Rosa Cristalizada escrita por flaviovini


Capítulo 4
Capítulo 3 - Rosa Enamorada




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/55377/chapter/4

 

 

Enquanto o rapaz encaminhava-se para sua própria mesa, seus olhos me seguiam, do mesmo modo os meus faziam, outra vez acenei para o meu pai, que por hora me encarava com um sorriso enorme e caminhei para o destino seguinte...

 

 Nem mesmo o vento do inverno me tirava a concentração, meu vestido colava-se ao corpo, e nem por isso me importei, o que me interessava era o elegante rapaz que a pouco estava diante de mim: ‘Royce King II’.  Não conseguia mais me orientar, parecia ter se passado segundos e já me encontrava em casa. Mesmo estando neste transe não deixei de perceber a estranha felicidade de minha mãe.

 

“E então filha? Como foi no banco?” Ela disse correndo ao meu encontro.

 

“Mamãe, eu apenas fui levar marmita para o papai, não fui para nenhuma festa de gala!” Tentei cortá-la antes de qualquer coisa.

 

“Seu pai acabou de ligar sabe...” Ela tentava arrancar alguma coisa de mim com certeza.

 

“E o que ele disse?” Melhor saber o motivo de tanta euforia.

 

“Que você saiu de lá meio estranha, e você continua assim, o que houve?” Ela perguntou sem preocupação alguma.

 

“Não foi nada, estou perfeitamente bem, será que posso ficar um pouco sozinha agora? Ainda é meu aniversário não é?” Era o que eu mais queria neste momento.

 

“Claro minha pequena Rosa, mas se precisar conversar sobre qualquer coisa, qualquer coisa mesmo estarei aqui” Ela se candidatou para auxilio.

 

“Tudo bem mãe...” Sai rapidamente para evitar qualquer outra argumentação.

 

 Já estava cansada de ir para meu quarto refletir, preferi ir à varanda mesmo... Era apenas duas horas da tarde e o vento continuava ricocheteando em meu rosto, era uma sensação maravilhosa de liberdade, o pequeno raio de sol tocou minha pele como se fosse um anjo de calor. Lá embaixo algumas pessoas corriam com seus afazeres; uma empregada fazendo compras, dois irmãos brincando nas ruas, um vendedor de flores em seu comércio, e muitos outros que permaneciam neste ciclo de vida.

 

 O azul do céu era imensamente glorioso, assim como os olhos que há pouco tempo eu havia penetrado, os olhos de Royce eram o azul que eu queria mergulhar... Seu corpo era o que estava me envolvendo, até seu perfume chamava por mim. Nunca havia sentido tal coisa por homem algum, eu precisava dele, ou melhor, eu precisava ser dele.

 

 Enquanto meus pensamentos permaneciam nesta louca sensação, a noite foi lançando seu véu sobre o dia, escurecendo-o por cima e fazendo com que a cidade se acendesse em baixo, com as lâmpadas dos postes e as luzes nos interiores das casinhas.

 

“Rosalie?” Minha mãe apareceu na fresta da porta que dava acesso à varanda.

 

“Sim, mamãe?” Qual seria o motivo do importuno desta vez?

 

“Achei que gostaria de saber que chegou um presente para você agora mesmo” Ela não se agüentava de ansiedade.

 

“Presente?” Achei que já tivesse recebido todos por hoje “De quem?”.

 

“Desça e veja!” Ao dizer isso ela virou-se e saiu dançando rumo a porta.

 

 Resolvi descer para ver qual o presente que ainda me aguardava no final do meu aniversário. No caminho senti um forte cheiro de flores, mas não sabia dizer quais; cheguei à porta e olhei para o mensageiro.

 

“Rosalie Lillian Hale?” Ele perguntou.

 

“Pois não? Sou eu mesma”.

 

“Entrega para você, pode assinar aqui?” Ele mostrou um pequeno papel.

 

 “Prontinho”.

 

“Aqui está” O mensageiro entregou-me um buquê de Rosas violetas e saiu para fazer outras entregas.

 

“Que lindas Rosalie, quem mandou?” A curiosidade mata, senti vontade de dizer para minha mãe.

 

“Não sei, vou ver assim que entrar...”.

 

Entramos as duas, o cheiro era tão delicado, e o violeta das rosas me envolviam, o buquê continha um cartão, peguei-o para saber quem seria o remetente. Lia-se o seguinte:

 

 

“De todas as mulheres que encontrei,

De todas que beijei,

Nenhuma foi capaz de deixar-me tão fascinado,

Diria que até inebriado...

Assim como as Rosas são as mais belas flores,

Você é a mais bela dama que vi,

E espero que possa fazer parte

Deste seu lindo jardim...”.

 

Ps: Rosas violetas porque seus olhos calorosos transbordam esta mesma cor.

De: Royce King II.

 

 

Nunca havia visto algo tão lindo, tão espetacular, tão maravilhoso... Se antes eu só pensava nele, agora seria difícil esquecê-lo. Um homem elegante, charmoso e ainda por cima, sedutor.

 

 Não sabia dizer quem estava mais admirada, se era eu ou minha mãe.

 

“Que lindo Rosalie, este rapaz está mesmo apaixonado por você...”.

 

“Mamãe, acabei de conhecê-lo, isso não é verdade...” Tentei ser racional, mas tudo indicava que o que ela dizia era verdade, porém, não queria me iludir.

 

 Um novo nome me veio à mente: ‘Rosalie Lillian King II’.

 

 Antes de dormir, tive de ler o bilhete pelo menos quinze vezes, já sabia cada palavra contida nele e mesmo assim me questionava se Royce realmente me amava. Isso era improvável, pois ele só havia me visto uma única vez. Royce realmente achava que meus olhos transbordavam calor?

 Como um único dia podia mudar tanto uma vida? Meu aniversário trouxe inúmeras mudanças: meu vínculo familiar, o bebê de Vera... Meu primeiro amor...

 Existirá algum conto de fadas melhor do que a minha história real?

 O que eu mais desejava era entrar no mundo dos sonhos, então fechei meus olhos para não abri-los tão cedo. Neste sonho, eu era uma linda princesa de vestido violeta e Royce, meu príncipe encantado montado em seu alazão, era perceptível seu enorme amor por mim. Permaneci durante horas neste pensamento encantador, até que a claridade me puxou para a realidade.

  Abri vagarosamente os olhos e não consegui distinguir nada em meu quarto, pisquei algumas vezes e notei uma silhueta próxima a cama. Subitamente me recolhi, mas relaxei ao ver quem era, típico de Dona Vivian vigiar-me durante minha sonolência.

 

 “Bom dia Dona Vivian, a que devo a honra?” Ironizei.

 

 “Uma mãe não pode verificar se a filha está dormindo bem?” Ela fingiu-se de inocente.

 

 “Pode ver que estou em perfeitas condições, então...” Tentei fazê-la sair.

 

 “Rosalie, acredito que esteja na hora de falarmos sobre relacionamentos” Ela iniciou seu discurso.

 

“Mamãe, por favor, não é necessário” Foi o que disse, quando na verdade queria gritar ‘NÃO QUERO FALAR DE SEXO COM VOCÊ’.

 

“Mas Rosalie, uma mulher deve saber que...”.

 

“Mamãe, acabei de acordar... Pode pelo menos esperar eu me trocar?” Inventaria qualquer motivo para adiar este assunto.

 

“Tudo bem, estarei aguardando lá embaixo” Ela rendeu-se.

 

 Assim que minha mãe saiu do quarto, tranquei a porta rapidamente e me dediquei a seguinte questão: ‘Como fugir de um assunto assim?’ A resposta era fácil, a única coisa capaz de desviar a atenção da minha mãe era colocá-la no foco de outro assunto.

 Mesmo tendo a resolução, arrumei-me lentamente, levando cerca de cinco minutos para pentear cada cacho de cabelo, além de demorar-me na escolha da roupa.

 O tempo nem se deu ao trabalho de passar, abri a porta cautelosamente e direcionei-me aos vinte degraus, percebi uma movimentação no andar abaixo enquanto descia a escada.

 Não poderia ser coisa melhor, papai havia sido promovido no banco e ganhara o resto do dia livre. O prazer de minha mãe era tão grande que até mesmo nossa ‘conversinha’ havia sido esquecida. Esse fato resultou num longo dia festivo, há tempos não via meu pai brincando com meus irmãozinhos, a felicidade dominava o ambiente de forma tão agradável que o dia brincou de ser tarde e enfim tornou-se noite.

 Lembrei-me de Vera, sentia muita falta dela, precisava ver como estava seu bebê, que a esta altura já devia ter nascido e contar-lhe sobre Royce, porém, hoje não era um bom dia para isso, papai merecia atenção total. A campainha soou e tirou-me de meus devaneios, quem seria a esta altura da noite?

 Eu estava longe, mas pude ouvir o mensageiro perguntar por mim, será que era outro buquê de rosas violetas? Não... Na certa Royce já havia me esquecido, deveria ser um recado qualquer.

 Obtive a resposta antes de chegar a porta, isto porque, o cheiro de rosas dominou a atmosfera, o rosto de minha mãe transmitia satisfação ao ver meu prazer.

 Levei um susto ao deparar-me com as rosas, estas não eram o que eu imaginava, não existia violeta ali, apenas o vermelho. Rapidamente me recompus e minha mente captou a informação: Vermelho – cor da paixão.

 

 Agradeci ao mensageiro e não demorei ao subir as escadas para ver o conteúdo do bilhete, que assim como as rosas, também era vermelho, a caligrafia estava perfeita, o bilhete dizia:

 

“Rosas vermelhas de um homem apaixonado,

   Para a garota que quero ter sempre ao meu lado,

Quero contigo viver momentos maravilhosos,

E saborear cada instante,

Seu coração é puro,

É ouro, é diamante...

Para a mais bela flor do jardim,

Rosalie, espero ter você para mim”.

 

Ps: De seu apaixonado Royce King II.

 

 Essas palavras me levaram ao delírio, diziam coisas tão doces e fascinantes que tive medo de tudo ser ilusório e me arrepiei com este pensamento.

 Minha mente agora via com clareza que havia mais coisas além de flores e cartas, pude perceber o verdadeiro motivo da promoção de meu pai.

 Queria imensamente que tudo fosse real, mas a razão estava em primeiro lugar, não existia um motivo lógico para Royce querer a mim, isso porque, sendo dono de todos os comércios em Rochester, ele poderia ter qualquer garota.

 Contudo, quanto mais eu pensava que ele não me queria, mais eu o queria, e tendo um quarto inundado de rosas vermelhas e bilhetes apaixonados durante semanas, era algo tão fabuloso que esses pensamentos ficavam confusos.

 Já sabia o horário exato em que as flores chegavam, meu perfume já não podia comparar-se ao cheiro de rosas que exalava de mim, eu me sentia uma rosa, uma rosa apaixonada, ou melhor, uma rosa enamorada.

 Hoje minha mãe preparava um jantar especial, com direito a vinho branco e pratos estrangeiros, ela dissera que era apenas para agradar ao papai, mas eu duvidava, sendo assim, coloquei uma roupa sensual, uma que me deixava mais mulher, e fui ajudá-la com os preparativos do banquete. Algum tempo depois minha mãe resgatou a antiga ‘conversinha’.

 

 “Então Rosalie, o que eu queria dizer aquele dia era que...”.

 

 “Mamãe, acredito que essa não seja uma boa hora para o que tem a me dizer” Indiquei Philly e Rich com a cabeça, para mostrar-lhe que eles estavam atentos.

 

 “Meninos, porque não vão brincar?” Ela os incentivou.

 

 “Estamos com fome mamãe, o jantar está demorando muito” Philly fez uma cara de dor tão exagerada que meu riso foi automático.

 

 “Já está quase pronto” Mamãe informou.        

 

 “Podemos comer o bolo então?” Rich entregou a razão real para eles estarem ali.

 

 “Não mesmo, é sobremesa” Mamãe chegou a mesma conclusão que eu.

 

 “Não disse pra você...” Philly saiu resmungando atrás de Rich por ele ter estragado seu ‘maravilhoso’ plano.

 

 “Pronto, estamos livres para conversar agora” Ela disse com um sorriso malvado.

 

 “Eu não diria isso...” Disse pegando distraidamente uma maçã e apontando para o papai.

 

 “Garotas como estou?” Papai perguntou exibindo seu terno novo.

 

 “Está deslumbrante papai, vai sair?” Perguntei brincando com a maçã e verificando se ela estava boa.

 

 “Não... Só estou experimentando” Ele disse nervoso, mas fingi acreditar.

 

 “Rosalie, esta maçã é para a torta” Minha mãe percebeu que eu ia mordê-la.

 

 “Mas mamãe têm muitas na mesa e você sabe como gosto de...”

 

 “Não importa, é para a torta, já disse” Ela usou o tom autoritário.

 

 Devolvi a fruta, fiz um beicinho e cruzei os braços. Não tinha percebido que a massa da torta já estava pronta, só faltavam os pedaços de maçã.

 “Deixe que eu te ajudo a cortá-las” Ofereci-me.

 

 “Sendo assim, tudo bem...” Ela entregou-me a faca.

 

 Cortei todas rapidamente e num momento de distração, peguei um pedaço e levei aos lábios.

 Meu prazer foi completo ao sentir o gosto cítrico em minha boca, o sabor era indescritível, não sei se era por ser minha fruta favorita, ou se era porque eu estava fazendo algo proibido, mas o gosto era divino, mastiguei rapidamente e a campainha tocou.

 Eu já sabia que eram as minhas rosas, então não me preocupei tanto, Rich começou a correr para a porta e resolvi apostar corrida com ele.

 Ele tropeçou em um brinquedo e mostrou a língua ao ver meu sorriso de vitória, tal sorriso que se transformou em espanto ao ver o rapaz que entregava as rosas vermelhas esta noite.

 Esperei um pouco para ver se minha mente estava me pregando peças, mas não, era realmente meu príncipe encantado na minha frente, o meu Royce com seu sorriso inebriante.

 

 “Boa noite Rosalie” Ele cantou aos meus ouvidos.

 

 Ele estava ainda mais belo do que da última vez em que o havia visto. Estava com um terno preto e os cabelos loiros penteados de forma elegante, seus olhos mostravam simpatia, assim como o seu sorriso. Poderia ficar horas olhando para Royce, mas me lembrei que deveria respondê-lo antes que ele achasse que eu tinha algum problema mental.

 

 “Boa noite... Royce...” Foi tudo o que consegui dizer.

 

 “Bem, seus pais me convidaram para jantar, será que posso entrar?” Ele perguntou olhando pelo espaço da porta para verificar se havia mais alguém.

 

 “C-Claro que pode... Er...” Gaguejei as palavras, tremendo de nervosa pela traição de meus pais.

 

 Sendo assim, Royce entrou e caminhou até a cozinha atrás de mim. Fuzilei meus pais com os olhos assim que eles entraram em meu campo de visão. Meu pai deu um sorrisinho de desculpas – o que minha mãe nem se deu ao trabalho de fazer.

 

 “Boa noite Senhor e Senhora Hale” Royce disse educadamente e me derreti com o som de sua voz.

 

 “Boa noite Royce” Os dois responderam. “Que bom que você veio” Mamãe acrescentou.

 

 “Não perderia esse jantar por nada” Ele respondeu olhando para mim.

 

 Rich e Philly sentaram-se à mesa, mamãe ficou do meu lado esquerdo, Royce do lado direito e o papai do outro lado. O braço de Royce sempre tocava no meu quando ele queria pegar algo na mesa, e isso me arrepiava inteira, ele sorria como resposta.

 O jantar estava fabuloso, o vinho esquentava minha garganta, a torta de maçã me deixou entorpecida. Era o melhor sabor do mundo. E todo o tempo Royce me olhava.

 Passaram-se algumas horas e enfim Royce teve de sair, levei-o até a porta.

 

 “Obrigado Rosalie, sua família é maravilhosa e o jantar estava muito bom...” Ele começou a despedida.

 

 “Não foi nada...” Nem fui eu que fiz – mas ele não precisava saber disso.

 

 “Rosalie... O que acha de me acompanhar numa festa neste fim de semana?” Seus olhos brilhavam com o pedido, ou talvez era apenas o luar refletido em seu rosto. Tentei me lembrar em que dia da semana estávamos... Quinta-feira... Ok, só faltavam dois dias.

 

 “Adoraria... Mas... Se eu for não terá problema?” Perguntei, para saber o motivo disso.

 

 “Problema nenhum, quero que todos conheçam a garota mais bonita do mundo” Royce disse de uma maneira estranha, como se houvesse decorado de um livro.

 

 “Tudo bem então” Rendi-me a ele.

 

 “Ok, já vou indo...” Ele me encarou esperando algo.

 

 “Até logo Senhor King” Respondi para liberá-lo.

 

 “Apenas Royce...” Ele disse tranqüilo e se aproximou de meu rosto, sussurrando ao meu ouvido “Apenas seu Royce” E sua mão alisou meu rosto parando em me queixo.

 

 “Ok... Royce” Tentei impedir o nervosismo que vinha. Sua mão contornou meus traços e ele se aproximou um pouco mais.

 

 “Tenha bons sonhos minha Rose” Não pude deixar de perceber o ‘minha’ na frase, e em questão de segundos seus lábios aproximaram-se mais, apenas centímetros nos separavam, e cansada de esperar, acabei com o espaço.

 

 Seus lábios eram macios e quentes, enquanto os meus estavam frios, o choque apoderou-se de todo meu corpo, mas não era ruim, ao contrário, era o melhor sentimento da minha vida, o gosto dele era doce e marcante, e sua língua brincava com a minha gentilmente, por mim esse beijo duraria horas, porém, não queria que ele pensasse mal de mim, então afastei delicadamente os meus lábios para não magoá-lo e admirei sua expressão de desejo.

 

 “Tenha bons sonhos também” Sorri para ele, e fechei a porta enquanto Royce se afastava.

 

 Foi ali, atrás da porta, encarando sua silhueta no escuro que me senti inteira, uma mulher amada, enfim dei meu primeiro beijo no meu príncipe e era algo tão glorioso que passei os dedos na boca para sentir a maciez e percebi que seu gosto ainda estava em mim.

 Nesta noite, meu sono foi leve, calmo e alegre, não tive sonhos como pensei que teria, mas já estava extremamente feliz.

 

 Sexta-feira, a véspera de meu encontro, com certeza era hora de ver Vera. Arrumei-me rapidamente, coloquei as primeiras jóias que encontrei e corri escada abaixo. Minha mãe se assustou com a correria.  Expliquei que iria ver minha amiga, comi algumas frutas, dei-lhe um beijo e corri novamente para fora de casa.

 Ainda era inverno, faltavam alguns dias para o seu término, então voltei para pegar um casaco mais quente e encarei o frio congelante.

 A casa de Vera não era muito longe da minha, apenas algumas ruas, segui-as ligeiramente – devido à ansiedade – e enfim cheguei na modesta casa de minha melhor amiga.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

* Comentários bem-vindos turminha



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rosa Cristalizada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.