Rose escrita por MahriRin


Capítulo 4
Accused


Notas iniciais do capítulo

OIE PEOPLE! Como vão, tranquilos? Espero que estejam gostando desta estória! Aqui vai mais um cap pra vcs, lindos leitores do meu HEART!


Boa Leitura e Enjoy!



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Rose desceu as escadas da Sede, pisando duro.

Havia ficado cansada das milhares de acusações que haviam feito a ela. Olhou de relance para o Labirinto, respirando fundo e deixando que as vontades de correr até lá fluíssem. A curiosidade era grande, mas não gostava do jeito que os garotos lhe tratavam e não queria arrumar mais confusão por isso. Chutou uma pedra, exaltada, que acertou a cabeça de um Clareano qualquer, gritando várias injurias como resposta. Rose foi para a floresta, cujo havia galhos secos e à beira da morte, parecendo mãos encarquilhadas. Adentrou perante as árvores, sentindo algumas batendo em seu rosto, enquanto outras ela tentava desviar o mais rápido possível. Chegou em uma área estranha. Havia vários túmulos de pedra arrodeando o lugar, alguns estavam quebrados, outros estavam inteiros, mas de uma aparência retorcida e suja, quase como se fosse antiga. Rose havia chegado no cemitério.

Os pensamentos estavam tão avoados que nem deu-se conta de que havia alguém atrás da branca, fazendo-a sobressaltar-se. Um garoto de cabelos cortados curtos e um pouco espetados para cima, expressões retorcidas, bem musculoso e forte, a camisa marcando seu corpo de bom porte, olhos puxados, com expressões asiáticas e olhos castanhos claros. A branca saltou, pondo a mão no peito e respirando fundo.

–Indo para algum lugar? –o garoto falou, atraindo a atenção da branca para sua voz.

–Nenhum em particular –deu de ombros –, eu acho.

O garoto asiático riu com desdém, logo parando e a olhando sério.

–Você é a nova Fedelha, não? A que chegou ontem.

A branca contorceu as expressões, irritando-se com o comentário do garoto asiático. Deu meia volta e saiu dali, ignorando os gritos do Clareano. Correu para fora da floresta e foi em direção a Caixa. Não entendia suas ações agora, apenas entrará e ficará no escuro, fazendo preces para que lhe levassem de volta para casa, seus pais, sua família, sua antiga vida. Lembrou-se do sonho. Ela estava ao lado de uma mulher loura, com o rosto meio que contorcido, e junto com Newt. Não havia entendido qual relação havia tido com ele em sua esquecida, mas mais melhor do que a atual, vida. Piscou os olhos quando já percebeu que estava dentro da Caixa, sentada no canto. Um grupo de garotos aproximaram-se para observar, murmurando coisas.

–A Caixa não foi embora?

–O que essa trolho está fazendo aí de novo?

–Que é essa menina?

–Garotas são loucas!

Rose encolheu-se ao ver a imagem perturbadora de Gally. Seus olhos estavam ardendo em chamas, ejetados de vermelho sangue. A multidão de garotos só pareciam aumentar. A branca excluiu seus cálculos anteriores, agora presumindo que havia na Clareira ao menos sessenta garotos. Um deles –no qual não distinguiu por conta do flash de luz em seus olhos –pulou ao seu lado. Ficou um tanto quanto aliviada quado deu-se conta de que era Newt, o loiro quem havia sonhando.

–O que está acontecendo? –a branca perguntou a ele.

–Está tudo bem. Eles não vão te machucar. –o loiro estendeu a mão para a branca, que ignorou o ato.

–Quem nos mandou para cá? O que fizemos de errado?

–Não sabemos. –ele afastou a mão para longe e a enfiou dentro do bolso –Já tentamos sair do lugar de tantos jeitos que acabamos que descobrindo que o único jeito é pelo Labirinto.

Um silêncio constrangedor formou-se na Caixa. Rose tinha tantas perguntas para fazer que não conseguia organizá-las em seus próprios pensamentos obscuros.

Novamente, Newt estendeu-lhe a mão, com o rosto escasso de expressões, como se desta vez estivesse quase lhe obrigando a segurar. A garota observou o gesto por um tempo e fez o que lhe parecia mais adequado –segurou a mão lentamente, deixando-se ser levantada pelo loiro com uma delicadeza exagerada, pondo-se de pé em sua frente.

–Por que tenho o sentimento de que eu te conheço de algum lugar? –Rose segurou a mão de Newt com mais força, procurando lembrar-se de qualquer memória expeça que lhe atingisse a mente que mais parecia uma tempestade de confusões e memórias, mas nada veio-lhe, apenas uma sensação morna e de bem-estar, como se lhe fosse agradável ficar perto do loiro.

–Eu não sei. –Newt desvencilhou-se de sua mão –Vamos descobrir depois. Mas, enquanto isso, vou tentar convencer os outros que você não é um demônio que vai matar todo mundo.

Ele deu uma risada verdadeira.

–Não sou Deus, mas posso te garantir que não sou o demônio –ela devolveu o sorriso doce –, na maior parte do tempo.

–Enquanto você vive aqui, terá de trabalhar. Vai testar cada um dos serviços, até ver em qual você é mais adequada.

–É, acho que posso sobreviver a isso, se Gally não tentar me matar antes. Ele me odeia.

–Gally odeia todo mundo. Amanhã terei uma Conclave decidindo o que fazer com Tommy. –ele olhou em direção ao grupo de adolescentes curiosos e com olhares pervertidos pairando sobre os dois, e fez um gesto brusco com a mão –Vão embora, seus caras de mértila! Deem um tempo! –com a medida do tempo, os Clareanos foram voltando a fazer seus afazeres –Falando nisto, há Três Regras para se seguir aqui. E não entrar no Labirinto é a Primeira delas. Você entrou, assim como Tommy. Falaremos sobre isto amanhã e decidiremos o que vamos fazer com vocês dois trolhos.

Uma corda –a mesma que tirou Rose de dentro da Caixa –foi lançada ao lado de Newt, que fez uma reverência exagerada para que Rose tomasse a frente. Ela pousou seu pé e foi puxada para cima, outra vez sentindo a sensação de sufoco ao ser puxada por multidões de braços corpulentos. Quando chegou em cima, um rangindo alto despertou sua curiosidade. O coração acelerou e os olhos azuis sobrenaturais arregalaram-se com a imagem. Sobressaltada, Rose caminhou em direção a Porta Norte do Labirinto, encarando a grande fissura que dava em direção a paredes de pedras sem fim. As paredes acinzentadas começaram a se locomover, fechando-se uma na outra com um grande ruído ensurdecedor, o que fez Rose tampar os ouvidos com as mãos e fechar os olhos, o medo dominado-lhe o corpo frágil. Logo não havia nenhuma fissura ou indício de porta ali. Por um minuto, uma sensação de claustrofobia ocorreu-lhe na base da espinha e a garota estremeceu ao pensar na ideia de estar presa ali e encurralada em um lugar sem saída. Uma curiosidade abateu-lhe, assim como a raiva. Mas não estava com raiva de alguém, e sim de si mesma. Sabia, de algum jeito, que aquilo tudo era culpa sua. Queria entrar no Labirinto. Queria saber o que tem dentro dele. Queria descobrir como sair dali. Queria descobrir quem realmente é.

Uma mão tocou-lhe o ombro, atraindo a atenção da branca. Era Thomas. Ele apontou em direção a um lugar e fez um movimento com a cabeça para que a branca lhe seguisse. Caminhou ao seu lado, um pouco curiosa com o mistério. Um minuto se passou. Depois dois. O caminho parecia ser bastante longo e, de vez em quando, Thomas parava com se estivesse desnorteado.

Então o Clareano parou.

Caminhou em direção ao muro e afastou a cortina de heras espessas com suas próprias mãos, o brilho vermelho das luzes guardava uma mensagem velada de advertência. Uma janela empoeirada revelou-se, um quadro de uns sessenta centímetros de lado. Ela estava totalmente preta, como se alguém, em um ato de esconder, tivesse lhes pintado.

–O que estamos …? –a garota começou.

–Shh!

Rose rolou os olhou, cruzando os braços e esperando por um bom tempo.

Então houve uma mudança.

Lampejos de luz sobrenatural brilharam através da janela, lançando um espectro oscilante de cores sobre o corpo da branca e de Thomas, como se eles estivessem próximos de uma piscina iluminada. Rose manteve-se calma, olhando de revés, tentando entender o efeito de cores arco-íris. Thomas recuou alguns passos e fez um gesto vago para que Rose olhasse através da janela. A branca aproximou-se, até encostar a ponta do nariz no vidro. Demorou segundos para que seus olhos distinguissem um objeto em movimento ao longe. A garota semicerrou os olhos, a propósito de enxergar melhor. De repente, era como se o ar viesse a faltar-lhe nos pulmões. Uma criatura grande e bulbosa, do tamanho de uma vaca, mas em forma distinta, girava e agitava-se sobre o chão do corredor do outro lado. A coisa subiu na parede e saltou contra a janela, fazendo um impacto surdo.

A branca tropeçou e caiu para trás, sentindo os braços de Thomas segurar-lhe nas costas, como se já esperasse por esta tal reação. Um pressentimento veio-lhe na cabeça de que ele já havia passado pela mesma coisa.

Rose juntou coragem e aproximou-se outra vez. Estava muito escuro para ver com nitidez, mas as luzes coloridas vindas de uma fonte desconhecida fazia-lhe revelar grandes braços longos de metais que se balançavam rapidamente de um lado para o outro, quase como se estivesse em estado de alerta e uma carne cintilante. Apêndices repulsivos e aparentemente perigosos como instrumento projetavam-se do seu corpo, parecendo braços: uma lâmina de serra, uma tesoura de poda, longos espigões cujo uso só podia se imaginar. A criatura era uma mistura horrível de animal e máquina, que, mesmo a garota vendo só por um tempo, desejava nunca ter visto. O peito começou a ser tomado de medo e angustia, fazendo a respiração parar e o coração acelerar, a ânsia de vômito sendo contida em seu estômago.

–Estes são … –Thomas começou.

–Os Verdugos. –Rose o interrompeu –Me falaram.

Thomas a encarou, como se estivesse lhe compreendendo.

–Eu já passei por tudo isto. –ele fez um gesto com o dedo indicador em forma de círculos –Sei como é se sentir assim. Cheguei recentemente, assim como Teresa. Na verdade estou passando por tudo isto. Desde que cheguei as coisas andam muito estranhas.

–É … –Rose sugou uma boa quantidade de ar, recuperando-se do susto –Acho que notei isso. Mesmo vendo esta coisa, sinto que tenho de entrar naquele Labirinto.

O garoto lhe encarou, com os olhos arregalados, como se pensassem do mesmo modo.

–Então somos dois.

–Uma Corredora. –a branca permitiu-se sonhar vagamente com isto.

Thomas abriu a boca, como se fosse formular uma frase, mas interrompeu-se de imediato, os olhos sobressaltados. Rose franziu o cenho em resposta, um pouco raivosa com sua expressão.

–O quê? –perguntou.

–Como você sabe sobre os Corredores?


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Notas finais do capítulo

E AÍ?! Gostaram? Amaram? Reviews? Recomendações?




Aquele Beijin e até o próximo cap, Potatos!