A Maldição da Wicca escrita por FireboltVioleta


Capítulo 37
The Begin Of War


Notas iniciais do capítulo

Oe!
Gente, amuei. Cadê meus comentários enormes e minhas leitoras dedicadas (kk) ? Puxa, só duas comentaram o ultimo capítulo... :(
Se a fic estiver chata, podem comentar falando que não gostaram... MAS COMENTEM, please... rs
Bom, contemplem o novo capítulo... nos vemos lá embaixo...



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RONY

Eu ainda não acreditava no que havia acontecido.

Hermione vencera.

Não que eu não esperasse aquilo. Eu tinha certeza. Mas, caramba, não acreditava.

Ainda estava com os ouvidos entupidos de tantos gritos enlouquecidos ao meu redor. A comemoração durou desde a saída da Arena de Pedra até a volta para Beauxbatons. Eu tinha quase certeza que alguns alunos ali iam amanhecer de ressaca depois daquela.

Foi impossível conseguir me aproximar dela pelas próximas duas horas; as pessoas a engolfavam e desapareciam com Hermione sempre que eu tentava. Estava doido para lhe dar os parabéns, dizer o quanto estava orgulhoso.

E, claro, cobrar a aposta.

Em um desses momentos, perto do pôr do sol, sentei no Salão Comunal, cansado de correr atrás do grupinho que já havia surrupiado minha namorada outra vez, quando Becky surgiu, animada, em cima da mesa.

– Olá, menino Weasley! – ela me cumprimentou, com os olhos saltados de contentamento – minha senhorita venceu o Torneio! Becky sabia que a menina Granger conseguiria!

– Pois é – sorri para ela – tem alguma ideia de onde ela foi parar?

– A senhora Atena chamou a menina Granger para entregar o prêmio – ela deu de ombros.

Funguei, revirando os olhos. Claro... os mil galeões do prêmio. Como se Hermione já não fosse suficientemente rica.

A ponta da mesa de Noble parecia querer explodir de êxtase. Não se falava de outra coisa entre os alunos de Hogwarts – exceto, talvez, por Draco Malfoy, Pansy Parkinson e Mila Bulstrode.

– E aí, cara – Harry surgiu ao meu lado, sentando no banco – caramba. Ela conseguiu. De verdade.

– Qual é a surpresa? – me servi de um pastel em meu prato, enquanto Becky gingava o corpo numa estranha dança de comemoração à minha frente – é da Hermione que estamos falando, caramba. A futura Wicca, a maior mente deste século...

– Vai me dizer que não suou frio com a última tarefa – Harry zombou.

Engoli em seco. Ele precisava me lembrar? Como se ser ocultado pela Capa da Invisibilidade e ter que assistir, impassível e agoniado, minha namorada enfrentando um íncubo á poucos metros de mim fosse uma ótima recordação...

– Que tal não me lembrar daquele vagabundo? Ah, eu mato a Atena...

Harry riu.

– Ahn... e as transformações? Você não tem falado mais nada delas...

– Sei lá – balancei os braços – desde a primeira vez, ainda não me transformei de novo... – estremeci, lembrando-me da fatídica primeira vez em que me transfigurei.

Nyree foi a próxima á chegar, com Tamahine dormindo suavemente em seu colo.

– Puxa, que bagunça – ela sorriu enquanto sentava – Hermione deve estar com um pé na lua agora...

– Ou o corpo todo – brinquei, afagando, distraído, os cabelinhos finos de Tamahine no colo da mãe – como ela está?

– Ótima – Nyree respondeu – LeBrou disse que ela está crescendo bem e ganhando peso.

Gina também chegou em seguida. Fiz uma careta o ver que o banco ia ficar um bocado apertado assim que ela sentasse.

Para nosso susto, Tamahine começou á chorar do nada, fazendo Gina pular.

– Ah, menina, me assustou – Gina riu – nossa, olha só... quase que eu sento numa tachinha aqui...

Gina se sentou, erguendo um tipo de prego afiado. Uau... aquilo ia ter doído.

Finalmente, quase meia hora depois, senti duas mãos agarrarem meus braços, Olhei para cima, assustado, só para abrir um grande sorriso para o rosto contente – e invertido em minha visão – de Hermione.

Ela se aproximou, esfregando a pontinha de seu nariz no meu.

– Oi.

– Oi – sorri para ela.

– Ah, parem – gemeu Gina – acabei de comer três tortinhas e não quero passar mal com vocês, falou?

– Mal amada – Hermione resmungou – vamos, Rony?

– Oi?

– Quero falar com você.

Gina me encarou soturna, enquanto Becky olhava de mim para Hermione com suas grandes órbitas azuis. Harry já tinha entrado numa conversinha com Nyree e nem reparou a chegada de Hermione.

– Ahn... OK.

Levantei-me, estranhando Hermione. Parecia ansiosa, como se estivesse cometendo um crime.

Ela mal me deu tempo de me erguer, e me puxou correndo em direção á saída do Salão Principal, deixando Gina e Becky, boquiabertas, para trás.

– Nossa, Hermione, pra que tanta pressa?

– Anda – ela riu, continuando á me puxar pelo corredor.

– Como foi que conseguiu fugir do seu fã-clube? – disse brincando, enquanto a acompanhava.

– Sei lá – Hermione comentou.

Reparei que seus ombros pareciam cobertos com duas finas ataduras, aonde aquele maldito íncubo devia tê-la machucado.

– Como estão os ombros?

Ela foi balança-los – ironicamente – mas fez uma careta de dor.

– Vou sobreviver – ela brincou.

Chegamos á Torre de Noble, onde entramos no Salão Comunal.

Todos deviam estar lá fora, já que a Torre estava deserta. Não havia nem sinal de Darel, o que era estranho, já que ele havia dito que iria para a Torre ao fim da terceira tarefa.

Hermione se adiantou e ficou de frente para mim, enquanto vasculhava os próprios bolsos.

– Ah, aonde está... ah!

Ela apanhou algo da bolsinha mágica que estava pendurada em sua calça - que fez uns barulhinhos metálicos - e puxou, erguendo em minha direção.

Um saco marrom que parecia cheio de moedas apareceu em minha visão.

Eu só era uma frase.

– Ficou maluca?

Hermione sorriu. Um sorriso deliciosamente satisfeito, que fez meu coração palpitar.

– Sim... fiquei. Toma.

Balancei a cabeça.

– Hermione... aí tem uns... mil galeões.

– Sei disso. Anda, pegue logo.

– Não posso – teimei – caramba, Hermione... você enfrentou megalodontes, erumpentes, íncubos e o escambau... não pode simplesmente me dar esse dinheiro como se não fosse nada...

Hermione me encarou, séria.

– E ele não vai ser inútil – ela fungou – por que diabos acha que me inscrevi nesse Torneio?

Recuei, chocado.

– Como assim?

Senti meu queixo cair. Hermione entrara no Torneio Tribruxo só para ganhar o prêmio... para mim?

– Exato – ela respondeu minha pergunta não dita, e forçou minhas mãos á agarrarem o saco de couro – então não me venha com ladainha... pegue logo esse dinheiro e use para sua família...

Estreitei os olhos.

– Guarda isso.

– Rony...

– Hermione, tecnicamente, já estamos no meio da nossa aposta.

Hermione estremeceu, arregalando os olhos.

– Quê?

– Acho que você perdeu a aposta – sorri, triunfante – agora seja uma garota boazinha e guarde esse saquinho de volta na bolsa.

Hermione me encarou, pasma... mas, como se estivesse hipnotizada, colocou o saco de volta na bolsinha de contas, sem tirar os olhos de mim.

– Pronto – murmurei – está vendo como é mais fácil obedecer?

Hermione parecia adoravelmente assustada.

– Rony – ela repetiu, num fiapo de voz – qual é...

– Você me deve uma aposta, Hermione.

Ela ficou amuada, parecendo ao mesmo tempo espantada, ansiosa e impressionada. Para minha surpresa, abaixou a cabeça, tímida, segurando as mãos, como se esperasse.

Hein? Íamos ter mesmo essa coisa submissiva? OK, aquilo era algo eu realmente não esperava.

Ergui minha mão em sua direção.

– Venha... pegue minha mão.

Hermione olhou para mim, com um delicado e lindo rubor tingindo suas bochechas – eu nunca cansava de achar aquilo a coisa mais fofa desse mundo – e levantou a própria mão, segurando a minha.

Puxei-a pelo braço delicadamente escadaria acima, sem deixar de olha-la enquanto andava de costas. Hermione mordeu o lábio de repente, como se achasse graça em minha provável expressão apaixonada.

Hermione pareceu engolir em seco quando entramos no dormitório feminino.

– Por que está tão assustada? – perguntei, rindo, enquanto a sentava em sua cama.

– Não sei – Hermione murmurou – não sei o que você vai... fazer...

– Não vai ser nada que envolva tortura, se é o que você quer saber... – sorri, maldoso, enquanto trancava a porta do dormitório com a varinha – bom... não o tipo de “tortura” que outros imaginam...

Hermione corou mais ainda. Esfreguei as mãos, travesso, finalmente fazendo-a dar uma risada, enquanto eu retirava minha camiseta num movimento rápido.

– Pronta?

– Pra quê? – Hermione arregalou os olhos.

– Fique parada – mandei, quase rindo quando Hermione ficou estática, olhando para cima como uma estátua exasperada.

– Bom, vamos começar – sorri – vamos brincar agora, Hermione... eu vou fazer alguma coisa, e você me diz o que acha... sem se mexer.

– Hein? – ela piscou, me olhando de relance.

– Tipo isso... – levei minha mão ao seu pescoço, afagando sua nuca – o que acha disso?

Hermione riu.

– Hum... é bom. Muito bom.

Sorri mais ainda, descendo minha mão para acariciar seu queixo.

– Bom?

– È... – vi-a fechar os olhos, como um gatinho que estivesse gostando do carinho.

Finalmente, desci ambas as mãos até os botões de sua blusa. Hermione arfou, reabrindo os olhos.

– Não... – alertei-a – parada.

Antes que ela entrasse em pânico, desabotoei sua blusa, abrindo-a e expondo seu torso. Hermione ficou vermelha como uma pimenta.

– Hum... – afaguei carinhosamente o curativo em seu ombro esquerdo – posso ver?

– Isso não devia ser uma ordem? – ela ofegou.

Ri, desatando a atadura do ombro.

Quando vi o ferimento, porém, arfei de choque.

– Ah, Hermione... – murmurei, penalizado.

O simples instinto me levou á beijar levemente cada um dos cinco vergões roxos em forma de túnel que o íncubo deixara em sua pele. Hermione tremeu, mas eu não sabia se era de dor ou de prazer.

Não era preciso ser curandeiro para ver que aquela criatura nojenta havia enterrado os dedos dentro de seus ombros.

Tinha vontade de chorar ao vê-la daquele jeito. Minha pobre menina...

Subi minha boca até seu pescoço, abraçando-a.

– Bom... – Hermione murmurou, mas parecia ter percebido minha reflexão angustiada e devia estar respondendo só para me animar outra vez.

Enrolei cuidadosamente o curativo outra vez em seu braço, enquanto plantava mais beijos em seu outro ombro coberto.

– Rony...

– Que foi?

– Me beija.

– Não – respondi, cruel – quem dá as ordens aqui sou eu, gracinha.

Hermione fez um biquinho tão lindo que quase mordi.

– Por favor.

– Por favor nada... agora deita na cama.

Hermione arrastou o corpo para cima do colchão, deitando com os braços para cima, com os olhos, saltados de medo, me encarando... mas seria medo mesmo?

Acompanhei-a, subindo na cama e inclinando a cabeça até depositar alguns beijos em seu ventre. Ela estremeceu, encolhendo tanto a barriga de tensão que eu podia contar sem problema cada uma de suas costelas frontais.

– Relaxe, Hermione – dei risada enquanto acariciava seus cabelos. Ela se permitiu dar um sorriso tenso.

Antes que eu terminasse de me equilibrar ao circular suas pernas, porém, Hermione apanhou meu pulso e abriu minha mão, levando-a até seu tórax, um pouco acima de seu delicado sutiã cor de creme.

Senti, em minha palma, maravilhado, o latejar acelerado que saía de dentro de seu corpo.

Hipnotizado, deitei a cabeça naquele ponto, pousando meu ouvido ali, enquanto sentia seu busto vibrar com a risada que deu em seguida. O som de seu coração, límpido e maravilhoso, atingiu minha audição, reverberando dentro de minha cabeça como a música mais bela do Universo.

Segurei uma de suas mãos erguidas no travesseiro, ainda deitado em Hermione, e levei-a para meu próprio peito. Desfrutei, deliciado, sua pulsação acelerar quando distinguiu as batidas também velozes que batiam dentro de meu corpo.

Aquilo, sem dúvida, era a coisa mais próxima, que eu já havia vivenciado, de um verdadeiro paraíso. Podia ficar ali pelo resto de minha vida, sentindo e ouvindo, enfeitiçado, o som da vida que corria dentro daquela garota maravilhosa. Por um ínfimo momento, pude tentar me convencer de que aquele som era para mim e por mim.

Hermione se contorceu debaixo de meu corpo, rindo, finalmente á vontade.

Ergui-me outra vez, levantando o corpo até plantar alguns beijos em sua perna. Ela esperneou um pouco na cama.

– Parada, Hermione. Ou vou te amarrar de novo.

Hermione paralisou, piscando inocentemente para mim, precendo dividida entre rir ou pedir socorro.

– Rony... – um gemido agoniado passou pelos seus lábios.

– Shhh.. calma... – sorri para ela, sorvendo, deliciado, o calor de sua pele macia com a boca. Ela arfava, contraindo os joelhos, com os olhos saltados.

– Não dá... – Hermione choramingou – não dá pra ficar parada... por favor...

– Você venceu o Torneio, não foi? Quem vence as coisas merece uma recompensa, não é?

Ela me encarou boquiaberta como se dissesse “então por que estou sendo castigada, casseta?”

Voltei á deitar em cima dela, fazendo Hermione gritar e rir.

– Sai, seu doido – ela sussurrou, sorrindo, á meros centímetros de meu rosto. Hermione inclinou a cabeça, tentando sofregamente aproximar a boca da minha, mas não conseguiu – você não tem coração mesmo...

Só para deixá-la feliz, finalmente chapei um beijo em seus lábios teimosos. Hermione tinha a boca tão macia e agradável que eu tinha a sensação de beijar um fio de água.

Puxei seu corpo pela cintura, fazendo-a se sentar em meu colo. Beijei suas ataduras até alcançar sua orelha, me divertindo em mordiscar o lóbulo e sentir Hermione se arrepiar.

– Hum...

– Bom ou ruim?

– Hum...

– Está monossilábica.

– Hum... – Hermione riu.

– Para com isso – dei risada – parece uma bezerra mugindo.

– Seu... – ela fez menção de levantar a mão e abrir a boca, mas eu ergui o dedo.

– Caham... abaixa a mãozinha, elfa...

Hermione fingiu fechar a cara, abaixando o braço e semicerrando os olhos.

– Grosso – ela continuou dizendo, mesmo quando eu tinha acabado de lhe dar outro beijo no pescoço – grosso, mal-educado, pervertido...

Ela gritou quando lhe dei um tapinha no bumbum.

– Caladinha, garota... está me atiçando... não falei pra ficar quieta?

– Machista – ela soltou antes de tentar fugir de mim.

– Ah, não vai – agarrei-a pela cintura antes que saísse da cama, jogando-a de bruços de volta no colchão.

Hermione emitiu uma mistura de gemido e ofego, agarrando o travesseiro, como um passarinho que havia acabado de ser imobilizado por uma cobra.

– Ah, ótimo... fique quietinha agora, assim mesmo – afaguei suas costas nuas, começando uma trilha de beijos desde o começo de sua coluna. Ouvi, com agrado, Hermione dar um suspiro satisfeito enquanto eu percorria minha trilha.

– Bom...

– Mas a brincadeira já acabou!

– Mas é bom... – ela riu.

– Quem diria... – deitei de leve em suas costas, beijando seus cabelos – se você me dissesse que isso que está acontecendo agora ia acontecer, á uns dois anos atrás, eu teria dado risada...

– Eu também – Hermione guinchou, erguendo a cabeça.

– O mundo dá voltas...

– Isso explica gente tonta como você – ela resmungou, já tampando a bunda por precaução. O que não adiantou nada, já que eu bati do outro lado – ah, seu bruto!

– Você é tão linda... – suspirei, abraçando seu corpo de costas. Hermione me olhou, sorrindo, lindamente envergonhada.

– Para...

– É sim – repeti – devia ver-se como eu te vejo.

– Que seja... posso me mexer agora, senhor? – ela fungou com todo o desdém possível.

Assenti, sorrindo, soltando sua cintura. Hermione se levantou, cruzando as pernas ao redor de minha cintura.

– E agora, vamos fazer o quê? – parecia uma menininh animada para se divertir com uma brincadeira nova.

– Não sei... – sorri malicioso – eu podia pedir para Backy trazer... sei lá... uma tigela de chantilly...

Hermione fez uma dancinha sensual tão bizarra e descarada que eu quase chorei de rir.

– Que foi? Ah, ta... como se você não gostasse da minha comissão de frente...

– Então topa com o chantilly?

– Claro que não, seu tarado – ela arregalou os olhos – não quero gente falando sobre nós por aí... acho que já deu de enrolação, não acha?

– Nâo, não... eu falei a noite toda, Srta. Granger...

– Tá doido? Não faz nem quinze minutos e já estou... – ela engasgou, sussurrando a palavra – acesa... então imagina a noite toda!

– Que tivesse pensado nisso antes de ganhar a Taça – mergulhei o rosto em sua barriga, curvando seu corpo para trás. Hermione se contraiu toda quando passei levemente a língua em seu umbigo.

– Ah... não, Rony... – Hermione arfou, segurando meu pescoço, com a cabeça jogada para trás. Dava para ver de longe o quanto estava constrangida e, ao mesmo tempo, satisfeita. Era fascinante ver o conflito da relutância como prazer em seu rosto.

Foi quando, do nada, Hermione jogou o peso do corpo para a frente, me derrubando na cama.

– Ah... – ela rosnou baixinho, numa imitação engraçada de vampirizada irritada – chega.

– Elfazinha... – tentei me defender, mas sabia que a aposta já não tinha muito á ver com aquilo. Pelo olhar ardente que ela me lançou, e já estava era satisfeito demais de não ter queimado minha retina.

O beijo que ela enterrou em minha boca só faltou fazer um furo no colchão.

– Ei, ei – arfei, quando ela começou á descer pelo meu pescoço – caramba...

– Isso – Hermione deslizou hedonicamente as unhas pelo meu peito, fazendo meu coração dobrar a marcha – é por você ser um machista aproveitador safado... – isso – quase morri quando ela prendeu as pernas ao redor de minha cintura, roçando-as nos meus joelhos – é por você ser um completo tapado que não sabe a diferença entre presente e castigo no quesito “alisamento”.

– Como é? – gemi, chocado.

– E isso – ela continuou, e vi, com o estômago encolhido de medo, seus olhos adquirirem a cor prateada – é por ter sido até hoje um completo legume insensível.

Alarmado, só consegui sentir, congelado de choque, as ondas arrepiantes que me varreram por dentro de meu corpo quando Hermione prensou a mão em meu peito. Uau... o que era aquilo?

– O que é isso? – ofeguei, surpreso.

– Legal, né? – ela sorriu, me deixando aliviado quando seus olhos voltaram á ficar castanhos – andei treinando na Redoma... usar o quinto elemento para contrair músculos... descobri por acidente, num dia em que você não estava lá, quando fui treinar com um pato e deixei a asa dele paralisada por quase meia hora – Hermione riu. Ah, como parecia adorável e travessa, meu Deus... meu coração disparava ao vê-la tão humorada.

Levantei-me, também rindo, até aninhar seu corpo em meus braços. Hermione acomodou a cabeça em meu ombro, se enroscando ali de um jeito que lembrava muito sua época de vampirizada.

– Tem idéia de como eu tenho orgulho de você? – suspirei, afagando sua bochecha.

– Para – ela murmurou, sem graça.

Ficamos ali durante algum tempo, simplesmente abraçados, sentindo a respiração e o calor um do outro. Era tão bom... ficaria de boa daquele jeito pelo resto da minha existência, abraçado àquela garota fascinante, podendo desfrutar de cada batida maravilhosa de seu coração.

Nada podia estragar um momento como aquele. Nada...

Ou foi o que eu pensei.

Ouvi berros ansiosos do lado de fora do dormitório.

Hermione ergueu a cabeça, confusa.

– O que está acontecendo lá fora?

Os gritos aumentaram, o que começou á me preocupar. Soltei Hermione, aproximando a cabeça da porta.

Parecia um telefone sem fio assustador.

– RÁPIDO! AVISEM OS OUTROS!

Quando Becky surgiu de repente no dormitório, com os olhos vidrados de medo, contraindo os punhos e encarando Hermione, eu não precisava sequer perguntar para saber a causa de seu pânico. Ela tremia, e algo que fazia Becky tremer não era qualquer coisa.

O som que veio do lado de fora da Torre, seguido de um tremor inesperado, como se os alicerces do castelo estivessem se contorcendo por dentro...

Um estrondo ensurdecedor se seguiu, vindo á alguns quilômetros ao longe.

Foi uma questão de tempo até os gritos de pavor e choque começarem á ecoar pelas paredes.

– Hermione... – ofeguei – o que...

– O que está acontecendo?

Hermione arfou quando compreendeu.

Um ataque surpresa em Beauxbatons.

Como? Por quê?

Ergui-me da cama, espantado, quase sem saber como reagir.

Aquilo, acontecendo agora... ali... não. Não...

Becky tinha lágrimas nos olhos.

– Começou, senhorita! O ataque das Trevas recomeçou – a elfa estremeceu – foram pegos de surpresa! Os Comensais estão vindo! Apareceram do nada na fronteira norte!

– Comensais....

– Vão chegar em poucos minutos... McGonagall deu o alarme... os Comensais estão vindo... – Becky guinchou com as mãos na cabeça, agoniada.

– Becky...

O grito da elfa em seguida arrepiou minha nuca, em meio ao meu choque congelado. Senti como se meu coração levasse uma facada.

– Rodrick Carrow está vindo! O Wicca Negro está voltando!


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Notas finais do capítulo

AHHHHHHH...
Me xinguem, me julguem, me elogiem, me estapeiem... tudo ai embaixo.
Nos vemos na treta que vem!



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