Constellations escrita por DedelCosta


Capítulo 20
Série 19 ― You Will Die


Notas iniciais do capítulo

Nossa! Kkk tanta gente comentou o cap anterior, acho q nem vai caber aqui e-e obrigado à: Isoca, NataliaMalfoyMikaelson, Dreamy Soul, WeendelBSB e a Lily Chase Jackson!



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― Eu me lembro muito bem! Não estava escrito isto aqui! ― diz Rose. Ela circula mais e mais o local na frente do prédio. ― O que diabos está acontecendo?

― Se aconteceu o que nós lembramos, o Doutor deve estar aí dentro. Vamos entrar. ― diz Haendell.

Rose e o garoto começam a andar e a pisar na terra da crosta do planeta. Eles empurram a porta de vidro, forçando para frente, e fazendo-a rodar até eles estarem dentro do prédio.

Mas o Doutor não está lá. E nem Amy. Mas há coisas lá: vultos brancos que mais parecem sombras fantasmas. É possível ver um pouco de humanidade nessas pessoas ― só o contorno de seus corpos são brancos e transparentes. Mas o resto, são pessoas normais.

― Ora, ora! Dois novatos! ― diz um homem, que assim como os outros na sala, é meio fantasma. Ele sai de trás de um balcão e se aproxima dos dois: ― Deixa eu adivinhar, não fazem ideia do que está acontecendo, não é?

O homem tem pele clara, usa um terno meio azul escuro e tem um cabelo curto e roxo ― sim, roxo ―.

― Não... ― responde Rose. Ela e Haendell olham ao redor, e realmente há muitas pessoas fantasmas-humanas aqui.

― Como dizer... Vocês morreram! ― ele é direto. Rose faz uma cara confusa

― Como assim...? ― ela pergunta.

― Se olharem para vocês mesmo, bom, verão que também estão meio fantasmas. ― ele explica.

― Mas que infernos... ― Haendell fica confuso. ― Eu já morri tantas vezes que nem lembro.

― Bom, aqui é tipo um hotel dos mortos. Mas mortos especiais. Mortos que chegam aqui, de alguma maneira, e morrem aqui. Então, eles ficam aqui. Bom, depois de mortos. Mas tem um preço. ― ele explica.

― Estamos de passagem, adeus, obrigada! ― diz Rose. Ela entende que isso provavelmente será uma forte treta se continuarem aqui.

― Esse é o preço. Além de suas vidas, ficam o resto de sua vida... Ops, morte. Hehehe... Bom, o resto de sua morte aqui. Eternamente. Bom proveito! ― o simpático homem se vira e começa a andar para atender mais clientes.

• • •

No mundo dos vivos...

― Por que os mataram?! ― Doutor exige explicações. Amy nem dá muita bola. Do jeito que a coisa está indo, logo estarão vivos de novo.

Os soldados, agora inofensivos, respondem:

― Nós. Gostamos. Dos. Mortos. ― as vozes são robóticas. Isso indica que eles, obviamente, são robôs. Que trabalham para quem lá for o dono do local.

― Mas que infernos... ― diz Amy.

De repente, um homem que usa um terno meio azul escuro, pele clara, um cabelo curto e verde ― sim, verde ― chega e diz:

― Ah! Novos clientes! Pelo jeito, estão confuso por que matamos seus amigos. ― ele exclama, sorridente e simpático. ― Não se preocupem, estão melhor agora!

― Onde estamos? Que lugar é esse? Por que nenhum tradutor universal conseguiu traduzir aquela língua da fachada? ― Amy é direta. Ela se levanta da cadeira que sentava e chega perto do homem, com um olhar decisivo.

― Na verdade, qualquer tradutor universal consegue traduzir aquilo. O que acontece é que as letras estão embaralhadas. Mais precisamente, de trás pra frente. Se quiser conferir, à vontade! ― ele explica, e deixa Amy passar pela porta para ler a fachada de trás para a frente.

É verdade. "Oicífide sod Sotrom. Iuqa, a Sotrom é Meb Adniv", de trás para frente, tem algum sentido. E é "Edifício dos Mortos. Aqui a Morte é Bem Vinda".

Amy volta, assustada, para frente. Ela grita:

― Que tipo de psicopatas são vocês?! ― ela aponta o homem de cabelo verde. ― O que é isto?!

O homem, calmamente, diz:

― Calma, calma... ― ele levanta a mão, como se estivesse se rendendo. ― Eu explico...

― Rápido! ― diz o Doutor.

― Okay. Bom, aqui é um hotel de mortos. Sim, isso mesmo. De mortos. E ganhamos nossa vida, ou morte, com esse hotel. Ele que nós sustenta, e infelizmente, para se hospedar aqui, precisa de estar morto. Por isso gostamos dos mortos. Por isso matamos. Para se hospedarem.

― Então significa que, em uma outra dimensão do espaço, mas no mesmo tempo, nesse local, Rose e Haendell estão aqui? ― pergunta o Doutor.

― Bom, sim, mas, assim como vocês não os... ― começa o homem de cabelos verdes, que é interrompido por Doutor?

― Ótimo! Guardei essa função por anos! ― diz o Doutor, agora sorrindo, apertando um botão na sua chave de fenda.

Amy, que já sabe que o homem tem um plano, sorri também. Ela pergunta:

― O que irá fazer, Doutor?

― Trazer duas dimensões do mesmo local ao mesmo tempo e lugar. É confuso para você entender, mas pense naquele dia que você ficou presa num local com marcas diferentes no tempo. Lembra que eu te trouxe de volta ao mesmo tempo, mesmo você estando 35 anos atrás? ― Doutor pergunta.

― Sim... ― ela responde. Ela já entendeu um pouco.

― É isto que estou fazendo! ― ele exclama, alegre.

― Não, não! ― diz o homem de cabelo verde e curto. Perder clientes, para ele, é algo que custa sua vida. Provavelmente, se perdê-los, um tipo de chefe chegará lá e o matará. E a parte ruim é que, depois de morto, morreria mesmo. Não teria uma vida-após-a-morte.

Então, de repente, Haendell e Rose começam a se materializar no local. Eles parecem confusos ― a um segundo, na morte. Agora, na vida.

Rose se vira e vê o Doutor. Ela exclama:

― Graças a Deus! ― ela pula em cima do Doutor.

Amy abraça Haendell, e depois Rose. Logo, o homem de cabelo verde diz:

― Obrigado. Agora irei ser morto. ― sua fala soa ironicamente.

― Mas ser morto não é algo bom? ― pergunta o Doutor.

― Não para aqueles trabalhadores que perdem clientes. Eles são mortos, e não tem uma vida pós morte, como vocês tiveram ― ele aponta para Rose e Haendell. ―, são simplesmente mortos.

Eles ficam se encarando. O Doutor parece sentir culpa. Mas logo, diz:

― Então tá, obrigado por tudo, valeu, tchau, bye bye! ― e ele se vira para a porta do loca.

Mas a porta se fecha magicamente na cara dele.

― Abra a porta! ― ordena Haendell. Ele lembra que está um local cheio e pessoas psicopatas. ― Por favor?

― Não fui eu... ― diz o homem, levantando os braços.

De repente, um buraco se abre no chão. Uma tremenda luz dourada brilhante sai de lá. Em seguida, um enorme monstro marrom que possui um chifre ― o outro está quebrado ―. Ele grita, com uma voz rouca e grave:

― Vocês vão morrer! E se renderão ao meu hotel!


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Notas finais do capítulo

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