Depois Do "Felizes Para Sempre" escrita por Leh Mills


Capítulo 6
My Brother


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei muito (desculpas *o*) Mas tenho meu motivos -.-
Comecei três (sim, 3.) fics novas e isso ocupou um pouco minha rotina, logo logo eu posto elas e tomara que tenha valido a pena.
Esse capítulo é curto, se passa no mesmo dia do cap anterior. But, tirem suas próprias conclusões!
Beijos, adoro vocês minhas littles dreamers :)



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POV RAQUEL

Assim que eu saí da escola fui direto pra minha casa. Minha mãe tinha viajado e eu estava sozinha. Troquei minha roupa por um short vermelho e uma regata do Guns N' Roses. Calcei um vans preto e me joguei na cama.

Uma festa... “Uhuu”. Grande coisa.

Quando eu estava quase pegando no sono meu celular – que estava jogado ao meu lado – vibrou, me despertando. Tinha que ser o retardado do Kael.

– Alô? – Perguntei ainda um pouco sonolenta.

Fala Quequel!

– Eu odeio quando você me chama assim.

Tá bom, esquentadinha.

– O que você quer criatura?

Desculpa te atrapalhar, madame. Mas pela sua voz você estava dormindo até agora.

– Eu estava tentando... Até que o Mané do meu melhor amigo me acordou...

A tia Evillyn me deixou responsável por você Raquel. Até por que já são quase duas da tarde e você não deve nem ter almoçado.

– Nossa, até esqueci que eu tinha fome! Não se preocupa nenê, daqui a pouco eu peço uma pizza.

Pizza Raquel? É o que você come desde que ela viajou! Todo dia! Coca- cola pizza, salgadinho... Você devia se cuidar mais menina! Até por que se engordar não vai mais ser uma das meninas mais desejadas do colégio! Ah não, pera... Você sempre vai ser. – Tenho certeza que esse otário está com um sorriso malicioso na cara agora. Pelo o que eu conheço ele.

– Para de ser gay Kael!

Eu chego à sua casa em quinze minutos. Aí eu te mostro quem é o gay...

– Safado!

Linda!

– Pervertido.

Tchau Raquel. – O escutei rindo antes de desligar. Bom, pelo menos eu vou ter a companhia dele.

Kael é tipo um irmão pra mim. A gente se conhece desde criança. Ele sempre me anima quando estou triste. Falando alguma coisa boba ou me fazendo cócegas. Nos meus piores momentos, inclusive o dia do acidente do meu pai, ele estava lá pra me abraçar. Ele é muito, muito ciumento. Acho que eu não tenho namorado por causa dele... “Se qualquer menino encostar um dedo em você, eu corto a língua dele e costuro na bunda!” Foi o que ele me disse uma vez. Isso me faz rir até hoje.

Passaram quinze minutos exatos e ele bateu na porta.

– Bom dia flor. – Disse depois de passar pela porta e beijar minha bochecha.

– Oi.

– Eu tenho certeza que em algum lugar aqui tinha uma... Achei! – Falou já na cozinha tirando uma lasanha congelada, colocando-a no forno e regulando a temperatura. – Já vi que hoje você tá com um animo nas alturas né?

– Eu quero minha cama! – Choraminguei.

Ele me segurou no seu colo enquanto eu lutava. Essa era nossa fight! Me jogou no sofá e passou um controle do Xbox.

– Se você ganhar de mim, o que é impossível, eu faço brigadeiro pra você.

– E se você ganhar? – Provoquei sorrindo.

– Ai você vai fazer o que eu quiser por um dia inteiro... – Sugeriu sorrindo.

– Ahn? Nunca.

– Tá com medo de perder.

– Que nada! Eu sou muito melhor que você.

– Então está apostado?

Bufei irritada e resmunguei um sim.

– Oba! Não vejo a hora de ganhar – Falou.

Ficamos rindo por cinco minutos, até que ele ficou sério, muito sério, e isso me assustou.

– Oque foi Liel?

– Lembra aquilo que você disse sobre eu ser... Ciumento...?

– Sim.

– Eu acho que é verdade.

– Por quê? – Questionei sorrindo boba.

– Sabe Quel... – Ele me ajeitou no seu colo – Você é minha irmãzinha e minha chata, e eu te amo. E eu quero que você tenha o cara que te mereça. – Sorri – Você é linda, e divertida, teimosa e incrivelmente sexy. – Brincou me fazendo rir – Mas, além disso, eu quero que você saiba que eu gosto dele, ele é meu melhor amigo, e é um cara legal...

– Do que você está falando, Liel? – O cortei não gostando do rumo da conversa.

– Não se faça de desentendida. Falo do Neal.

Meu corpo ficou rígido.

– Como você...?

– Ele me contou – deu de ombros.

– Aquele desgraçado... – Falei e ele riu.

– Calma linda. Eu só queria saber por que você não me contou que estava gostando dele.

– Por que eu... Digo, eu não estou gostando dele! – Tentei parecer convincente, mas Kael me conhece bem demais. Ele fez um careta tipo me-engana-que-eu-gosto. – Ok, ok. Eu não sei se eu gosto dele... Talvez eu só... Sei lá. Goste...?

– Sabia! – Sorriu – Olha... Eu acho que ele gosta de você também...

Um sorriso se instalou involuntariamente no meu rosto. Acho que eu estava feliz por escutar aquelas palavras.

– Enquanto ele contava e falava em você... Ele parecia apaixonado. Seus olhos brilhavam. Ele tinha um semblante bobo. Eu reconheço essas coisas. Por causa da...

– Da Jessica. Eu sei... – O abracei forte. – Você a amava muito, né maninho? – Ele assentiu e sorriu.

– Tá, já deu de “gayzisse” por hoje! - Falou assim que a campainha do forno tocou. Saí do seu colo. Ele tirou a lasanha de lá e colocou na mesa. Eu peguei uma caixa de suco de pêssego e servi em dois copos.

Nós dois começamos a comer e tenho que admitir, estava muito melhor que pizza.

– Nossa, sua lasanha congelada não esta nada ruim papai!

– Valeu filha. – Piscou pra mim. – Agora de castigo!

– Mas oque eu fiz? Não não não pai! – fingi chorar como uma menina de seis anos.

– Você ficou beijando o irmão da sua melhor amiga por aí. Isso é feio, mocinha!

– Ah papai... Desculpa... Ele é tão atraente.

Nós nos encaramos por algum tempo e então caímos na gargalhada. Eu cheguei a perder o folego. Sempre que o Kael vinha ele me fazia gargalhar assim, de perder todo o ar dos meus pulmões. Acho que ele esta tentando me matar...

– Que tal nós sairmos um pouco dessa caverna?

– Onde você sugere?

– Sei lá... A casa do Neal? – Falou malicioso e dei um tapa no seu ombro. Ele fingiu que doeu, mas logo em seguida riu. Esse mané não me engana.

Seguimos rindo até o seu carro, um esportivo preto com bancos de couro brancos, e entramos. Ele arrancou e seguiu pela rua sem um destino certo.

(...)

POV KAEL

Eu estava na sorveteria com a Quel e meu celular começou a tocar. Atendi, era Neal. Aí que eu tive a genial ideia de colocar no vivo a voz. Pra que a Raquel escutasse. Fiz um sinal com a mão pra que ela ficasse bem quieta.

– Alo? – Falei ao atender o celular.

– Kael? – Neal disse. Raquel arregalou os olhos ao reconhecer a voz.

– Pode falar.

– o sinal tá ruim cara.

– É do celular. Fala.

– Eu preciso da sua ajuda. Eu não consigo parar de pensar nela...

Olhei pra Quel, ela parecia triste. Provavelmente achava que ele estava falando de outra pessoa. Segurei sua mão como num incentivo e voltei pro celular.

– Nela quem?

– Ah Kael. Quem mais? – Falou frustrado – A Raquel é claro!

Olhei pra ela sorrindo. Acho que nunca vi essa pirralha tão feliz!

– Ah cara... Acho que eu estou gostando de verdade dela... – Ele completou – Será que a Bianca aceitaria isso?

– Claro cara! Se você realmente a amar...

– Eu amo! Ela é perfeita! Toda rebelde, linda e complicada... Será que ela pode gostar de mim um dia?

Quel estava quase tendo um surto ali do meu lado. Por pouco ela não gritou. Tive que tapar a boca dela.

– Acho que sim Neal. Você é um cara legal. Ela vai ver isso. Só lembre, ela é minha irmã. E, mesmo você sendo meu melhor amigo, magoe ela que eu quebro a sua cara.

– Valeu Kael. Ei, o Derick o Trevor e o Raymond estão aqui em casa agora, passa aqui!

– Agora não dá...

– Por quê? Vem logo, para de viadagem!

– É que... Eu meio que estou acompanhado.

– Quem? Trás junto.

– Raquel tá aqui comigo. – Falei olhando para a menina na minha frente.

– OQUE? COMO ASSIM? ELA TA ESCUTANDO?

– Escutando? Neal, você é louco. É claro que ela não esta escutando, estamos conversando por telefone, não por alto-falante. – Menti me segurando para não rir diante da situação.

– Ah... Vai saber. Então... Vocês... vem?

Olhei pra Quel do meu lado, que negava com a cabeça, seu olhar suplicava pela resposta “não”.

– Não cara, outro dia. – Falei. A morena suspirou aliviada ao meu lado.

Desliguei o celular e gargalhei. Raquel me acompanhou. Pagamos a conta e dirigi até a casa da pirralha. Estranhei que a Quel estava calada, não que o silêncio fosse constrangedor entre nós, nunca foi, mas hoje eu estava estranhando. Virei minha cabeça e vi a morena durona que eu conheço olhando para fora da janela, desci o olhar e vi suas mãos suando.

– Não, para! Tudo isso é nervosismo? – Indaguei divertido.

– O que?

– Suas mãos. – Falei prestando atenção no transito.

– É que... Eu meio que... – Seu tom de voz misturava irritação e nervosismo. – Aff, cala a boca.

– Só por que ele disse que gosta de você? – Resmunguei. – Olha, eu juro que não entendo as mulheres! Isso não é uma coisa boa Raquel?!

– Sim, mas torna tudo mais confuso – Deu de ombros.

Agora é oficial. As mulheres são um mistério sem resolução!

– Chegamos! – Estacionei o carro e desci. Olhei pra trás e a cagona não tinha movido um dedo. Contornei o veiculo e abri a porta pra ela. Estendi minha mão e ela pegou. – Vamos lá pirralha. Lá dentro você me explica isso melhor.

Abri a porta, seguido por ela. Tranquei-a novamente e me joguei no sofá. Fechei os olhos com sono.

– Raquel?! – Perguntei ao escutar ela tentar fugir de fininho. Ela resmungou alguma coisa e eu sorri me sentando. Ela sentou do meu lado abraçando uma almofada. – Pode começar.

– Começar oque Liel?

– Você quer que seja do jeito fácil ou difícil? – Falei num tom sério, pra assustá-la. Ela arregalou os olhos, já temendo o que eu ia fazer. Pulei no colo dela e fiz cócegas no pescoço e cintura. Quel ria tanto que já estava perdendo o fôlego.

– Li... Liel... Kael... KAEL! Eu… não… consigo… resp… irar… socorro... Ah... Pare... Por favor... – Parei com as cócegas observando ela tentar normalizar a respiração. Ela ficou me dando tapas durante um minuto, até perceber que eu não ligava. – Você é um monstro! – Caçoou rindo.

– O mais lindo monstro da face da terra!

– Poupe-me. – falou. Bufei impaciente. – Você quer saber a verdade Kael? A verdade é que eu tenho medo do amor. Tenho medo porque são as pessoas a quem mais amamos que mais nos machucam. Porque eu não quero entregar-me coração e recebe-lo de volta, em pedaços. Eu sou insegura e confusa.

Ela me lançou um sorriso triste e desviou o olhar.

– E, mesmo que o Neal não me machuque, um dia ele me deixaria. Assim como o meu pai me deixou e um dia minha mãe me deixará. Seria como mais uma faca me apunhalando pelas costas. Mais uma pessoa pela qual chorar – Fiquei confuso, sem saber oque falar pra ela. Mas também feliz, pela Quel me confessar uma coisa tão secreta. Puxei-a pro meio das minhas pernas e envolvi meu braço na sua cintura.

– Desculpa – Sussurrei.

– Esse foi o dia mais gay de toda a nossa amizade. – Riu fraco.

Sorri de canto acariciando o cabelo macio da morena.

– Você não precisa ter medo, ou se sentir sozinha. Você sempre vai ter as pessoas que te amam. Eu, sua mãe, suas amigas... Agente se importa com você, moça. Nós te amamos. E sempre que você se sentir insegura você me chame. Eu venho correndo! Só preciso que você saiba disso. Que saiba que eu te amo.

Quel levantou a cabeça do meu pescoço e me encarou. Logo depois se jogou em um abraço.

– Own Liel! Isso foi tão gay! – Gargalhei.

Ela sempre fala que tudo que é ‘bonitinho’, ‘fofo’ ou tem sentimentos é “gay”.

– Eu também te amo.

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Notas finais do capítulo

Hahaha aposto que tem gente shippando *-* Kkkk qual seria o nome?
Rael, Kaqel? kkk Próximo capítulo tem festa, do ponto de vista de um menino, quem será? Vai ter mais um ship a tona também muahaha

QUEM É JESSICA?
Vocês descobrirão mais pra frente ;)

(Fui no médico e ele disse que comentar não dá ebola) Beijos *-*



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