An Impossible Love - Thalico escrita por BooksLover


Capítulo 14
Minha Amada


Notas iniciais do capítulo

Oiii!
Ansiosos para descobrirem o que a Thals tem?
Hehehe...
Cap gordinho por que sim, ok? Porque me deu vontade e eu fiz gordinho!
Assuntos importantes para tratar com vocês nas notas finais! Não pulem elas!



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Thalia

Realmente, como Nico dissera, a viagem foi longa.

Passamos cerca de 5 horas apertados em um maldito caminhão, com os outros e a carga que ele transportava – diversas caixas de produtos farmacêuticos – caindo sobre nós a cada cinco minutos.

O que me dava raiva, é que o tal caminhoneiro – que descobrimos chamar Joseph – quando disse “posso leva-los sem problemas” estava se referindo a ficarmos apertados na traseira de um caminhão que era minúsculo. Bem minúsculo. Não é bem isso que eu imagino quando uma pessoa diz “sem problemas”.

A única sortuda na história era Amanda, que ia conversando animadamente com o motorista no banco do passageiro, já que, em suas palavras: “preciso tomar conta de nossa segurança e me certificar de que não corremos nenhum risco com Joseph ao volante”.

Só para piorar, duas pessoas se agarravam atrás de algumas caixas, se beijando desesperadamente. Pelo fato de serem os únicos faltando, Catherine Malks e Philip Hower que o faziam, sendo ele um dos garotos que eu havia intitulado como desrespeitosos e ela uma das garotas que teve o corpo seminu secado com os olhos mais cedo.

Não que eu não estivesse morrendo de vontade de fazer isso com o Nico, – que, por sinal, havia se sentado bem ao meu lado – mas, convenhamos, eu tinha um mínimo senso de respeito e consideração com os outros né?

XXX

Quando já estava próximo a hora do almoço, lá pelo meio dia, Joseph decidiu parar em um restaurante que não era restaurante de posto para comermos alguma coisa. Disse que geralmente não fazia isso, mas que ainda demorariam outras duas horas para chegarmos a Parkesburg, e que ele não queria adolescentes reclamões dentro do seu caminhão.

Obviamente, ninguém recusou. Comer um bom rango e esticar um pouco as pernas depois de deixa-las por três horas encolhidas, o que havia para reclamar?

E, no final, foi ótimo. Comemos fartamente, pois a comida era bem barata e gostosa, andamos um pouco e rimos bastante, cada qual fazendo uma piada mais hilária que a outra.

Marcamos de nos encontrarmos com Joseph no posto às treze horas, para que pudéssemos chegar à cidade ainda a tempo de pegarmos outro transporte até um local mais próximo do Colorado.

Pontualmente – por causa de Amanda – às treze horas estávamos todos no posto, parados lá como quinze idiotas.

Já eram 13h35 quando finalmente o caminhão apareceu, e pudemos voltar a nossa viagem. Joseph se desculpou por cerca de vinte minutos, alegando que havia pegado no sono e perdido a hora, mesmo que, ao menos para mim, ele não soasse muito convincente.

XXX

A segunda parte da viagem foi ainda pior que a primeira.

Nem haviam dado quarenta minutos desde que tínhamos saído do posto e tivemos que parar de novo para que eu pudesse colocar meu almoço para fora.

Jason desceu imediatamente comigo, segurando meus cabelos enquanto eu colocava meu delicioso hambúrguer garganta a cima.

Ao que me pareceu, Nico também queria ir lá me ajudar a vomitar no acostamento, mas meu irmão no o deixou. Sua relação comigo podia ter melhorado de uma hora para outra. A relação dele com o Nico não; de modo algum.

Quando meu estomago estava novamente da forma de uma bola de tênis, eu e Jason subimos novamente no caminhão para continuar viagem. Eu estava subindo as escadas para entrar quando ele me segurou pelo antebraço e sussurrou de forma levemente bruta em meu ouvido:

– Eu; você; hoje em Parkesburg no hospital.

XXX

Conseguimos, finalmente, chegar ao nosso destino por volta das três da tarde.

A cidade não era grande, mas também não era pequena. Tinha uma porção de prédios, casas e várias residências. Era bonitinha, tinha uma cara limpa e não haviam muitas pessoas na rua. Eu gostei de lá, se pudesse, ficaria mais tempo.

Joseph estacionou o caminhão em uma garagem e nos deixou descer, falando que se precisássemos havia um amigo dele indo ainda aquela noite para o estremo norte de Tennessee, perto da fronteira com Kentucky e com Missouri e que era só ligar no número dele que o amigo, a quem ele se referiu como William, que ele nos daria carona.

Amanda o agradeceu e deu-lhe algum dinheiro por sua generosidade, despedindo-se e nos obrigando a fazer o mesmo.

Estávamos todos indo visitar o Blennerhassett Museum, – Nanda, uma garota que eu não lembro qual era o pai, havia descoberto ele em um site de turismo e estava curiosa para ir visitar o local – já que havíamos decidido pegar carona com esse tal de William e precisávamos matar o tempo, mas Jason me puxou de lado e falou para o resto do grupo que tinha que resolver uma coisa comigo.

Imediatamente depois que eles saíram a pé até o tal museu, Jason chamou um táxi que passava e pediu que nos levasse até o hospital mais próximo. O moço concordou e falou que dariam 30 doláres, pois o hospital era longe.

Meu irmão arqueou as sobrancelhas, mas pagou-lhe o dinheiro e pediu que ele se apressasse, enquanto pegava uma barrinha de cereais em seu bolso e a devorava.

– Me dá uma mordida? – pedi – Estou com fome...

– Enquanto não descobrirmos o que você tem, nada de comer. Nem barrinha de cereal.

– Vai se fuder, Jason – bufei, cruzando os braços e dando-lhe as costas, olhando a paisagem que passava pela janela.

Logo depois chegamos ao hospital, eu ainda irritada com meu irmão canalha. Eu estava com fome, custava ele me dar uma mordidinha da barrinha dele?

Antes de entrar, algo me subiu pela garganta e tive que botar pra fora em um agradável jardizinho que havia na entrada para o pronto-socorro. Espero que aquilo tenha ao menos adubado as plantas, porque foi horrível.

XXX

A moça da recepção não era simpática. Ela tinha uma cara de “vai embora” nada agradável, e pediu tudo a meu respeito, data de nascimento, carterinha de saúde, tipo sanguíneo, o que eu tinha pra ter ido lá... Só faltou mesmo ela perguntar qual era a cor da calçinha que eu tava usando.

Digamos que o hospital correspondia à senhorinha. Imagine uma cozinha de um bar ruim. Agora imagine a cozinha sem os equipamentos de cozinha, e não tire os ratos e as baratas. Se você acrescentar uns corredores saindo do local, alguns bancos, um balcão e uma TV de parede vagabunda, você chegará à imagem exata daquele hospital, sem brincadeira.

E aquilo estava lotado, tinha um amontoado de gente sentada nos bancos, e mais outro amontoado de gente sentado apoiado nas paredes. Eu estava quase vomitando de aflição de novo ali mesmo, apoiada na parede. Tinha um monte de gente em bem pior estado que eu, era horrível. Tinha um pobre senhor, já bastante velhinho, que estava sentado bem a minha frente, no banco, que estava com a cabeça inteira pingando litros de sangue. Isso mesmo, litros, e ainda não havia sido atendido.

Fiquei lá, com Jason ao meu lado, sem falar nada, por umas três horas. Já eram umas seis da tarde quando fui atendida, e isso só porque eu já tinha vomitado cinco vezes e uma mocinha da limpeza não queria mais tirar meu bili do chão.

O consultório em que fui, pelo menos, era mais limpinho e tinha um cheiro melhor. Não cheirava a gente doente, só a aromatizador de camomila.

Sentado em uma cadeira e com uma cara de quem não dormia havia dias, tinha um médico mortal. Ele me fez um questionário, passou a mão em minha barriga, sentindo meu estomago, e disse que em um segundo estaria de volta.

Tudo o que eu mais queria era comer um pouco de ambrosia e continuar nossa viagem normalmente, porém eu não sabia o que tinha – o que eu simplesmente não gostava – e Jason muito provavelmente não iria deixar.

Mais rápido do que imaginei, o doutor estava de volta, e pediu-me para fazer alguns exames simples, para saber o que eu tinha. Ele me indicou o local do hospital em que eu deveria fazer isso e disse que depois de feitos outro médico me daria os resultados.

XXX

– Não é nada demais que a senhora tem – o novo médico me disse, examinando meus exames – Uma intoxicação alimentar, nada realmente preocupante. Eu recomendaria que você ficasse tomando soro por algumas horas, mas seu marido disse que vocês tem que partir em viagem ainda hoje, então somente um antibiótico já basta. – quase ri da cara do senhor. Muitas pessoas faziam isso quando Jason e eu saiamos juntos. Achavam que éramos marido e mulher que se casaram muito cedo só porque tínhamos o mesmo sobrenome, mas não éramos nada parecidos. Normalmente, eu avisava para as pessoas que éramos irmãos, mas naquele dia estava realmente afim de rir um pouco da cara dos outros.

–Aqui está o pedido médico. A farmácia mais próxima fica no quarteirão aqui do lado, o remédio não custa mais de 20 dólares, mas é bastante eficiente – ele continuou, enquanto eu mordia meu lábio inferior com força para conseguir não cair no riso.

– Obrigada senhor – meu irmão disse, segurando-se para não rir mais eficientemente que eu.

Jason me ajudou a descer da maca em que eu havia sentado por ordem do médico e andou comigo pelos corredores fedidos do hospital, saindo de lá em direção à farmácia, a pé.

Pediu-me que eu comprasse o remédio, enquanto procurava um orelhão para chamar um táxi e tentava se comunicar com nossos amigos via mensagem de Iris.

– Precisa de ajuda? – um jovem atendente me perguntou, quando eu procurava o tal remédio nas prateleiras, claramente me flertando.

Tive vontade de responder “tenho namorado”, pensando em Nico, mas, se não éramos namorados, como eu poderia responder isso? Fiquei com raiva. Nós já havíamos dormido juntos mais de uma vez, ele sempre se sentava do meu lado para o que quer que fosse, e naquele dia o moreno quase havia batido em um garoto que tinha pedido meu número no restaurante, mas mesmo assim ele nunca tinha me pedido em namoro nem definido o que éramos um do outro, que tipo de garota quer isso?!

– Não. – respondi ao moço, curta e friamente.

XXX

– O que estavam fazendo por todo esse tempo? – Amanda nos perguntou, quando nos encontramos na porta da garagem, para pegar carona de novo.

Durante nossa estadia no hospital, eles haviam feito contato com o caminhoneiro e esse nos concordou em dar carona até Tiptonville, uma cidade bem perto da fronteira do Tennessee com Missouri e Kentucky, já que a cidade era seu ponto de parada até seu destino final. Ele nos disse para estarmos na garagem as 20h15, para que pudéssemos pegar a estrada de forma que chegarmos à cidade perto das 7 da manhã.

– Nada demais – ele disse, sua face inexpressiva – Eu só tinha que resolver uns assuntos inacabados com a minha irmã.

Amanda o olhou como se soubesse que ele estava omitindo fatos, e fosse descobrir o que era. Criou-se uma tensão, pois os olhares dela eram penetrantes, mas Jason os mantinha, em desafio.

– Já estão todos ai! – William esfaqueou a tensão com sua fala animada – Que bom! Já podemos partir em viagem!

O grandalhão era um pouco mais agradável que Joseph, em vários sentidos. Ele tinha uma personalidade mais estilo engraçada, como se fazer piada fosse seu hobbie predileto. Sua aparência também ganhava, pois, apesar de ser alto e grande, ele tinha todos os dentes na boca, era mais forte, com músculos mais definidos, e tinha um corte de cabelo mais jovial, que deixava sua face desagradável meio escondida. Além disso, seu cheiro era melhor, e aparentemente ele usava desodorante, pasta de dentes e até mesmo perfume, diferentemente de Joseph, que eu tinha certeza que nem xampu usava.

O melhor de tudo era seu caminhão. Era grande, tanto na traseira quanto na cabine, e transportava colchões. Sim, colchões! Ou seja, apesar de amontoados e passando a noite na estrada em um caminhão, poderíamos ter uma boa noite de sono.

Subimos na traseira e o homem puxou alguns colchões para deitarmo-nos. Novamente, Amanda foi na cabine, alegando a mesma coisa da vez anterior. “Preciso conferir se ele dirige bem”.

Deitei em um colchão mais no fundo, com o intuito de ficar sozinha com meus pensamentos, estava precisando pensar em algumas coisas.

Infelizmente, não adiantou, pois Nico pouco tempo depois se deitou do meu lado, abraçando minha cintura e beijando a curva do meu pescoço.

– Sai, Nico – resmunguei, sem me virar. Desde mais cedo, na farmácia, quando eu parara para pensar em nosso relacionamento estranho, eu estava com raiva e magoa a seu respeito, como se eu tivesse tirado uma venda de meus olhos.

– Sei que você foi ao hospital com seu irmão hoje – ele disse, me ignorando por completo e mordicando uma parte de meu pescoço mais próxima a orelha, causando-me arrepios – O que você tem?

– Nada, só uma infecção alimentar de alguma coisa que eu comi anteontem. Acho que M&M estragado. – murmurei, ainda de costas, inclinando meu pescoço de uma forma que ele não poderia mais beija-lo, tentando mostrar de forma sutil que estava brava com ele.

Finalmente ele parou de colocar a boca pra trabalhar em meu pescoço, mostrando que era bom em sutilezas:

– O que foi, Thals? O que eu te fiz?

– O que somos? – perguntei, finalmente me virando de frente para ele, com as mãos em seu peiro para afastá-lo ao máximo de mim, tentando mostrar em meus olhos minha frieza no momento

– Uh? – ele não estava entendendo absolutamente nada, e sua cara expressava isso.

– O que somos? – repeti – Somos namorados? Somos ficantes? Somos o que, Nico? – uma lágrima ameaçava cair de meus olhos.

– Thalia... – ele respondeu, a sussurro, seus olhos tristes.

– Thalia nada! – levantei um pouco a voz – Você nunca me pediu em namoro, nunca falou nada sobre o que éramos, mas chega um cara me xavecando e você quase acaba com a cara dele! Como você quer que eu me sinta?! Se eu quisesse eu poderia ficar com ele, sabia? Você nunca disse que era alguma coisa meu!

Ele passou delicadamente as mãos em minha face, apertando-a de leve. Com o seu longo polegar, limpou a lágrima que insistiu em descer teatralmente por minha face, depositando um beijo no local em que ela acabava, ou seja, no meio da minha bochecha.

– Não fica assim, não, princesa – ele disse, depois de algum tempo – Eu nunca achei que precisasse dizer algo, achei que você soubesse que era toda minha e que eu era todo seu. Se soubesse, já tinha te pedido em namoro faz tempo, linda, faz muito tempo – Nico beijou de novo mais uma lágrima que insistiu em descer, desta vez sem limpá-la – E já que você faz questão – puxou minha face para cima pelo queixo, me fazendo olhar diretamente para suas orbitas que estavam como um céu negro, e eu juarava que até estrelas haviam lá – Thalia Grace, minha amada, aceita ser minha namorada?

Fiz que sim com a cabeça, escondendo-me em seu peito quente logo depois. Inspirei seu cheiro, reconfortando-me; ele cheirava a livro novo, o melhor cheiro do mundo. Depois de um tempo, acho que quando ele viu que eu não pretendia sair de seus braços muito cedo, ele apoiou a cabeça em meu pescoço, de vez em quando dando uma mordiscadinha ou um beijo.

Uma hora, quando senti novamente a falta de seus lábios nos meus, o que vinha acontecendo com muita frequência recentemente, segurei sua cabeça entre minhas mãos e o beijei, inicialmente com um selinho. Porém, logo precisamos de mais e minha língua pediu passagem para sua boca, tal qual imediatamente foi concedida. Isso deu inicio a uma batalha de línguas calorosa e apaixonada, que eu não queria que parasse nunca.

Queríamos tirar as roupas um do outro, muitas vezes minhas mãos foram parar na barra de sua camisa, assim como as suas foram parar mais diversas vezes na barra da minha linda camiseta do Foo Fighters , mas, mais por vergonha do que por consideração aos outros, não o fizemos.

Quando nos cansamos, perdemos o ar e ficamos com sono, viramo-nos no colchão em posição de conchinha e dormimos; abraçados e felizes com o começo de um namoro que tinha tudo para ser promissor.

Nunca dormi melhor em minha vida inteira, mas, com os dois braços fortes do meu namorado ao meu redor, e as palavras maravilhosas que ficavam se repetindo na minha mente – minha amada, minha amada, minha amada – era possível menos?


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Notas finais do capítulo

Oi de novo!
Bom, como eu disse, tenho dois assuntos importantes para falar com vocês:
*Assunto um*
Bom, lá no Spirit, umas pessoas pediram que eu fizesse um hentei, um hot Thalico, e, bom, eu acabei fazendo. Eu gostaria de saber se vocês querem que eu poste aqui também, porque eu já tenho o cap escrito e tals. Se vocês não fizerem questão, eu vou pular essa parte e imendar um cap no outro. Vocês que escolhem.
*Assunto dois*
Tem uma fic, que eu to escrevendo com uma amiga minha que não tem Nyah, que se chama Another Love Story, e é Thalico. Logo ela será postada no Nyah. Vocês leriam ela?
E tem uma one Thalico, que eu já escrevi, mas eu ainda não postei em lugar nenhum, que eu também gostaria de saber se vocês leriam.
Sim ou não?
XOXO



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