POV. Austin

Por que eu faço isso? Por que eu a trato mal? Não posso ter sua atenção de outra forma? Sim, eu posso! E é isso que eu vou fazer.

Sempre que era fútil com ela não me sentia bem, e sentia que isso a machucava muito por dentro e Me machuva ainda mais por isso. Qual é meu problema afinal? Acho que uma pedra é mais inteligente do que eu, ou até mesmo o Dez, mas agora eu me sinto com a necessidade de parar com isso e conquistar sua amizade e confiança, ser seu melhor amigo, a pessoa que ela sempre pode contar e que a deixa feliz.

Agora minha suposta missão é essa: Conquistar a confiança da garota que sempre ocupou meus pensamentos, mesmo que eu não estivesse percebendo isso.

Pov. Ally

Depois daquele momento que eu nunca pensei que aconteceria na minha vida, voltamos a andar e um maldito silêncio resolveu dar um ''oi''.

O céu estava nublado, uma tempestade estava por vir, mas não liguei muito pra isso, pois o loiro ao meu lado pegou uma das minhas mãos do nada e entrelaçou seus dedos nos meus me fazendo arrepiar um pouco, mas simplesmente não tive vontade de reclamar, aquilo estava até que bom demais pro meu gosto...ESTRANHO. Depois de alguns minutos a chuva começa a cair lentamente mas ao passar ela aperta e fica mais forte deixando eu e Austin enxarcados, eu e ele começamos a correr no meio da rua e chegamos ao parque da cidade onde tinha uma pequena cobertura perto das árvores. Nos encostamos na parede ofegantes, e a chuva apertava ainda mais.

– Não acredito! Olha o meu cabelo, ta todo destruido e eu estou ridicula com essa maquiagem toda borrada - reclamei torcendo meus cabelos molhados.

– Que nada Ally, você ta parecendo um panda com essa maquiagem - Austin brincou.

– Isso foi um elogio ou um insulto?

– Eu gosto de pandas - Ele disse sorrindo e é claro que eu tive que corar.
Cometi um erro e
Austin estava o mais calmo possivel e eu totalmente ao contrário. Olhei para seus cabelos loiros molhados e penso: Uau como ele fica sexy assim! Cometi um erro e meus olhos foram em direção aos seus e ele correspondeu e começou a me encarar do mesmo jeito que eu o encarava, eu ja estava completamente virada pra ele e ele pra mim, seus olhos castanhos esverdeados me hipnotizavam e eu não conseguia ter reação, ele desviava seu olhar para minha boca e ia chegando mais perto, Austin estava com um olhar de desejo em seus olhos, era óbvio que ele queria me beijar mas só não sei por que, ele nem gosta de mim.

– É eu vou... ali ver se a chuva já passou - me afastei e sai da cobertura, a chuva não diminuiu nada, isso é íncrivel! Só para o meu azar!

Quando me virei para voltar pra cobertura escorrego no piso molhado do lado da grama, e quando estou prestes a cair Austin é mais rápido e me segura pela cintura e poe um de seus braços embaixo de minhas pernas e eu automaticamente ponho meu braço em seu pescoço. Parecia uma cena de filme, nos encaravamos sem piscar e eu via o quanto ele tinha uma face perfeita ou digamos Linda, ele denovo ia aproximando seu rosto do meu, e eu ficava cada vez mais quente, infelizmente a situação piora, meu pé escorrega mais e Austin acaba caindo encima de mim na grama, ESSE GAROTO GOSTA DE CAIR ENCIMA DAS PESSOAS OU SOU SÓ EU?

Seu rosto estava a centimetros do meu e nossos corpos não tinham como ficar mais colados do que já estavam, seu lábio inferior encosta no meu mas eu logo empurro ele e me levanto.

– VOCÊ IA ME BEIJAR?? - grito e ele me olha confuso.

– Ai por que você me empurrou? - se levantou ficando na minha frente.

– ME RESPONDE ! Você queria me beijar?

– NÃO , Eu - eu não sei, foi pelo momento eu não consegui me controlar, eu tenho hormonios sabia?

– Desculpa Austin e que eu não sei, eu fiquei meio assustada, desculpa por gritar com você - eu disse e ele ficou com um olhar triste, mas logo veio e me deu um abraço, foi um abraço bem forte, um dos melhores que eu ja tive.

Depois dessa cena um tanto fofa devo admitir, voltamos pra casa na chuva mesmo. Quando chegamos na minha já eram 15 horas da tarde e eu e Austin ainda estavamos totalmente molhados pela chuva.

– Não quer se secar um pouco? - perguntei.

– Pode deixar Ally, não quero incomodar você.

– Nada disso entra logo - falei puxando seu braço pra dentro da casa.

Peguei duas toalhas no banheiro e dei uma para Austin, e começamos a nos secar. Vejo uma mensagem de Ellington dizendo que estava na casa do Riker e que minha mãe foi fazer compras com Mimi,e depois recebo uma de Rydel:

Rydel: Onde você está? Austin aprontou denovo?

Ignorei a mensagem pois estava com muita fome e fui até a geladeira pegar o bolo de chocolate que minha mãe tinha feito ontem anoite.

– Hey está com fome? - pergunto para o loiro deitado no sofá e... SEM CAMISA? DEUS - Você não acha que é muito folgado não? - tento disfarçar a minha reação quando vi seu peitoral definido todo molhado.

– Ué, você faz o que quiser na minha casa, o que me impede de fazer na sua?

– Convencido. - disse revirando os olhos e cortando uma fatia de bolo, ele logo veio e passou o dedo na cobertura do bolo e passou no meu nariz.

– Qual a necessidade disso ?

– É engraçado ashushauhsuhua - ele riu.

– Engraçado é isso aqui ó - peguei o chantilly na pia e passei na sua bochecha.

– Você cometeu o maior erro da sua vida - ele deu um sorriso malicioso e eu começei a correr pela casa e ele vinha atrás de mim com a mão cheia de chantilly.

Corriamos e riamos ao mesmo tempo como loucos e eu resolvi subir as escadas despistando-o, mas logo ele me viu e foi atrás. Cheguei ao meu quarto pois iria me trancar la dentro, mas antes mesmo de fechar a porta Austin segura ela e entra, meu desespero foi tão grande por causa da brincadeira que eu pulei a cama e corri pra sacada do quarto e quando ia fechar o vidro ele novamente segura e eu dou 2 passos para trás, mas isso foi um erro que poderia resultar em trágedia, pois a grade era muito baixa e minha costas arquearam para trás, sim eu ia cair, mas por sorte ele estava lá pra me salvar, Austin,ele percebeu o que estava por acontecer e segurou meus dois braços e me puxou para si, minha respiração ficou acelerada e eu estava com muito medo de que algo ruim acontecesse, nossos corpos colaram violentamente e ele encostou sua testa na minha com um olhar aliviado e me abraçou como se fosse a última vez que ele me veria.