Misery Business escrita por Sadie Gomez


Capítulo 27
Bit by bit!


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal... Bem, esse capitulo tá meio curtinho comparado aos outros, mas é só para vocês não ficarem no escuro em relação a fic. O próximo será bem maior e talls, com mais explicação e o envolvimento de muitos personagens!
Enfim, eu vim postar logo por que eu sei como é chato ficar esperando MAAAS tem um leitora nova aqui; A Brenda Cristina, que pareceu eu quando me apaixono por uma fic e ela ainda está sendo desenvolvida, então, para a alegria não só dela, mas de todos vocês... Aqui está um capitulo novinho para vocês!
Espero que gostem... Boa leitura! ♥



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POV Poppy

Nós nos encaramos e estava mais do que na cara de que nenhum dos dois sabia o que dizer, nem como dizer. Eu respirei fundo e me afastei da porta andando até a cozinha.

– Você aceita um café? Eu acabei de fazer!

Virei-me colocando um pouco do liquido em uma xícara para mim, mas quase deixei a mesma ir ao chão quando ouvi a voz dele tão próxima.

– Então agora você toma café?

Movendo meu corpo lentamente eu encarei os olhos azuis de Jayden, perto demais de mim quando eu me virei para encara-lo. Aquela aproximidade toda me deixou nervosa.

– Pois é... De repente chá ficou fraco demais para mim!

Jayden respirou fundo e se afastou, andando até a mesa e puxando uma cadeira para se sentar.

– Acho que vou aceitar um.

Servi café para ele e levei até o mesmo colocando a xícara na sua frente antes de me sentar também. Eu não bebi o meu realmente apenas fiquei olhando a fumaça que saia do café.

– Então... Você disse que queria conversar

Jayden quebrou o silencio e eu podia sentir os olhos dele em cima de mim, mas eu não tinha coragem o bastante para olhar nos olhos dele ainda.

– É... Eu achei que agora que as coisas esfriaram um pouco, podíamos finalmente nos falar sem machucar um ao outro.

Ele soltou uma risada seca e fria com as minhas palavras.

– Acho que isso já aconteceu... Nós, você sabe, magoar um ao outro.

Eu fiquei uns segundos em silencio, não por não ter o que dizer, mas sim por não saber o que dizer.

– Você tem razão... Eu só... Você sabe... Eu

– Queria ouvir de mim o porquê de tudo isso!

– Isso! Eu quero saber o porquê de você aceitar isso e mesmo depois de meses não ter me contado nada... Sei lá, nós nos tornamos amigos, eu achei que você seria sempre sincero comigo!

Ele apenas me encarou.

– Eu fui sincero a maior parte do tempo e não te contei depois por que... Por que eu sabia que isso aconteceria se você soubesse.

– Então você decidiu continuar me enganando!

– Não! Enganar você seria se eu fingisse qualquer sentimento por você simplesmente pelo dinheiro, mas eu sei que por mais magoada que você esteja comigo, você sabe que eu nunca fingi qualquer sentimento ou coisa do tipo, não com você!

Eu não... Eu nunca conseguia pensar direito ao seu lado e você sempre foi tão fechado e misterioso até... Como você exatamente queria que eu me sentisse?

Ele me encarou e como de costume eu não consegui saber o que ele estava pensando.

– Viu só? Eu olho nos seus olhos e não consigo saber nada... Você se fecha e cria uma barreira que eu não consigo derrubar!

– Você está certa!

Ele disse e seus olhos se suavizaram um pouco, me deixando ver o que ele estava ali comigo, tão confuso e perdido quanto eu nessa historia.

– Eu sei por que você fez isso!

– O que?

Ele perguntou, me olhando sem entender.

– Aceitou a proposta da Casey! Foi pela sua mãe não foi? O que houve?

Ele deu um ultimo gole no café antes de responder.

– O dinheiro do Pett foi congelado por uma irmã louca dele e então ficamos apertados por um tempo e as coisas estavam ruins com meu pai, então quando Casey apareceu com essa ideia maluca eu simplesmente aceitei!

Fiquei feliz em saber que não estava errada e um pouco mais aliviada ao ter certeza que ele não fez aquilo simplesmente para brincar comigo ou para arranjar dinheiro fácil para algo qualquer. Ele fez para ajudar alguém que ama e isso era um bom motivo, mesmo que eu ainda me sentisse um pouco magoada. Ficamos em silencio e nenhum de nós se atreveu a dizer mais nada, por que eu não sei, acho que não tinha nada mais a dizer.

– E agora que você sabe de tudo. Como nós ficamos?

Ele se atreveu a dizer me fazendo olha-lo.

– Eu não sei. Eu te amo, só que ainda não consigo confiar em você totalmente sabe?

– Eu imaginei que seria assim.

Ele falou com um pesar na voz. Instantaneamente, minha mão voou para cima da dele apertando a mesma, em um ato de conforto, mas quando eu senti minha pele se arrepiar e ele me olhar daquele jeito tão intenso, eu quase me arrependi de ter feito aquilo.

– Desculpe, eu não quero que fique chateado, mas eu só não tenho toda aquela confiança em você sabe? Não é uma escolha minha! Confiança a gente conquista e por mais que eu te ame, não posso ignorar esse sentimento. Não posso me envolver com alguém que não confio!

– Então é isso? Acabou?

Quando ele disse isso, eu senti um revirar tão forte no estomago e um aperto no peito. Eu senti dor, por que eu não queria isso, eu não queria que acabássemos eu só queria recomeçar, poder confiar nele de novo. Eu não queria dar um basta nisso e perdê-lo para sempre.

– É isso que você quer?

Eu consegui perguntar. Ele me encarava sem piscar.

– Você quer mesmo saber o que eu quero?

Eu estava com medo de dizer algo, por que se ele dissesse que sim, eu sabia que parte do meu mundo desmonoraria.

Sim.

– Tudo que eu quero desde que entrei por aquela porta é te carregar para aquele quarto e matar toda a saudade que estou de você!

Quase tive um ataque quando ele disse isso. Minha respiração se acelerou instantaneamente e eu não sabia o que fazer. Eu deixei o ar sair pela boca e mordi o lábio enquanto encarava Jayden sem dizer nada. A situação piorou quando seu olhar caiu sobre minha boca, olhando-a com tanta vontade que eu quase podia sentir. Ele levou uma das mãos até meus lábios e sua pele fria fez eu me arrepiar. Eu estava totalmente presa a ele naquele momento por isso, quando ouvi o barulho de algo se quebrar eu levei um susto e dei um pulo da cadeira meio atordoada, até me lembrar que Izzie estava no quarto.

– Merda!

Sai correndo igual a um trem desgovernado na direção do quarto e abri a porta desesperada. Meus olhos correram por todo o cômodo a procura dela e quando finalmente a vi, a examinei com os olhos a procura de algum machucado ou sangue. Respirei um pouco mais aliviada ao não ver vestígio de nenhum dos dois nela.

– Izzie o que houve?

Perguntei andando até ela e vendo o jarro que ficava ao lado da minha cama caído e quebrado no chão. Ela me olhou com os olhos assustados e culpados.

– Desculpa Poppy... É que... É que... Estava escuro e eu não vi nada quando levantei e quando dei por mim. Pluuft! Caiu!

Eu a encarei e ao ver a cara de pavor e confusão da mesma, eu simplesmente cai na risada. Ela me encarou como se eu estivesse louca.

– Você tá bem?

Eu não conseguia parar de rir, então me sentei na cama enquanto colocava a mão na barriga que começava a doer.

– Estou sim... É só que... Pluft? É sério que você disse isso?

Eu voltei a rir e ela ainda me olhava meio torto como se duvidasse da minha sanidade (coisa que até eu mesma, cá para nós, duvidava às vezes), mas vamos deixar esse assunto para depois.

Poppy você está assustando a criança!

Olhei para a porta vendo a figura de Jayden encostada no batente da mesma me olhando com animação e curiosidade quando seu olhar caiu sobre Louise.

Uau!

Louise falou ao encarar Jayden com os olhos arregalados e surpresos. Jayden soltou uma risadinha enquanto eu olhava izzie abismada. Mas no fim das contas eu a entendia, afinal, até eu que já estava acostumada com Jayden tinha essa reação ao vê-lo.

– Olá

Jayden disse enquanto olhava para a minha garotinha que sorriu para ele.

– Oi!

– Izzie, esse é o Jayden... Um amigo meu!

– Só amigo? Tem certeza que não é um namorado não?

Ela perguntou me deixando surpresa. Eu encarei Jayden que me olhava esperando uma resposta também.

– Por enquanto sim!

– Então quer dizer que você está solteiro? Por que eu também estou!

Ela sorriu para ele e piscou para o mesmo. Jayden ficou de boca aberta e eu não fiquei para trás. Minha boca se abriu e eu a encarei sem acreditar no que acabará de ouvir. Louise por sua vez, encarou Jayden e depois a mim e então caiu na risada.

– Ai meu Deus! Você adultos são tão fáceis de enganar!

Então ela andou até a porta.

– Poppy, vou assistir tevê tá?

Eu apenas confirmei com a cabeça e a vi saindo. Encarei Jayden que riu da minha cara de idiota e depois veio se sentar ao meu lado na cama.

– Então, onde você conheceu essa figura?

***

Enquanto Jayden me ajudava a limpar os cacos do chão, eu dei a ele um resumo sobre minha história com a Louise. Ele ficou surpreso no começo, mas me deu os parabéns e disse que se eu precisasse de ajuda, ele estava ali. Eu sorri, era bom tê-lo ali de volta e nesse momento eu me achei uma idiota por simplesmente não cair nos braços dele de uma vez. Mas eu não podia ir contra meus princípios, para voltar com ele eu terei que confiar no mesmo e isso não era fácil.

– Então, eu te deixo sozinha por algumas semanas e você já decide virar mãe? Se eu ficasse longe mais tempo, acho que você teria arrumado até um marido!

Eu ri de suas palavras.

– Não seja exagerado! Papeis de casamento não saem tão rápido assim!

Ele me olhou abismado.

– Então você casaria?

Eu dei de ombros.

– Se aparecesse um Brad Pitt na minha porta, quem seria eu para recusa-lo?

– Bom, ainda bem que eu fui mais rápido não é?

Ele falou e eu ri e me levantei levando os cacos de vidro para joga-los no lixo, mas quando cheguei no corredor, meu corpo foi puxado e arrastado por Jayden para dentro do banheiro. Eu o encarei assustada com seu ato e também com a sua aproximidade.

– Jayden... O que você está fazendo?

Ele passou o dedo indicado pelos meus lábios enquanto me olhava com os olhos escuros.

– O que certa menininha me impediu de fazer a minutos atrás.

Então ele me beijou, e eu parei de pensar em qualquer coisa quando nossos lábios se tocaram. Ele mordeu meus lábios antes de aprofundar o beijo que era algo desesperado por conta da saudade que ambos sentíamos um do outro. Mas logo o beijo se tornou lento, deliciosamente lento e envolvente. Jayden brincava e chupava minha língua enquanto sua mão envolvia minha nuca e me segurava com firmeza e possessividade. Ah como eu senti saudade disso!

Quando o ar se fez necessário, a muito custo Jayden liberou meus lábios, mas não se afastou de mim, ele migrou seus beijos e mordidas para o meu pescoço e eu juro que minhas pernas ficaram moles quando ele mordeu meu pescoço com um pouco mais de força antes de atacar meus lábios novamente. Uma das minhas mãos apertava seu braço enquanto a outro segurava seus cabelos com firmeza impedindo que ele se afastasse de mim.

O beijo foi encerrado por pequenos selinhos seguidos de mordidas e sorrisos de ambos. Jayden me encarou por alguns segundos e então me abraçou. Um ato que me pegou de surpresa, mas que me fez sorrir. Eu passei meus braços em volta do seu pescoço e o apertei. Ele enterrou o rosto do vão do meu pescoço e ficamos assim. Abraçados.

– Eu senti sua falta!

Ele disse e uma lagrima escorreu dos meus olhos.

– Também senti a sua!

Ele me apertou mais em seus braços depois das minhas palavras e naquele momento, depois de muito tempo eu me senti em paz.

***

– VOCÊS O QUE?

Tive que afastar o celular da orelha com o grito histérico de Dorian.

– Dá pra não gritar? Eu não to a fim de ficar surda não!

– Desculpa! Mas você não pode me contar uma bomba dessas e esperar que eu não pire!

Eu ri.

– Pois é. Eu ainda não acredito que isso aconteceu!

– Então vocês voltaram?

Eu fiquei em silencio, sem saber como explicar aquilo para ela. Dorian podia ser minha melhor amiga e me entender e apoiar em tudo. Mas eu sabia que nesse assunto, seria diferente. Nós não tínhamos o mesmo pensamento sobre relacionamentos. Enquanto ela se jogava de cabeça, eu pensava umas mil vezes antes de dar qualquer passo que fosse.

– Não! Nós não voltamos.

– Como assim? Por que não? Mas e o hiper mega baster beijão de ontem? Não mudou nada?

Eu respirei fundo.

– Não... Quer dizer, sim! Provou que eu ainda sou louca por esse cara, mas que não vou voltar com ele enquanto não confiar no mesmo! E ele entendeu isso.

– Eu acho uma besteira!

Eu revirei os olhos.

– É claro que acha. Mas mudando de assunto, como vai meu sobrinho ou sobrinha favorito?

– Me deixando extremamente enjoada!

E MAL HUMORADA TAMBÉM!

Tripp gritou me fazendo rir.

– CALA A BOCA TRIPP!

– VIU SÓ?

– Vocês dois não tem jeito!


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