POV Austin

Sou Austin Moon, tenho 17 anos e meu nome do meio infelizmente é Mônica, por isso nunca coloco meu nome todo no cabeçalho das provas. Tenho 4 irmãos chamados Riker, Rocky, Ryland e minha irmã Rydel. Rocky é o mais velho, depois vem Riker, depois Rydel e Eu, e por fim Ryland que é 2 anos mais novo. Meus pais se chamam Mimi e Mike Moon e trabalham na mais famosa loja de colchões de Miami.

Minha vida está indo muito bem aqui em Los Angeles, é o lugar onde todos realizam seus sonhos artísticos e sonham em morar, e agora vejo o porquê falam isso! Simplesmente é perfeito, aprendi a tocar guitarra, piano, violão e flauta, mas nunca consegui avançar na carreira musical, pois não conseguia compor músicas boas, então desisti desse sonho bobo.

O que eu mais gosto daqui é a praia, onde eu vou quase todos os dias surfar com Matt, meu melhor amigo desde que eu comecei a estudar na Veneci High School, e sem falar que aqui é cheio de estúdios onde gravam filmes e séries famosas, e também tem lugares incrivelmente bonitos, e o que me falaram era verdade, as garotas de Los Angeles são realmente bonitas, mas nunca me apaixonei por nenhuma delas, apenas tive uma namorada que se chamava Clair, e eu gostava dela, mas não cheguei ao ponto de ama-la, mas tínhamos um relacionamento bem amigável. Mais tarde ela se mudou para o México, pois o pai dela foi transferido, e tivemos que terminar o namoro, eu fiquei abalado no começo, ela era uma companhia boa e sempre me ajudava em momentos difíceis, mas depois de um tempo parei de pensar nela e segui em frente.

Minha tia Jane (irmã do meu pai) trabalha no Jornal, no centro de L.A, ela vai bem cedo, antes mesmo de eu acordar para ir para a aula, e chega ás 17:00 hrs. Moramos em uma cobertura perto da praia, e que tem uma visão fantástica, mas isso tudo fica chato depois de um tempo.
Sinto muita saudade de meus irmãos, minha irmã e meus pais que moram em Miami desde que Rocky nasceu (meu irmão mais velho), devo admitir que a praia de lá e bem melhor do que a daqui, o mar é bem mais azul e cristalino e o pôr do sol parece ser tão mágico, por ser tão perfeito que acaba hipnotizando os olhos de quem está vendo.

Acabei de me lembrar de Dawnson, aquela garota baixinha e nervosinha que eu acho que eu tinha uma queda, mas não admitia.

Quando éramos mais novos, eu ainda morava em Miami com minha família, e Rydel começou a falar sobre uma garota que era nova na escola, a qual era sua melhor amiga logo no primeiro dia (é Rydel foi bem rápida nisso), quando vi Ally pela primeira vez eu realmente me apaixonei por ela,. Aqueles olhos grandes e castanhos, aquele cabelo totalmente liso e brilhoso, seu rosto parecia ser desenhado por anjos, sua pele era branca como a neve e sua boca quase em um formato de coração... Foi amor a primeira vista, como dizem. Mas na época eu não sabia disso, por que só tinha 13 anos e não conseguia entender meus sentimentos por ela, só sei que tinha, mas não sabia responder se eles eram negativos ou positivos... então comecei a inferniza-la todos os dias para ficar mais perto dela, e hoje eu já superei essa pequena paixonite que eu tinha por ela, pelo menos eu acho, pois não vejo ela faz uns 4 anos, como não vejo meus irmãos também, mas sempre converso com eles e com meus pais pelo FaceTime e vejo que eles mudaram muito nesses tempos, e eu também.

Depois de um tempo o pai de Dawnson havia começado a se embebedar todos os dias, fiquei sabendo pela minha mãe, pois ela é uma grande amiga de Penny (mãe da Ally), e passaram-se semanas e eu como era um babaca sem sentimentos zoava ela por isso, e ela sempre saia chorando, e piorou por que com a minha zoera toda, os outros começavam a seguir meus passos e falar mal de Ally e do seu pai, mas sempre que podia Ellington (irmão de Ally) tirava ela daquele meio e a levava pra casa. Quando o pai dela sofreu um acidente e morreu, minha mãe sempre ia a casa de Ally para apoiar Penny e Ally se afogava em lágrimas, até mesmo seu irmão fazia o mesmo.

Pelo acontecido, fiquei umas 2 semanas sem encher a garota, mas logo tudo voltou ao normal, agora eu e ela tínhamos brigas feias e as vezes ela me batia com muita fúria e raiva, era simplesmente uma guerra que não acabaria nunca, como ela dizia.

Me lembro do dia em que minha tia veio visitar a gente em Miami, eu estava com uma vontade enorme de morar em L.A, então pedi para minha mãe se eu podia morar com minha tia, ela no começo descordou da ideia, mas depois de uma semana ela conversou com meu pai e os dois concordaram.

Um dia antes da viagem ainda me lembro o que ocorreu na escola com Dawnson...

(Flashback: On)

Havia chegado a hora do recreio, e Ally estava lá sentada com Rydel comendo seu sanduíche.

– Hey garotas - Disse indo em direção a mesa delas.

– Tá de sacanagem com a minha cara né? - Ally disse olhando pra mim com raiva e batendo a mão na mesa.

– Já esta nervosinha logo de manhã baixinha?

– Nunca me chame de baixinha seu ridículo

– Oia que agressiva, estou com tanto medo - disse ironicamente.

– Você não se enxerga né garoto? Se liga e vai fazer alguma coisa que preste

– Se liga você, uma garota feia, gorda e ridícula que nem tem tantos amigos.

– Austin vaza daqui, já deu né? Vai irritar outra pessoa e não volte mais aqui - Rydel fala com raiva entrando na discussão.

– Vou mesmo, melhor do que ficar olhando pra cara dessa estranha aí - Digo e vou embora.

Percebo que com a minha ida, Ally começa a chorar e soluçar e Rydel a abraça e leva ela ao banheiro.

Confesso que mesmo tendo treze anos, fiquei com um aperto no coração de vê-a chorar. Eu já tinha visto isso outras vezes, mas foi diferente, eu senti como se fosse a última vez que veria isso. E realmente era a última vez. Mas espera, eu não odeio essa garota? Claro que odeio! Então se ela chora, eu devo é ficar satisfeito.

No mesmo dia fizeram uma despedida surpresa pra mim em minha casa e a Dawson, juntamente com sua família, também estava lá. MERDA. Por que essa garota tem que frequentar a minha casa 24 horas por dia? Já não basta ter que aturá-la na escola?

Na hora das despedidas finais, abracei meus amigos e familiares e a Dawnson só me mostrou o dedo inapropriado e saiu em direção ao fundo da casa onde ficava a piscina. Pra uma garota, ela até que é bem esquentadinha.

E FINALMENTE embarcamos em direção à Los Angeles.

(Flashback: Off)

Lembro-me daquele dia como se fosse ontem, e confesso que á um ano atrás me senti um idiota por não ter abraçado aquela garota. Mas claro que isso já passou.
Neste momento estou deitado no sofá mexendo no meu instagram, não tem nada melhor pra fazer então é isso. Vejo que Rydel postou uma foto nova, e com uma garota, e quando leio a legenda me assusto:

'' Allyzinha ''

Quando observo a foto com mais atenção, começo a perceber as características de Ally:

Olhos castanhos, um rosto angelical, e a boca perfeitamente desenhada.

Fico longos minutos analisando a foto, e me perco nesses perfeitos e grandes olhos castanhos. Não Austin, você não pode estar desse jeito - digo a mim mesmo.

Por que sinto um aperto no peito, e não consigo parar de olhar o seu rosto perfeito?

AUSTIN CONTROLE-SE!

Espera, acabei de me lembrar que minha tia havia me dado uma passagem para qualquer lugar dentro dos E.U.A de aniversário, e ainda não usei. Estaria na hora de voltar para Miami?

Sim, quero rever a minha família e tê-los comigo novamente, e olhar no fundo daqueles olhos castanhos novamente. Preciso descobrir o que eu realmente sinto por essa garota.

Rapidamente liguei para minha mãe avisando que estaria de volta em três dias.

POV Ally

Assim que terminamos de lanchar, os meninos foram para a sala jogar videogame e nós meninas fomos para o quarto de Rydel e começamos a conversar, quando Rydel decide entrar em um assunto realmente desnecessário.

– Allyzinha por que ficou tão tensa depois que disseram que Austin voltaria? - Rydel pergunta me tirando de meus devaneios. Como assim tensa? Eu estou tensa?

– O que você quer dizer com isso? - Respondo. Sério to boiando aqui, eu tensa?

– É, parece que você ficou meio estranha depois da notícia

– Eu sei que vocês brigavam muito, mas ele pode ter mudado durante esse tempo que esteve em Los Angeles - Trish entra na conversa.

– Primeiramente, eu não estou tensa. Só fiquei um pouco surpresa.

– Eu me lembro de uma vez que você disse que sentia falta dele - Rydel tinha um sorriso sapeca nos lábios.

– Eu devia estar louca por ter dito aquilo. Nunca, Jamais sentiria falta daquela peste.

– Huummm, ai tem coisa - Trish me olha desconfiada.

– Só nos piores pesadelos de vocês.

Ok, eu devo ter ficado meio estranha depois do que a Sra. Moon disse. Como assim aquele idiota resolve voltar de uma hora pra outra?

Sou só eu que acho que ele está tramando algo?