An Impossible Love - Thalico escrita por BooksLover


Capítulo 10
Eu Pertencia A Ele E Ele Pertencia A Mim


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Como eu já tinha dito anteriormente, não deu para postar caps no fim de semana, e nem poderão ter caps diarios essa semana, porque eu tenho um zilhao de provas, sendo amanha o único dia em que eu não tenho, por isso estou dando essa fugidinha marota para postar aqui para vocês o cap de número 10.
Que, por sinal, é inteiramente dedicado a ~alix, muito obrigada por favoritar



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Thalia

Passei vários dias vendo só o nada. Quer dizer, algumas vezes, ao invés de ver só um grande quadro negro em minha mente, tinha alguns sonhos perturbados, que me faziam remexer-me, sendo eles a única vez que sentia meu corpo de verdade.

Eu podia pressentir as coisas ao meu redor, podia escutar vozes falando perto de mim, assim como podia sentir uma presença constante ao meu lado. Não importa quando, ou de que forma, esta pessoa estava sempre lá comigo.

Durante esse período, que me parecia interminável, eu tentei abrir meus olhos, ou fazer qualquer tipo de som ou gesto, mas era como se eu não tivesse nenhum controle sobre meu corpo. E isso era o pior, pois tive de passar incontáveis noites e dias só com a presença da minha consciência, (mesmo estando na verdade lúcida), remoendo-me pelo passado, ansiando pelo futuro que me esperava, e, acho que o pior de todos, relembrando de frases ditas relacionadas à horrível missão que me esperava.

“Todo a qualquer amor, paixonite ou ‘’caso’’ que você venha a ter, será arruinado por uma velha maldição rogada por colegas em ex-caçadoras. Tome cuidado Thalia”.

“Um coração partido pode custar-lhe a vida, tome cuidado com que se apaixona”.

“(...) isso nos afetaria...”

“(...) temos uma caçadora foragida entre nós, e as Anti-Julieta já estão programando-lhe uma vingança apropriada. Em um mês, teremos 15 escolhidos para participar de uma missão que pode salvar ou destruir o grupo da rebelião, todos marcados por uma tatuagem (...)”

Ainda pior que ter que reviver tais falas, foi repensá-las, e reparar, que ao final, todas estão expressamente relacionadas a mim, mas que, mesmo assim, 15 pessoas se arriscariam para a tal estúpida missão. E se nos recusássemos a ir? O que aconteceria? No máximo, eu morreria, e todas as pessoas que não tinham nada a ver com isso ficariam bem; o que, ao final das contas, me soa bem mais admissível que arriscar um monte de pessoas inocentes em meu nome.

Eu estava praticamente indo à loucura com meus pensamentos quando fiz minha primeira tentativa bem sucedida para abrir os olhos. De primeira, não fez muita diferença (afinal, existe de verdade uma diferença entre ver só preto ou só branco?). Mas depois meus olhos foram se acostumando a leve luz repentina e começaram a ver o local em que me encontrava; aparentemente a enfermaria.

Minha cama era feita de palha trançada, e eu estava coberta com um espesso cobertor marrom claro. Uma estrutura alta de madeira erguia se sobre as beirais da cama, deixando cair de sua parte superior uma fina cortina de linha que se encontrava fechada.

Vagarosamente, com receio que ainda não pudesse controlar meu corpo, sentei-me na cama, afastando também as cortinas. Ao lado da cama, havia uma cadeira, igualmente trançada de palha. Na cadeira, alguém dormia tranquilamente, cobrindo-se com um grosso casaco de neve marrom, e deixando sua cabeleira loira aquecer-lhe a face.

Então havia sido Bethie que havia me feito companhia durante todo este tempo... Algo dentro de mim murchou, como uma rosa faria no inverno.

Tentando ignorar tal sentimento, que sinceramente, eu não gostava, peguei uma prancheta com anotações sobre o criado-mudo e cutuquei minha amiga.

Coisas cinza começaram a me encarar. Por, tipo, muito tempo, surpresos, até que, é obvio, eu tive que colocar um toque de simpatia na situação:

– Qual o problema, loira, perdeu o cú na minha cara? (N/A: essa frase não é minha, ok? É de uma amiga minha, então créditos a ela)

Só então a garota se ligou e me abraçou, quase tirando meu fôlego.

–Thals – era sussurrou em meu ouvido – eu tava tão preocupada!

Não respondi. Porque, o que eu iria responder? “Eu estou bem”, e “Vamos ficar todos bem”, pareciam mentira demais para serem proclamados.

– Eu e o Nico, né? – ela continuou – O coitado do garoto faz uma semana que não sai do seu lado, temos achado que ele nem vem dormindo! Já acho um milagre os garotos terem o feito dormir no próprio chalé hoje, ele não saia desta cadeira nem que o pagassem.

Senti-me como se aflorando novamente. Senti-me dançando em uma chuva de verão, feliz como nunca tinha me sentido antes. Ele tinha sido a presença que eu tinha sentido, ele que tinha sido meu porto seguro durante todos aqueles dias.

–Por sinal – Annabeth soltou um risinho nasal – ele vai morrer de raiva se souber que você acordou quando eu estava aqui, e não ele...

Acompanhei-a no riso, sem me preocupar se haviam outras pessoas dormindo no espaço.

– Sendo que ele pode invocar esqueletos do nada, acho melhor não comentarmos isso com ele, né?

Então a loira olhou para o corredor, repentinamente empurrando-me de volta para a cama e jogando-se rapidamente em sua cadeira:

– Sendo que ele vem vindo, lhe aconselho fingir que está dormindo, Thals, e rápido!

Assustada com a possibilidade de deixa-lo triste, fechei meus olhos e fiz minha melhor encenação de alguém dormindo: dormi de verdade.

XXX

Acordei novamente com um vislumbre de branco sobre meus olhos, que, mais uma vez, demoraram ainda cerca de alguns minutos para se acostumarem com a claridade, desta vez bem mais intensa, que havia no local.

Mais tarde, naquele mesmo dia, eu iria descobrir que na verdade, Nico só havia aparecido bem mais tarde do que aquela hora que Annabeth tinha me “posto para dormir”, e que, na verdade, aquela tinha sido apenas uma desculpa para a própria poder voltar ao quentinho de seu casaco e matar seu sono. Porém, no momento, me preocupava somente e particularmente com a figura nova que se encontrava sentada na cadeira de palha.

O belo moreno, aquele que eu gostaria de considerar o meu belo moreno, estava lendo um livro poket-size (mais tarde descobrir ser “E Não Sobrou Nenhum”, da Agatha Cristie), enquanto seus cabelos caiam-lhe sobre a face. Mesmo com duas olheiras mais profundas que dois poços artesianos, sua cara de preocupação era fofa demais.

Espera! O que eu estava pensando? Eu estava indo a loucura, por acaso? Fofa demais. Desde quando eu pensava isso?!

Soltei um gemido, frustrada, aquela não era eu, eu nunca pensaria uma coisa dessas!

Infelizmente,um gemido super baixo já era o suficiente para chamar a atenção de Nico, que, assim que ouviu minha voz, caiu da cadeira e deixou seu livro voar-lhe das mãos.

Ele parecia atrapalhado, e aquilo era muito engraçado, deuses. Sua cara era um misto de alegria e surpresa, que, de certa forma, me causava alegria e surpresa. Ri baixinho, tirando-o de seu topor instantâneo e fazendo-o voltar-se para mim, ajoelhando-se no pé de minha cama.

– Você quase me matou de susto, sabia? Depois de receber a tatuagem, eu não fiquei em coma por mais de um dia, e ai você vem e decide ficar por mais de uma semana, não é legal, sabia? – ele fez um biquinho que me deixou com vontade de beija-lo. E como eu não gostava de passar vontade, o fiz, com um rápido selinho para, ao menos, saciar-me – E você não pode simplesmente me beijar para me fazer te perdoar, só porque você sabe que consegue!

Ri de novo, o que aquele garoto fazia comigo?! Mas então uma coisa mais séria me veio à mente, e meu semblante tornou-se mais sério, já que o assunto pedia:

– Nico – puxei seu queixo para cima, com o intuito de olha-lo diretamente nos olhos – quantas pessoas já tem a tatuagem até agora?

Assim como o meu, seu semblante tornou-se mais sério, como eu estava mais acostumada, e ele logo partiu para o assunto que eu tinha introduzido:

–Amanda Proom adquiriu a dela ontem. Fora isso, acho que um campista de Hefesto, uma de Deméter e um de Apolo.

– Nenhum conhecido próximo? – já estava agradecendo a meu pai por me ajudar de uma forma útil ao menos uma vez na vida.

– Por enquanto não, mas nada garante que continue a ser assim.

Então um silêncio perturbador tomou conta do local, cada qual com seus pensamentos depressivos. Mas como já deve se ter percebido, não conseguíamos ficar muito tempo sem nos tocarmos, de forma que logo Nico inclinou-se em minha cama e me deu um selinho.

Selinho que depois resultou em uma série de beijos quentes e desesperados, trocados em uma cama de enfermagem que poderia com certeza não aguentar nós dois juntos.

Mas no momento, nada disso importava, pois, mesmo com o fato de que não tínhamos nenhuma relação, e também com o fato de que tais palavras nunca terem sido ditas, eu pertencia a ele e ele pertencia a mim.


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Notas finais do capítulo

Esqueci de avisar vocês que o cap estava horrivel. Bom, agora vocês já sabem então não preciso mais...
E quem quer me esganar por provavelmente só postar cap novo sexta, esgana minha irmã, eu te juro que ela parece comigo, só é mais chata. :P



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