Misery Business escrita por Sadie Gomez


Capítulo 17
Kisses... Snogging and Change!


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus... Quase que eu desisto de postar esse capitulo, toda vez que eu postava dava algum erro, sério, foram mais de sete tentativas!
Mas como eu sou legal aqui está mais um capítulo novinho em folha para vocês e eu estou tão animada que minhas aulas acabaram, e que eu avancei mais um módulo no meu curso de español que nem demorei para postar de tão animada que eu estou õ/ ...
Enfim, eu espero que vocês gostem e que comentem bastante ok? Leitores fantasmas, vamos aparecer ok? Ok ...
Boa Tarde e uma ótima leitura a todos!!



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POV Poppy

Eu fiquei ali parada enquanto as palavras da minha mãe giravam pela minha mente. E eu juro que tentei segurar, que tentei engolir aquilo, mas o bolo em minha garganta era maior e mais cortante do que antes, e sem a minha permissão, as lágrimas começaram a cair. Eu sentei no chão e fiquei ali, chorando no escuro por o que pareceram horas, até que eu tive pena de mim mesma e levantei com uma decisão de que eu sairia dali. Passei as mãos no rosto tirando o excesso de lagrimas do mesmo e respirei fundo enquanto subia as escadas. Entrei no meu quarto e fechei a porta atrás de mim, olhei ao redor tentando me achar até que fui até o armário e comecei a tirar minhas roupas do mesmo e joga-las na cama. Peguei algumas malas que eu tinha e coloquei tudo dentro, como eu não tinha tantas roupas, coube tudo direitinho. Peguei minhas câmeras, matérias da faculdade, fotos e tudo que coube e não coube e coloquei dentro da bolsa. Depois que arrumei e tirei tudo dali, meu quarto até parecia diferente, parecia que não era mais meu ele não tinha a mesma cara de antes. Eu sentei na cama e as lagrimas voltaram, eu não queria ir, mas não abriria mão dos meus sonhos pelos da minha mãe. Eu fiquei ali, até o sol começar a nascer. Quando isso aconteceu, eu coloquei uma roupa qualquer, peguei minha bolsa com os documentos e tranquei a porta atrás de mim, a casa estava silenciosa, Casey e minha mãe ainda dormiam, respirei fundo e segui para o ponto de ônibus.

***

Quando eu cheguei em frente à corretora de imóveis, já eram quase sete da manhã. Entrei na mesma e segui direto para a sala do Sr. Barnes, ele me atendeu com seu costumeiro sorriso educado e profissional, porem carinhoso.

– Bom Dia Poppy... O que te trás aqui tão cedo?

Eu sorri e me sentei para a cadeira que ele apontou.

– Bom Dia Barnes. Eu vim conversar sobre o imóvel do meu pai!

– Não vai me dizer que você finalmente aceitou a minha ideia e vai vendê-lo?

– Na verdade não, eu queria passa-lo logo para o meu nome... Estou me mudando para lá.

– Ah é uma pena... Tenho vários clientes interessados naquele apartamento!

– Ele é valioso demais para eu vendê-lo!

– Bom... Tudo bem, vamos aos negócios então?

– Por favor!

Ele providenciou todos os papeis necessários para que o apartamento que antes era do meu pai, fosse passado para o meu nome. Não foi difícil, já que o mesmo tinha deixado uma procuração em meu nome me dando o direito de fazer o que eu quisesse com o imóvel. Se fosse por mim eu o deixava no nome dele mesmo, mas como estava em uma “briga” com a minha mãe não queria que ela tentasse tira-lo de mim enquanto estivesse no nome do seu marido. Assim que assinei os papeis, tudo ficou resolvido. Sai da corretora com um peso a menos nas costas, andei até uma lanchonete para comprar alguma coisa para comer, por que meu estomago já estava dando sinais de vida. Enquanto esperava meu chá e meu sanduiche, Liguei para Dorian, para pedir ajuda a mesma com as minhas malas, já que eu estava sem carro.

– BOM DIAAA POM POM!

Eu tive que afastar o celular do ouvido por conta do grito que a mesma deu do outro lado da linha.

– Santo Deus! Bom Dia... Por que tanta animação mulher?

– Por que teve um grande vazamento de gás na faculdade hoje!

Eu ri.

– E você está feliz por isso?

– Sim, por que graças a isso as aulas de hoje foram suspensas e eu estou a caminho da praia para um final de semana incrível com a minha família e meu amor!

Ela disse e eu pude ouvir alguém rir do outro lado da linha, provavelmente Tripp.

– Então você não está na cidade?

– Estou quase fora da mesma... Eu ia te chamar, mas lembrei do seu... Bom, problema e não quis... Você sabe!

Eu consegui dar um pequeno sorriso por conta da preocupação da mesma. – Obrigada...

Então eu suspirei, ela não poderia me ajudar agora, eu não iria atrapalhar o final de semana da mesma com meus problemas. Então eu apenas sorri e fiz a única coisa que poderia fazer no momento.

– Bom... Um ótimo final de semana com o seu amor então!

Ela riu.

– Desejo o mesmo para você e o seu deus grego ai!

– Besta!

Nós conversamos um pouco e ela me distraiu com toda a sua animação, o que foi muito bom, ela nem imaginava o bem que estava me fazendo. Quando desliguei o celular, o peso voltou para minhas costas. Para quem eu pediria ajuda agora? Não daria para levar todas aquelas coisas de ônibus e eu não pediria ajuda a Casey ou a Dustin por que sabia que ambos tentariam me fazer mudar de ideia. Fiquei um tempo ali, pensando, pensando e pensando, quando meu celular tocou me assustando.

– Alô?

– Bom Dia!

Sorri ao reconhecer a voz de Jayden.

– Bom Dia... Como vai?

– Estou bem e você?

– Estou bem...

Eu disse o mais segura possível, mas por algum motivo Jayden ficou em silêncio no outro lado da linha por alguns segundos antes de falar.

– O que vai fazer mais tarde?

– Não sei ainda...

Eu disse me lembrando da pilha de malas que me esperavam no meu quarto.

– Por quê?

– Queria te chamar para sair...

– Ah que horas?

– Onze... É um dos jantares obrigatórios que meu pai organiza e que sou obrigado a ir... Eu levaria o Dustin, mas ele me trocou por uma noite romântica com a sua irmã!

Ele falou fingindo estar enojado e magoado com isso, eu ri.

– Aaw, coitadinho! Sinto muito por você

– Ah claro, estou percebendo o quanto você sente! E então... Você vai?

Eu parei um pouco para pensar. Um jantar, com o pai dele, eu conheceria o PAI dele. Eu realmente estava preparada e em condições para isso? Eu queria isso? Então eu me lembrei de que não teria lugar para ir e que precisava distrair minha mente, e talvez essa jantar e a companhia dele ajudasse ou não? Ah, que se dane!

– Sim, eu vou com você!

– Ótimo, eu passo para te pegar às onze e meia!

– Ué, mas o jantar não começa onze horas?

– Sim, mas eu adoro me atrasar, ainda mais se isso irritar meu pai!

Ele riu e não pude deixar de acompanha-lo. Ele parecia um adolescente às vezes e eu adorava isso nele. Adorava?

– Tudo bem... Vejo você mais tarde!

– Mal posso esperar por isso...

Eu sorri e desliguei. Não importa o quanto eu estivesse confusa e com a cabeça cheia no momento. Jayden conseguia me tirar do chão sempre que falava comigo. Por isso eu gostava dele, por que eu gostava dele, não gostava?

***

Eu passei o dia fora e ignorando as ligações da Casey, não queria falar agora, não queria ouvir seus sermões tão cedo, por que se existe uma coisa chata e irritante é sua irmã mais nova querer te dar sermões e mandar em você. Fui para a casa no horário em que ninguém estava, escolhi uma roupa e coloquei a mesma em uma sacola. Eu não iria me arrumar ali, minha mãe estaria em casa quando Jayden chegasse e eu não queria vê-la, então eu peguei minhas coisas e fui para o apartamento. Mandei uma mensagem para Jayden dizendo que o encontraria em uma lanchonete na esquina da minha casa, não falaria para ele que iria me mudado agora, ele não precisava saber. A hora passou mais rápido do que eu imaginei que passaria, quando eu percebi, eram quase dez e meia da noite e eu não havia feito nada ainda. Corri para o banheiro e tomei um banho. Depois eu fui me arrumar, coloquei um vestido preto com rendas, um salto preto, pulseira, anéis, brincos e deixei meus cabelos soltos mesmo. Peguei uma bolsinha pequena para colocar só o celular e quando deu exatamente onze e quinze eu sai do apartamento e peguei um taxi até o local marcado. Por sorte eu consegui chegar antes de Jayden. Respirei aliviada e me sentei em uma das mesas para espera-lo quando um homem alto e loiro veio até a minha mesa e se sentou na mesma enquanto me encarava com um sorriso. Eu fechei a cara e franzi a sobrancelha.

– Eu não me lembro de te convidar para se sentar aqui!

Sim, eu estava sendo mal educada, mas ele foi primeiro se sentando ali sem convite. Meu tom frio afetou um pouco o sorriso confiante do homem a minha frente e eu quase sorri por isso, eu disse quase.

– Eu não preciso de convite. É um pecado deixar uma mulher linda como você sozinha.

– E quem disse que eu estou sozinha?

Perguntei enquanto colocava o cotovelo na mesa e apoiava meu queixo na mão, para olhar melhor o idiota a minha frente. Ele olhou para os lados depois das minhas palavras antes de me encarar de volta.

– Não vejo ninguém aqui que possa estar com você... Nenhum deles são bons o bastante.

– Suponhamos então que você seja, já que sentou aqui?

Talvez...

Ele disse sorrindo de lado e jogando seu corpo sobre a mesa e se aproximando de mim.

– Sinto muito destruir suas expectativas, mas como eu disse estou acompanhada... Na verdade... Estou esperando por ele!

– Sério? E quem seria o idiota a te deixar aqui sozinha, indefesa e linda dessa maneira esperando?

– Não vamos esquecer de bastardo, idiota, sortudo e filho da mãe por tê-la o esperando. Opa, acho que esse cara ai sou eu!

Hey, essas palavras não saíram da minha boca! Olhei para cima e vi Jayden ali, incrivelmente lindo. Ele estava com um terno preto, que o deixava tão sexy e intimidador. Agradeci por estar sentada, se não eu cairia com a visão daquele homem. Sua barba estava por fazer e seu cabelo estava bem penteado para trás, uma coisa rara de se ver. Ele parecia um homem de negócios assim. Ele desviou seu olhar do loiro a minha frente e me encarou, e quando nossos olhares se encontraram eu senti meu corpo esquentar. Ele sorriu e pegou minha mãe me fazendo levantar. Quando eu estava de pé, ele não me deu tempo de falar ou pensar, apenas envolveu minha cintura com o braço, enquanto colava nossos lábios em um beijo que me deixou mais mole do que eu já estava. Ele me apertou contra seu corpo com a mão em minha cintura, enquanto envolvia sua outra mão em meu cabelo e depois passava os dedos delicadamente na minha nuca. Aquele ato me arrepiou, não só por sua mão estar fria, mas pelo jeito como ele me envolvia ali. Eu perdi um pouco o controle de mim e não conseguia parar de beija-lo. De repente, tudo ficou quente e abafado demais. Quando o ar foi necessário e nós cessamos o beijo, Jayden sorriu com o rosto ainda colado no meu, enquanto olhava para mim e dizia.

– Boa Noite senhorita!

– Boa Noite!

Foi tudo que consegui dizer, sério, ele tirou todo meu fôlego e força agora. Tudo isso com um simples beijo. Quando nos separamos e eu olhei para frente, o homem não estava mais ali e eu sorri por isso. Então encarei Jayden que me olhava intensamente.

– Você está linda!

– Obrigada... Você também está lindo!

– Eu sei, tentei evitar, mas é automático!

– Idiota!

Ele apenas sorriu.

– Vamos?

– Claro!

Ele me guiou até seu carro e fomos para o maldito jantar, que eu havia acabado de perceber, estava me deixando nervosa. Nós fomos conversando pelo caminho e isso me distraia, mas quando Jayden parou em frente a uma casa enorme, sério, era a maior casa que eu já tinha visto na vida. Minha boca se abriu na hora.

– Puta merda... Você é rico! Você é podre de rico!

Ele riu enquanto digitava uma senha e fazia o portão se abrir. Depois ele seguiu e passamos por um jardim lindo e todo iluminado que deixava o ambiente com uma paisagem incrível.

– Merda Jayden, por que você não me disse que era um jantar desse tipo?

Ele me encarou.

– Por que, não vai me dizer que você teria “se arrumado melhor”?

Ele falou a ultima parte zombando, mas com o semblante sério. Eu o encarei.

– É claro que não! Mas eu pelo menos teria comido alguma coisa antes... Por que você sabe, nessas merdas de jantares tem tudo, menos comida! Como em um jantar, não tem JANTAR? Eu vou morrer de fome!

Jayden me olhou antes de soltar uma gargalhada e ficar assim por minutos como um idiota, quando ele se recuperou, conseguiu falar, mas eu ainda via vestígios de diversão em seus olhos.

– Você está preocupada com a comida?

Eu o olhei como se isso fosse óbvio, por que era. Eu não ligava para ninguém ali mesmo. Esse tipo de evento era um saco e o tédio que me causava, só aumentava a minha fome. Quando minha mãe me obrigou a comparecer em um desses, eu apareci vestido com meu pijama o que quase a fez me matar de tanta vergonha que a mesma ficou.

– E com o que mais eu me preocuparia?

Ele ainda sorria.

– Nada... Não se preocupe, a gente pode roubar alguma coisa da cozinha para você, tá legal?

– Tá... E é bom que você consiga mesmo!

Ele não disse mais nada. Apenas sorriu e depois procurou uma vaga e estacionou o carro. Quando nós descemos, ele deu a volta no veiculo e segurou minha mão enquanto andávamos em direção à entrada. Ele cumprimentou algumas pessoas com um aceno rápido de cabeça e me guiava com ele. Assim que entramos, ele pegou dois champanhes para nós e ficamos conversando. Até que um senhor, baixinho e de cabelos grisalhos apareceu e Jayden ficou sério.

– Jayden, meu filho!

O homem disse abraçando Jayden e eu presumi que deveria ser o seu pai.

– Oi pai... Como vai!

– Muito bem garoto. Fico feliz em te ver!

Ele disse e depois deixou seus olhos caírem sobre mim. Ele pode ter aberto um grande sorriso, mas seus olhos eram frios e indiferentes e me avaliavam.

– E a bela moça, como se chama?

– Poppy!

–Só Poppy, não tem nenhum sobre nome?

Ele não escondeu seu desagrado. E isso me irritou.

– Até tem... Mas não diz respeito a você!

Eu disse sorrindo docemente enquanto dava um gole na minha bebida. O senhor me olhou surpreso e depois sorriu. Um sorriso estupidamente falso enquanto falava com arrogância.

– Não tem importância... Eu descubro depois!

– Boa sorte com isso então!

Eu disse e ele não falou mais nada. Só encarou Jayden e depois se afastou. Eu sabia que havia sido grossa, mas não consegui engolir a raiva quando ele me olhou daquela maneira. Quando eu me virei para Jayden, ele sorria para mim.

– Por que está sorrindo assim?

– Você é inacreditável Poppy... Inacreditável!

Então ele me beijou e eu sorri no meio do ato, por que ele era dizia que eu era inacreditável, quando na verdade, ele me beijava por ter sido uma grossa com seu pai. Ele era inacreditável.

Nós circulamos por toda aquela casa imensa, com Jayden sempre me apresentando pessoas e mais pessoas, eu sorria, as cumprimentava, mas assim que virava as costas, esquecia seus nomes. Nós tínhamos parado um pouco já que havíamos falado com todos ali, então avisei a Jayden que iria ao banheiro. Quando eu voltei, minha reação não foi muito boa ao ver a vadia da Julian na festa. Ela estava lá, ao lado de Jayden e o pai dele, conversando, rindo e se jogando em cima do MEU Jayden! Meu? Ai merda! Andei até eles em passos lentos e sorrindo para algumas pessoas que me cumprimentavam. Quando estava mais próxima deles, pude ouvir um pouco da conversa, era o pai de Jayden quem falava agora.

– Eu não entendo como dois jovens lindos e promissores como vocês que se conhecem há anos, não namoram!

– Tudo que eu posso dizer Sr. Basckett é que não estamos nessa situação por escolha minha!

A vadia falou rindo e se atirando para cima de Jayden que pelo que eu pude perceber, contraiu a mandíbula, ótimo, pelo menos ele estava irritado com aquela situação. Eu esperei uma resposta dele e sorri quando ela veio acompanhada do seu tom frio e cortante.

– Realmente, mas você não pode me culpar papai, não quero namorar alguém que abre as pernas até para o padeiro!

Eu tive que rir com a cara de espanto da Julian e do Sr. Basckett com as palavras de Jayden.

– Agora se vocês me dão licença, preciso achar a garota maravilhosa/não vadia que está comigo essa noite.

Quando eu percebi que ele iria me procurar e veria que eu estava escutando sua conversa, imaginei que talvez ele pudesse não gostar disso. Então eu me apressei em sair dali e me afastar dele. Péssima ideia! Eu havia me perdido naquela droga de casa, estava a mais de dez minutos andando e andando e sem chegar a lugar nenhum. Eu estava andando por ali, quando esbarrei em alguém. Ao olhar para a pessoa, eu encontrei um par de olhos negros e um sorriso educado direcionado a mim, eu tentei, mas não consegui sorrir de volta.

– Cuidado ai moça!

Um homem um pouco mais velho que eu falou enquanto me segurava.

– Desculpe, é que eu estou perdida!

– Posso te ajudar?

– Depende. Você o viu Jayden Basckett por ai? Eu estou com ele.

Então como se apreciasse uma piada interna, ele sorriu antes de me dar uma resposta.

– Procure nos quartos!

Eu o olhei até enfim entender suas palavras.

– Por que deveria, ele está com a sua namorada lá?

Meu Deus! Eu juro que tentava ser legal, mas as pessoas dificultavam tanto as coisas... Ele sorriu e se aproximou de mim.

– Eu não tenho namorada, mas se você esti...

– Não ela não está!

Eu sorri para Jayden assim que o vi e assim que o idiota se afastou de mim com uma cara de desagrado ao ouvir a voz dele. Eu pensei que ele falaria algo para o homem, mas tudo que ele se limitou a fazer foi olha-lo com frieza e depois pegar a minha mão e me arrastar dali. Quando estávamos sozinhos, foi que ele finalmente me permitiu ouvir sua voz.

– Eu não posso te deixar sozinha um minuto, que qualquer babaca acha que pode ter uma chance com você?

Eu ri das suas palavras.

– Deve ser essa minha cara de fome que os atrai.

Ele sorriu.

– Eu já providenciei isso. Vamos!

Ele saiu nos guiando para algum lugar no meio de todas aquelas pessoas. Nós subimos a escada e ao chegarmos a um corredor, entramos na quinta porta do mesmo. Jayden abriu a porta e me puxou para dentro. Assim que entramos ele fechou a porta. Era um quarto, e em cima da cama do mesmo havia uma bandeja com dois pratos, comidas, vinho e algumas outras coisas.

– A cozinha está uma correria e a sala de jantar inabitável agora... Então eu pedi que trouxessem a comida para cá mesmo!

Eu não dei atenção a suas palavras. Comecei a avaliar o local quando percebi que aquele era o quarto dele. Era a cara do quarto de um adolescente problema. Havia vários pôsteres de bandas e jogos na parede. Varias fotos dele na adolescência, na infância; eu olhei cada detalhe até meus olhos caírem sobre a cômoda, mas especificamente sobre o toca disco que havia em cima da mesma. Meu pai tinha um desses e sempre que ele chegava em casa, mesmo cansado, ele colocava um dos seus discos para tocar e me puxava para dançar, mesmo que eu fosse péssima nisso. Eu andei até a cômoda e quando me aproximei, vi que já tinha um disco ali.

– Que disco é esse?

Eu perguntei para Jayden, mas não me virei para ver sua reação. Só escutei a sua voz.

– Eu não sei, eu ouvia bastante na adolescência. Ainda ouço para ser sincero, mas quando saí daqui deixei tudo.

– Há quanto tempo esse está aqui?

– Há mais do que eu posso me lembrar, acredite!

Eu sorri.

– Bom, então vamos ver o que você ouvia antes senhor Basckett!

Eu coloquei o aparelho para tocar. A música era calma e envolvente e por algum motivo me fez sorrir. Eu levantei a cabeça e comecei a ver as fotos que tinham ali, grudadas na parede. Meu sorriso se ampliou ao ver uma de Jayden com uns nove anos eu acho, ele sorria tão lindamente que era impossível não sorrir também. Eu saí do me transe quando senti o corpo de Jayden atrás do meu. Sua respiração batia no meu pescoço e quando ele tocou no mesmo para tirar meu cabelo dali, eu me arrepiei pelo contato dos seus dedos frios com a minha pele quente. Ele jogou meus cabelos para o lado, cheirou meu pescoço e depois depositou um pequeno beijo no mesmo; eu mordi o lábio, sem conseguir pensar. Então depois de morder minha orelha, ele falou na mesma.

– Você não estava com fome?

Fome? Quem conseguiria pensar em comida com um homem daqueles ali, tentando de enlouquecer?

– Eu não sei mais...

Ele sorriu contra minha pele e então mordeu meu pescoço novamente. Sua mão direita apertava a minha cintura, enquanto a outra descia lentamente pelo meu braço esquerdo, até chegar a minha mão e ele a segurar, fechando a sua sobre a minha. Ele parou de explorar meu pescoço e voltou sua boca para minha orelha para dizer.

– Eu vi vários homens babarem por você a festa inteira e isso me irritou... Mas agora... Aqui... É tão excitante saber que dentre todos eles, só eu posso beijar você... Tocar você!

Ele apertando minha cintura e depois passando a mãe pelo meu corpo, eu joguei minha cabeça para trás, deitando a mesma no peito dele. Mas não fiquei assim por muito tempo. De repente foi como se meus lábios precisassem dos dele com urgência. Então eu me virei e o beijei. Ele não demorou a pegar o ritmo. Ele me apertava contra seu corpo, até que sem nos separar, ele jogou algumas coisas de cima da cômoda no chão, me pegou e me colocou sobre a mesma. Ele me beijava enquanto uma de suas mãos se arriscava a passar pela minha coxa e a apertar. Eu passei minhas pernas pela sua cintura e o puxei para mais perto de mim. Mas eu não sei, ali estava quente demais e era como se ele usasse roupas demais. Eu queria arrancar aquele terno que o deixava incrivelmente sexy de seu corpo para poder beijar todo seu tronco. Eu queria minha pele em contato com a pele dele.

– Eu estou tentando mandar uma mensagem direta para o meu celebro e o meu alto controle, para não te jogar naquela cama, rasgar esse vestido e te fazer minha. Mas com você se esfregando em mim desse jeito não está fácil!

Ele falou com a voz rouca e entre cortada por conta da sua respiração acelerada. Eu sorri ainda com o rosto colado ao dele e mordi seu lábio.

– E quem aqui disse que eu quero que você tenha controle?

Eu falei e meu estado não era muito diferente do dele. Meu coração batia acelerado e meu corpo pegava fogo. Jayden sorriu e voltou a me beijar e eu aproveitei a sensação dos seus lábios nos meus. Estava tudo bem, estava tudo ótimo e perfeito, até que alguém bateu na porta e a abriu em seguida. Jayden e eu paramos de nos beijar, mas ele não me deixou sair de cima da cômoda. Quando eu fiz menção de levantar da mesma ele me segurou ali. Meu rosto esquentou ao ver que era seu pai que abrira a porta e nos virá daquele jeito. Eu escondi o rosto do pescoço de Jayden e fiquei mordendo o local enquanto ele falava com seu pai.

– O jantar será servido. Será que você pode para o que está fazendo e descer?

Ele disse com acidez na voz. Mas Jayden não lhe deu uma resposta em um tom tão diferente do dele.

– Não entre no meu quarto assim de novo! E já vamos descer.

Seu pai não disse nada, apenas saiu e fechou a porta atrás de si. Eu afastei meu rosto do pescoço de Jayden para encará-lo, quando ele disse.

– Vamos descer?

Eu não disse nada, apenas concordei com a cabeça. Nós ficamos nos encarando por alguns segundos, eu me perdia no olhar dele e tentava descobrir o que ele estava pensando, mas era tão difícil desvenda-lo. Ele fez carinho em meu rosto enquanto olhava o mesmo, depois quando seus dedos tocaram meus lábios, ele se aproximou de mim lentamente e me beijou, um beijo calmo. Quando o beijo cessou, ele me ajudou a descer da cômoda.

– Vamos?

– Uhum.

Eu olhei meu reflexo no espelho e me assustei, meu rosto estava vermelho e meu lábio parecia um pouco inchado. Passei a mão nos cabelos tentando arruma-los. Jayden que já estava perto da porta, se aproximou de mim novamente, segurando minhas mãos e me virando para ele.

– Você só está mais sexy do que antes!

Então ele piscou, me deu um selinho e me arrastou para fora daquele quarto. O jantar só não foi mais chato e entediante por que Jayden passou o tempo inteiro falando comigo e quando sua atenção era solicitada por alguém ele respondia e depois dava um jeito de se esquivar da pessoa. Assim que aquilo tudo acabou, nós fomos embora. Jayden me levou para casa e eu fui o caminho todo pensando no que eu faria agora. Assim que ele estacionou o carro e eu vi que havíamos chegado, eu olhei pela janela e as luzes estavam acessas, eu respirei fundo, fechei os olhos e depois falei rápido.

– Ela me mandou embora!

Eu podia sentir o olhar dele sobre mim agora. Não queria encara-lo.

– Sua mãe?

– Uhum...

Ele respirou fundo.

– Você tem para onde ir?

– Sim, arrumei um apartamento hoje de manhã... Mas será que você podia me ajudar com... As malas?

Ele segurou a minha mão e eu encarei nossas mãos juntas.

– Claro... Quando você vai tira-las daí?

– Agora!

– Tem certeza?

Eu demorei um pouco para responder, mas eu sabia o que eu queria e se eu precisaria sair de casa e passar por cima da vontade da minha mãe para conseguir isso, eu faria.

– Sim.

– Então vamos!

Nós descemos do carro e ele pegou minha mão novamente. Eu estava começando a gosta disso. Assim que eu entrei em casa, a sala estava vazia, e eu respirei aliviada por isso. Casey deveria estar com Dustin como Jayden havia dito, e minha mãe... Eu torcia para que a mesma não estivesse em casa. Nós subimos no puro silencio e assim que eu abri a porta do meu quarto, apontei para as coisas que eu levaria.

– Só isso? Não quer levar a casa não?

Jayden perguntou e eu o encarei séria.

– há- há!

Nós começamos a carregar minhas coisas, minha mãe não havia chegado em casa ainda, e eu agradeci muito por isso. O porta malas do carro logo ficou cheio e tivemos que usar o banco de trás do carro também. Quando restavam apenas as duas ultimas malas e eu acabava de descer as escadas, vi minha mãe parada na porta me encarando. Eu parei imediatamente e Jayden quase tropeçou em mim quando fiz isso. Ele olhou para frente e quando viu minha mãe, parou também e não disse nada.

– Então você já fez a sua escolha.

Ela falou depois de um tempo.

– Essa foi à única escolha que você me deu mãe!

– Não é verdade, você sabe que...

– Olha, eu não quero mais brigar ok? Só ir embora de uma vez e acabar com isso!

– Tá legal, mas antes de ir dê as chaves do carro.

Eu a encarei não acreditando em suas palavras.

– Você vai pegar o meu carro?

– Não. Eu vou pegar o meu carro que está no nome da empresa que você tanto odeia!

Eu respirei fundo e peguei as chaves entregando para a mesma. Depois eu não consegui ficar mais ali. Desci as escadas e fui em direção à porta. Parei quando ouvi a voz da minha mãe novamente.

– Poppy... Se você sair por essa porta... Não tem mais volta!

Eu dei um sorriso amargo, antes de me virar e encara-la de novo.

– Eu já esperava por isso... Até logo mamãe!

Então eu saí e não olhei para trás para saber se Jayden estava vindo comigo. Eu só saí e joguei a mala no banco de trás do carro e depois entrei no mesmo.


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Notas finais do capítulo

E ai e ai oque acharam?