Horizonte Distante escrita por OllySwan


Capítulo 33
14 - Marcas que o tempo não apaga




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Alec POV
     Havia se passando um mês desde que Edward havia ido embora, a cada dia parecia que Bella não se recuperava, eu já me sentia mal por ela, eu gostava demais dela e só queria a sua felicidade. Bella estava tomando banho enquanto eu esperava sentado em sua cama, nós a convencemos a se distrair um pouco. Jasper havia dito que iria trazer um atrativo pra ela, ver o quanto ela chorava todos os dias me fazia muito mal, mas eu tentaria fazê-la esquecer daquele cara.
     Cheguei perto de sua escrivaninha e vi sua agenda, não contive a minha curiosidade e abri, na primeira página havia um pequeno texto, com uma letra muito bonita, seria um clássico da literatura Brasileira.

Amar – Carlos Drummond de Andrade

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar,desamar, amar?
Sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita

     Junto a este poema tinha uma foto do Edward, a foto era dos dois juntos, mas ela havia dobrado a foto, deixando apenas a parte dele aparecer. Pra mim era terrível ver aquilo, pois eu a amava, afinal.
     “O que está fazendo?”, ela me puxou pelo braço, quando eu tentei esconder rapidamente.
     “Nada”
     “Hum, me desculpe Alec, fui descuidada”, ela disse sem graça.
     “Tudo bem”, eu sorri de canto.
     “Vamos descer? O pessoal está nos esperando pra jantar”, eu sorri.
     “Vamos”, ela me olhou e sorriu de canto.
     Peguei em sua mão e saímos do quarto, ela desceu as escadas calmamente, e todos sorriram ao nos ver.

Bella POV
     Ver Alec olhando a foto do Edward na minha agenda foi constrangedor, afinal ele era meu namorado.
     Chegamos na sala e todos sorriram, Alice estava uma gracinha no vestido verde rodado que ela havia me mostrado, Jasper estava dançando com ela uma musica lenta.
     “Boa noite pessoal”, eu sorri de canto.
     “Boa noite minha Bells”, Emmett veio correndo e me abraçou, eu sorri e o abracei como a muito tempo não fazia.
     “Ai que saudade desse abraço de irmã”, ele disse beijando o meu rosto, Alec pigarreou e ele me soltou.
     “Não precisa ter ciúmes, ela é como uma irmã pra mim”, Emmett revirou os olhos e eu ri.
     
     Fomos para a sala de jantar, Alice como sempre com as mãos abençoadas havia preparado o jantar, e estava delicioso.
     Nós jantamos e eu estava mais calma de estar lá com eles, como há tanto tempo não fazia, minha esperança era de que um dia as coisas voltassem ao normal.
     
     “Ow, esquisita”, Jazz deu um tapa na minha cabeça.
     “Olha hein Jasper, eu te bato”, eu sorri e ele riu.
     “A intenção era essa, mas como você é uma fracona”, ele mostrou a língua e saiu correndo.
     “Volta aqui seu palhaço”, eu saí correndo atrás do malandro.

     Nós corremos alguns minutos até que eu me cansei e voltei pra dentro da casa, todos estavam felizes por eu estar mais animada, mas eu ainda sentia falta dele, sentia falta de Edward.
     
     “Olha esquisita, eu trouxe uma surpresa aqui, pra você e pra todos, hoje é dia de se divertir”, ele sorriu e mostrou um aparelho com dois microfones.
     “Que porra é essa?”, Jake perguntou confuso.
     “Vamos cantar no karaokê hoje”, Jazz disse e rebolou, nos fazendo rir.
     “To até vendo a galera chamando gato ai”, Emmett disse se ajeitando no sofá.
     
     Nos sentamos no sofá enquanto Jasper tentava ligar o aparelho na TV de 42 polegadas.

     “Dá pra algum ser me ajudar aqui?”, ele disse irritado.
     “Cara, não é só loira que tem problemas, você também tem Jasper”, Jake disse se levantando e indo até a TV.
     “Cala a boca, loira burra é a tua mãe”
     “Eu não te chamei de loira idiota”, Jake riu.
     “Não?”, Jasper fez cara de confuso, “Me chamou do que então?”
     “De gostosa”, Alice disse rindo, fazendo cara de perva.
     “Alice, tenho medo de você”, eu disse rindo.

     Jake arrumou o karaokê na TV e ligou, a primeira dupla foi Emmett e Jacob. Eles cantaram uma música bonita até, do Green Day, 21 guns.
     
     “Ah não, tem que ser engraçado, cantar músicas bonitas não tem graça”, Jasper cruzou os braços.
     “Então faz teu show aí paquita”, Jake riu.
     “Você me deu uma ótima idéia Jacob Preto”, Jazz sorriu malicioso. “Bella, dedico essa música a você ok? Como prova da nossa eterna amizade colorida”, ele pausou, “Colorida não, quer dizer, colorida sim, amiguinhos amiguinhos ok?”, ele riu, “Alice não me bata, você entendeu o que eu disse né?”, ele olhou pra Alice que se contorcia de rir.
     “Entendo amor, faz teu shooow aí paquito!”, Ali gritou rindo.

http://www.youtube.com/watch?v=8p1-jCCUn5Y

[i]Te encontrei...[/i]

Quando ele começou a cantar eu reconheci a música e cai na gargalhada

[i]Toda remelenta e estronchada num bar,
entregue às bebida
Te cortei os cabelos do suvaco e as unhas do pé
Te chamei de querida

Te ensinei
Todos os auto-reverse da vida
E o movimento de translação que faz a Terra girar
Te falei
Que era importante competir
Mas te mato de pancada se você não ganhar!

Você foi
Agora a coisa mais importante
que já me aconteceu neste momento
Em toda a minha vida

Um paradoxo do pretérito imperfeito
Complexo com a Teoria da Relatividade
Num momento crucial

Um sábio soube saber que o sabiá sabia assobiar
E quem amafagafar os mafagafinhos
Bom amafagafigador será

Te falei
Que o pediatra é o doutor responsável pela saúde dos pé
O 'zoísta' cuida dos zóios e o oculista
Deus me livre, nunca vão mexer no meu!

Pois pra mim
Você é uma besta mitológica
com cabelo pixaim parecida com a Medusa

Eu disse isso
Pra rimar com a soma dos quadrados dos catetos
Que é igual à porra da hipotenusa

Você foi
Agora a coisa mais importante
que já me aconteceu neste momento
Até hoje em toda a minha vida

Um paradoxo do pretérito imperfeito
Complexo com a Teoria da Relatividade
Num momento crucial
Um sábio soube saber que o sabiá sabia assobiar

E quem amafagafar os mafagafinhos,
bom amafagafigador será
Eu fundei
A Associação Internacional
de Proteção às Borboletas do Afeganistão

Te provei por B mais C
Que as meninas dos teus zóio
não tem menstruação

Dar um prato de trigo pra dois tigres
E ver os bichos brigando é legal que só (miauuu...)
Pois nos 'tira e põe, deixa ficar' da vida
Serei sempre seu escravo-de-Jó
vamos para o fim!

Logo agora que você estava quase
entendendo o que eu estou falando (falando)
A canção está acabando e o Creuzebeck
está abaixando ali o volume (volume)

E você não entende nada mesmo porque quando
você estiver em sua casa nesse
momento a música vai tá baixinha (baixinha)

E você não vai entender nada mesmo
porque não sei por que eu tô falando
esse monte de besteira aqui já que estou...

Porra! Vamo parar com esse papo chato,
rapaz! (vamo lá)

Eu já não estou agüentando mais,
está doendo minha garganta

Eu tenho que fazer ali um gargarejo com vinagre,
soltei um peido aqui dentro (caralho!)
Está fedido o ambiente, meus dedos estão dormentes[/i]
...

     Jasper sabia imitar direitinho a voz do Dinho, confesso que todos estavam mijando de rir das caras e bocas que ele fazia cantando, Jasper sabia nos divertir.

     [i]“Pelo amor de Deus, parem com esta porra!”,[/i] cantamos juntos no final da música.
     “AEEEEE”, todos nós batemos palmas e não cosneguíamos parar de rir.
     “Então quer dizer que se eu não ganhar você vai me matar na pancada?”, eu perguntei rindo.
     “Pode crer que sim, quero troféus, então trate de ganhar sua besta quadrada”, ele riu e me abraçou, me tirando de chão.

     “Agora é a vez da Bells e da Alice né gente?”, Jake falou.
     “Ah não gente”, eu disse me escondendo no braço do Alec.
     “Ah não o caramba Bella, pode vir”, Alice me puxou pelo braço e cuchichou no meu ouvido a música que íriamos cantar, eu sorri pois sabia a coreografia.

http://www.youtube.com/watch?v=7sDkzQRUjJE
     
     A música começou e nós cantávamos e dançavamos a coreografia.

Olha lá quem vem virando a esquina
Vem Diego com toda a alegria, festejando
Com a lua em seus olhos roupa de água marinha
E seu jeito de malandro

E com magia e pura alma
Ele chega com a dança
Possuído pelo ritmo "Ragatanga".

E o DJ que já conhece
Toca o som da meia-noite pra Diego, a canção mais desejada
E ele dança, ele curte, ele canta.

Aserehe ra de re
De Hebe tu de hebere seibiunouba mahabi
An de bugui an de buididipi
Aserehe ra de re
De Hebe tu de hebere seibiunouba mahabi
An de bugui an de buididipi

Não é por acaso que eu o encontro todo dia
Por donde voy caminhando
Diego tem sua magia e esta alegria rastafari afro-cigano
E com magia e pura alma!
Ele chega com a dança
Possuído pelo ritmo "ragatanga"

Y el dijey que lo conoce toca el himno de las doce para Diego la canción más deseada

Y la baila, ele curte, y la canta.
Aserehe ra de re
De hebe tu de hebere seibiunouba mahabi
An de bugui an de buididipi.
Aserehe ra de re
De hebe tu de hebere seibiunouba mahabi
An de bugui an de buididipi

     No final os garotos estavam se mijando de rir da gente, e a gente dançando e gritando feito loucas, foi divertido pra caramba.
     
     Todos cantaram no Karaokê louco do Jasper, foi muito engraçado, saiu até música da Xuxa, Alec quis entrar na zueira e cantou uma musica dos Mamonas Assassinas, enfim, todos se divertiram muito.
     
     “Ai gente, estou morrendo de sono”, eu disse me levantando do sofá.
     “É eu também”, Alice reclamou.     
     “Eu vou embora, tchau amor”, Alec se despediu e me deu um selinho.
     “Vou subir, já é muito tarde, beijos pra todos”, eu sorri, “e obrigado pela noite”, me despedi e subi as escadas.
     
     Chegando ao meu quarto parecia que a dor havia voltado, senti outro aperto forte no coração, uma falta enorme daquele homem que eu não conseguia esquecer.
     E mais uma vez sua lembrança me trazia dor, uma dor que talvez eu nunca suportasse.

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