Demons escrita por Sarah Alves


Capítulo 3
Begin Again


Notas iniciais do capítulo

-arremessando pedras-
EU ESTOU VIVA!!!
Antes de mais nada, ME DESCULPEM. Não me matem por favor... Eu passei por, tipo, trezentos mil problemas nas ultimas semanas...problemas e mais problemas...Cara, minha vida É um problema ambulante. Conhecem amigos falsos? Bom, pior coisa! Tive uns mil problemas com eles, vice-versa, muitas tretas, acabou a amizade...quase depressão.
Enfim, não vamos falar de pessoas indesejáveis... Estou de volta, com o capítulo do encontro pra vocês, chuchus. Não sei se ficou TUDO ISSO, mas espero que vocês gostem. Peço desculpas também para minhas BELÍSSIMAS E DIVAS leitoras que comentaram o ultimo capítulo há um século atrás e eu não respondi... Sorry, esses problemas também me impediram... Que saco! Obrigada a todos que comentaram o ultimo capítulo também (inclusive vocês, Lady Anne e Nêmesis #divas). Voces são realmente incríveis.
Boa Leitura e desculpe pelos possíveis erros.



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Fixo meus olhos no alvo a minha frente. Bem, não tão a minha frente assim. A chuva parou ontem à noite e hoje já posso dar minhas aulas de tiro para os moradores de Alexandria. Queria estar lá fora, fazendo rondas, mas ainda estou proibida. Felizmente, acabei aprendendo que existem outras formas de ocupar meu tempo e fazer algum tipo de bem para as pessoas.

— Antes de qualquer coisa, relaxe. — explico. — Se estiver muito nervosa, vai ficar tremendo e nunca vai conseguir acertar nada. Então, por favor, fique calma.

— Como se fosse fácil. Fugindo de vários errantes e ainda tenho que ter calma para atirar neles. Eu nunca vou dar conta de fazer isso. — diz Alex.

Como está protegida pelos muros de Alexandria desde sempre, Alex quase nunca precisa sair da zona de segurança, então não tinha aprendido quase nenhuma forma de ficar segura do outro lado dos muros. Ela prefere ficar ajudando Beth na biblioteca, ensinando as crianças a ler, do que sair mundo afora. Devido a isso é extremamente inteligente, mas só agora está aprendendo novas coisas. Alex é minha amiga desde o dia em que eu e minha família chegamos aqui, por isso somos tão próximas, então sou a única pessoa que ela permite que ensine qualquer coisa para ela, a não ser, claro, ela mesma.

— É óbvio que você não vai conseguir ter calma em uma hora dessas, mas precisa tentar ao máximo. Quando você aprender a atirar, isso vai fazer parte de você e não vai ter que ficar pensando se vai conseguir ou não. — digo, tentando parecer confiante o suficiente.

— Já acabaram com a fofoca? Vamos logo, quero aprender isso ainda hoje. — fala Leo, que estava ouvindo tudo calado.

Leo também está em Alexandria desde o começo, então é nosso melhor amigo. Ele é bastante confiante e sempre está fazendo piadas, o que acabou nos conquistando por ter esse pensamento de ''as coisas vão ficar bem’’.

— Tudo bem, tudo bem. — Olho para ele e depois me viro para Alex. — Respire, mire e atire. É simples. Pense nas cenas que você lê nos livros, nas descrições. É basicamente aquilo.

— Vou tentar, mas pode demorar um pouco. Isso ainda é novo para mim. — diz a garota, virando-se para o alvo.

— Bom, não sei vocês, mas eu só sairei daqui quando esses muros desmoronarem. Então temos todo o tempo do mundo.

Leo se adianta, gastando mil balas de uma vez enquanto tenta acertar o centro do alvo, o que deve acontecer logo. Já Alex... Bem, digamos que ela não é do tipo que acerta na primeira tentativa.

— Vamos lá, Nichols. Sério que você vai me deixar ganhar? — incentiva Leo, ao ver que Alex parece muito insegura.

— Até parece que eu vou deixar você ganhar em algum dia da sua vida, Smith.

— Algum de vocês sabe por que a Rebecca não apareceu? — pergunto, lembrando-me de que ela tinha me dito que viria para a aula.

— Ouvi boatos de que hoje faz um ano que levaram a Hana, talvez essa notícia tenha deixado ela mal. — explica Alex.

Rebecca é filha de Regina, uma das sobreviventes que moram aqui. Ela tinha uma irmã, Hana, que foi levada por Negan há um bom tempo. Devido a isso, ela se fechou um pouco do resto do mundo e não é muito de conversar com as pessoas, mas aceitou minha proposta de aprender a atirar, caso ocorra algum incidente em Alexandria.

Ficamos em silencio por alguns minutos, ouvindo apenas o barulho dos tiros. Ainda não é fácil para nenhum de nós relembrarmos todas as barbaridades que já ocorreram por aqui. Negan costuma aparecer sempre para levar algumas de nossas habitantes para seu acampamento, e ficamos sem saber se elas ainda estão vivas. Alguns de nós ainda possuem esperanças de que elas voltem, outros não.

— Chega por hoje? Ainda tenho que ler um livro antes que comece a fogueira.

— Desistindo tão fácil assim, Alex? Vamos treinar mais um pouco. E ainda falta muito tempo para a fogueira. — Leo comenta.

— Ainda é, tipo, de manhã. Ainda temos muito tempo e muito trabalho a fazer. A senhorita ainda precisa melhorar essa mira.

Alex respira fundo e continua a atirar, numa tentativa enorme de acertar o alvo. Escuto Leo dar uma risada e depois concentrar sua atenção na atividade, como se fosse um santo. Depois de todo esse tempo, ainda acho que esses dois ainda vão ter alguma coisa... Pode ser que seja só um pensamento maluco, mas talvez eu não seja tão cega assim, afinal.

Enquanto os vejo atirando, lembro-me do grupo de sobreviventes que encontraram na cidade. Talvez eles cheguem a tempo de participar da fogueira e nos contar por tudo que passaram, e, enfim, tenham um pouco de descanso em um lugar seguro.

Já estamos treinando por um bom tempo, tanto que já até nos mandaram descansar um pouco. Se dependesse só de mim, eu ficaria aqui o dia inteiro, fazendo algo útil, mas Leo e Alex se cansam muito facilmente, então temos que parar. Eles já saíram, me deixando sozinha para arrumar tudo. Que excelentes amigos! Pelo menos isso ocupa meu tempo.

Está quase escurecendo e começo a pensar que talvez o grupo de sobreviventes não fosse tão confiável assim, pois, geralmente, quando Aaron e Eric encontram novas pessoas eles as trazem rapidamente.

Ouço alguém me chamar e me viro. Aaron está lá frente, com um monte de pessoas a sua volta, sinalizando com a mão, como se quisesse que eu me aproximasse. Então eles finalmente chegaram... E com os sobreviventes! Tento terminar minha arrumação o mais rápido possível para que eu possa ir ao encontro deles e conhecer as novas pessoas, que farão parte da nossa família.

Sinto um frio na barriga, o que é estranho, pois não sinto isso desde o tempo que o mundo era normal. Talvez seja uma sensação de que algo bom está por vir, talvez algo finalmente mude para melhor.

Corro o mais rápido possível ao encontro de Aaron. Ao chegar mais perto, vejo que o grupo é consideravelmente grande, o que deve ter tornado difícil a chegada deles até aqui, fazendo com que eles demorassem mais.

— Oi, Lauren! — diz Aaron, dando tapinhas em minhas costas, como sempre faz quando nos encontramos.

— Que bom que você está vivo, cara. Vocês demoraram tanto que quase pedi que rezassem uma missa em homenagem à morte de vocês dois.

— Também estou feliz por te ver, Blake. — fala Eric, saindo de trás de algumas pessoas.

— Bom, esses são os sobreviventes que encontramos na cidade. Lauren, quero que os conheça e diga se permite que eles fiquem aqui.

— Muito engraçadinho, Eric. Como se eu fosse a líder...

— Lau? — ouço alguém me chamar e me viro, a procura do dono da voz.

Um frio percorre minha espinha, reconhecendo aquela voz como se eu a tivesse ouvido todos os dias.

— Lauren... Blake?

Percebo que a voz não veio de trás de mim, e sim do meio do grupo novo, mais especificamente de um garoto da minha idade. Como um choque, reconheço-o imediatamente, ainda não acreditando no que está acontecendo.

— Carl?

Ele realmente não está da mesma forma como o vi da ultima vez, mas seria impossível não reconhece-lo depois de todos os anos que vivemos praticamente juntos. Mesmo todo sujo de fuligem e sangue, ainda consigo enxerga-lo perfeitamente, como se ainda tivéssemos dez anos de idade. Os mesmos olhos azuis, o mesmo cabelo preto desalinhado, o mesmo tom rude e mandão, o mesmo sorriso de sempre.

Não consigo evitar um sorriso e, consequentemente, o choro. Talvez as coisas realmente comecem a mudar, talvez finalmente tenhamos um pouco de esperança. Penso na ligação que ele me fez antes de ir embora e em suas palavras, em especial em uma promessa que ele me fez. Carl Grimes me encontrou.


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Notas finais do capítulo

Achaaaram né? Bom, me desculpe por esse suspense também, mas ele foi necessário... Próximo capítulo tem mais, amores. Espero conseguir postar o próximo antes do Natal, mas se não der, se for, tipo, impossível mesmo... Feliz Natal para vocês, coisinhas. Que o papai noel seja generoso e traga um Chandler Riggs para todas nós ;)
Beijos!
—S



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