Misery Business escrita por Sadie Gomez


Capítulo 23
End of a farce!


Notas iniciais do capítulo

Olha o capitulo que vocês tanto esperavam aqui minha gente!
Não tá aquela coisa de triste, por que, eu tava alegre quando escrevi, ai já viu né! KKK Mas eu gostei e espero que vocês também gostem...
Boa Leitura a todos vocês nego's do my heart ♥



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POV Poppy

Eu continuei sentada em frente ao computador, olhando a tela escura a minha frente e tentado fazer minha cabeça parar de latejar e procurando forças para me mexer. Aquilo não podia ser verdade não é? Eles não poderiam ter tido a coragem de fazer aquilo comigo, podiam? Meu Deus! Eu estava tão confusa, parecia que minha cabeça iria explodir a qualquer momento. Meu celular tocou e eu não me movi, eu sabia quem era e não queria ouvir a voz dele agora. Por que eu sabia que assim que pegasse no telefone e ouvisse sua voz, eu choraria. Por que fala sério, aquele vídeo não era uma brincadeira, não era nenhum trote armado por eles. Aquilo ela simplesmente a prova da minha desgraça. A prova de que o primeiro homem que eu realmente que eu amei de verdade, só se interessou por mim, por que foi pago para isso. Só de imaginar que ele se aproximou de mim por isso, e não por que realmente gostava de mim, acabou comigo. Meu estomago se revirou e eu fiquei com nojo de mim mesma, do meu corpo comprado e usado como um objeto. Corri para o banheiro e depois de colocar quase todo meu almoço para fora, tirei minhas roupas e entrei em baixo do chuveiro. A água caia sobre meu corpo e minhas lagrimas se misturavam com a mesma. Eu queria, que assim como as minhas lagrimas e a água que escorriam pelo meu corpo, aquela dor no meu peito escorresse e caísse para fora de mim também. Eu não sei se você pode me entender, mas, você já se sentiu como se uma parte sua fosse arrancada de você? A melhor parte? Que te dava mais força, que te fazia feliz? Você já sentiu todo e qualquer vestígio de felicidade abandonar o seu peito e dar espaço a uma dor exorbitante? Como se te rasgassem ao meio? Com aquele bolo na sua garganta que arranha e te sufoca, causando aquela dor insuportável, que você não consegue nem ao menos gritar ou pedir ajuda a alguém? Mesmo que seja isso o que você mais precise no momento? Eu estava assim, só que um pouco pior agora. A dor tomou conta do meu corpo e eu mal conseguia me mover. Não por que meu corpo doía, mas por que eu não tinha forças para isso.

Quando eu saí do chuveiro, tudo que eu consegui fazer foi me vestir. Meu corpo pedia por descanso, mas quando eu olhei para a minha cama, foi como se eu o visse ali, deitado e sorrindo para mim como todas as noites. Então eu saí dali e fui para o outro quarto e me tranquei lá. Fiquei deitada e olhando para as paredes, no meio de todas aquelas fotos que antes me davam força e conseguiam me salvar de tudo, mas que agora, não adiantavam de nada.

POV Jayden

Eu não queria ter deixado Poppy sozinha hoje. Eu não sei por que, mas um sentimento ruim se abateu sobre mim depois que falei com ela. Mas minha mãe havia insistido tanto para que eu fosse para lá, que não pude me negar a isso, já que o novo trabalho tomava todo meu tempo.

Assim que cheguei à casa de minha mãe e Pett, conversei um pouco com eles e depois fui ligar para minha namorada neurótica, super protetora e cismada. Eu ri me lembrando da cara feia que ela faria ao ouvir isso, já que a mesma detestava quando eu me referia assim dela, mas eu fazia só para provocar mesmo, pois eu tinha a mesma preocupação em relação a ela. Seu telefone tocou, mas ela não atendeu. Tentei mais umas quatro vezes e nada. Liguei em casa e nada dela atender também. Minha ultima alternativa foi o bar. Quando atenderam eu perguntei dela e chamaram o John.

– Alô.

– John? É o Jayden, você sabe me dizer se a Poppy ainda está por ai?

Ele demorou um pouco para responder, o que só serviu para me deixar mais nervoso.

– Ah, eu a liberei mais cedo o movimento estava lento. Por quê? O que houve?

– Nada, eu só não consigo falar com ela. Vou tentar de novo!

– Não se preocupe garoto. Ela saiu muito cansada daqui, deve ter pegado no sono!

– É... Pode ser isso!

Tentei ligar para ela mais algumas vezes, mas foi totalmente em vão. Ela não me atendeu.

POV Poppy

Eu não me lembro de quando foi que consegui dormir, só me lembro de que estava com o corpo tão pesado que depois daquele choro todo, minhas pálpebras ficaram cansadas e eu enfim, consegui dormir. Eu fiquei ali, deitada olhando para o teto, até procurar forças para levantar e fazer tudo que eu tinha que fazer.

Quando cheguei ao banheiro, quase pulei de susto com meu reflexo no espelho. Meu rosto estava incrivelmente inchado e parecia mais redondo agora. Meus olhos estavam vermelhos, inchados e pequenos demais, eu mal conseguia mantê-los abertos. Tomei um banho e depois me vesti e caprichei bem na maquiagem, para tentar esconder os vestígios da minha interminável noite de choro do rosto. Depois de pronta, eu me olhei no espelho e respirei fundo. Estava na hora de enfrentá-los. Sai um pouco mais cedo e me encontrei com Logan no corredor. Ele me lançou seu costumeiro sorriso de lado, que logo se desmanchou e se transformou em um olhar preocupado. Será que estava tão na cara assim que eu não estava bem?

– Hey... Você está bem?

Ele perguntou na lata e eu tentei sorrir.

– Estou sim, apenas tive uma noite difícil.

– O que houve? Quer falar sobre isso?

Eu sorri fraco agora. Nesses momentos, ele nem parecia meu tentador e safado vizinho que dava em cima de mim o tempo inteiro. Ele parecia apenas um amigo preocupado, foi um jeito novo de vê-lo para mim.

– Não, eu tenho que ir para a faculdade!

– Tudo bem... Mas se precisar estou na porta a frente.

Então e elevador se abriu e nos descemos do mesmo seguindo caminhos diferentes. Quando eu cheguei à faculdade, tive que respirar fundo umas duas vezes, caso contrario, acho que desmaiaria ali mesmo. Sai andando pelos corredores e não vi nenhum sinal de Casey ou Jayden ali. Depois de andar mais um pouco, encontrei Dorian e Tripp abraçados e conversando. Uma vontade de chorar se abateu sobre mim quando olhei para eles, por que há dias atrás, Jayden e eu dividíamos momentos assim. Quando notaram minha presença, ambos franziram o cenho e Dorian largou o namorado vindo logo me abraçar.

– O que houve? Quem é que vamos matar?

Em outra ocasião eu teria rido disso, mas agora não. Por que, sim, se eu pudesse, realmente mataria aqueles dois. Ela me soltou e me encarou. Tripp estava ao lado da mesma, parado a minha frente e me olhando com aquele olhar preocupado e protetor de irmão mais velho que ele lançava sempre para mim quando algo acontecia.

– O que houve magrela? Fala alguma coisa.

– É! Fala Poppy, por que você está me deixando preocupada!

Eu respirei fundo e peguei meu celular e depois de colocar no vídeo, entreguei o aparelho nas mãos deles. De repente, meu corpo foi puxado para trás e eu fiquei mole, aqueles braços que eu tanto amava se envolveram na minha cintura e Jayden deu um beijo em meu pescoço, como sempre fazia.

– Bom Dia!

Ele disse com a voz alegre, mas eu me afastei dele e o encarei seriamente. Ele me olhou sem entender.

– Poppy, tá tudo bem?

Ele perguntou e eu continuei o encarando. Então quando ele tentou me tocar, eu me esquivei dele, mas estava com tanta raiva que me aproximei do mesmo novamente e lhe dei um tapa na cara o mais forte que eu consegui. Vi algumas pessoas pararem e olharem surpresa e atônitas para a cena. Jayden ficou com um olhar frio e duro para mim.

– Que porra deu em você hein?

Eu dei uma risada fria e empurrei seu corpo e depois comecei a dar socos no mesmo.

– O que deu em mim? O que deu em mim seu desgraçado, é que eu já sei de tudo! Eu já descobri tudo amor

Resaltei a palavra com ironia e quando ele ouviu o que eu disse, Jayden pareceu entrar em choque. Ele me olhou, como se esperasse que eu não tivesse dito aquilo realmente.

– O que? Não! Quer dizer... Deixa eu te explicar Poppy... Isso foi, foi uma besteira!

Eu ia respondê-lo. Quando ouvi Dorian gritar e Tripp passar por mim como uma bala e ir para cima de Jayden. Ele deu um soco no mesmo que ficou surpreso com o ato, mas logo se recuperou e revidou e então eles começaram a se embolar pelo chão da faculdade.

TRIPP! NÃO! PARA COM ISSO! PARAAA!

Dorian gritava desesperada, mas eu mal conseguia me mexer, Casey e Dustin se aproximaram da confusão e ele foi tentar separar aquele dois junto com outro garoto que deveria ser amigo deles.

– Poppy o que tá acontecendo? Por que eles estão brigando?

Eu encarei minha irmã com um ódio mortal.

– Por culpa da porra do seu acordozinho ridículo com meu namorado, irmãzinha!

– O que?

Ela perguntou com o rosto em pânico, mas eu estava sem paciência e cabeça para isso e fui para cima dela, começando a lhe dar tapas e a derrubando. Eu batia nela com todas as minhas forças e eu até senti alguém tentar me puxar de cima da mesma enquanto ela gritava por socorro, mas eu estava com tanto ódio que ninguém me tiraria dali até que eu acabasse com ela.

– SOCORRO! POPPY PARA! EU POSSO EXPLICAR!

Meu tapa foi mais forte e certeiro na cara dela agora.

– EXPLICAR? O QUE VOCÊ TEM PARA ME EXPLICAR SUA VAGABUNDA, FILHA DA PUTA! VOCÊ É MINHA IRMÃ E EU CONFIEI EM VOCÊ E VOCÊ FAZ ISSO COMIGO POR CAUSA DA PORRA DO SEU EGOÍSMO?

Eu gritava com ela enquanto batia na mesma e ela tentava se defender. Minha voz saiu toda embolada por conta das lagrimas que começaram a escorrei pelo meu rosto.

– POPPY! POR FAVOR, É SÉRIO, PARA COM ISSO!

– PARAR COM ISSO? POR QUÊ? ESTÁ DOENDO? ISSO NÃO É NEM METADE DA PORRA DA DOR QUE EU ESTOU SENTINDO AQUI DENTRO E GRAÇAS A VOCÊS DOIS, SEUS DESGRAÇADOS!

POV Dorian

Eu estava perdida no meio de toda aquela confusão. Tripp e Jayden estavam aos socos, Poppy batia em Casey, o que eu apoiava totalmente já que ela tinha sido realmente uma puta com a irmã. Dustin, que a pouco tentava separar Jayden e Tripp, por algum motivo, foi para cima de Mike. E o pior é que esses putos da faculdade ficavam apenas em volta olhando e gritando pedindo por mais. Bando de fodidos, filhos da mãe! Enfim, aquilo estava uma confusão e eu já havia desistido de tentar separa-los sozinha. Foi quando eu olhei para o lado e vi a vadia da Julian olhando para toda a cena e rindo, enquanto filmava com o celular. Ah, então você gostava de filmagens vadia? Ok então! Andei até ela e depois de arrancar o seu celular de suas mãos, eu joguei o mesmo no chão e pisei em cima o quebrando. Ela me olhou chocada.

– Você ficou louca garota?

Ela me perguntou com aquela sua voz de vadia.

– Não! Você não gosta de filmar as pessoas? Então, chegou a hora de participar dos vídeos.

Sem nenhum aviso eu lhe dei um tapa na cara e a mesma caiu para trás. Depois não parei mais. Algo me dizia que ela e Mike tinham alguma coisa haver com aquele vídeo que Poppy recebeu e como Dustin já estava cuidando de Mike, era minha vez de cuidar dessa vadia aqui. Comecei a bater nela e se ela não desse aqueles gritos altos e histéricos, não teria nenhuma graça, por que nem bater em alguém a piranha sabia. Enfim, só para resumir, naquele momento, o corredor da faculdade parecia um ringue de Box ou algum espaço de luta clandestina. Era todo mundo brigando com todo mundo. Jayden e Tripp, Poppy e Casey, quer dizer, nesse caso a Poppy estava quase matando a irmã! Mas enfim, Dustin quebrando a cara do Mike e eu batendo da vadia na Julian. Era uma bagunça só, mas que se foda! Magoaram a minha amiga e o mínimo era que todos eles ali, saíssem com a cara quebrada!

POV Poppy

– SERÁ QUE VOCÊS PODEM ME EXPLICAR POR QUE DIABOS RESOLVERAM TRANFORMAR MINHA FACULDADE EM UM ESPAÇO DE LUTA LIVRE?

O diretor gritava, mas eu nem dava ouvidos a ele. Minha mente não estava mais ali. Depois de toda a confusão, quando eu estava quase matando a minha irmã, ele apareceu com os seguranças da faculdade e separou todo mundo nos levando direto para sua sala. Com exceção de Casey que estava mal demais para se aguentar em pé.

– SENHORITA NOLAN!

Ele gritou meu nome capturando a minha atenção.

– Sim diretor?

Perguntei com a voz monótona. Ele já havia dado a bronca em todos ali e como ele me amava mais, me deixou para o final. Ele não é um fofo?

– A senhorita pode me explicar o porquê de quase ter deixado sua irmã em coma?

Dei de ombros.

– Por que ela agiu como uma vagabunda comigo e é isso que vagabundas merecem!

Falei simplesmente e pude ver rosto dele atingir um vermelho extremo.

– OLHE COMO FALA NA MINHA SALA MOCINHA! Já não me basta a sua confusão com a senhorita Olyphant e agora sua própria irmã! Quer ser expulsa daqui?

Eu respirei fundo, já estava cansada de tudo ali. Eu só queria ir embora daquele lugar logo e não ter mais que ficar dividindo a mesma sala com ele.

– O senhor quer a verdade?

Eu perguntei ao diretor, ganhando um olhar surpreso do mesmo.

– Por favor, senhorita!

Ele fez um gesto com a mão para que eu falasse e se sentou me encarando. Eu respirei antes de falar.

– Já brincaram com o senhor diretor? Já tentaram manipular sua vida e jogarem com ela? Brincando com você e com seu coração? Por que foi isso, que esses filhos da puta! Desculpe-me o termo! Aqui fizeram comigo. Sabe, o Basckett aqui e a minha irmã, MINHA IRMÃ! E sabe o que é pior? Eles continuaram mentindo e brincando comigo por puro capricho e egoísmo deles. Por que ela é uma desgraçada preconceituosa que não admite isso. Então sim diretor, eu bati e deixei minha irmã praticamente desacordada, por que ela bateu e ferrou com a minha vida e meu coração, coisa que demora muito mais do que um machucadinho no rosto para se curar. Os outros nessa lada. Dorian, Tripp e Dustin só estão aqui por que se envolveram para me defender e o senhor pode até estar mais bravo comigo por ter batido na vadia da Julian.

Ele me lançou um olhar sério, mas eu pude ver a pequena linha do sorriso que ele tentava esconder.

– E por ter batido na minha irmã e eu entendo se quiser me expulsar o que seria um favor para mim, já que não olharia para cara desse ai e nem da Casey, então, por favor, nos dê logo o veredito, por que meu corpo inteiro dói e eu não aguento mais ficar aqui em pé fingindo que está tudo bem e que eu só estou com raiva quando na verdade tenho esse nó enorme entalado na garganta e essa dor no peito que torna quase impossível que eu consiga respirar!

Eu sabia que todos ali tinham os olhos pregados em mim agora, mas eu ignorei isso e encarei apenas o diretor que ainda me olhava intrigado. Ele respirou fundo e moveu seu corpo para frente da cadeira e encarou todos ali.

– Estão todos suspensos por uma semana! E eu nem quero saber se terão prova nesse período de tempo, que pensassem nisso antes de brigar. Agora saiam da minha sala!

Tripp abriu a porta e todos nós começamos a sair, eu fui a ultima e quando ia fechar a porta atrás de mim, ouvi meu nome ser chamado.

– Srta. Nolan?

Eu me virei e encarei o direto.

– Sim?

– Sinto muito por isso!

Ele disse e eu fiquei surpresa demais com aquilo.

– Eu também!

Sai de lá e comecei a andar, mas parei quando Jayden e Casey estavam ali conversando e então me encararam. Eu fiquei um pouco espantada com o estado dela, sem conseguir acreditar que eu quem tinha realmente feito aquilo. Eu respirei fundo e tentei desviar do caminho deles, mas eles entraram na minha frente.

– Poppy... Irmã me escuta. Nós precisamos conversar!

Eu a encarei sem esboçar nenhuma reação.

– Não! Nós não temos e nem vamos conversar tão cedo.

Afastei-me deles e sai andando, até que parei me lembrando do que tinha na minha bolsa. Abri a mesma enquanto andava até Casey que me olhou com expectativa.

– Ah, eu estava quase me esquecendo. Aqui está, deve pagar o que você perdeu pagando um namorado para mim.

Joguei o bolo de dinheiro que havia pegado no banco hoje cedo e joguei em cima dela e de Jayden. Eu não o encarei, tinha medo do que encontrar no seu olhar e de como poderia reagir a isso. Dei as costas para eles e sai dali. Quando ia em direção à saída da faculdade, encontrei Tripp e Dorian em frente aos seus carros. Dorian avaliava o rosto de Tripp que estava um pouco machucado pela briga. Eles notaram a minha presença e me encararam. Dessa vez, ninguém disse nada, eles apenas me envolveram em um abraço no meio deles. Fazendo meus olhos se encherem de lágrimas.

– Nós estamos com você ouviu? Sempre estaremos!

Dorian disse com a voz chorosa e Tripp deu um beijo no topo da minha cabeça.

– Está tudo bem pessoal... Muito obrigada por isso!

– Pops... Você pode levar o meu carro para mim? Esse cabeção não está bem para dirigir e eu não quero deixar meu bebê aqui!

Dorian falou depois de um tempo, quando já tínhamos nos separado e ela voltava sua atenção ao machucado de Tripp.

– Claro, eu levo para você!

– Obrigada!

Ela me jogou as chaves e eu entrei no mesmo, ao mesmo tempo em que ela entrava no de Tripp e reclamava com ele que a mandava tomar cuidado com seu amado carro. Ela deu um tapa nele e quando ele fez uma careta, ela se desesperou e o abraçou lhe dando um beijo. Eu sorri e liguei o carro saindo dali. Péssima ideia! Enquanto eu dirigia rumo ao meu apartamento, lembranças de tudo o que havia acontecido naquela manhã dominaram a minha mente. Jayden, seu olhar, Casey, a traição, a briga. Tudo! Cada detalhe, e foi assim que minha visão começou a se embaçar com as lagrimas que caiam pelo meu rosto. Eu estava tão distraída que não vi a garotinha aparecendo na frente do carro. Quando a vi, me desesperei e virei o volante com tudo e acabei batendo em varias lixeiras que estavam ali. Meu corpo foi para frente e voltou com tudo pelo impacto. Eu olhei para trás e a menina continuava de pé. Eu não consegui sair do carro, comecei a chorar e a soluçar ali mesmo. A menina apareceu na janela ao meu lado e abriu a porta.

– Você está bem moça?

Ela perguntou com uma voz baixa e incrivelmente doce.

– Sim.

Foi tudo que eu consegui dizer quando a encarei. Ela ficou me olhando por alguns segundos. Até que se aproximou de mim e tocou meu rosto com as mãos geladas. Como as dele. Eu estranhei o toque e não falei nada, apenas a olhei. Ela olhou para mim e seus olhos ficaram vermelhos.

– Não chore assim moça... Ele não merece!

Ela falou simplesmente e eu estranhei.

– Como sabe que estou chorando por alguém. Ainda por cima, diz ser ele?

Ela deu um sorrisinho fraco.

– Mamãe tinha esse mesmo olhar quando chorava pelo papai.

Sua voz ganhou um tom mais choroso agora.

– Foi por isso que ela me deixou aqui... Disse que era ruim demais olhar para mim e ver ele!

Meus olhos se arregalaram e encherem se d’água ao mesmo tempo. Eu não pensei duas vezes, para puxar a menina em um abraço apertado. Seu corpo era incrivelmente pequeno e magro e ela parecia muito frágil assim. Um assobio fez com que nos separássemos e ela olhou para trás. Um homem de meia idade e com aparência suja e fria a encarava com uma carranca. A menina engoliu em seco e se desvencilhou totalmente de mim.

– Eu tenho que ir moça... Mas não chore mais!

Ela falou enquanto corria até o velho que a grudou pelo braço e lhe disse algo que a vez me olhar. Ela negou com a cabeça e eles começaram a andar. Eu me levantei para andar até eles, mas um caminhão passou me impedindo de atravessar para o outro lado. Quando o caminhão passou e eu olhei para o outro lado da rua, eles não estavam mais lá. Eu entrei no carro e peguei o caminho de volta para casa. Quando cheguei ao meu apartamento, era como se ele estivesse ali. Seu cheiro impregnado em tudo. Eu larguei minhas coisas pelo caminho e fui para meu quarto e me joguei na cama. Fiquei horas e horas ali, deitada e perdida em pensamentos. Até que a campainha começou a tocar. Eu não me movi, pois não me importava em saber quem era, se eu ficasse ali quietinha, a pessoa talvez fosse embora. Engano meu! A pessoa era insistente e continuou tocando a campainha e começando a irritar os vizinhos do lado, pois eu pude ouvi-los xingando. Levantei e andei em passos lerdos e curtos até a porta. Olhei pelo olho mágico e não vi ninguém. A campainha tocou de novo e eu me irritei abrindo a porta e fiquei estática ao encontrar a última pessoa que eu achei que veria ali, parada na minha porta.

– Mãe?

Eu perguntei ainda sem acreditar que era realmente ela parada ali. Ela estava com seu costumeiro olhar sério, enquanto me olhava e de repente eu soube o porquê dela estar ali. Casey. Ela devia ter vindo aqui brigar comigo pela surra. Mas, em um ato que me surpreendeu extremamente, ela me puxou para um abraço apertado, que eu de começo estranhei, mas logo retribuiu, por que foi quando percebi que era exatamente do colo dela, que eu precisava agora.

Eu estou aqui com você meu amor!


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