Predestinados - Perina escrita por Amellie Lawson


Capítulo 33
Trinta e três


Notas iniciais do capítulo

Oooooi xuxus! Tudo bem com vcs? eu tô ótima,quase pirando aqui porque tô de mudança amanhã (!!!),vou mudar pra fazer faculdade e tal,vou voltar pra minha terrinha (bh,caso alguem queira saber). Ameeeei os comentários como sempre,impossível não surtar com cada um deles! Era pra eu ter postado o cap mais cedo,mas ta td uma loucura aqui,só deu agora. Ele tá cheeeeio de coisa boa e uma surpresa no final! fiquei me contendo pra nao dar spoiler no twitter hahah ta td mundo me seguindo lá né? Uma coisa que esqueci de mencionar no cap anterior: o que vcs acham de imaginar o lucifer como o Lobão? uma leitora sugeriu e eu adorei,acho que fica melhor pra imaginar o personagem. Enfim,bora logo pro cap né? Boa leitura! Enjoy xx



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O sorriso de Lúcifer ao ouvir minhas palavras me deu nojo e repulsa,senti meu estômago revirar. Eu não queria acreditar,mas seu sorriso de triunfo sobre mim demonstrava que aquele momento era real.

Nunca estive tão derrotada.

– Muito bem,docinho. Vejo que aprendeu a escolher o que é bom pra você. – Tocou meu rosto,mas eu afastei dando um tapa certeiro em sua mão.

– Não me toca,seu imundo! – Esbravejei. – Você já conseguiu o que queria,agora se afasta de mim.

Me levantei,ainda fraca e sem certeza se conseguiria me manter em pé por muito tempo. Uma sensação de torpor me atingiu,e a única coisa que eu queria no momento era a minha cama,ou qualquer lugar que pudesse fechar os olhos em paz.

– E se eu não quiser,o que você vai fazer? – Segurou meu pulso com força,e eu segurei as lágrimas,meus olhos doíam pela força que eu fazia para fechá-los. Não iria dar o gosto a ele de me ver chorar novamente.

– Se eu fosse você se preocupava com o que EU vou fazer contigo!

Ouvi a voz de João ecoar pela noite,e suspirei aliviada,ainda que temesse por ele. Lúcifer estava mais poderoso,e eu não iria suportar que meu amigo irmão sofresse as consequências de meus atos.

– Olha só o que temos aqui,Careina! O viciadinho também perdeu os modos aqui embaixo? – Riu para João,que o encarava com raiva.

João nada respondeu,foi até mim e me puxou das garras de Lúcifer,que não demonstrou nenhuma resistência.

– Como você tá,K? – Ele indagou afastando algumas mechas do meu rosto,mas eu nada respondi. Apenas o abracei com todas as minhas forças.

– Pode ficar,eu já consegui o que queria.

– Seu filho de Judas! – João gritou.

Lúcifer fez menção de ir embora,mas eu o impedi. Ainda não tínhamos trocado nossas últimas palavras,ao menos não naquela noite.

– Espera!

– Que houve,loirinha? Cansou dessa vida mansa de cupido e resolveu vir pro meu lado,foi? – Sorriu irônico.

Ignorei a falta de ar que me afligiu e fui direto ao ponto.

– Eu vou fazer o que você disse,mas só com uma condição. – João me olhou confuso.

– Condição? – Eu assenti. – Acho que você não está em uma situação que possa me exigir nada,docinho.

– Ou faz o que eu te pedir,ou nada feito. – Afirmei,o encarando a altura. Ele pareceu gostar da minha determinação e assentiu com os braços cruzados rente ao peito,para que eu continuasse. – Você vai ficar longe do Pedro. Não vai ameaçá-lo,prejudicá-lo ou muito menos colocar sua vida em risco. Nem dele e nem da família.

– É razoável. – Ponderou. – Acho que posso cumprir.

– Acha não,você vai cumprir. A começar com essa história sobre a briga dos pais dele. Foi você,não foi? – O sorriso que ele me dera em resposta confirmou minhas suspeitas.

– Gostou da surpresa? Seu namoradinho eu já não tenho tanta certeza.... – Zombou,e eu senti por Pedro e Bianca. – Tudo graças a minha Roberta.

– Espero que estejamos entendidos,Lúcifer.

– Nós estamos. Você sabe muito bem que eu sou um homem de palavra,e nunca deixo de cumprir minhas promessas.

Dito isso,sumiu de nossas vistas,e eu consegui respirar verdadeiramente desde que aquilo tudo começou. A sensação de torpor e a tontura estavam passando aos poucos,e consegui me manter em pé.

– Pode me explicar o que aconteceu aqui?! – João pediu,mas em tom de ordem.

Contei tudo a ele,que me ouviu com atenção. Quando terminei,o ouvi dizer:

– E como sempre,eu sou o último a saber! – Reclamou o meu amigo,e eu revirei os olhos. – Acho mais é que você gosta de me deixar preocupado....

– Ei,sem história ô rei do drama. Eu só não queria preocupar ninguém,poxa. – Expliquei,e ele pareceu entender. – E até onde eu sei,o senhor não está podendo me exigir nada.

– Do que tá falando,K? – Perguntou,confuso.

– Eu bem vi os olhares que você trocou com a Fira hoje. E essa história do Lúcifer,vocês já sabiam né? – Ele assentiu,não tinha outra opção. – Bem que eu estranhei ela toda fofa pro meu lado....

– Nós achamos melhor guardar nossas suspeitas para contar no momento certo,só isso. – Justificou-se.- E a Fira sempre foi um amor,você é que implica com ela sem motivo.

Revirei os olhos para o final da frase e ele me abraçou de lado.

– Agora vamos,o pessoal precisa saber do que aconteceu aqui. – João disse. – Mas antes... – Fez uma barreira protetora e invisível aos olhos humanos surgir ao redor de nós,como uma redoma de vidro. – Agora podemos ir.

– X –

Todos estavam reunidos na sala. Gael e Henya sentados em um sofá,Fira e Flygia em outro. O silêncio tomava conta do lugar.

Tomtom andava de um lado para o outro,nervosa. A quase uma hora,João havia ido atrás de Karina no Amparo,e ainda não tinha voltado. Ela não aguentava mais imaginar o que poderia ter acontecido no meio do caminho para tanta demora.

– Ai meu santo! O que será que aconteceu?

– Ô pirralha! Será que não dá pra aquietar o facho não? Tá me deixando tonta aqui. – Henya mandou,voltando a folhear sua revista,alheia a ausência dos dois anjos.

– Quem foi que soltou essa aí do quarto,hein? – Tomtom reclamou,se contendo para não roer as unhas.

– Boa pergunta,baixinha.

– JOÃO! KARINA! – A voz do anjo ecoou pela sala,e a pequena correu para abraçar os dois. – Por quê demoraram tanto? E o que houve com você,K? – Perguntou ao reparar no estado de palidez da loira.

– Calma,Tomtom,não foi nada.

– Ajuda ela a se sentar no sofá. – João pediu.

Gael e Henya abriram espaço e ela se sentou.

– Agora conta pra gente,meu anjo. O que houve com você? – Flygia pediu.

Karina olhou João de soslaio antes de responder.

– Foi o Lúcifer.

Todos arregalaram os olhos com o espanto. Estavam preparados para tudo,mas aquela revelação pegara todos de surpresa. Após contar tudo que acontecera,Flygia ficou um pouco pensativa.

– Eu não entendo.... – Ela disse,e todos se voltaram para ela. – O colar,ele deveria te proteger dele....Você está com ele,não está? – Karina assentiu.

– Essa é uma questão preocupante. O que será que pode ter dado errado? – Fira perguntou a si mesma,em voz alta.

– Bom,pelo o que a K disse,ele sou do poder da mente para poder atacá-la. – Gael relembrou. - Ele está cada vez mais forte,nem precisou tocá-la para poder conseguir o que queria.

– E agora,o que nós faremos? – Tomtom indagou,temerosa.

– Entrega logo essa aí pra casa de baixo e tá tudo certo. – Henya provocou.

– Mas por quê ela veio mesmo? – Karina ignorou a provocação e dirigiu-se a Fira.

– É uma boa pergunta. – Fira disse. – Nós não sabíamos o que iríamos encontrar aqui,e precisávamos de um reforço,toda ajuda era bem vinda. E ela....bom,era a única anjo disponível. – A loira gargalhou com a última parte. Realmente,ajudar não era muito o forte de Henya.

– Muito obrigada pela parte que me toca,Fira. – A ruiva reclamou.

– Tá explicado agora. – Karina riu. - Mas e as outras meninas,por quê não puderam vir?

– Estão terminando suas próprias missões. A Ana Maria tá voltando de Paris,a Amanda tá terminando uma missão na Austrália...

– E ela foi fazer o quê lá,juntar dois cangurus? – Henya zombou,e Karina jogou uma almofada nela.

– Continua,Fira.

– Como eu ia dizendo,a Annabeth está na Holanda finalizando um casamento e a Feh está na Itália. – Fira esclareceu. – Agora chega de briga vocês duas. E Henya,menos.

– Voltando ao assunto – Flygia retomou. – acho que deveríamos fortalecer o colar da K,até encontrarmos uma outra solução. O que me dizem?

– É uma boa ideia. – Gael opinou,e todos concordaram.

Todos formaram uma roda em volta de Karina,e começaram a recitar seus mantras protetores.

– Que os anjos e santos estejam com você. – João disse.

– Que o mal não possa te atingir,e que o bem possa surgir. – Foi a vez de Tomtom dier.

– Que todo o amor presente aqui e agora seja maior que as energias ruins que querem te destruir. – Gael finalizou.

Maktub. – Todos repetiram juntos.

– Opa! Tá rolando festinha e ninguém me chama,é isso mesmo?

Todos se viraram e tiveram uma surpresa. Duca estava parado na soleira da porta,fitando os membros da casa com curiosidade e um sorriso típico dele.

– Ah,não. – João reclamou. – O que esse lutador sem cérebro tá fazendo aqui?

– Oi Duca. – Karina acenou. – Não tá rolando nenhuma festa não,seu doido.

– Ah não? – A loira assentiu,e Duca observou todos parados,em uma roda. – Ah,já sei! É um luau!

– Ai,meu santo! – João reclamou,enquanto Henya ria. - Me dá paciência,porque se me der força eu vou...

– Vocês reunidos nessa rodinha,essas roupas brancas.... - Duca entrou na casa todo animado. – Quer me enganar,me dá bala!

– É jujuba. – Gael rosnou.

– Mas fala aí,bora animar isso aqui! Cadê a música? Coloca uma de hula hula aí. – Duca começou a dançar que nem as havaianas.

– Que visão do inferno. – João fez careta.

– Que foi,gente? Por quê vocês não estão dançando? – O lutador questionou. – Veem,K!

– Ahn,Duca.... – A loira tentou sair daquela situação.

– Que foi? Acha que o Pedroso pode não gostar,né? Tudo bem. – E soltou a cupido.

– Vem cá cara,tu veio fazer o quê aqui mesmo? – João perguntou.

– O que eu vim faz....Ah,é mesmo. – Pegou um papel que estava no bolso e entregou para Karina. – Estava voltando do treino e um cara me pediu pra te entregar.

– Valeu,Du. – Karina o levou até a porta e se despediu dele.

– Agora será que dá pra alguém me dizer quem foi que deixou essa porta aberta? – João questionou. – Já pensou se ele descobre tudo?!

– Foi você mesmo,meu viciadinho preferido. – Apertou as bochechas do anjo certinho,que a encarava com os olhos arregalados. – Esse lutador aí é meio retardado,mas até que é bonitinho.

– Não começa,Henya.

– Que foi,ficou com ciúmes?

– Só nos seus sonhos. – Se afastou dela,e olhou para Karina,que ainda tinha o envelope em mãos. – Não vai abrir?

Ainda um pouco temerosa,ela abriu o envelope endereçado a ela e leu,com a voz trêmula,o que Lucifer tinha escrito:

''Adorei o nosso encontro,docinho. Espero que você continue assim,obediente e prestativa. Será o melhor para todos nós,principalmente para você e Pedro.

Lúcifer.’’

Num impulso,Karina jogou o papel longe,e o mesmo se desintegrou em chamas,diante de seus olhos azuis.

– Maldito! – Gael vociferou. – Tá tudo bem,Karina?

– Tá sim. – A loira assentiu,ainda assustada. – Eu só...preciso dormir.

Ela se despediu de todos e rumou para as escadas,seguida de Tomtom e João. O amigo a ajudou a loira a se cobrir e Tomtom ajeitou seus travesseiros.

– Obrigada.

– Não precisa agradecer. – João respondeu.

– Não por isso,mas por serem os melhores amigos que eu poderia ter.

Tomtom sorriu e abraçou a amiga. João,por sua vez,deu seu sorriso tímido e beijou a testa da amiga,e afagou seus cabelos recostados ao travesseiro. Em poucos instantes,Karina já ressonava um sono profundo,longe dos problemas e de um mundo onde ela não tinha que ficar longe de Pedro.

– X –

Karina estava parada na frente do espelho,tentando criar coragem para dizer aquelas palavras ao menos a ela mesma. Por mais que tentasse,elas não saíam.

– Karina? – João bateu na porta,a tirando de seus devaneios. – Já está pronta?

– Eu não vou conseguir. – Disse por fim,o que estava entalado na garganta. – E-eu não vou conseguir terminar com ele.

– Vai sim,K. – Tentou passar confiança a ela. – É pro bem dele,esqueceu? E pro seu também. É só se lembrar disso,que vai dar tudo certo.

Respirou fundo e assentiu. Aquele dia seria longo demais.

Não sabia ao certo como ou quando faria isso,mas optou por um momento onde os dois estivessem sozinhos. E o único lugar era o Amparo.

Esperou as crianças se despedirem e se virou para ele,encarando aquelas íris castanhas que ela tanto amava decifrar. Lembrou-se que sentiu essa vontade desde o primeiro contato entre eles,quando ela caíra por acidente na Terra. Desde então,nada mudara.

– Tá tudo bem,K? - Estava tão distraída olhando para Pedro que não percebeu que o mesmo o fitava de volta. Assentiu,sem coragem para encará-lo. Ela não podia vê-lo,mas sabia que ele não havia acreditado. – Ok,já deu. É obvio que tá acontecendo alguma coisa e você não quer me contar.

Karina estremeceu com aquelas palavras. Ela era transparente demais para conseguir esconder alguma coisa,ainda mais dele,que apesar de pouco tempo,já a conhecia tão bem.

– O que houve,linda? – Pedro acarinhou seu rosto,e ela reuniu suas forças para afastá-lo.

– Eu quero terminar com você,Pedro. – As palavras saíram mais frias e duras do que ela imaginava.

E a reação de Pedro também foi. Tentou imaginar as mais diversas,para que ela pudesse estar preparada para aquele momento,mas de nada adiantou.

Ele estava em estado de choque. Tentou dizer algo ou simplesmente negar o que tinha acabado de ouvir,mas as palavras não saíam. Karina já tinha a voz embargada e as lágrimas nos olhos quando ele sibilou:

– Como assim,linda?

– É isso mesmo que você ouviu Pe....dro. – Engoliu o costume de chama-lo pelo apelido,aquilo não ajudaria em nada. – Não tá dando mais.

– O que foi que aconteceu? Foi algo que eu fiz? – questionou,atônito e perdido.

A sensação de culpa ao vê-lo naquele estado a atingiu,e ela não conseguiu sustentar seu olhar.

– Ei,olha pra mim. – Ele pediu,erguendo seu rosto e a obrigando a encarar seus olhos embargados.

Ela negou e se afastou bruscamente dele,procurando o ar que lhe faltava. Não o encontrou,mas buscou seu refúgio em uma das paredes coloridas do Amparo,onde ela encontrou um ponto fixo e,de costas pra ele,murmurou suas últimas palavras:

– É o melhor para nós dois. Acredite nisso,pois é a verdade. – Limpou as lágrimas e tentou saí dali,sem sucesso algum.

Pedro,que agora chorava tanto quanto ela,puxou seu pequeno corpo contra o dele,o envolvendo como se aquele momento fosse o último que teriam em suas vidas.

– Não,eu não aceito isso. – Negou para aqueles olhos azuis e sem brilho. Havia um desespero em sua voz que a loira nunca tinha ouvido antes. – Eu não vou aceitar ficar longe de você,minha esquentadinha.

– Não torna tudo mais difícil,por favor... – Disse as mesma frase que ele havia dito no dia do Racha.

Um flashback daquele momento voltou em sua mente,e ela não pode ignorar. O momento em que ela achou que o perderia,que ele não voltaria para ela. Agora estavam ali,e a dor era imensamente maior,porque naquele momento,ela havia realmente o perdido.

Ele pareceu negar seu pedido e uniu suas testas. De olhos fechados,apreciou aquele último momento,antes de se soltar dele e saí em disparada porta afora.

– KARINA! – Gritou para a sala vazia,ela já não estava mais lá. – Isso não vai ficar assim.

Sem pensar,pegou seu casaco e o vestiu,indo até o carro e dando partida.

Passou pelas ruas perto do Amparo - ela não poderia ter ido muito longe -,mas não conseguiu a encontrar.

– Vamos lá,Karina. Cadê você? – sussurrou contra aquela noite fria,procurando por sua loira pelas ruas desertas.

Estava considerando ligar para João quando a viu caminhando perdida,o vento batia em seus braços descobertos e ricocheteava seus fios loiros. Dirigiu até conseguir alcança-la,e ligou os faróis para chamar sua atenção,mas ela sequer voltou seu olhar para o carro que estava ao lado dela.

– Karina! – Abriu o vidro da porta do passageiro e gritou. – Para com isso.

– Vai embora,Pedro. – Sua voz já não demonstrava tanta confiança quanto antes e ela se recriminou por isso.

– Não vou para lugar nenhum até a gente conversar. – Afirmou,concentrando sua atenção na loira e na rua a sua frente. Viu que ela passava as mãos pelos ombros,tentando se esquentar. – Tá com frio? Eu te empresto meu casaco.

– Não precisa.

– Deixa eu te levar pra casa,pelo menos. – O guitarrista fez sua última tentativa.

– Já disse que não precisa! – Afirmou,fitando a noite que caía. – Vai embora,é o melhor que você faz.

E foi naquele momento que a paciência do guitarrista foi pelos ares. Pedro não sabia por quanto tempo estavam naquele impasse,mas iria acabar agora.

– Chega. – Parou o carro e desceu do veículo,indo até Karina a parando bruscamente. Tirou seu casaco sob o olhar assustado dela. – Você vai colocar esse casaco – colocou a blusa de fio nela,que vestiu – e vai entrar nesse carro comigo.

Ela entrou no carro e colocou o cinto. Ele fez o mesmo do outro lado e não demorou muito para estarem longe dali.

– Suponho que não vai me levar pra casa. – Se concentrou na janela do carro,observando a cidade que passava por seus olhos.

– Supôs certo.

Permaneceram o caminho em silêncio. Pedro olhava para ela vez ou outra,mas ela não retribuiu em nenhum momento. Quando chegaram ao destino,o guitarrista parou o carro e os dois desceram. Antes que Karina pudesse fugir novamente,ele se aproximou dela.

– Eu não vou fugir de novo.

– Eu não tenho tanta certeza.

Olhou em volta do lugar,e as lembranças foram inevitáveis. A praia onde deram seu primeiro beijo. Afastou aqueles pensamentos e rumou para a areia fofa.

– Eu não vou aceitar ficar longe de você,não vou aguentar. Não enquanto você não me explicar o porquê disso tudo. – Ela encarava o mar,do mesmo jeito da última vez. – Nós estávamos tão bem...

Sem conseguir mais guardar aquela angústia dentro dela,disse a frase que mudaria toda a história deles.

– Você tem razão,Pedro. Eu estou diferente com você,e eu vou te dizer por quê. – Se virou para ele,seus olhos brilhavam de ansiedade e medo.

Ela tremia pelo vento frio que batia e pelo nervosismo,e Pedro uniu suas mãos as dela.

– Eu tenho mentido para você,esse tempo todo. – Afirmou,e ele arregalou os olhos pelo choque com a sua revelação. Ele ficaria muito mais,pensou. Se soltou dele e ficou de costas. – Eu não sou quem você pensa que eu sou.

– Como assim,esquentadinha? – A pequena loira sentiu a angústia e a ansiedade nítidos em sua voz,e respirou fundo. – Do que você tá falando?

Afastou os fios loiros do rosto e os colocou atrás da orelha. Limpou as lágrimas e suspirou. Aquele momento havia chegado,e mais cedo do que ela imaginara.

Não tinha mais volta.

– Eu não sou como você. – Voltou seu olhar para ele,que a fitava cada vez mais confuso. Sentiu vontade de ir até ele e o abraçar,mas precisava continuar o que havia começado. - Eu não sou uma humana,Pedro. Eu sou um anjo.


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Notas finais do capítulo

EITAAAAA QUE AGORA FICOU SÉRIO CXNKMDNFLFJ,.VCN gostaram da surpresa? esperavam por isso? hahahah finalmeeeeeente esse dia chegou! nem acredito haha. E aí,gostaram? amaram? odiaram? quero que me contem tudooooo! e agora,o que sera que vem por aí? e como o pedro vai reagir? quero todo mundo comentandoooo,eu mereço dps desse cap né? diz que sim *cara de gatinho do sherk* hahahah. As meninas que recomendaram a fic,gostaram da surpresa? espero que sim,foi de coração! Comeeentem,favoritem,acompanhem e recomendem,hihi. Me sigam no twitter @vittiverfeliz e me amolem muitooo por lá,eu dou spoiler e sigo de volta. Vou fazer o possível pra agilizar o proximo. Beeeijos meus xuxus < 3