Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 15
Just a fool


Notas iniciais do capítulo

Falo com vocês lá embaixo... Boa leitura.



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“Por ter esperado por algo que
Jamais voltará
Eu não posso aceitar que isso está perdido

Eu deveria deixar pra lá
Segurado minha língua
Não posso lutar contra o impulso
Pois agora tudo está tão errado
Eu estou jogado

Eu sou apenas um tolo”

Just Fool – Cristina Aguilera feat Black Shelton

IRIS

–Dra. Snow? –Eu queria me chutar por dentro, mas eu não sabia mais aonde procurar aquela peste. Já tinha ido na casa dele, no laboratório, nos cafés vinte quatro horas, nas pizzarias vinte quatro horas, passei em todas as lanchonetes na cidade e até agora nada. Então eu estou aqui dirigindo feito uma barata tonta pela cidade e nem sinal de Barry, minha última cartada era tentar na (talvez) namorada dele.

–Sim? –Ouço uma voz sonolenta do outro lado da linha. Só então eu olho o painel do meu carro, caramba dez para as quatro da manhã.

–Dra., e a Iris, amiga de Barry, desculpe pelo adiantado da hora. – Tento me desculpar.

–Claro, Iris. Pode me chamar de Caitlin. – Que inferno e a mulher ainda tem que ser simpática comigo? – Em que posso te ajudar.

–Então Caitlin, eu sei que não deve ser nada, mas eu estou muito preocupada, sabe coisa de melhor amida e tudo mais. –Tento me justificar. – Mas é que eu estou tentando contatar o Barry e não venho conseguindo. – Não sei se rezo para ele estar com ela ou para ele não estar.

–Você já tentou a casa dele? – Ela parece muito mais desperta agora, mas acho que ela me acha uma tapada, que tipo de pergunta é essa?

–Já, a casa está vazia, eu tenho a chaves do tempo que ele ficou em coma. –Me apreço em dizer. – Tentei o celular, todos os lugares que costumamos frequentar, todas as lanchonetes, pizzarias e qualquer coisa que venda comida e fique aberto por toda a madrugada e até agora nada.

–Fica na linha eu vou fazer uma ligação. – Se apreça também demonstrando preocupação, e por mais que eu queira não gostar dela, eu não posso guardar qualquer mágoa de quem se importa tanto assim com alguém a quem tanto amo, eu estou dirigido pelas ruas lentamente a procura de algum sinal dele. – Iris? –Ouço a sua voz pelo alto falante do carro.

–Estou aqui. Conseguiu alguma coisa? –Pergunto com esperança na voz.

–Sim, consegui rastrear o celular dele. – A voz dela é incerta como se não soubesse se poderia ou não dividir essa informação.

–Caitlin, eu não sei no que ele se meteu, mas ele é o meu melhor amigo e a pessoa que mais amo nesse mundo, me dá esse local agora! – Grito com ela.

– Ele está no sul da cidade, na Glestiton. – Ela diz ainda com receio.

–Não é muito longe de onde eu estou. Obrigada Caitlin.

–Me dê notícias dele, ok? – Sinto a agonia na sua voz

–Faço ele te ligar assim que tudo isso acabar. – Viro em uma rua e sigo para o endereço.

–Obrigada. – Eu desligo o telefone, e quase que instantânea mente uma explosão e agonia me toma, quando descubro que é exatamente aonde Barry está. – Barry em que você foi se meter?

Acelero passando pelos carros parados na rua, quando eu vejo alguém caído sobre o capô de um dos veículos. Ele trajava uma roupa escarlate, rosto encoberto por uma mascará, e um raio cruzando o peito, eu sei que nunca tinha o visto, mas eu tinha certeza que ele era o ‘raio’. Paro no meio da rua e tento socorre-lo.

Chego perto aos poucos e percebo que ele não está ferido, apenas desacordado, mas eu não era nenhuma medica, e não tinha como eu ter certeza, tento checar seu pulso mas por causa do seu traje eu não consigo e então eu tento ver os seus batimentos pelo seu pescoço, está normal, um tanto acelerado, mas como eu disse eu não era medica, e foi quando eu vi um risquinho quase imperceptível a baixo do seu queixo.

Impossível, eu o conheço desde sempre, eu saberia se o meu melhor amigo fosse o ‘raio’, e de repente esse nome pareceu muito estupido. Ele aos poucos vai tomando consciência e seus olhos se encontram com o meu, e através da mascará eu vejo o seu medo, ele temia que eu tivesse descoberto o seu segredo, e a única coisa que eu queria era dá um soco muito forte naquela cara mascarada.

–Você tem noção de como eu quero te matar no momento? –Eu o acuso. – E nem tente negar. Inacreditável! - Volto para o meu carro, abro a porta e me viro para ele. – Wally está te procurando. –Me viro de volata para o carro.

–Iris...- Ele tenta dizer, mais eu o interrompo.

–Eu nunca guardei um mínimo segredo de você, sempre foi o meu melhor amigo e meu confidente, e para que? Você me traiu Barry.

–Não é isso. – Ele estava ao meu lado, em uma velocidade que eu jurava ser impossível, mas dado os acontecimentos. – Eu não podia te envolver.

–Mas você podia envolver a Caitlin? Por que suponho que ela saiba de tudo. –Eu o acuso, as coisas me são tão claras agora.

–Ela me ajudou.

–Não sou uma medica, mas se você tivesse me deixado também teria ajudado, só que você me tirou da sua vida! –Grito em sua cara.

–Eu nunca tirei você da minha vida. –Ele diz em exasperação.

–Tirou no momento que não confiou em mim. Ah! Sua medica pediu que você ligasse para ela. – Entro no carro e fecho a porta e saio sem mais olhar para ele.

WALLY

Eu olhava para o caminhão tanque e pensava em como isso poderia dar certo? Ou melhor em quantas mil maneiras isso poderia dar muito errado. -Vô, tenta de novo, como isso pode realmente funcionar?

–Você tem noção de como é esquisito te ouvir me chamar de vô? Até duas horas atrás você nem existia, e agora já é maior do que eu.

–Eu já êxito em algum lugar, devo ter um ano agora. E se o senhor preferir não o chamo mais assim. –Fico sem jeito por que o Joe do meu tempo me estrangularia o pescoço se eu o chamasse de outro nome.

–Não, eu gosto de ser chamado de vô. – Surge um sorriso em seu rosto. –Minha filha sabe sobre a sua ligação com ela, ou com o Barry, ou tudo isso. – Joe faz um círculo com as mãos fingindo englobar tudo.

–Não, ela acha que eu sou só um amigo do Barry. Só que ela é minha mãe, é inevitável eu sentir a alegria que eu sinto ao vê-la, e ela percebe e retribui.

–Acho que ela faz mais que apenas retribuir, ela já é sua mãe sem nem mesmo saber. – Ele sorri como se confirmasse algo. –Mas e o Barry?

–Ele sabe de tudo, pelo menos tudo que eu pude dizer para ele, e as vezes até mais. –Minha cabeça pesa com todas as minhas falhas.

–Ei, não se cobre tanto assim, você está fazendo o melhor que pode com o material que tem, mas tem coisas, que mesmo que você tenha todos esses poderes, não está em suas mãos o poder de altera-las.

–Obrigado vô. –Digo com sinceridade, mas eu sei que se eu falhar eu possa não ter um futuro para poder voltar, quem sabe se eu vou estar no futuro? – Mas qual é esse plano mesmo?

– Seu pai nunca deixaria as pessoas em risco, então vamos criar uma falsa situação de risco para poder atrai-lo para que você possa conversar com ele. – Ele soa parecer fácil.

–E isso requer explodir aquele caminhão? –Olho pasmo para o meu vô.

–Não estou feliz com isso também, mas se você tiver outro plano sou todo ouvidos. –E como eu não falo nada ele continua. – Aquele caminhão tanque já foi quase todo esvaziado, ele deve ter apenas uns dez por cento da capacidade dele agora.

–E como você sabe disso? –Pergunto em choque.

–Os eixos extras estão levantados, vê? – Ele aponta para os pneus suspensos. –Eles só fazem isso quando estão leves, por que não precisão de tanta estabilidade. – Me surpreende. –O que foi, só o seu pai pode saber das coisas? Seu bisavô gostava de carros grandes, e me ensinou alguns truques. - Ele pega o celular, disca até que é atendido. – Barry? –Sua voz é de comando, como a de qualquer pai bravo, eu nunca tinha ouvido ninguém falar assim como meu tio antes, devo admitir, foi engraçado. – Tem um maluco ameaçado explodir um caminhão tanque aqui no sul da cidade, do seu estilo de maluco. - Ele fica quieto por um tempo. –Vou tentar tirar os civis. – Desliga o telefone e aponta para mim, é minha vez de dar um show pirotécnico.

Pego uma barra de ferro e tento calcular uma boa velocidade para fazer com que isso der certo, vejo Joe se esconder, e quando sei que ele está seguro faço o meu trabalho. Dito e feito, há uma grande explosão, mas nada que cause muito estrago.

Mas é claro que alguma coisa tinha que dar errado, sinto o deslocamento do vento e ele está chegando, ao mesmo tempo que uma roda do caminhão é lançada de encontro a ele, e pronto meu pai foi parar em outro quarteirão em cima de um capô desacordado com a minha mãe ao seu lado. Oh inferno! Será que nada que eu faça vai dá certo?

BARRY

Merda Barry! Tem como uma pessoas fazer tanta besteira com a vida assim? A única coisa que Joe te pediu na vida, foi que não envolvesse a filha dele nessa porcaria toda, e isso é exatamente o que você fez. E agora ela ainda por cima te odeia! A mulher que você ama te odeia. Não posso ir atrás de Íris agora, a conheço o suficiente para saber o quanto ela deseja minha cabeça em uma bandeja nesse momento.

Volto para o local da explosão a fim de me certificar que ninguém foi ferido no processo, mas o que encontro é Joe e Wally parados lado a lado. Joe parecia conter uma crise existencial de Wally e não acho que ele estava se saindo bem no trabalho. Paro imediatamente em frente a meu filho que tremia em pânico, não sei de onde tirei a ideia de fazer o que fiz, mas peguei a mão do garoto e comecei a correr o obrigando a me acompanhar o que em algum tempo quando já estávamos próximos a Gothan fez com que ele voltasse a respirar normalmente. Paramos em um canto escuro da cidade frente a frente para que ele me explicasse o que estava acontecendo.

–Wally. –Disse seu nome com calma o segurando pelos ombros. –O que aconteceu com você?

–Tio tudo deu errado, pessoas que não deveriam saber quem eu sou, quem você é agora sabem e não sei o que mudei no futuro a essa altura, eu temo pela Liga, por Sara e os Queen’s. Temo por não poder mais salvar minha mãe, por que você fez sua escolha. –Ele me olhava de uma forma estranha, uma forma que nunca antes alguém me olhou, aquele era o olhar de um filho decepcionado e nunca pensei que algo pudesse me machucar tanto.

–Eu não fiz nenhuma escolha. –Digo, mas sei que ele está certo, eu havia feito minha escolha.

–Você a amava no futuro e acredito que se não a ama ainda, vai amar em algum momento.

–Eu amo você Wally. –Falo com absoluta certeza e ele esboça um sorriso triste. –É insano eu sei, mas eu te amo como meu filho, mesmo não estando nem perto de ser pai ainda. Não escolheria outra coisa senão você nesse mundo.

Algumas horas antes...

Sai da casa da Felicity em disparada, precisava vê-la, depois de ler aquela carta tudo o que eu ansiava era por ter Caitlin em meus braços. Em menos de dois minutos eu estava na porta de sua casa, tocando sua campainha. Ela abriu a porta usando um pijama de flanela, com um olhar preocupado sobre mim e sorriu ao perceber que não havia nada errado comigo. Entrei em sua casa a abraçando forte, Caitlin retribuiu o abraço sem entender direito o que estava acontecendo, mas meu desespero era tamanho que não deixava espaço para contestação.

–Está tudo bem Barry. –Disse com o rosto enterrado em meu peito.

–Agora está. –Respondo me afastando a procura de seus lábios.

Tudo se seguiu muito rápido depois daquilo, eu a tomei em meus braços ainda com meus lábios nos dela, correndo em minha velocidade sobre humana, como não sabia onde era seu quarto testei todos os cômodos da casa o que não levou mais que dois segundos. Não sei o porquê de estar agindo daquela forma, nunca havia feito nada tão impulsivo antes, mas tão rápido quanto nos deitamos, nossas roupas haviam desaparecido no processo.

–Quer mesmo fazer isso? –Pergunto recuando em um momento de consciência.

–Mais do que qualquer outra coisa. –Responde me puxando novamente para seus lábios.

Fizemos amor, com carinho e um cuidado indescritíveis. Caitlin chamava por meu nome e meu coração se enchia de esperança, eu não poderia perde-la, nunca. Acabei pegando no sono ao seu lado por algum tempo, mas então o meu celular começa a tocar estridente e vejo o a foto de Joe na tela e atendo imediatamente.

‘Barry!’

–Sim Joe, aconteceu alguma coisa? –Pergunto já me vestindo.

‘Tem um maluco ameaçado explodir um caminhão tanque aqui no sul da cidade, do seu estilo de maluco.’

–Estou a caminho. –Vou até Caitlin que dorme tranquila, depositando um beijo no alto de sua cabeça antes de ir pegar meu traje na SL.

OLIVER

Para minha surpresa Felicity escolhe um filme de ação e se senta ao meu lado, colocando suas pernas em cima das minhas de forma que elas ficassem esticadas e seu corpo ficasse de frente para a televisão. Até então tudo bem, nada de mais, respiro fundo pousando minhas mão em cima de suas coxas e ela sorri antes de dar play.

–Nunca consigo entender a trama desses filmes. –Comenta no momento em que Angelina Jolie mata um cara usando as algemas que a prendia. –Parece que o único objetivo deles é matar pessoas das formas mais bizarras e impossíveis.

–Na verdade aquilo é totalmente possível. –Respondo em um impulso à fazendo arregalar os olhos para mim. –Não que eu já tenha feito isso Felicity. –Me apresso a dizer. –Mas não é assim surreal também. Aquele filme dela em que ela curva a bala para matar pessoas é surreal! –Justifico a fazendo rir.

–Oliver você acerta pessoas diferentes lançando três flechas de uma vez! Isso é muito bizarro. –Ela acaricia meus cabelos enquanto fala, não acho que era uma jogada da parte dela para vencer esse desafio idiota que eu inventei sei lá por qual motivo nesse momento. Felicity era tão ela... E nada era mais fascinante nesse mundo para mim do que Felicity.

–Aquilo é técnica, completamente explicável!

–Eu sei, fiz meus cálculos quanto a isso. –Diz ativando seu modo nerd. –Tem a ver com o posicionamento do seu corpo e a gravidade que você faz uso no momento em que a dispara, seu corpo pende momentaneamente para lados diferentes o que faz com que elas rumem por caminhos distintos...

–Ok. –Falo rindo. –Eu simplesmente coloco a flecha no arco e atiro, não precisa de fazer disso uma coisa tão complicada. –Mas ela estava completamente certa.

–O que acha que está acontecendo com eles agora? –Muda de assunto me pegando desprevenido. –Há horas que não temos notícias.

Peguei meu celular e disquei o número do telefone de Barry que chamava até cais na caixa postal. Felicity fez a mesma coisa e também não obteve respostas. Quando já estávamos prestes a ir para a caverna para ver se algo estava acontecendo em Central Wally passa pela porta vestido como o Flash, ele tira o capuz revelando seu rosto pálido.

–Oh meu Deus Wally! –Diz Felicity correndo em sua direção. –Você está branco... Que dizer, mais branco que o normal.

–Não me sinto bem Fel. –Ele joga seu braço ao redor dos ombros dela mas parece pesado demais para ela suportar. –Parece que cada molécula do meu corpo está se soltando uma da outra. –Diz confuso

–Deixa que eu pego ele. –Vou ao seu auxílio lhe dando apoio.

–Ele fez a escolha dele. –A imagem de Wally começou a tremer como um holograma. Em desespero tentei abraça-lo, mas no momento em que meus braços estavam prestes a envolve-lo seu corpo sumiu, me deixando abraçando o nada.

–Não! –Felicity caiu de joelhos com as mão na cabeça sem saber o que fazer.

Eu precisava pensar, precisava resolver tudo isso. Não o Wally, não ele. Tentei pegar meu celular novamente, mas minhas mãos estavam tremulas demais, Felicity chorava com os olhos fixos onde antes estava Wally West. Consegui pegar meu celular e disquei mais uma vez o número de Barry, rezando para que não fosse ignorado outra vez.

‘Oliver.’ –Sua voz estava estranha, ele parecia saber que algo estava errado. ‘Onde ele está?’

–Ele sumiu, desapareceu diante dos nossos olhos. – Falo com a voz controlada, mas sentindo um imenso buraco se abrir em meu peito.

‘Não.’ –Sua voz era um sussurro sem vida. ‘Preciso concertar isso.’

–Que merda você fez Barry?’ –Minha voz agora é quase uma ameaça. Pego Felicity pelos ombros e a faço levantar, eu precisava dela para enfrentar o que tivesse pela frente.

‘Eu vou resolver isso.’ - Ele desliga o telefone. Por que acho que ele vai piorar tudo ainda mais?

–Oliver o que ele vai fazer? – Ouço a voz fraca de Felicity.

–Uma besteira. – Tento me segurar, mas aquelas minhas novas flechas serão testadas antes do que eu pensava. -Vamos, precisamos pegar uma avião para Central City.


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Notas finais do capítulo

OMG!
Meu baby sumiu! Nãaaaaoooooo!
E agora meu povo, quem poderá nos ajudar?... Chapolin... Não pera...
Barry fez a escolha dele, o que será que vai acontecer Now?