como Julieta. Estávamos na cena XII a parte da morte dos dois, me deitei no chão e fechei meus olhos, Andrew se aproximou e segurou a minha mão.

Andrew (Romeu): Oh! Minha querida Julieta, porque estás tu ainda tão bela? Devo acreditar que o incorpóreo fantasma da morte se apaixonou por ti, e que esse monstro esquálido e hórrido te guarda aqui na escuridão para fazer de ti sua amante? É para te defender que ficarei ao teu lado para sempre e nunca mais abandonarei este palácio, onde reina a sinistra noite. É aqui que quero ficar com os vermes, teus servidores. Aqui fixarei a minha eterna morada, libertando do jugo das estrelas funestas este corpo fatigado do mundo. Fitai-a pela última vez, meus olhos, e vós, meus braços, dai-lhes o vosso ultimo abraço. Vós, meus lábios, vós, que sois as portas da respiração, selai com um legítimo beijo o pacto eterno com a morte voraz. Vem, amargo fatal guia! Vem, piloto sem esperança, e atira contra os rochedos o meu batel fatigado da tormenta! Por ti, minha amada! – Ele bebe um frasco que seria o veneno. - Abençoado boticário! É ativa a tua droga! Assim... morro com um beijo! – ele se aproxima de mim e diz baixinho.

– Posso beijar seus lábios?

– Já que a professora esta tão exigente pode – dissemos quase sussurrando.

–Algum problema com vocês por ai? – disse ela autoritária.

–Nenhum professora. – responde Andrew. – Ele deposita um beijo carinhoso sobre meus lábios e cai ao meu lado. Eu acordo e olho seu corpo, acaricio o seus rosto e digo.

– O que é isto? Um frasco tão apertado na mão do meu fiel amor? Agora vejo que foi o veneno que tão cedo o levou. Oh! Egoísta! Para que o bebeste tu todo e não deixaste uma gota amiga que me ajudasse a ir ter contigo? Vou beijar os teus lábios, meu amor, talvez aí encontre um resto de veneno, cujo bálsamo me fará morrer... – Me aproximo dele e deposito um beijo suave em seus lábios. Meu rosto nesse momento estava pegando fogo, tamanha era a minha vergonha.– Os teus lábios ainda estão quentes! (...) Oh, punhal abençoado! Eis a tua bainha... – Pego o punhal que esta ao seu lado e faço que vou crava- lo. - Cria ferrugem no meu peito e deixa-me morrer! – Caio sobre ele e a cena termina.

– Volto a dizer que vocês precisam mais de sincronização, no caso da sua parte Isabella, se quiser continuar na peça terá que achar a inspiração pra isso, caso contrário dou a sua vaga para alguém mais qualificado.

– Vamos ensaiar mais professora. – disse Andrew.

– Acho bom. – ela nos dispensou.

Estava seguindo para trocar minha roupa, até porque a que eu estava não era tão adequada para andar nas ruas de Massachusetts, no meio do caminho Andrew me chama.

– Isa, queria falar com você. Assim o que você acha da gente ensaiar mais essa semana, fora os ensaios normais.

– Eh.. por mim tudo bem. – disse sem jeito.

– A professora pegou pesado hoje não é?

– Muito, hoje definitivamente não é meu dia.

– O dia é você quem faz. – ele piscou e foi se trocar.

Na saída esperei a Megh e fomos para casa, estava morta de cansada, fora que a minha cabeça doía muito, mas sabia que quando chegasse em casa ela doeria mais. Abri a porta e não encontrei ninguém, a não ser a floquinho que brincava com seu ursinho de pelúcia. Olhei para a porta da cozinha e vejo Josh parado me olhando, juro que quase gritei, ele apareceu do nada.

– Oi.

– Oi. – disse tímida.- Você não tinha que estar trabalhando?

– Passei mal hoje por isso não fui.

– Precisamos conversar. – me levantei e fui até ele.

– Sabe que eu não sou bom com palavras. – ele me puxou até ele e me beijou, eu estava com saudades dos seus lábios quentes sobre os meus. Josh me beijava com tanto carinho, suas mãos me seguravam forte, como se ele não quisesse me soltar mais. Aos poucos fomos nos afastando, ele me olhou nos olhos e sorriu.

– Eu estava com tantas saudades minha loira, nunca mais faz isso comigo.

– Promete que não vamos mais brigar por coisas bobas?

– Prometo que vamos tentar não brigar.

– Eu estava com saudades de você também, na verdade morrendo. – ele riu e deu um beijo na minha testa.

– Esta com fome?

– Agora no momento estou morrendo de fome, mas vou pedir um hambúrguer.

– Eu to de boa, só quero descansar um pouco.

– O que você tem? – disse fazendo carinho em seu cabelo.

– Acordei com dor de cabeça, e febre.

– Vai dormir então, eu juro que não fujo.

– Vem comigo?

– Só se prometer se comportar.

– Eu prometo não fazer nada que você não queira. – ele sorriu de lado.

– Pra um doente você esta muito bem. - disse seria.

– A vida tem que ser levada com humor.

– Vou me trocar, espera um minutinho?

– Só um. – ele me deu um selinho e eu corri para meu quarto.

Troquei de roupa e olhei em meu celular para ver se não tinha nenhuma mensagem da Megh. Abri o Whats e mesmo assim mandei uma perguntando como ela estava. Peguei o telefone de casa e disquei o numero do fast food e pedi meu pedido. Peguei alguns remédios e um termômetro e segui em direção ao quarto do Josh. Bati na porta e ele gritou um entra, ele estava de baixo das cobertas e a televisão estava ligada, me sentei ao seu lado e ele me abraçou.

– Não preciso de remédio não loira, meu remédio eu já tenho. – ele me puxou pra mais perto e me deu um selinho.

– Você como um futuro médico iria me receitar?

– Só se fosse pra mim. – sorri. – Loira, assim eu vou fazer aniversario daqui a duas semanas e o John e a Vick estavam pensando em fazer em uma danceteria uma festa, o que acha?

– Eu ouvi tudo ontem, acho que deve fazer o que você gosta.

– Eu curto festa, mas não gosto de comemorar meu aniversario.

– Então chega a um meio termo, a gente podia ir todos juntos no karaokê o que acha?

– Ah eu topo, lá eu gosto, fora que a gente se diverte muito com as figuras que cantam por la.

– Lembra da mulher que dançou Lady gaga? – olhei pra ele e começamos a rir.

– Parecia mais uma lombriga, acho que aquele dia ela bebeu.

– Então só fala com o pessoal e agente marca.

– Eu gostaria mais de passar meu dia com você, mas como isso ainda não é possível me contento com a festa.

Passamos a tarde toda assistindo televisão e conversando sobre várias coisas, Josh ainda estava com um pouco de febre, mas mesmo assim não perdeu o bom humor e isso eu amo nele, tirando o seu sorriso encantador.

....

John

Estava no final do meu turno quando recebo uma mensagem, olhei em meu celular e vejo que era um email, o abri e vi que era o tal “pai” da Isa.

Olá John, gostaria muito de poder conversar com você pessoalmente, podemos marcar de nos encontrar?

O email era direcionado a um nome diferente, com apenas siglas, não tinha como eu saber ou ao menos pesquisar algo sobre ele. Pensei, repensei e resolvi marcar um encontro no domingo a noite. Se era pra resolver de uma vez por todas isso eu resolveria. A Isa merece ter um pai, não tirando ela de mim eu já fico contente. Terminei o meu turno e fui para casa, chegando em casa vi Josh e Vick jogando vídeo game, chamei Josh para um canto e contei a ele sobre o ocorrido.

– E você vai fazer o que?

– Vou ir nesse tal encontro, quem sabe o cara não é gente boa?

– Só cuida pra não magoar a Isa. – disse ele num tom de ameaça.

– Você sabe que nunca faria isso.

– Eu sei, só não esquece que ela é sensível e nesse momento ela vai precisar muito de você.

– Qual é a tua Josh, você acha que vou ferir a minha irmã? – disse num tom raivoso. - Qual é a dele, será que esse moleque esta a fim da minha irmã?

– Não estou falando que vai ferir cara, só peço que cuide dela, a Isa não merece sofrer.

– Não merece mesmo, mas porque está tão preocupadinho com ela? – disse o encarando.

– Porque eu me importo com ela, a mina já sofreu demais.

– Só por isso? – continuei a encara-lo.

– Eii se ta me estranhando John?

– Desculpa cara, eu pensei que... – deixa pra lá. – disse rápido.

Juro que se o Josh encostar a mão da Isa faço ele ir direto pro caixão, ele não é o cara certo pra ela, e suponho que nunca seja. Ninguém deixa de ser mulherengo / vagabundo em pouco tempo. Somos melhores amigos e ninguém na terra o conhece tão bem quanto eu o conheço. Eu jamais aceitaria isso e se chegasse um dia a acontecer algo ele iria se ver comigo, porque quem mexe com a Isa mexe comigo. Certo que o cara esta mudando, mas não é o suficiente para tão pouco tempo, vou fazer um teste se ele cair vai provar pra mim e pra todos que nunca irá mudar. E se a Isa estiver apaixonadinha por ele vai desencantar.

Isabella

2 semanas depois...

O teatro estava a vapor e essas semanas que se passaram me concentrei tanto nele que me vi tão longe do Josh. Quando eu estava em casa ele não estava, e vice versa, só nos víamos mais no final de semana e pela manhã. Meus professores só sabiam dar provas e trabalho em grupo, estava um poço de nervos e ainda tinha a apresentação e a tal festa do Josh. Na sexta acordei cedo, como não tinha aula por causa da dedetização da escola, fiquei até as 09:00 na cama, mas como a minha querida e amada professora de artes cênicas não estava satisfeita com o meu desempenho, tivemos que ter mais um ensaio. Durante essas semanas Andrew veio aqui em casa e ensaiamos muito, mas eu não conseguia olhar pra ele sentir aquela inspiração sabe. Com o Josh seria mais fácil, andei ensaiando com ele a uma semana atrás e quase morremos de rir.

Flashback on

– Oh! Minha querida Julieta, porque estás tu ainda tão bela? Devo acreditar que é o amor que sentes por mim. – ele riu e eu bati em seu braço.

– Faz direito Josh, eu tenho apenas duas semanas.

– Okay. - É para te defender que ficarei ao teu lado para sempre e nunca mais abandonarei este palácio, onde reina a sinistra noite. É aqui que quero ficar com os vermes, teus servidores. Aqui fixarei a minha eterna morada, libertando do jugo das estrelas funestas este corpo fatigado do mundo. Fitai-a pela última vez, meus olhos, e vós, meus braços, dai-lhes o vosso ultimo abraço. Vós, meus lábios, vós, que sois as portas da respiração, selai com um legítimo beijo o pacto eterno com a morte voraz. Vem, amargo fatal guia! Vem, piloto sem esperança, e atira contra os rochedos o meu batel fatigado da tormenta! Por ti, minha amada! – Ele começa rir.

– Quem lê isso? Cara como você consegue decorar isso?

– Com ensaios, agora se concentra. – Ele Lê o script e bebe um frasco que seria o veneno. - Abençoado boticário! É ativa a tua droga! Assim... morro com um beijo! – ele se aproximou de mim e disse. – Vou te mostrar Julieta como nos beijamos no século XXI. – ele pegou minha nuca e pressionou seus lábios contra os meus, seu beijo foi incrivelmente envolvente, suas mãos fortes contra meu corpo me provocavam arrepios paramos o beijo com selinhos carinhosos.

– Se a Julieta fosse beijada nessa época ela seria presa. – disse meio ofegante. Ele sorriu.

– Só eu posso te beijar assim e juro se aquele moleque passar dos limites, eu quebro ele. - sorri

– Que menino ciumento, depois sou eu quem sou não é? – disse ironizando.

– Aprendeu com quem essa ironia toda? – ele disse sorrindo.

Flashback off

Vesti um vestido preto, calcei um sapato de salto alto e coloquei um casaco por cima, fiz uma make e sai correndo. No caminho comi uma barra de cereal e cheguei faltando dois minutos para o tempo marcado, Andrew já estava no palco. Fizemos a cena quatro vezes e nenhuma delas a professora se agradou, eu estava disposta a largar tudo quando o Andrew me disse.

– Sei que não esta sendo fácil, mas imagina que eu sou a carinha que você esta a fim, e faz a cena.

– Vou tentar. – sussurrei.

Fizemos a cena novamente e imaginei sendo o Josh, até que não fui tão mal assim, segundo a professora melhorei um pouco mais. Andrew e eu fomos tomar um café no Starbucks e ficamos conversando sobre a escola e o tal baile que eles iriam fazer.

– Você já tem um par? – disse ele.

– Não, mas acho que não irei.

– Porque? – ele me olhou serio.

– O menino que eu gosto não é da escola, então não me sentiria bem saindo com outro entende? – ele assentiu.

– Você namora ele?

– Ainda não, mas estamos quase.

– Sorte a dele, encontrou uma garota preciosa.

– Obrigado Andy. - sorri envergonhada.

– Vou te confessar que no começo me senti muito atraído por você, mas depois que saquei o lance do mercado eu desencantei. Vocês estão juntos não é?

– É tão evidente assim?

– O cara quase me matou com o olhar, não acha evidente? – ironizou.

– Acho que sou péssima atriz.

– Quando a gente gosta não consegue disfarçar.

.....

Depois de ter uma conversa muito prazerosa com o Andrew fui até a casa da Megh, marcamos de ir ao shopping comprar os presentes do Josh e da Vick. Procurei em todas as lojas algo que eu pudesse dar a ele, mas não encontrei. Quando estava quase desistindo, parei em frente a uma loja de perfumes e comprei um a ele. Logo depois passei em uma papelaria e imprimi algumas fotos nossas e comprei um álbum e escrevi, escrevendo a nossa história na primeira página. Chegamos em casa e os meninos estavam jogando vídeo game, larguei as compras no quarto e fui para cozinha comer algo. Megh ficou agarrada no Alex, e eu? Fiquei morrendo de vontade de dar um abraço no Josh. Fiz uma salada de fruta, e coloquei para gelar. Quando eu estava saindo para tomar banho Josh aparece na porta, ele me olha sorri e eu entro novamente na cozinha.

– Dia corrido não é?

– E tanto, estou exausta. – disse me sentando na bancada.

– Sinto sua falta. – ele sussurrou no meu ouvido.

– Eu também. – disse baixinho.

– Quero te beijar, te abraçar, ficar com você, mas a casa esta cheia.

– Mais tarde a gente fica junto.

– Vou estar aguardando ansiosamente.

....

No dia seguinte estava maior correria, o John inventou de trazer uns amigos pra fazer um trabalho, a Vick estava com o som do quarto meio alto e eu estava tentando escolher um look para hoje a noite, resultado? Uma confusão. Sai do quarto e vi os meninos discutirem algo, Josh estava lendo um livro e quando eu passei ele piscou pra mim. Estava louca pra dar ficar juntinho dele, mas a casa estava lotada.

De tarde fui ao salão de beleza e só voltei as 18:00 horas, a casa estava aparentemente vazia e eu dei graças a Deus, não aguentava mais barulho. Bati na porta do quarto do John e não vi ninguém, fui surpreendida com um beijo no pescoço.

– Loirinha, até que enfim a SOS.

– Nem pude te dar um abraço apertado. – me virei e o abracei. – Feliz aniversario. – o abracei forte.

– Obrigado. – ele sorriu feito bobo.

– Vem cá, vou te dar um presente. – fomos até meu quarto e eu peguei os presentes. – Um é pra você ficar ainda mais cheiroso pra mim. – o entreguei e ele foi abrindo.

– Obrigado minha gatinha. – ele abriu o segundo presente e sorriu, olhou pra mim e sorriu novamente. - Acho que você estava adivinhando, pois eu pensei em algo. – ele se ajoelhou em minha frente e disse.

– Eu não sou o cara mais perfeito do mundo e não estou perto de ser, quando estávamos brigados eu não poderia pensar na hipótese de te perder, foi nesse momento em que eu pensei. "A Isabella não é apenas mais uma na minha incontável lista, ela representa muito mais". Você é a garota que eu quero ficar, quero te fazer feliz todos os dias e sentir teu abraço, não sou o melhor com palavras, mas eu quero te pedir algo, você aceita namorar comigo minha pequena? – ele tirou uma caixinha do bolso e abriu. – meus olhos estavam marejados e as lágrimas queriam vir, mas as segurei. – como não posso te dar uma aliança ainda, ninguém iria desconfiar de uma pulseira não é? – ele me olhou e voltou a sorrir.

Minhas pernas estavam tremulas, e ve-lo assim tão lindo, seus olhos azuis me olhavam como se fossem desvendar a minha alma, minhas mãos estavam tremulas e mal conseguia falar, tirei coragem la do fundo e disse:

– Você não é o cara perfeito, mas é com quem eu quero estar. – ele se levantou e me deu um beijo carinhoso.

– Quem diria o cafajeste apaixonado pela princesa. – disse ele se separando os nossos lábios e sorriu.

– Uma princesa que não é da realeza.

– E um ex cafajeste, somos uma bela dupla. – Josh colocou a pulseira em meu pulso e beijou minha mão.

....

Estava finalizando meu look quando escuto um barulho na porta, grito um entra e termino de colocar os meus brincos, pois a make, cabelo e unhas já estavam prontos, só faltava a roupa mesmo, não queria tirar meu roupão da minie que estava quentinho. Não me julguem Okay?

– Oi gata, se ta bonita ein, vai assim? – Alex ironizou.

– Hahaha, nem vou te responder.

– Meu pai me contou que vocês correram juntos, ele gostou de você. – disse ele se sentando na cama.

– Seu pai é um amor, super gentil da parte dele. – disse sorrindo.

– Ele veio com umas perguntas estranhas sobre você, tipo que idade você tinha, sobre os seus pais e perguntou também se tínhamos algo, foi até engraçado.

– Imagina se a gente namorasse? Seria cômico.

– Somos parecidos, por isso não deu certo. Pois a lei da física sempre será os opostos se atraem.

– E eu confirmo isso. Alex eu vou te contar uma coisa mais promete que não vai contar pra ninguém, nem pra Megh?

– Prometo, conta logo.

– O Josh me pediu em namoro hoje.

– Serio? – ele me olhou incrédulo.

– Sim. - disse sorrindo.

– Puts, ele ta mesmo a fim de você, porque o meu garoto não faria isso. Fico feliz por vocês, mas se ele te machucar eu quebro ele.

– Ele não vai fazer isso.

– Eu sei que não, só queria apenas dar uma de amigo durão. – rimos.