Misery Business escrita por Sadie Gomez
Notas iniciais do capítulo
OLÁ OLÁ OLÁ PESSOAL! Bom, como eu tinha avisado no capitulo do dia 22, meu pc estava quebrado e como foi época de festa, preguiça e essas coisas eu só consegui ele de volta essa semana.
O capitulo está aí e eu espero que vocês gostem ok? Não é nada demais, só um capitulo de desenrolada básica para novos acontecimentos, mas mesmo assim espero que vocês gostem...
Bom, é isso... Aproveitem o capitulo e não esqueçam de dizer o que acharam...
Kissus' && Boa Leitura a todos!
Até a próxima...
POV Poppy
Perguntei o mais friamente possível enquanto andava pelo apartamento.
– Preciso conversar com você
Ela disse com a voz um pouco falha e eu e perguntei se isso era medo de mais uma surra minha. O pensamento quase me fez sorrir. Eu me sentei no sofá e ela se sentou na poltrona a minha frente.
– Eu pensei que nossa ultima "conversa" eu havia sido bem clara em não querer ver você de novo!
– Eu sei... E prometo que vou respeitar isso depois que você me ouvir!
– E por que eu ouviria você?
– Por que existem coisas que você precisa saber e que eu preciso dizer e você pode até me dar outra surra, eu não me importo! Mas só vou sair daqui quando você me ouvir!
Ela mudou o tom de voz e falou comigo com aquele tom de advogada que mamãe sempre usava. Eu respirei fundo, sabia que ela só me deixaria em paz depois que eu a escutasse então não tive outra opção a não ser ceder e conversar com ela.
– Você tem quinze minutos!
Ela assentiu e respirou antes de começar a falar.
– Primeiro eu queria te pedir perdão. Eu sei que isso não muda as coisas, mas é o mínimo que posso fazer.
Eu não esbocei nenhuma reação, apenas e encarei e ela respirou fundo outra vez.
– Segundo, eu queria dizer que eu tive a ideia de armar tudo isso e não o Jayden!
Eu sorri. Agora todos o defenderiam?
– Vai defender ele também? Por que pelo que eu vi no vídeo você não precisou de muito para convencê-lo então...
– Você que pensa! Você pode ter visto ele me responder que sim no vídeo, mas não viu os olhos dele!
Ela parou um pouco e parecia se lembrar de algo.
– Jay sempre foi muito estranho sabe? Cheio de segredos que nunca contou para ninguém, mas que quem realmente é amigo dele sabe que existem. Na semana que iria fazer a proposta a ele, toda vez que o via ele está falando no celular ou mandando mensagens para alguém com aquele olhar serio e distante dele e por mais que eu tentasse coloca-lo contra parede ele nunca se abria.
Parei para pensar nas palavras dela e logo meu pensamento voou para a mãe de Jayden, ele só podia estar assim por ela. Voltei a prestar atenção na voz de Casey.
– No dia que fiz o pedido ele negou na hora e eu vi nos olhos dele que ele não iria aceitar. Mas ai o celular dele tocou e depois de um tempo mexendo no mesmo, ele olhou para mim com determinação e disse que aceitaria, mas eu te juro que aquela foi a primeira vez que eu vi Jayden demonstrar medo no olhar. Ele estava apavorado.
Ele só podia estar assim por conta de Maya. Eu conhecia pouco Jayden, mas sabia que quando o assunto era a mãe ele assumia outra personalidade e fazia de tudo por ela.
– E ele não te disse o porquê aceitou?
– Não, mas eu tenho quase certeza que foi por esse assunto misterioso dele!
Eu dei de ombros como se aquilo não fosse nenhum pouco importante para mim.
– E o que você achou que eu faria ao saber disso? O desculparia por ter algum segredo?
Ela pareceu se controlar para não gritar e respirou fundo antes de falar.
– Não! Eu só queria que você soubesse que ele fez isso por algo sério e não por uma frescura como eu fiz!
– Então você admite que fez isso por causa desse seu preconceitozinho de merda?
Perguntei com um sorriso debochado no rosto, Casey continuou séria.
– Sim Poppy, admito e peço perdão a você de novo por isso!
– Não espere um abraço por isso!
Ela respirou mais fundo dessa vez, como se tentasse se controlar e andou até onde eu estava sentada e parou bem na minha frente.
– Eu não espero, na verdade a única coisa que espero de você é que você pense no que tem que fazer!
– E o que você acha que é? Perdoar ele por isso? Nada tira a culpa dele!
– Quer saber? Eu vejo nos seus olhos que você sabe o motivo dele ter aceitado minha oferta e se eu estiver certa, significa que ele confiou em você para saber o segredo dele, mas se nem assim você o perdoa ou pelo menos o ouve eu acho que é VOCÊ quem não merece o Jay! Talvez, todos nos estejamos enganados em achar que você goste dele de verdade, talvez você só esteja com seu precioso orgulho ferido!
Eu me segurei para não pular no pescoço dela.
– Não se atreva a dizer o que acha que eu sinto ou deixo de sentir, você não tem esse direito!
– Eu sei o que você está demonstrando. Uma garota fresca com orgulho ferido.
Ela respirou fundo novamente.
– Escuta irmãzinha, eu sei que a vida pisa na gente de varias maneiras, mas não é só o tamanho da queda que levamos que importa! Ás vezes a gente tem que levantar mesmo machucado e lutar pelo que queremos, mas se você não quer o Jayden, pode ficar ai mofando com seu orgulho ou então abrindo as pernas para o seu vizinho!
Ela falou e quando eu levantei a mão para bater em seu rosto ela segurou meu punho.
– Dessa vez não!
Então ela me deu as costas e foi até a porta, mas antes de sair ela se virou para mim e depois de uns segundos me encarando ela disse.
– Ah, e só para você saber, o cara que você acha “só ter te magoado e não se importado com você” parou de receber meus cheques a mais de três meses e pagou cada centavo que dei a ele antes por isso!
Falando isso ela fechou a porta e se foi, me deixando ali cheia de duvidas e perguntas não respondidas. Eu fiquei um tempo sentada até que me bateu uma vontade louca de sair dali, o apartamento parecia pequeno e sufocante demais para mim. Peguei minha bolsa e as chaves e sai do apartamento sem um rumo certo a seguir. Até que enquanto dirigia meus olhos encontraram uma criaturinha loira e miúda andando naquela noite fria.
Quando o farol do carro bateu no rosto dela, ela colocou a mão sobre o mesmo e me olhou quando eu parei. Olhei para a mesma menina que quase atropelei há semanas atrás e por algum motivo eu sorri. Eu acho que gosto dela!
– Hey, está frio ai fora, que tal a gente ir tomar um cappuccino?
Ela pareceu incerta e olhou para os lados como se procurasse por algo e eu me perguntei se era do senhor da outra vez que ele tinha medo.
– Eu não sei se devo!
Ela disse com a voz fina e baixa.
– Ah, mas é claro que deve! Você me ajudou na outra vez, me deixe te ajudar agora!
Ela ficou me olhando e enquanto segurava as duas mãos juntas em uma tentativa nervosa de se esquentar.
– Mas eu estou toda suja, vou sujar seu carro!
Eu sorri e revirei os olhos. – Bom, se ele não ficar sujo o Danny fica sem emprego, então pode ir entrando...
Desci do carro e peguei sua mãozinha pequena que estava um gelo só. A guiei para o outro lado do carro e abri a porta a ajudando a entrar, depois dei a volta no mesmo e entrei dando partida.
– Quem é Danny? Ele gosta de sujeira?
Ela perguntou enquanto eu dirigia e eu sorri a olhando rapidamente.
– Danny é um amigo meu que cuida do meu carro, e sim, ele ama quando meu carro está sujo!
– Que estranho!
Foi tudo que ela disse. O silencio dominou o local e eu procurei uma maneira de quebra-lo.
– Você ainda não me disse seu nome!
Falei e a encarei enquanto esperava o farol abrir.
– É Louise
– Um lindo nome
Ela deu um sorrisinho simpático e me encarou.
– E o seu nome, qual é?
– Bom, eu me chamo Poppy, é um nome meio estranho, mas eu gosto dele.
– Eu achei legal!
Ela sorriu e eu sorri para a mesma. Estacionei o carro em frente ao Starbucks e desci do mesmo, mas quando comecei a andar vi que Louise continuou imóvel dentro do mesmo. Andei até o seu lado do carro e a encarei.
– Qual o problema? Você não gosta daqui?
Ela deu de ombros e olhou para os lados e depois encarou o local.
– Não é isso... É que eu nunca pude entrar o moço ai briga e as pessoas me olham estranho!
Senti um aperto quando ela disse isso. Ninguém merece passar por isso, ainda mais uma criança doce como ela. Abri a porta e tirei o cinto dela e depois a peguei no colo tirando-a do carro e depois a colocando no chão e ficando da sua altura.
– Escuta, nós vamos entrar e se alguém olhar estranho para você deixe comigo!
Ela me olhou cheia de duvidas.
– Promete?
– Prometo!
Ela segurou minha mão e entremos, o segurança olhou para ela e pareceu reconhecê-la, mas Louise resolveu o ignorar e como ele viu que ela estava comigo, disfarçou indo andar para o outro lado. Nós entramos no local e escolhemos uma mesa no canto da lanchonete e esperamos alguém vir nos atender. Quando uma garota com uma cara de enjoada e mascando chicletes chegou ela olhou para Louise com uma cara ridícula de nojo que fez meu sangue ferver e Louise se encolher.
– O que desejam?
– Eu quero um pudim e você izzie?
Ela deu de ombros, desanimada. Um chocolate quente. A garçonete continuou a olhando como se ela tivesse alguma doença.
– Já trago o seu pedido!
Ela saiu e entrou para o que eu achei ser a cozinha do lugar. Fiquei o tempo em que esperávamos tentando conversar com Louise, mas ela estava desanimada. Quando a garçonete trouxe nossos pedidos colocou-os na mesa de qualquer jeito e saiu. Quando ela se virou eu mordi um pedaço do pudim e engoli o mais rápido possível.
– Hey, menina, vem cá!
A garota parou e voltou.
– Algum problema?
– Todos! Você comeu o meu pudim!
– Não comi não!
– Comeu sim, olha essa mordida aqui?
– Foi você!
– Claro que não! Se você queria um era só pedir, não precisava comer O MEU PUDIM!
A garota me olhava como se eu fosse louca e eu segurava a vontade de rir. Louise disfarçava tomando seu chocolate e escondendo o sorriso por trás da caneca.
– Eu não comi! Você é louca!
– AH ENTÃO ALÉM DE COMER O MEU PUDIM VOCÊ ME OFENDE?
Logo as poucas pessoas que estavam ali começaram a nos olhar e o resto da menina ficou vermelho.
– EU NÃO COMI!
– COMEU SIM E NEM PENSA QUE EU VOU PAGAR POR ISSO!
Quando ela abriu a boca para protestar um homem baixinho e barrigudo apareceu com um olhar sério.
– O que está acontecendo aqui? Jessica, qual o problema?
Ele perguntou para a garota que ficou mais nervosa do que já estava.
– Nada senhor Evans, essa lou...
Ela não terminou a frase depois do olhar mortal que o tal senhor Evans lançou a ela.
– A senhorita ai disse que eu comi o pedido dela, mas eu não comi!
– Muito bem.
Ele me olhou e seu olhar se suavizou um pouco.
– Senhorita, a senhora tem certeza que não foi você mesma quem comeu?
– Claro que tenho! Essa sua funcionaria desatenta e mal-educada trouxe meu pedido comigo, você acha que eu estaria brigando se eu mesma tivesse comigo ele?
– Claro que sim, assim você não pagaria!
A vadiazinha falou e eu a olhei feio, na mesma hora peguei a carteiras e tirei as notas da mesma.
– Eu não preciso fazer essas coisas, sua nojenta comedora de pedidos!
– Tudo bem... Tudo bem... Senhora eu trarei outro pedido ok?
– É o mínimo depois de eu ter sido tão maltratada por essa ai!
Falei fazendo um pouco de drama e o homem olhou serio para a garota.
– Me perdoe por isso, sim? Sente-se que logo outro atendente trará seu pedido!
Ele me lançou um sorriso profissional e depois se virou as costas puxando a garota com ele e brigando com ela pelo caminho. Quando eles se afastaram, eu encarei Louise e ela começou a rir e eu não pude deixar de acompanha-la já que o som da sua risada era algo contagiante.
– Você é má Poppy!
Eu apenas sorri e pisquei para ela que com um sorriso no rosto voltou a beber seu chocolate.
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