Constellations escrita por DedelCosta


Capítulo 30
Série 29 ― The Evil Oxygen


Notas iniciais do capítulo

GENTE, MIL DESCULPAS!! EU ESTOU A SÉCULOS SEM POSTAR, ENTENDO, NÃO ME MATEM, POR FAVOR! É CULPA DO FIM DE ANO, CULPEM ELE!
CULPA DA CEIA DE NATAL, QUE EU COMI MUITO E FIQUEI METADE DO MEU TEMPO NO BANHEIRO, PONDO TUDO PRA FORA!
CULPA DAS PREPARAÇÕES DE FIM DE ANO!
CULPA MINHA TBM, QUE FIQUEI DORMINDO!
MAS NÃO ME MATEM, AMO VCS, ME DESCULPEM!! ='( ESPERO QUE ESSE CAPÍTULO RECOMPENSE



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― Como conseguiremos? ― pergunta Amy. ― Esse mendigão aqui está há 39 anos e ainda não achou a saída! ― o homem que os socorrera olha para ela. ― Sem ofensas.

Os que parecem mortos-vivos fantasmagóricos continuam atravessando-os, indo para sempre a esquerda. A maioria mancando, com roupas desgastadas, óculos quebrados.

― Por que alguns estão mais maltrapilhos do que os outros? Por que há alguns que aparentam estarem em ótimo estado físico, com roupas ainda limpas e não rasgadas, e alguns estão totalmente ao contrário? ― pergunta o Doutor.

― É uma boa pergunta. Nunca me perguntei isso antes. ― diz o homem.

O Doutor tira sua chave de fenda do bolso e vira-se para a esquerda. Ele não dá um passo sequer, só se vira.

― Doutor! ― Amy grita, virando para a esquerda também. Ela também não dá um passo sequer, só está virada.

Os espíritos continuam vagando por aí, atravessando-os.

― Calme, Amy. Eu não andei. Estou parado. E funcionou. Não virei um deles. ― ele diz.

Amy fica confusa. O que faz esses virarem isso? Por que a esquerda? Ela não entendia nada, enquanto fazia uma cara de quem comeu e está perguntando para a mãe "o que é isso que pôs no prato?".

― Eu... não entendo! ― ela exclama, olhando para as costas do Doutor. Ele se vira para a direita, encarando-a.

― Estou tentando entender. ― fala ele. Pressiona um botão de sua chave de fenda, fazendo ela estender para cima e o clássico barulho começa. Ele começa a analisar os dados que a chave captou.

― E aí...? ― pergunta Haendell. Ele continua virado para a direita; não se arrisca. Amy se vira para a direita novamente, encarando as costas do garoto de 19 anos.

Eles esperam com uma resposta, mas tudo que tem é uma cara de surpresa do Doutor, que se vira para a direita.

― O que houve? ― pergunta Amy.

― Nunca, jamais, virem para a esquerda e deem um passo. E nunca, jamais, fiquem virados para a esquerda por muito tempo. ― é o que ele diz, chocado ainda com qual quer que seja o que ele viu em sua chave de fenda.

― Doutor, o que você viu? ― pergunta Haendell.

― Substâncias. Apenas substâncias no ar. Fruto das ações e reações químicas desse local. Algo complicado, nem eu consigo entender a absorver essas informações direito. ― é engraçado para Amy o quão ele se acha mais esperto do que todos.

― Mas explique o que entendeu, oras. ― ela diz.

― Esse labirinto, aparentemente, fora instalado por alguém que, além de psicopata, burro. Esse lugar tem alto nível de radiação há anos. Junto com o material das paredes que constituem os corredores...

― Mas as paredes são de rochas, oras! ― diz o homem que os salvara alguns minutos atrás. Sua roupa precoce se movimenta quando ele dá um passo para a esquerda.

― Não ande para a esquerda! ― adverte o Doutor. ― Você teve sorte de não virar um deles instantaneamente! ― ele aponta para uma das sombras brancas que atravessam-os.

― Por que? O que nós torna igual a eles? ― ele pergunta, parado.

― Primeiro, vire-se para a direita de novo. Não pode ficar muito tempo exposto a essa corrente de ar. ― diz o Doutor. O homem se vira para a direita.

― Corrente de ar? ― pergunta Amy. ― O que?

― Como eu dizia... o material das paredes junto com a radiação fez uma corrente de ar muito tóxica. E é um labirinto, cheio de corredores. Os corredores guiam a correte de ar tóxica pela direita. A corrente está vindo pela esquerda. ― ele diz.

― Você está dizendo que a corrente de ar, que é tóxica, fez as pessoas ficarem assim? ― pergunta o fã. ― Wow, isso aqui tá melhor que Maze Runner!

― Não acho. Maze Runner é ficção, o que o torna bem melhor do que isso. Isto está acontecendo na vida real. ― diz Amy. Haendell não presta muita atenção nisso, só diz:

― Tem Maze Runner no seu universo? Meu Deus, depois precisamos conversar sobre a saga! ― diz ele, animado.

― Os dois aí, poderiam prestar atenção? ― diz o Doutor. Os dois acenam, mas não olhando para o Doutor. O Doutor está alguns metros atrás deles; olhar para ele significa ter que virar para a esquerda. ― Bom, a corrente de ar vem pela esquerda. Quando viramos para a esquerda, estamos na direção contra a corrente de ar. Ela bate em nossos rostos, e nós afeta com mais facilidade. Estando virados de costas para a corrente. Ela se choca contra nossas costas, e não nós afeta.

Todos ficam parados. Não entenderam muita coisa. O Doutor está com cara de ânimo, orgulhoso por saber explicar.

― Eu não entendi muita coisa, poderia explicar novamente? ― perugnta Amy.

O Doutor faz uma face palm.

― Resumidamente: não vire para a esquerda! ― ele diz, já irritado. ― Podemos ir agora, tentar sair desse lugar antes que sintam fome e sede?

― Então, vamos. ― diz Haendell. ― Cadê aquele homem?

Todos dão uma volta completa, procurando o homem. Mas não o encontram.

Então, Haendell observa um dos fantasmas mortos-vivos que o atravessa.

― AAH!! ― ele grita, e coloca a mão sobre a boca. Sua expressão é de horror quando descobre quem é que o atravessou.

O homem que a pouco tempo os salvara agora está no estado fantasmagórico. Branco como se mergulhado em uma bacia de pó-de-arroz, ele ainda é um pouco transparente, sendo visível a parede que está atrás dele. Ele não diz uma palavra, não olha para trás e não faz mais nada. Só anda em direção a esquerda, com a cabeça fixa para frente.

Amy e o Doutor ficam chocados ao verem a cena.

― Bom... ― o Doutor tenta dizer, mas a voz sai rouca e assustada. ―, vamos lá.

• • •

Uma hora para a direita. Andam mais um pouco, passam por outras entradas. Sempre há duas opções; ou virar para a esquerda, ou para a direita. Mas como sabem, nada de esquerda. Andam mais e mais. Sempre com os fantasmas atravessando-os. Não há nada mais que possam fazer, a não ser achar a saída do local, ou tentar encontrar mais sobreviventes desse show de horrores.

Uma hora, enquanto uma fantasma mulher alta de aparentemente uns 50 anos atravessa Amy, ela ouve algum grito.

― Ouviram isso? ― ela para de andar e pergunta. Ao parar de andar, Haendell e o Doutor param também. Eles batem um no outro, como um efeito dominó.

― O que, o peido do Doutor? ― pergunta Haendell. O Doutor se sente ofendido.

― Deu pra ouvir? ― ele pergunta.

― Não, não é disso que estou falando! ― diz Amy, levando a mãe no nariz ao sentir o mal cheiro. ― Estou falando do grito que acabei de escutar.

O Doutor e Haendell param de conversar para verem se ouvem os gritos. Nada. Absolutamente, nada.

― Não ouvi nada. Desculpe, mas você está endoidando. ― diz Haendell. Amy dá-lhe um pequeno tapa na cara.

― Eu ouvi um grito! Eu juro! ― ela diz.

― E eu ouvi o Doutor soltando pum. Agora, vamos continuar. ― diz Haendell.

Eles andam mais um pouco pelo sujo labirinto, só tendo a visão das paredes cinzas e o céu nublado a cima deles. Virando sempre a direita. Passa alguns minutos quando se ouve um grito novamente se espalhando pelos corredores do labirinto:

― AAAHH!! ― diz o grito. É feminino. E pelo tom, de uma mulher mais idosa.

Dessa vez, o Doutor e seu fã conseguem ouvir.

― Vamos! Foi para lá! ― diz o Doutor, apontando para a esquerda.

― Mas Doutor, não podemos ir para a esquerda... ― relembra Amy.

― Vamos dar a volta, oras. ― diz Haendell.

Eles viram para a direta, depois para a direita novamente, e depois para a direita novamente. Andam um longo corredor. Ouvem o grito novamente.

― Pra lá! ― aponta o Doutor para algum lugar. Eles começam a correr, a correr e a correr.

Finalmente encontram a dona da voz. E se surpreendam com quem é.

Uma versão mais velha de Amy, com cabelos brancos e rugas, bem mais velha do que as que viram a pouco tempo atrás, está apavorada, perdida, olhando para os lados. Ela chora, enquanto a mais nova Amy a observa.

― De novo, não... ― diz o Doutor.


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