Uma chance para recomeçar escrita por Acte


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Caramba gente muito obrigado MESSSMO pelos comentários!
To mega feliz por vocês estarem gostando e agora é que a história vai começar a ficar boa, continuem lendo para saber o que vem por aí...



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CAPÍTULO 4

“Eu decido viver!”

Superar. Uma palavra. Sete letras. Muitos significados, mais uma ação que precisava acontecer na minha vida. Eu já tinha chorado muito, já tinha sido bastante abraçada e cuidada e agora era hora de retribuir o que tinham feito por mim. Me desvencilhei dos braços do Pedro, que dormia profundamente, e sem fazer barulho, peguei minhas coisas para tomar banho. No banho eu não consegui fugir dos meus pensamentos traíras que insistiam em retornar ao dia anterior, onde eu tinha ficado nua juntamente com Pedro e deixado ele me lavar e o lavado. Naquele momento fizemos com muita pureza e carinho, mas agora eu não conseguia não me ruborizar com a lembrança dele ensaboando minha intimidade e meus seios. Desde o inicio do nosso namoro nunca ouve pressão para consumarmos o ato do sexo em si, mas ele gostava de colocar a mão em lugares proibidos e eu até deixava ele se aproveitar de mim, às vezes, e nós nos curtíamos, como um casal comum, ou quase como um casal comum, já que nossas diferenças eram bastante visíveis.

Encarar a realidade que a vida tinha lhe dado estava sendo realmente muito difícil, mas se era para ser assim, que fosse, ela iria lutar, voltaria a viver cada dia como se fosse uma lutam, como se estivesse num ringue, principalmente agora que sabia que poderia contar com sua família e seu namorado. Ela não conseguia esconder que boa parte do seu desespero, após saber o que aconteceu com sua mãe foram provocados pela possibilidade de não poder contar com o Pê e a Bi, é claro que esse papo caverna sobre ela e sua mãe a tinham ferido, e continuariam por muito tempo, mas se enterrar não seria a solução, ela iria viver, lutar e sem dúvida, mesmo que a custo de muitas feridas, vencer.

– K? Já ta de pé? – Bianca questiona a irmã. – Tava tomando banho?

–Volta dormi, volta Bi, eu tava tomando banho sim, agora dorme, ainda ta muito cedo.

–Como assim? Por que você ta de pé então?

–Dorme Bi e para de falar se não você vai acordar o Pê. – fala e saí do quarto deixando a irmã mais velha intrigada.

Na sala K procurou por seu pai com os olhos, mas não o encontrou, e decidiu sentar-se no sofá para esperar. Era sagrado ele sair para correr lá pelas sete horas da manhã e para sair ele precisaria passar por ela.

– Filha? – Gael pergunta ao vê-la sentada no sofá. – Por que esta com os cabelos molhados há essa hora?

– Pai eu preciso conversar com você. – responde ignorando a pergunta que ele lhe tinha feito.

– K você ta bem? – Gael pergunta se aproximando de sua filha. – É a primeira vez que te ouço formular uma frase completa desde...- ele começa a falar, mas se interrompe ao lembrar do dia em que a filha ficou completamente sem reação.

– Eu to melhorando pai, mas perto do que eu estava já to bem sim. – responde. – Podemos conversar?

– Claro filha. – responde e se senta em frente a ela.

– Pai eu vou ser bem direta. – respira fundo e busca forças interiores para falar. – Foi você que me ensinou a andar, a falar as primeiras palavras. É do seu rosto sobre o meu berço que eu me lembro, foi o seu colo que me acalentou todas as vezes que eu chorei. Era você quem me levava e buscava todos os dias na escola. Foi você que me ensinou a andar de bicicleta, a lutar. – sentindo seus olhos marejarem e percebendo seu pai se emocionar resolve ir ao ponto: - Pai, o que eu quero dizer é que você é meu pai. Independente do que aquele maldito tenha feito e da minha verdadeira origem biológica, é você quem vai estar presente em todas as minhas lembranças e ao falar a palavra pai, o meu inconsciente sempre o associará a você e eu te amo pai e sempre vou te amar. – ao concluir sua ultima frase ela sente seu pai a puxar fortemente para um abraço.

– A Karina. – ele fala emocionado. – Mais é claro que você é minha filha. Você é minha menininha. É a bebezinha mais brava e linda que eu já vi e você nunca, nunca deixará de ser minha. Eu sou seu pai! Ouviu? – pergunta mais pra ele mesmo do que pra ela e ficam assim, abraçados e se emocionando, por longos minutos.

Uma hora depois a mesa do café estava toda arrumada, pai e filha tinham arrumados juntos e Gael estava mais do que feliz por ver sua filha ali de novo, conversando, interagindo, ela estava Karina de novo, não aquela menina pálida e sem vida dos últimos dois dias e que ele sinceramente não agüentaria ver daquela forma novamente.

–Mas que cheiro delicioso. – Dandara disse entrando na cozinha. – Vejo que você arrumou uma linda ajudante amor. – a mulher continua e abraça Gael para depois se dirigir a lutadora. – Que bom te ver aqui K, fora daquele quarto e com vida. – fala e abraça, depositando um beijo em sua cabeça. Karina não podia negar, mas estava adorando se sentir amada e querida. Eles se sentam para tomar o café e logo Bianca também se junta a eles.

– Nada como tomar café em família. – fala Bianca ao se sentar com eles.

– Bom dia pessoal. – Pedro fala atraindo a atenção de todos para si.

– Já tava indo te chamar, achei que ainda estivesse dormindo. – K fala. Ele se aproxima dela, lhe dá um selinho e pergunta: - Tudo bem?

– Tudo e você dormiu bem?

– Com você é impossível dormir mal. – responde e a beija novamente, mas parte o beijo ao ouvir seu Gael pigarreando atrás dele.

– Será que você pode largar a minha filha?

– Claro mestre. – responde se sentando ao lado dela para tomar café.

– Fiz seu patê favorito. – K fala lhe passando o recipiente com patê de sardinha e milho.

– Mais essa minha namorada é a melhor mesmo. – responde agradecido e quando lhe dá um selinho recebe um olhar ameaçador de Gael.

– O guitarrista escuta aqui. – Gael começa. – Eu espero que você saiba que a probabilidade de você dormir com a minha filha novamente é tão real quanto a do inferno se transformar numa Antártida.

– Pai o Pedro só fez bem pra K. Olha a diferença dela ontem para agora. – Bi interfere.

– A Bi ta certa amor, e eles não fizeram nada de mais. – fala Dandara.

– Mais é claro que não fizeram, eu fui ao quarto deles três vezes durante a noite, pra ter certeza que esse engraçadinho não iria se aproveitar da minha filha. – o mestre comenta ciumento.

– Quanto a isso o senhor pode ficar tranqüilo seu Gael, eu nunca me aproveitaria da sua filha e não faria nada com ela sem o consentimento dela. – Pedro rebate.

– Chega gente, chega. Para pai, o Pedro só me ajudou e poxa vida você devia estar feliz, eu to aqui, sentada a mesa, tomando café e tentando voltar a viver normalmente. Dá pra ser uma manhã de paz, sem ciúmes de pai? – K pergunta e seu pai responde com um aceno de cabeça, mas leva dois dedos ao olho e depois aponta a Pedro, um sinal que o garoto conhecia bem.

A ultima vez que tinha entrado na academia tinha sido no sábado e estar ali de novo, mas depois de tudo isso, depois dela descobrir tanta coisa e de viver tanta coisa era no mínimo estranho, afinal no sábado ela era uma pessoa e hoje era outra, completamente outra, não que ela já não se considerasse mas parte disso, pelo contrário na verdade, ela nunca tinha se considerado tão parte disso e estava decidida a mudar sua forma de viver. Não iria mais se reprimir, iria fazer tudo que tivesse vontade, a vida era curta demais e ela só tinha dezessete anos, precisava viver e se libertar de muita coisa. A partir desse dia ela seria uma nova pessoa, uma nova Karina e estava disposta a tudo para ser feliz, para se sentir livre e completa e para isso não desgrudaria das pessoas que amava e começaria agora a fazer o que já deveria ter feito.

– Duca? – chama ao ver o garoto abaixado no tatame, fazendo flexões.

– K? – ele pergunta surpreso. – O que você ta fazendo aqui?

– Tem uns minutinhos pra mim?


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Notas finais do capítulo

Comentem muito que quem sabe eu poste mais dois capítulo hoje ainda...
Beijocas e um bom dia!



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