Paraíso de Verão escrita por Sorvete de Limão, Risurn


Capítulo 11
Lanchonete da Mina = Problemas.




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Por algum motivo desconhecido o Nyah! está cortando as notas.

Notas iniciais:

~Risurn: Amoreeees, quero MUITO dar as boas vindas as novas carinhas que estou vendo nos reviews, vocês estão fazendo uma ficwriter muito feliz >eu< E, aos velhos leitores: onde vocês estão? Só pra saber mesmo.
Espero que gostem mesmo, porque eu AMEI escrever as confusões da cabeça da Annie!

Aliás, quem ai viu a capa nova?

~Sorvete: Oi oi tortinhas de limão *---*
Agradecendo aos reviews divosos que a gente recebeu no capítulo passado. Novas pessoinhas >< é assim que eu gosto.

Boa leitura!

Bufei, enquanto batia a porta do meu quarto, ou melhor, quarto do Nico.

Ai. Que dor de cabeça. Definitivamente, ficar com um garoto, depois não querer mais vê-lo e ai ir morar na casa dele, não estava nos meus planos de um paraíso de verão. Eu quero ir embora.

Porque, falando sério, o que eu estou fazendo nessa casa? Eu podia muito bem voltar para a casa da Abby. Thals nem ia se importar.

Deitei em minha cama ouvindo passos apressados no corredor e comecei a encarar o teto. Aquele... Arrogante. Como pode sorrir daquela forma para mim, como se eu sentisse algo por ele?

Ingênuo.

Ou será que não?

Levantei indo abrir a janela do quarto. Preciso de um ar. É.

Se tem algo que eu gostei na casa de Nico, é a ótima vista para o mar que eu tenho da minha mini varanda. O lado ruim? O quarto de Percy era ao lado. Então eu já passei por diversos (ênfase aqui no diversos) momentos constrangedores com ele me observando de sua própria janela.

Quando fui colocar os pés lá fora, ouvi uma voz.

— Na lanchonete da Mina? – parei ao perceber que era Percy, e então ouvi mais atentamente. – É claro que eu também estou com saudades. – pude vê-lo revirar os olhos em sua própria varanda. Falso. Mentiroso. – Te pego às três horas então, linda? – mais um momento de silêncio enquanto a menina “linda” dizia algo – Ótimo, vou ajeitar minhas coisas.

E então, desligou.

Meu cérebro levou mais ou menos cinco segundos para assimilar a informação toda. Percy. Lanchonete. Três horas. Linda. Bendita Afrodite, era um encontro! Chequei meu relógio. Quase duas da tarde.

E eu? Fico aqui chupando dedo? Ah, mas não mesmo!

Corri para o meu guarda-roupa em busca de uma toalha. Preciso ser rápida. Disparei corredor a fora vendo um Percy saindo do quarto segurando as roupas, passei por ele sem prestar muita atenção. Quando ele percebeu que eu também ia ao banheiro, começou a correr, mas cheguei primeiro.

Abri a porta e virei para ele, com um sorriso vitorioso.

— Nem pense nisso. – ele falou, devagar. – Qual é Annabeth, eu tenho um encontro!

— E quem te garante que eu não tenho um também?

Fechei a porta e a tranquei, enquanto Percy a esmurrava.

— Qual o seu problema? É impossível que você tenha um encontro, deixa de brincadeira e sai logo dai.

— Percynho amor, eu já estou sem roupa.

Ele ficou em silencio por dois segundos e falou, com uma voz diferente.

— Pode sair mesmo assim, não tem problema nenhum.

— Até parece! – gritei, já debaixo do chuveiro. A água escorria pela minha pele arrepiada e eu ria internamente. Não sei se era pela pequena corrida ou o algo mais nessa história, mas meu coração batia como se estivesse em uma escola de samba.

— Hm, vamos economizar tempo e tomamos banho juntos, o que acha?

— Tchau Jackson.

— Annie.

Fiquei em silêncio, curtindo meu banho. Depois de alguns minutos e mais alguns socos, Percy desistiu de me incomodar e voltou para sabe-se lá onde.

Tomei meu banho do modo mais calmo possível, passei alguns cremes que eu nunca uso e tirei a umidade do meu cabelo com a toalha.

Agora, um ponto muito importante: roupa. Onde está? Droga. Eu corri loucamente pra vir sem roupa?

Enrolei a toalha – que mal cobria as partes mais constrangedoras – no meu corpo que e corri até meu quarto, passando pelo de Percy. Ele me lançou um olhar surpreso e senti seus olhos pesarem sobre meu corpo por meio segundo.

— Ei querida, - gritou ele – linda toalha.

Senti meu rosto esquentar enquanto ele ria e andava até o banheiro.

Ótimo. Consegui atrasá-lo ao menos, um pouco. Agora eu preciso arranjar um encontro.

Minha mente iluminou-se com a ideia, mas ao mesmo tempo fiquei insegura com a escolha. Ótimo. Eu posso me arrepender, mas casos desesperados pedem medidas desesperadas.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem.

“Ocupado?”

Menos de dois minutos depois a resposta chegou.

“Fala linda”

Franzi o nariz, ante o comentário. Respire fundo Annabeth. Coragem. Coragem. Perdão.

“Estou entediada. Topa ir à Lanchonete da Mina? Tipo, agora. Umas três e meia tá ótimo.”

Comecei a procurar uma roupa e a resposta logo veio.

“Claro. Adoro esse lugar, te vejo lá!”

Respirei fundo, tentando escolher uma roupa. Nada. Nada serve. Nada é bom. Uma ideia surgiu na minha cabeça.

Corri até o quarto de Thalia e ela dormia tranquilamente em sua cama. Abri a porta de seu guarda-roupa bem devagar e tirei um vestido preto justinho. Ia ter que servir.

Voltei ao meu quarto e tentei vesti-lo. Foi uma tarefa difícil. Digamos que eu não estou em tão boa forma quanto Thalia. Ela continua gostosa e eu continuo engordando.

Ele ficou justo em algumas partes que eu não gostaria, mas tudo bem. Eu estou bonita. Tinha uma abertura nas costas, expondo minha pele ridiculamente branca, apesar de eu estar a alguns dias na praia. Isso era sexy, não? Essa pele a mostra? Espero que sim. Ele ia até o meio das minhas coxas – também muito brancas – e tinha um decote comportado.

Procurei por uma sapatilha vermelha (que graças a Deus eu trouxe) e tentei ajeitar meu cabelo, sem sucesso, optando por um coque mesmo.

Sai do quarto, topando com Percy com uma toalha amarrada na cintura. Ai, tentação. Segurei a vontade de morder os lábios e foquei nos olhos dele. Ai. O que é pior? Olhos? Peitoral-não-tão-definido-mas-do-jeito-que-eu-gosto?

— Apreciando a vista? – perguntou ele, sorrindo de lado.

— Sai da frente Jackson, preciso do banheiro.

— Agora é “Jackson”?

Encarei com firmeza os olhos verdes e respirei fundo antes de responder.

— Pelo que eu sei você sempre foi.

Entrei no pequeno – ou nem tanto – banheiro e senti o cheiro do perfume dele. Maldito. Eu o odeio. Peguei o gloss e passei nos meus lábios. Quase pronta.

Desci à cozinha e ele estava lá, tomando um copo de água. Lindo como sempre. Pude ver que ele me observava até suspirar e falar alguma coisa.

— Então tem realmente um encontro?

— Claro. – murmurei, correndo os olhos pela cozinha procurando por algo. – Porque a surpresa?

Meus olhos se fixaram em um pacote de halls. Uma única bala continuava lá dentro. Lentamente, Percy virou a cabeça em direção ao ponto que eu observava.

— Nem pense nisso Annabeth, isso é meu. Lutei com Nico por ele. – ele falou lentamente.

— Nem pense nisso você.

E então, pulamos em direção ao pequeno halls. Fui mais rápida que ele e o puxei em direção a mim e tentei correr para a escada. Mas Percy envolveu minha cintura com o braço e me puxou para si fazendo com que minhas costas encostassem em seu peito.

— Me dá!

— Não! – gritei, jogando meus ombros para frente e esticando meus braços.

Começamos a rir da nossa brincadeira infantil até ele me puxar um pouco mais e eu perceber que não era tão infantil assim.

Retrai um pouco do meu corpo o que deu a chance para que ele roubasse minha bala.

Ele colocou os braços para cima da cabeça e eu tentei – inutilmente – alcançá-la. Veja bem, eu não era muito menor que Percy. Éramos quase da mesma altura, porque eu sou uma menina alta. Mas apesar disso, eu ainda não alcançava as malditas mãos.

Choraminguei derrotada quando ele abriu o pacotinho no ar e deixou cair na boca.

— Droga. – murmurei, saindo de perto dele.

—O que? Você queria? Vem pegar. – e então, a colocou entre os dentes e sorriu de lado.

Você é esperto, mas eu sou mais.

Me aproximei dele, bem devagar e então, puxei a bala com meus dedos e coloquei na minha boca. Qual é? Eu já beijei aquela boca, não é nada que eu não conheça.

— Obrigada.

— Ei! Você roubou!

Estava prestes a responder quando alguém soltou um xingamento juntamente com um resmungo perto de nós.

— Jesus! – gritei – De onde você veio cara?

— Arranjem um quarto. Sério. Sumam daqui. – Nico rolou os olhos enquanto pegava uma água na geladeira. O moletom pendia de seu quadril exibindo seu peitoral bem mais definido do que o de Percy. Qual o problema desses caras com camisetas? Elas são roupas e sua função é de ficar no corpo deles. É tão difícil assim? Estou reconsiderando seriamente as regras de convivência.

— Arranjaremos – respondi. – Ei, Percy. Pode me dar uma carona?

— Me diga, exatamente, onde você quer que eu te leve?

— Hm, na Lanchonete da Mina.

— Sério? – ele levantou uma sobrancelha. – Eu estou indo para lá também.

— Jura? Que coincidência. Deixa só eu ir pegar a minha bolsa.

— Não demora. – ele gritou, e eu já estava longe.

Meu Deus, o que foi aquilo? Respirei pesadamente buscando por uma bolsa e meu celular.

Justamente quando o peguei, ele começou a tocar.

— Oi?

Irresponsável! Inconsequente!

Uh, boa tarde para você também.

Onde você está?

Onde você acha? Voltei para a praia.

O quê? Seu pai... Está aqui MORRENDO e você ai... Se divertindo com qualquer um? Fugindo dos problemas?

Ai. Essa doeu.

— Brooke. Aconteceu alguma coisa?

Como assim “aconteceu alguma coisa?” seu pai sofreu um acidente e a única coisa que você quer é isso? Farra?

O que exatamente eu ia fazer por vocês ai?

Apoiar seu pai, quem sabe? Você tem noção da cara dele quando acordou e todos estavam aqui, menos você?

Eu estava evitando pensar nisso.

— E-ele acordou? Como ele está?

Ah, agora você lembra que ele existe? Passar bem Annabeth. Fique o tempo que quiser por ai.

E então ela desligou. Assim, na minha cara.

— Foi fabricar a bolsa, princesa? – perguntou um Percy entrando no meu quarto.

— N-não. Desculpe. – levantei a cabeça para olhá-lo. – Só recebi uma ligação.

— O que houve? – ele parecia meio preocupado – Seu pai piorou?

— Não. Quer dizer... Não sei. Até porque... Espera. Como você sabe do meu pai?

— Ah. – ele pareceu corar enquanto coçava o cabelo negro – Nico.

— Thalia. – revirei os olhos – Se eles se odeiam tanto, eu me pergunto quando eles têm essas conversas.

— Ah. Pois é. Verdade. Eu adoraria ter esse papo reflexivo conversando com você, mas podemos continuar isso, lá no carro.

— Oh sim, verdade. Vamos logo. Aliás, essa bala está uma delicia. Ela tem... Um sabor especial.

E sai rapidamente do quarto – talvez rebolando um pouco – e desci as escadas praticamente voando e sai, esperando o carro ser aberto.

Durante o caminho vez por outra eu encarava Percy. E, apesar de eu não ficar mais tão impressionada quanto fiquei da primeira vez que o vi, ele continuava bonito. Muito bonito. Ele não serviria para fazer nenhuma propaganda ou estampar capas de revistas, mas ainda sim era bonito. Muito bonito. Seu cabelo era curto nas laterais e um pouco mais alto em cima, dando um ar rebelde aos fios que ele não conseguia ajeitar. Maxilar quadrado bem expressivo, olhos caídos nas pontas, quase como se carregassem uma tristeza pesada demais para eles, mas a cor vibrante da íris normalmente distraí as pessoas desse fato. E, por fim, os lábios. Bem rosados e grossos. Não consigo manter uma única conversa sem encarar os lábios por, pelo menos, um segundo. Ele tem aquele tipo de boca que parece ser extremamente beijável apenas encarando. E, eu posso atestar para todos os presentes que eles são bem beijáveis, de fato.

— O que foi? – perguntou ele, rindo distraidamente.

— Nada. – murmurei. Ele realmente não precisa saber que eu gosto de guardar detalhes das pessoas. Ele não precisa saber que eu gosto de desenhar esses detalhes em algum momento. Isso é meio psicopata, eu acho.

— Sei.

Ele manteve o olhar desconfiado sobre mim, mas não disse mais nada. Deixei meus pensamentos voarem para longe, mais especificamente para Brooke e nas palavras dela para cima de mim. Por mais que poucas e leves eu senti a profundidade delas. Ela nunca falou comigo daquela forma. Com aquele peso e acidez. Nunca. Brooke, por mais que eu negue, sempre foi boa comigo. E vê-la daquela forma do outro lado da linha me fazia estremecer. Seria eu, realmente, uma filha tão ruim assim?

— Annie? Tudo bem? – ele apertou uma parte perto do meu joelho e me olhou levemente apreensivo enquanto tentava prestar atenção na pista. Uma leve sensação de formigamento surgiu onde seus dedos repousavam com suavidade no intuito de chamar minha atenção.

Assenti com a cabeça.

— Falta muito para chegarmos?

— Não, é logo ali, depois daquela esquina.

Assim que o carro parou, saltei dele o mais rápido possível e comecei a observar o local. Era grande, era colorido, era barulhento e era arejado. Era um lugar que eu adoraria ir para ler. Sorri.

— Lugar legal.

— Também acho. Agora, se me der licença... Tenho um encontro para comparecer.

E então, ele saiu me deixando ali sozinha. Por um momento a sensação de leveza que me rondava se dissipou e o pesar me atingiu novamente com uma bofetada. O que eu esperava? Que Percy abandonasse o encontro dele para ficar comigo? Porque ele faria isso? Era simples e pura estupidez da minha parte. Não sei nem o que estou fazendo aqui, eu devia mesmo era ir embora e esquecer toda essa besteira.

Me dirigi para o balcão e pedi um suco de laranja. Ri, lembrando de como terminou a última noite que fiz isso. Que, por um acaso, foi ontem. E ele já está saindo com outra. Devo me sentir ofendida?

Sorri quando o garçom me entregou o suco, junto com uma piscadela e saiu. Ri sozinha, outra vez, sentando em um dos bancos do balcão enquanto esperava o garoto com cabelo cor de areia.

Chequei meu celular, eram três e vinte. Fiquei muito feliz ao perceber que meu plano de atrasar Percy funcionara, mas não fiquei tão feliz assim por notar que o loiro ainda não chegara.

— Duas vitaminas, por favor. – Percy pediu para a atendente e parou ao meu lado. – E ai loira, levou um bolo, foi?

— Hm, na verdade, não. Acabou que essa sua pressa alucinada me deixou aqui um pouco adiantada. Vou parecer desesperada.

— Ué, e você não está? – ele levantou uma sobrancelha sorrindo em desafio.

Estava prestes a responder quando sorri ao ver Luke entrando no lugar e levantei para abraça-lo.

— Quanto tempo! – falei depois que ele depositou um beijo na minha bochecha.

— Senti sua falta Annabeth!

Percy estava com o maxilar trancado e os punhos cerrados.

— E ai? – Luke falou, em direção a ele – Suas vitaminas estão prontas cara. Acho que sua amiga não vai gostar de ficar esperando.

Ele apontou para a mesa onde uma garota com os cabelos castanhos estava. Ela tinha olhos grandes e parecia inteligente demais para estar se envolvendo com Percy.

— Por que vocês não se juntam a nós? – Percy perguntou. – Afinal, a Annie veio comigo. Ai nós voltamos juntos.

— Eu não sei se é uma boa... – tentei.

— Claro. Encontros em casais são sempre muito divertidos, não é loira?

Dei um sorriso amarelo. Casais. Ótimo. Ele é tipo o peguete da Thals e está em um encontro de casais comigo. Eu estou em uma furada. E das grandes.

***

POV Thalia

Entrei no quarto de Annabeth. A ideia, inicial, era dividirmos os quartos, mas acontece que Annie achou conveniente trazer mais roupas que o necessário ou talvez eu. De todo jeito, descobrimos que existe mais um quarto e eu peguei-o para mim. Comecei a fuçar suas gavetas, vendo se conseguia encontrar algo para usar no encontro de Nico.

Suas blusas não faziam meu estilo e todos os seus vestidos são rodados e florais. Sério, por que essa menina não traz algo normal?

Bufei e fui até meu quarto. Trouxe um vestido preto justo com uma abertura nas costas. Ficaria perfeito nessa ocasião. Abri o meu guarda-roupa e procurei o tal vestido. Mas ele não está em lugar nenhum. Comecei a separar roupa por roupa e vi que o vestido, realmente, não está aqui. Abri as gavetas, todas elas. Mas o vestido resolveu sumir.

Annabeth.

Pensei com raiva. Aquela loura gorda deve ter pegado o vestido. Ri amarga, quando o vestido voltar para seu lugar, vai estar todo desregulado. Como uma forma de vingança, nada mais justo do que pegar algo dela também. Voltei ao quarto de Annie e olhei a parte dos vestidos.

Um amarelo, um branco, um azul, todos florais. O mais escuro que Annie tem é um vestido azul escuro com flores pretas. Vai ter que ser esse. Apesar de não gostar muito de vestido, eu não tenho outra opção senão esta. Minhas blusas resolveram se sujar sozinhas, sério. Então todas estão lavando. E as blusas da Annie não fazem meu estilo.

Apenas por curiosidade abri a gaveta dela. Todas as blusas remetem a flores. Fala sério! Ela assaltou uma floricultura e pregou essas flores em toda roupa disponível? As outras blusas que não tinham flores não fazem o meu estilo. Annabeth nem gosta muito de flores. Deve ser o sentimento de verão se apossando dela ou coisa assim. Nem tinha percebido que durante esse vai e vem do meu quarto pro da Annie já tinham se passado meia hora e foi exatamente esse prazo que Nico me dera. Corri até meu quarto e peguei uma toalha e meu vestido. Desço as escadas e encontro Nico sentado no sofá enquanto assiste algum programa. Ele ouve meus passos e desliga a mesma, se levantando imediatamente.

— Pronta? – eu desço mais um pouco revelando minha toalha e o vestido pendurado. – Sério?

— Não reclama, foi difícil achar alguma roupa ok? – ele dá um sorriso, senta-se de novo e liga a TV.

Corro até o banheiro e tranco a porta. Enquanto tomo um banho rápido, penso nisso tudo. Quer dizer, o que pensar disso? Uma hora com o Luke, outra com o Nico. Nem sei o que pensar disso tudo. Mais rápido do que havia pensado, desligo o chuveiro e coloco a roupa rapidamente. Penteio os cabelos e passo um batom rosa escuro. Sem tempo para o rímel, direciono um olhar triste para o potinho. Abro a porta de fininho e vejo Nico rindo de algo. Viro os olhos. Se ele está tão feliz com aquele programa estúpido, eu tenho tempo para passar meu lindo rímel. Depois disso subo as escadas rapidamente e coloco uma sapatilha preta. Desço as escadas de novo e desta vez Nico não se levanta de imediato.

— Está pronta agora? – ele olha para mim. Uma olhada rápida que foi dos meus olhos até minhas sapatilhas. – Sim, definitivamente está pronta. – Com um sorriso de lado, viro as costas e vou até a porta.

— Onde vamos?

— Lanchonete da Mina.

***

A lanchonete da Mina é um lugar bem bonito. Fica em uma rua de frente para o mar. Vários carros estão estacionados. Vejo um carro preto bem conhecido por mim.

— Aquele carro é o carro do Percy? – aponto para o HB20 estacionado há alguns metros do de Nico.

— É? – Nico fala soando como uma pergunta. Corro até lá sendo seguida por Nico. – É. É o carro de Percy?

— Você não disse que ele e Annabeth tinham saído juntos?

— Sim.

— Eles estão aqui.

— Devem estar.

— Ah isso vai ser divertido. – abro um sorriso. Nico concorda com outro sorriso e vamos até a entrada do local. Entro devagar com medo de eles olharem para a porta e nos descobrirem. Acho a cabeleira de Annie em uma mesa um pouco afastada, mas não é Percy que está sentado ao lado dela é outro garoto de cabelos cor de areia. Luke. Percy está na frente falando alguma coisa, aparentemente engraçada porque a garota de cabelos castanhos dá uma risada exageradamente alta. Annabeth usa a mão para cobrir um lado do rosto e acho que se ela for um centímetro a mais para o lado ela cai da cadeira. – Ah Deus. – fecho os olhos. – Vamos sair daqui Nico. Agora.

— Mas por quê? – antes que eu pudesse explicar o porquê de eu querer sair daquele lugar, como se não fosse óbvio o bastante, ouço uma voz gritar.

— Nico? – nos viramos e vejo Percy acenando. – Aqui! – pensei em fingir que não conhecia ninguém ali. Já que Annie e Luke se viraram. Annabeth arquejou e Luke parecia chocado demais para não fazer outra coisa a não ser ficar de boca aberta. Annabeth se virou e pareceu fuzilar Percy com os olhos já que ele fez uma cara de “O que foi?”. Nico começa a andar em direção a mesa e eu fico tentada a dar meia volta, mas ele se vira para mim e acena com a cabeça na direção da mesa. Suspiro e vou até ele. Percy nos recepciona com um sorriso gigante enquanto nos acomodamos. – Acho que todo mundo gosta dessa lanchonete né?

Evito o olhar de Annabeth e de Luke e logo Nico e Percy começam a conversar. Viro-me para a garota ao lado dele, ela está com um pequeno sorriso decepcionado.

— Ei.- ela se vira para mim. – Meu nome é Thalia e o seu?

— Hannah. – ela dá um sorriso de verdade. – E o seu?

— Thalia. Você é daqui?

— Aham, nasci aqui. E você? – Começamos a conversar e via pelo canto dos olhos que Annie tentava chamar minha atenção, mas decidi que não queria falar com ela. Pelo menos, não hoje.

Notas finais:

~Risurn: E ai? Ai, eu gostei ♥ Espero o dia em que uma recomendação caia do céu *Ri* É isso ai pessoal, até a próxima ^^

~Sorvete: Estão todos no Paraíso? U.U (Agradecendo a Lariiana por essa analogia esplendorosa u.u)

Também espero uma recomendação cair do céu viu? Sem pressão.

Gente quero dar um nome para vocês. Quem lê Paraíso de Verão é... Paraisano? Paraisópolis? Não? Ideias? Alguém?

Beijos e cócegas,

Sorvete de Limão.


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