My Immortal escrita por Satine


Capítulo 4
A história de Damen Auguste


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem O/



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– Quem é você? - ouço uma voz desconhecida atrás de mim e me viro para ver de quem se trata.

– Quem é você? - eu contradigo. O garoto a minha frente aparentava ter entre 17 a 19 anos, cabelos negros e olhos escuros, os fios negros chegavam quase a tocar no ombro, as vestes negras e as botas de motoqueiro, estilo modelo, sem nenhuma imperfeição, me pergunto se ele é algum tipo de anjo.

– Sou Damen Auguste e não sou nenhum tipo de anjo. - ele diz rindo, revelando dentes perfeitos e mais uma vez me pergunto se aquele cara não tem algum tipo de imperfeição.

– Sou Elizabeth, - digo decidindo deixar pra lá a história dos sobrenomes. - E... Espera, você pode ler minha mente?

– Posso fazer muitas coisas. - ele diz enigmático. - O que está fazendo aqui Elizabeth? Este é um lugar somente para as pessoas que estão atravessando de uma dimensão para outra, para entidades que ficaram para trás ou para imortais.

– Uow! Imortais, é isso que você é? Um imortal? - ele assente, não tenho dificuldades em aceitar isso, bom, se do mundo que venho existem bruxos, elfos, duendes e dragões, porque não podem existir imortais?

– Eu criei isto aqui. Summerland, para meu amor verdadeiro e para mim. - ele diz e eu o acho um pouco piegas, mas mesmo assim, uma pessoa capaz de criar uma dimensão deve ser muito poderosa. Damen Auguste continua me olhando com ar de interrogação e sei que não vou escapar da pergunta de o que estou fazendo ali.

– É uma longa história. - digo.

– Vamos dar um jeito nisso. - ele diz, Damen Auguste estala os dedos, o céu ensolarado deu lugar a uma noite estrelada, um tapete foi estendido sobre a grama fofinha e duas poltronas apareceram magicamente.

– Precisa me ensinar esses truques. - digo empolgada, me sentando na poltrona.

– Você também pode fazer isso aqui, materializar coisas, basta desejar.

– Qualquer coisa? - ele assente e eu fecho os olhos e penso em anéis de prata em meus dedos, quando abro os olhos, lá estão eles, me divirto fazendo aparecer diversos objetos no cenário.

– Ahm... Elizabeth, podemos ir direto ao assunto? - sugere Damen, mas ri divertido.

Coloco uma parte dos fios negros atrás da orelha e tiro do bolso da saia à carta que tanto me perturba e que me levou a voltar no tempo. Mostro a Damen.

– Uma amiga me trouxe até aqui para descobrir respostas, preciso saber quem escreveu essa carta. Está vendo? A letra é minha, mas não me lembro de tê-la escrito.

Ele lê a carta com os olhos semicerrados e me devolve.

– Eu posso te ajudar, se foi você mesmo que escreveu, no pavilhão você pode assistir a suas vidas passadas e até mesmo esta, descobrir quando escreveu isto e porque, nos grandes salões da sabedoria pode descobrir também, mas os salões são meio imprevisíveis e podem não querer te responder.

– Pode me levar até esse pavilhão? - pergunto sentindo meu coração disparar, finalmente eu teria minhas respostas.

– Siga-me. - diz Damen e eu o sigo por uma trilha reta e aparentemente infinita enquanto as poltronas e o tapete simplesmente desaparecem.

Enquanto andamos por uma rua bem comum, com a diferença de que esta é limpa e sem buracos, ladeada por um gramado fofo e verde, eu lhe falo sobre Tom e fico um pouco preocupada, pois pode já ser bem tarde.

– Ele é sua alma gêmea? Esse Riddle? - pergunta Damen interessado.

– Hey calma lá, ele é meu namorado, só isso... - digo fazendo Damen rir.

– Dá pra perceber que você vem do futuro, sabia?

– Damen... Por que você não me conta um pouco sobre você também? Quem é esse seu amor verdadeiro?

– É uma história complicada. - ele diz com o olhar meio perdido, posso perceber que falar nisso o deixa triste. - Porque sou casado.

Ao ver meu olhar de interrogação ele continua.

– Com Drina, uma imortal como eu, acontece que Drina foi tomada pelo ódio, ela é materialista e egocêntrica, nós não estamos mais juntos, mas ela parece não superar isto. Há muito tempo atrás, me apaixonei por outra garota, mas antes que pudesse consumar meu amor por ela, Drina a matou.

– Eu sinto muito.

– Tudo bem, porque... Ela sempre volta, reencarna e eu sempre a encontro e...

– Drina sempre a mata. - deduzo. - Que doentio. Sabe onde ela está agora? Sua alma gêmea ou algo assim?

Damen assente.

– Em um vilarejo pequeno chamado Little Hangleton, chama-se Claire Madeleine, mas estou tentando me manter afastado.

Não conto a Damen que conheço Claire, apesar de ficar surpresa, não tenho tempo de contar a ele, pois neste exato momento encontramos uma cabana, simples, porém de fora, parecia um tanto aconchegante.

– É aqui... O pavilhão, vá em frente e boa sorte Elizabeth Snape.

– Obrigada Damen, mas eu não vou, quero estar com Tom quando descobrir, tenho que mostrar esse lugar a ele. - Damen sorri e assente. - Talvez nos encontremos outras vezes, já que eu estou passando as férias em Little Hangleton, onde mora sua querida Claire. Boa sorte com ela.

– Boa sorte com seu Tom.

Fecho os olhos me concentrando, vejo o portal e o atravesso, quando abro os olhos novamente Eva está a minha frente, estou de volta ao plano terreno e todas as coisas que materializei desapareceram. Pisco os olhos muitas vezes e olho pela janela, já está noite.

– Deu certo? - pergunta Eva.

– Deu muito certo, Eva, obrigada, mas eu preciso ir agora. Volto amanhã para explicar tudo, eu prometo.

POV Tom

Já escureceu quando tenho que sair da mansão para procurar Elizabeth, minha namorada, também conhecida como encrenca.

Em passos silenciosos, utilizando uma lamparina eu sigo pelo vilarejo, quando vejo uma garota frente à loja de esquisitices da tal de Eva, ao ver seus olhos verdes intensos, eu penso que é Elizabeth, mas logo percebo que esta garota é mais alta e o tom de seu cabelo é vermelho escuro.

Eu a observo por alguns segundos, nunca a vi no vilarejo, não que eu preste atenção nestes trouxas idiotas, mas ela parecia diferente. Arregalo os olhos surpreso ao vê-la fazer algo aparentemente impossível. A ruiva materializa um corvo, sim materializa, pois ele não estava lá antes. Pisquei os olhos muitas vezes para ter certeza do que tinha visto.

– Vá e fique de olho naquela Madeleine. - diz com ódio para o corvo que voa indo se acomodar na janela da loja.

Aproximo-me silenciosamente por trás da ruiva e aponto a varinha para ela.

– Que tipo de criatura é você? E o que fez com Elizabeth? - pergunto em um tom ameaçador.

A garota se vira levantando as duas mãos em forma de rendimento, era de uma beleza estonteante, mas exatamente por isto sabia que deveria ter ainda mais cuidado com ela.

– Criatura? Sou só uma garota, você é que está apontando um pedaço de madeira para mim e me ameaçando. - ela diz com voz de inocente.

– Eu vi o que você fez.

– Ah viu? - ela pergunta abandonando de vez o seu tom de voz doce. - Então devia ter saído correndo garoto.

A ruiva, em uma rapidez desumana, me tira a varinha jogando-a no chão e me empurra fazendo com que eu batesse as costas em uma árvore, sua força parecia triplicar a minha.

– Ah eu não estou com paciência hoje. - disse a ruiva jogando o cabelo para trás com uma mão enquanto me segurava com a outra. - Me pegou em um mal dia, bruxinho.

– O-o que?

– Mas não vou te matar se manter segredo, afinal eu posso ver que tem sede de poder e é tão bonito para um mortal. - ela diz com seus lábios a centímetros dos meus. - Mas meu coração já tem dono, Damen devia apreciar minha fidelidade. Promete guardar segredo?

Ela me solta e eu me apoio no tranco da árvore.

– Claro que guardo segredo, senhorita. - digo a ela com ar galante, observando o chão à procura de minha varinha. - Mas, perdoe-me a pergunta, o que você é?

Ela semicerra os olhos e sorri de um modo cruel.

– Sou uma imortal, posso lhe falar mais sobre isto se me prometer ficar de olho em Claire Madeleine.

Tanto a ruiva, cujo nome eu ainda desconhecia, quanto eu ouvimos um movimento dentro da loja.

– Voltaremos a nos encontrar, Tom Riddle. - ela diz antes de seguir seu caminho.

Elizabeth sai da loja e me vê, corre em minha direção e me abraça.

– Desculpe, você e seus pais devem ter se preocupado comigo. - ela diz notando a lamparina quebrada no chão e pegou minha varinha ao lado dela me devolvendo.

– Obrigado.

– Aconteceu alguma coisa Tom? Parece pálido.

– Não. - digo beijando-a de leve nos lábios, feliz que não tivesse acontecido nada a ela. - Você me preocupou, vamos voltar.


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Notas finais do capítulo

Drina: http://26.media.tumblr.com/tumblr_lh76r1kFSU1qec836o1_500.jpg (ela é simplesmente diva, uma bitch tipo Katherine Pierce do The Vampire Diaries)

Damen: http://besthair.mobi/wp-content/uploads/2014/10/ben-barnes-1.jpg

Heey mereço reviews? Bem galera eu espero que tenham gostado do capitulo e não achado muito sem noção a história de Summerland, Drina e Damen, aconteceu que eu acho simplesmente magnifica a história deles e esse negocio de imortais e dimensões.
Até o próximo capitulo
Bjuus ;D



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