(...)

–Eu não fiz nada! –grito para ele. –Tudo que eu fiz foi ama-lo, e veja só no que isso deu! –Eu me aproximo rapidamente, e antes que ele possa dizer qualquer coisa, eu o beijo.

Ele de início fica confuso, mas corresponde, e nesses (segundos? Minutos? Horas?) Que ficamos assim, eu penso em tudo que já houve entre nós, e o beijo com mais força.

Ele se separa de mim, e me encara confuso e sem fôlego.

–Alice? –diz ele e cai no chão, desmaiado. Será que eu beijo tão mal assim?

***

P.O.V SCOTT

Eu estava andando pelo corredor, indo para o meu quarto, quando entro, vejo Vanessa e uma garota ruiva na cozinha... Quem era aquela? Amiga da Vanessa?

–Quem é você? –pergunto eu para Andressa, a garota era bonita, com cabelos ruivos e olhos verdes, mas tinha “encrenca” estampado na testa.

–Ela está bem aqui e pode muito bem falar por si mesma! –disse ela balançando os braços no ar, como se quisesse chamar atenção.

–Okay... Então, quem é você? –eu me viro para ela e ergo as sobrancelhas.

–Sou a azarada que vai ter que dividir o quarto com um idiota convencido. –disse ela e eu rio, além de encrenqueira e sarcástica...

–Que nome grande, como você encurta ele? –eu digo sorrindo maliciosamente, estou vendo que vou amar implicar com ela...

–Alice. –diz ela.

***

Eu chego na aula atrasado, como sempre, a professora, a única professora jovem e bonita, me olha com um sorriso bobo, ela me olhava como todas as garotas daquela escola, ela me pergunta alguma coisa e eu respondo uma desculpa esfarrapada.

Quando vejo Alice, minha nova colega de quarto, sentada na mesa afrente a minha sorrio. Isso pode ficar melhor? Vou até minha classe e passo a aula toda chutando a sua cadeira, não existe nada melhor do que irrita-la.

***

Eu estava saindo do banho, quando dou de cara com Alice deitada na sua cama, antes eu dormia sozinho ali, então não me preocupava com limpeza, ou sair vestido do banheiro, mas agora, com ela, era melhor começar a cuidar.

Eu estava só com uma toalha enrolada na cintura e Alice pareceu gostar daquilo, ela olhava para mim, e só faltava babar.

–Já acabou de apreciar a vista? –digo eu com um sorriso cínico no rosto, ela olha para a minha cara e sai do quarto, bufando e batendo a porta.

***

“Eu estava em uma festa, uma festa a fantasia, e eu parecia um idiota vestido de Batman... Okay... Eu não ‘parecia’ eu ‘era’ um idiota vestido de Batman. Uma garota fantasiada de Gato estava sentada em um banco próximo ao bar, eu me aproximei dela, e disse a coisa mais inteligente do mundo:

–Você vem sempre aqui?

––Oh! Na verdade não, mas hoje resolvi vir aqui por que estava com uma sensação que iria ganhar a cantada mais idiota da face da Terra. –diz ela e eu rio, sentando ao seu lado.

***

Eu estava sentado na mesa da cozinha, jantando com Alice, Andressa, Carol e Wesley. Eu estava perdi em pensamentos, na garota da festa, que destruiu a mesma, eu nem havia perguntado o seu nome...

–E quem era o gatinho com quem você estava dançando na festa? –diz Andressa para Alice, e eu me espanto, ela havia me dito que havia ficado estudando, então como ela foi na festa?

–Você foi na festa? –perguntou eu e Andressa sorri.

–É claro que ela foi, a gata aqui, literalmente, destruiu a festa e ainda dançou com o Batman que era o Pecado em pessoa. –Opa, opa, opa!! O que? Era ELA?

***

Eu estava dormindo, sonhando, quando alguém começa a me sacudir e pular em cima de mim.

–Scott!! Hey!! Scott! Para...! –diz Alice, parada ao meu lado, tentando me segurar, e me acordar, eu havia sonhado, sonhado com ELE, de novo...

–Mas que Diabos você está fazendo??! –gritou eu.

–Você estava... tendo um pesadelo... Eu acho. –disse ela. –O que é que aconteceu com você? –ela pergunta.

–Nada... Vai... Vai dormir. –Digo eu e me viro novamente para a parede, aquilo não podia ter acontecido, não mesmo, agora ela vai achar que eu sou um louco psicótico. O que eu sou.

***

Eu acordo com o meu rosto coçando, e quando vou coçar o mesmo, acabo enchendo a minha cara com pasta de dente. E tudo que eu penso nesse instante é: “Alice! ”

***

Eu estava deitado na minha cama, tentando dormir, quando uma criatura, na cama ao lado começa a gritar e se debater, eu vou até ela e tento a acordar, e segurar a mesma, mas acabo levando um soco no nariz... Ótimo.

–Alice! Ei, ei, ei... Calma... –digo eu quando ela acorda. –O que houve? –eu pergunto, mas ela olha para o seu braço, onde havia caído uma gota do meu sangue que saia do meu nariz.

–Não... –ela sussurra e se vira para o outro lado.

***

“Eu estava dentro de um carro, havia uma garota sentada ao meu lado, passando pelas estações de rádio rapidamente, ela era ruiva e de olhos verdes, eu a conhecia muito bem: Alice.

–Se você trocar de estação mais uma vez eu arranco esse rádio e o jogo para fora da janela. –disse eu olhando para ela, que me encarou determinada e trocou mais uma vez de música, mas eu não joguei o rádio pela janela, já que estava tocando a minha música predileta.

Ela começou a cantar comigo, e nós seguimos viajem, até o carro quebrar, e começar a sair fumaça, muita, fumaça pelo capô do carro... Eu desci do mesmo Alice me seguiu. ”

***

Eu estava em um palco, em um salão de música country, Alice estava ao meu lado, e nós estávamos com microfones nas mãos, sorri para ela, que me olhava apavorada.

–Senhoras e Senhores, aconselho que tapem seus ouvidos, por que a minha amiga aqui canta pior que uma batata. –digo eu para a plateia e Alice me dá um soco no braço.

***

–Ah! Qual é, vai me ignorar? –digo eu com um sorriso debochado. –Vai ser difícil ignorar esse corpinho. –completo, eme encosto na estante da biblioteca que ela estava organizando. E antes que eu possa falar qualquer coisa, a estante se inclina para frente e cai, mas não sem antes, bater na próxima e na próxima, com o “efeito dominó”. E assim, em menos de dois minutos, nós conseguimos destruir a biblioteca.

–Ai Meu Deus... O que você fez?! –diz ela me socando, e olhando para os lados, vejo que a bibliotecária não estava, mas não vai demorar nada para ela voltar, já que deu um barulho mais parecido com uma bomba nuclear.

–Essa é a hora em que nós saímos correndo! –Digo eu e pego seu braço, a puxando para fora da biblioteca, antes de qualquer pessoa nos ver ali. Okay, está decidido: Nós nunca nem botamos os pés na biblioteca!

***

–O que você colocou aqui dentro? Ta com um gosto de minhoca... –Digo eu brincando quando experimento a comida da Alice, ela sorri diabolicamente, e o meu sorriso desaparece. –Não... Você não fez isso... –Digo eu e saio correndo para cuspir a comida na pia.

Ela começa e rir e sai correndo, mas logo eu a alcanço e a prendo na parede.

–Isso vai ter volta, você sabe não sabe? –eu digo baixinho em seu ouvido.

–Sei... Idiota. –ela diz ainda rindo de mim.

–Mala. –retruco eu.

–Bobão. –diz ela.

–Linda. –digo e a beijo.

***

–É o meu pai. –digo eu, quando Alice me acorda de outro sonho.

–Ele me trancava no porão... Eu escutava os passos dele na escada, e então ele aparecia, com um chicote na mão, gritando para mim, me xingando... Me acusando.

–Por... Por que? –ela pergunta.

–Minha irmã... Minha irmã Gêmea... Ela, morreu no parto... E eu sobrevivi. –digo eu, lembrando.

–Foi ele? Nas suas costas? –como ela sabia das minhas costas?

–Sim.

–Por que você não o denunciou? –perguntou ela, quase chorando, eu a apertei mais ainda, não queria que ela chorasse por mim.

–Eu denunciei. –digo eu, e nós ficamos vários segundos em silêncio, até que ela se levanta.

–Boa noite Scott.

–Não vá! –digo eu, segunda a sua mão.

***

Jake se afastou e ficou ao lado de uma garota, ela tinha o cabelo meio ruivo e os olhos verdes me olhando animadamente, um sorriso no seu rosto mostrava que ela estava feliz em me ver, mas eu não fazia a mínima ideia de quem era ela.

–Pensei que tivesse perdido você! –disse a garota e se aproximou de mim, passando as mãos pelo me rosto e cabelo, eu fiquei paralisado, eu havia acabado de conhece-la e ela estava já agindo assim comigo? Olá?

–Quem é você? –minha voz saiu rouca, como se eu não falasse a anos, senti a garota ficar rígida, ela se afastou lentamente de mim, passo após passo, e me encarou, a cor havia sumido de seu rosto e eu pensei que ela iria cair dura ali no chão.

–O... O Q-Que-e? –ela gaguejou e começou a respirar rapidamente, eu olhei para Jake e ele também estava me encarando... O que eu havia feito? Era para eu reconhecer essa garota?

***

Eu abro os olhos e dou de cara com uma garota ruiva me olhando, eu estava deitado no chão, e ela ao meu lado, e encarando com os olhos esbugalhados de medo.

–Scott? –diz ela quase chorando, e eu sorrio para ela.

–Eu lembro.