Isabella Singer - Fanfic escrita por Violetta


Capítulo 4
Capítulo 4




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Conversei com o resto dos garotos. Alguns tão sem graça que chegou a ser tortura. Outros muito engraçados e gentis.
No fim da manhã, eu tinha a certeza de ter simpatizado com pelo menos quatro. Obviamente, Landon estava entre eles.
Não resolvi fazer nenhum corte logo de cara, como meu pai fez. Pela primeira vez, estava achando essa coisa da seleção divertida. E iria aproveitar o máximo possível.
–Posso acompanhá-la ao café da manhã?- perguntou Simon, ele era um dos candidatos que achei divertido.
–Claro- Respondi sorrindo.
Ele me acompanhou para a minha mesa e logo depois se sentou com os outros. Procurei Landon, e ele parecia bastante confortável. Mas também, praticamente morou aqui a vida inteira.
Todos tomamos nosso café, que estava delicioso por sinal. Depois os garotos foram se dispersando de um por um.
Era estranho essa coisa de que eu estabelecia os encontros. Era constrangedor, como se eu tivesse chamando um cara para sair, e de certa forma, estava mesmo. Então decidi tornar tudo mais fácil. Eu chamaria Landon.
–Oi... Então, eu estava pensando se você gostaria de passear comigo- Perguntei sem jeito e ele sorriu.
–Está me convidando para sair, Isa?
–Isso não tem graça- Respondi séria -Isso já é constrangedor demais para mim.
–Eu sei- Respondeu ele- Só estava brincando. Vamos?- Falou estendendo o braço.
Aceitei e caminhamos até o jardim. Passamos o resto da manhã juntos, o que para mim foi ótimo. Eu já estava acostumada com a presença reconfortante de Landon. Era como se tudo estivesse normal de novo.
Apenas conversamos, como fazíamos quando éramos só amigos. Bom... ainda somos só amigos, só que de um jeito diferente.
Almocei com a minha família. Depois fui para o meu quarto, mas antes que eu alcançasse meu objetivo, fui para gentilmente.
Na verdade eu não fui parada. Henrique passou direto por mim, como se não tivesse me visto. Eu é que parei ele.
–Oi para você também- Falei sorrindo
–Ah, Oi Isabella-
Depois disso ele ficou em silêncio. Esse garoto era um mistério para mim. Ele não era como os outros que viviam me perguntando coisas, ou como Landon, que eu já sabia a vida inteira do avesso. Ele era diferente. E isso me incomodava.
–O que você vai fazer a tarde?- Perguntei estranhamente segura.
–Não tinha nada planejado- Ele respondeu sorrindo
–Agora tem- Falei sorrindo também
–Ah, tenho? E o que é?
–Você me disse que gosta de música. E minha mãe também, então temos vários instrumentos aqui. Quero ver se você é tão bom assim.
–Eu nunca disse que era bom- Ele retrucou sorrindo
–Mas eu suponho que seja. E então? vai recusar um convite meu logo no primeiro dia? Isso não vai ser nada bom para você.- Falei em tom desafiador.
–Jamais- Ele respondeu balançando a cabeça. -Então vamos.
Fiquei esperando ele oferecer o braço como Landon fez, mas ele apenas esperou eu caminhar para me seguir, então eu mesma entrelacei meu braço no dele.
–Sabia que é sinal de cavalheirismo oferecer o braço a uma dama?
–Sabia- Ele respondeu sorrindo. -Mas eu sabia que se não fizesse, você faria. Então esperei para ver o resultado.
Empurrei ele de leve e ele começou a rir.
–Então tudo faz parte de um plano?
–Faz. Mas isso não significa que eu vá contar tudo a você.
Entramos na sala e ele pegou o violão. Ele pareceu muito a vontade com o instrumento e tocou uma música linda. Aliás, a voz dele também era linda.
Quando ele terminou, sorriu para mim. E eu fiquei nervosa. Tive a mesma sensação de quando recebia um sorriso de Landon.

O resto da tarde foi agitada. Passeei com mais alguns meninos. Ri bastante, e acho que vou tirar bons amigos daqui.
A noite, já estava exausta. Só queria ir para o meu quarto e dormir.
–Espera aí, queria falar com você. Eu não te vi hoje- Falou um menino atrás de mim.
Olhei para ele, tentando lembrar do nome. Nada. Só depois li o nome no broche: Richard.
–Me desculpa, mas eu já tive encontros demais por hoje. Amanhã a gente conversa, tudo bem?
–Não- Ele respondeu com raiva. -Você não pode me deixar de lado. Eu também estou na competição.
Suspirei, cansada.
–Olha só, não tem como eu conhecer 35 garotos em um dia só.
Ele segurou meu pulso, com força demais.
–Acho que você vai gostar de me conhecer.
Tentei puxar meu braço, mas ele estava apertando muito forte. Esperei para ver se alguém aparecia para me salvar como acontece nos contos de fadas. Mas ninguém apareceu. Eu teria que me livrar dele sozinha.
–Solta o meu braço, se não quiser que eu arranque o seu fora!- Falei com um sorriso falso.
Ele soltou meu braço e continuou.
–Como eu disse, acho que você vai gostar de me conhecer.
–Isso não será possível. Você está fora.
–O que? -Ele perguntou irritado
–Isso mesmo que você ouviu. E espero que encontre a saída sozinho.
Ele segurou meu braço mais uma vez, e me empurrou.
Dei um grito quando minha cabeça bateu com força na parede. Ele ia abrir a boca para reclamar de alguma coisa, mas bem na hora foi arrancado de perto de mim e jogado para longe, com um soco.
Gritei mais uma vez, mas agora foi de susto. Me virei para ver quem era. Richard estava jogado no chão, e o homem do lado dele falava alguma coisa baixinho, que eu não consegui ouvir. Fiquei assustada, e só consegui ficar calma quando vi que o homem era Henrique.
Ele se aproximou de mim, perguntando se eu estava bem. Eu estava assustada, então só consegui assentir com a cabeça. Ele segurou minha mão e me levou para longe dali.
–Você está bem mesmo?- Perguntou ele, quando já estávamos longe.
–Sim, estou. Obrigada.
–Não precisa agradecer. Você estava se virando bem sozinha.
Minha mente entrou em colapso.
–O que?- Perguntei irritada. -Você estava lá o tempo todo?
–Estava, mas...
–E por que você não fez nada? -Interrompi.
–Porque eu confio em você para se defender sozinha. Você não apareceu estar com medo. E eu estava lá para intervir caso acontecesse alguma coisa. E foi o que eu fiz.
Levantei as mãos, irritada.
–Você poderia ter evitado tudo. Minha cabeça está doendo, e meu pulso está roxo.- Falei mostrando o braço, que na verdade estava apenas um pouco vermelho.
Ele riu
–Isabella, você não é mais uma criança.
Fiquei irritada, e saí de perto dele. Murmurando. Não fui para o meu quarto, ao invés disso, fui para o jardim. Encontrei Landon sentado sozinho na grama. Me sentei ao lado dele.
–O que foi? -Ele perguntou curioso. -você parece zangada.
–E estou. Um idiota agarrou meu braço e me empurrou. Minha cabeça está doendo.-Falei cruzando os braços. Igual criança quando faz birra.
–Você está machucada? -Ele perguntou preocupado, e logo começou a me analisar, em busca de arranhões.
A princípio fiquei feliz pela demonstração de preocupação. Ele não era como Henrique, teria me ajudado assim que tudo começou.
Mas logo depois, esse mesmo pensamento me deixou furiosa. Ele está me tratando como uma criança que não sabe se defender.
Me levantei furiosa e corri para o meu quarto. Landon me observou em silêncio. Ele já está acostumado com minhas mudanças de humor.
Deitei na cama e os pensamentos começaram a me torturar.
Por um lado, era bom ter alguém cuidadoso como Landon, que me tratava sempre como se eu fosse algo muito frágil e especial, que pudesse quebrar a qualquer momento.
E por outro... Henrique acreditava na minha força. Acreditava que eu era forte o bastante para me defender sozinha. Ele me tratava como adulta. E isso era libertador.
E agora? O que eu faço?


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