Living In The Moment escrita por Sra Manu Schreave


Capítulo 12
Capitulo 12 - Johanna


Notas iniciais do capítulo

Ola girls,
Demorei? Demorei, mas eu estava uma bagunça, mas agora organizei minha rotina. Terminei um curso que estava fazendo e agora tenho mais tempo. Tenho uma coisa um pouco... Triste, para dizer, mas será nas notas finais, sim? Alias, tenho muito que agradecer à todos. Afinal, estamos com 120 comentários... Isso é incrível, garotas, super incrível. Quero agradecer à todas que leem, as que favoritam, as que comentam... A todo mundo, serio, nunca teria chegado até aqui sem vocês
Me perdoe pelos erros.
Espero que gostem...
Beijos,
Manu Schreave



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— Katniss?

Por um tempo tudo se passa entre trocadas de olhadas, talvez se passaram segundos, ou míseros minutos, mas com toda essa intensidade elétrica entre Kat e a tal mulher de cabelos ruivos desbotados, para mim foi como horas. Quem sou eu? O que estou fazendo aqui? Que é tudo isso? Não sei, não sei de nada. Apenas me sinto perdido, sem saber o que faço nessa cena, ou como chegamos a ela.

— Olá Johanna! — Katniss finalmente diz algo, em tom de sussurro. Mesmo após as duas palavras, a tensão entre elas é palpável. Seja lá o que aconteceu entre elas no passado não foi muito divertido.

Percebo o olhar de ambas se concentraram em mim por alguns segundos, o que eu tenho haver com isso? Seja o que for não sei de nada. Aos poucos a conversa através de olhares se suaviza um pouco.

—Ei Katniss, quanto tempo, não? Como tem andado? Quem tem sido? — questiona Johanna, com um leve toque de magoa e ironia na voz.

—Muito tempo, senti sua falta. Acredite ou não. — Kat termina a última frase em tom de sussurro. — Tenho andado bem, obrigada, sendo apenas uma garota louca, divertida que acabou de conhecer a Route 66.

—Interessante. Deve ter sido legal, não? Você sempre foi apaixonada pela Route 66. — elas assentem sincronizadamente, quando resolvo entrar na cena.

—Olá Johanna! Prazer, sou Peeta Mellark, amigo da Kat. — estendo a mão para ela, que olha para a tal, mas ignora.

—Hum... Prazer, o que trouxe vocês até aqui hoje? — questiona fazendo-nos lembrar de nosso proposito ao entrar nesse estúdio.

—Eu gostaria de fazer uma tatuagem, você tem um horario?

—Oh, serio, cara? Achei que tinha vindo assistir um teatro. — responde sarcasticamente, me deixando em dúvida entre rir ou me senti ofendido, mas quando olho para Kat percebo que ela está vermelha de tanto rir. — Bem, horário não é tão fácil de se conseguir, mas para a Kat e um gatinho desse sempre se consegue, mesmo que seja no meu horário de descanso.

—Pegue leve com ele, Jo, até pouco tempo ele vivia de papeis. — Kat zoa como se estivesse contando um segredo, até inclinando-se para frente.

—Oh, um empresário? — Kat assente. Serio que dois segundos atrás elas estavam discutindo visualmente? — Primeira tatuagem?

—É, mas não menospreze o avestruz, ele não é fracote, ou é, Peeta? — pergunta virando-se para mim.

—Claro que não. — nego veemente, chegando a inflar o peito.

—Veremos, veremos... Então, já tem alguma ideia, querem ver alguns desenhos? — questiona.

—Decidimos por uma ancora na minha costela, bem na lateral do abdome, o que acha?

—Gostei, esse decidimos me pareceu um ‘Katniss decidiu’, mas eu gostei!

—Como sabe que foi ela?

—Ela sempre amou ancoras. Ah, você sabe, a cara dela o significado, essa coisa de equilíbrio, controle e tal.

—Compreensível. Bem, você já tem algum desenho de ancora pronto?

—Tenho um. Esperem um segundo. — pede e entra em uma porta, depois de alguns minutos volta com um papel na mão. — O que acha desta? — mostra uma ancora com poucos detalhes e realmente muito bonita, um ótimo desenho, alias.

—Eu gostei, quando começamos?

—Uh... Tá apressado para sentir dor

—Ah, Jo... Não deboche do pobre avestruz, não quero passar o resto de minha estadia em LA, com o menino chorando — Kat interviu em um falso modo doce, bem falso mesmo.

—Qual é essa de ‘avestruz’?

—Boa pergunta, eu mesmo ainda não compreendo. — reviro os olhos.

—É uma longa história, Jojo. Mas, vamos lá.

—Ah, nem vem, Everdeen. Se você me chamar de Jojo de novo, não deixo você sequer assistir ao processo de tortura... Opps! Tatuagem.

—Parei... — Kat ergue as mãos como se estivesse desistindo. — Jojo.

—Ah, não, Everdeen. Serio que sou obrigada a ter de lidar com isso?

—Agora eu parei, serio.

Johanna olha para ela com uma cara desconfiada, mas nos guia para uma sala bem grande.

—Deita aí, gatinho. — Ordenou apontando para uma maca. Sentei-me nela enquanto Kat se sentava numa cadeira giratória ao lado da maca. Enquanto eu tirava a camisa, Johanna voltou com os matérias descartáveis. — Vai ser exatamente onde?

—Indica para ela, Kat? — peço e ela o faz.

Deito-me na maca de costas e Johanna começa fazer toda a preparação. Demora um pouco, mas logo, talvez logo demais para minha sensibilidade, a agulha com a tinta começa a perfurar a minha pele. Tento desviar o pensamento para esquecer a dor. Quem diria, Peeta Mellark fazendo uma tatuagem... É, ninguém diria. Aparentemente, minha ideia de evitar demonstrar a dor não está funcionando bem, já que a sempre distante Katniss está acariciando meus cabelos. Eis algo que me enlouquece mais que tudo, algo que está sempre em meus pensamentos, que me causa dor e leveza ao mesmo tempo. Katniss Everdeen. A garota louca está me enlouquecendo. Às vezes, fico na dúvida se ela é tão espontânea quanto imagino, ou se é tudo mais calculado, se cada carinho na cabeça é medida segundo sua consequência.

—Está ficando muito boa. – ela murmura observando, o que me deixa cada vez mais curioso.


—E já estamos acabando. — Johanna completa.
Depois de mais um tempo, posso sentir ela acabar e colocar o curativo.

—Pronto, gatinho, até que você não foi mal, não. — ela anuncia estendendo a mão para eu me levantar.

—Onde tem um espelho? — questiono após me levantar.

—Bem, aqui tem um, mas acredito que o do banheiro é melhor. — indica a porta, tirando as luvas e jogando os materiais descartáveis no lixo.

Sigo para o banheiro, e me observo pelo espelho enorme que tem na parede. Foco na minha tatuagem. Delicada, mas máscula, equilibrada, detalhada, mas simples, perfeita. Quando estou saindo do banheiro, colocando a camiseta, pego algumas partes de uma conversa sussurrada entre Joh e Kat.

—Você tem de parar para pensar nos outros, sei que na sua mente ninguém saiu ferido, mas lembra-se daquela frase? Não se fere pessoas com armas de fogo e facas, pois elas são curtas para alcançar onde mais dói, fere-se com palavras, pois a intensidade delas planta dor em lugares que para alguns sequer existem.

—Mas, Jo... Não deve ser tanto assim.

—Eu sei que é porque senti. Não falo do que vi ou ouvi, falo do que senti, e você melhor que ninguém sabe o quanto as coisas sentidas são verdadeiras.

—Mas, o que eu posso fazer? Eu me sinto diferente dessa vez, sabe? Quero apenas voltar para Chicago, cutucar Peeta o quanto puder e talvez, esquecer meu próprio nome, esquecer meus erros. A dor que causei e a dor que senti.

—Sei que você não quer ir embora, vejo isso e enxergo o motivo, e também não te digo para ir, você já causou problemas demais com essa coisa de ‘ir embora’. Apenas peço que enxergue a situação por completo. Cada personagem, cada fator, tudo.

—Como? Que situação, Jo?

—Bem, eu vejo dois personagens. Um garoto terrivelmente apaixonado por uma garota traumatizada. E, uma garota que corresponde esse sentimento, para ela as palpitações no peito são novidade, mas ela as sente, de forma estranha, nova e louca, ela sente as palpitações no peito pelo garoto normal. — Johanna termina de contar e até mesmo eu, me sinto perdido nisso tudo, tantos fatos desconhecidos. Katniss não responde, então imagino que seja a hora certa para entrar sem parecer que estava ouvindo a conversa.

—Ficou incrível, Johanna. Me fez até entender por que não havia feito uma antes. Estava esperando achar vocês duas. Uma para me dar a ideia e a outra para colocá-la em pratica. — brinco, fingindo que estou saindo do banheiro agora.

—Você precisava da Kat para dar a ideia e para te enlouquecer, né? — sorrimos todos.

—Quando que é? — questiono de repente, tirando-nos de nosso transe em grupo.

—A Kat já pagou. — ela avisa, mandando uma piscadela para minha companheira. Companheira, um bom nome.

—Como? Mas, Katni... — começa a contestar.

—Nem vem, avestruz, você já pagou tanta coisa nessa viagem que nem posso calcular mais.

—Então, ficamos ponto por ponto? — pergunto. — Vai parar com este ‘blá, blá, blá’ de calcular as contas e me pagar?

—É claro... que não, né? — estreito os olhos para ela, mas ela apenas sorri como criança arteira, dá de ombros e se vira para Johanna. — Nós já vamos. Temos de aproveitar a cidade. Amanhã à noite pegamos voo de volta para Chicago.

—Tudo bem. — Johanna abraça-a fraternalmente. — Mas, pense no que te falei, e não perca meu número dessa vez, okay? — ela se mantém nesse abraço por um tempo, querendo e não querendo se soltarem-se. Por fim, Johanna solta Kat, e por um vislumbre posso ver pontos brilhantes pelo seu rosto. Lágrimas.

—Adeus, Johanna. — estendo a mão e ela revira os olhos.

—Quanta formalidade, cara, não vou te engolir e garanto que a Kat não vai ter ataque de ciúmes. — zomba, me puxando para um abraço. — Tome cuidado com essa tatuagem, hein? A Kat sabe que pomada você tem de usar, e as precauções que deve tomar. Ela te conta, não gosto dessa parte chata.

Depois de toda a despedida sorridente e brincalhona, eu e Kat partimos porta a fora.

—Vamos lá, avestruz, ainda temos muito o que aproveitar, e não vai ser sua tatuagem que vai nos atrapalhar. — brinca dando um tapinha brincalhão em minha cabeça.


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Notas finais do capítulo

LEIAM AS NOTAS FINAIS
Gostaram? Espero que sim! O prox não tardará, não agora que organizei minha vida. Bem... Vocês perceberam que chegamos ao fim da nossa Route 66, n é? A história não termina com o fim da rota, mas LITM também está chegando ao fim, provavelmente teremos mais 5 capítulos e um epilogo. Mas, também tenho algumas ideias para bônus, e para esses bônus gostaria muito que vocês entrassem no grupo do face: https://www.facebook.com/groups/655117534634266/
Comentem, favoritem, e se achar que a história merece, recomendem.
Beijos,
Manu Schreave