A Senhora de Nárnia escrita por Madame Baggio


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei demais!!! T.T

Gente, mil perdões mesmo. Espero que vocês não tenham desistido de mim. Eu sei que tinha prometido isso pra um tempão, mas eu to enrolada pra caramba... u.u

So sorry!

Obrigada pelos comentários e vamos a ação!



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Gandalf já participara de batalhas demais, já partira em dúzias de jornadas e missões que pareciam impossíveis.

Nunca realmente se acostumara a algumas dessas coisas.

Lutar, matar, guerrear... Não são estados normais. São pesos grandes demais para o coração e alma de qualquer um.

A alma de Gandalf estava sobrecarregada de batalhas.

Porém, mais uma vez, la estava ele, marchando para o que provavelmente seria um massacre, esperando chegar a tempo, temendo não chegar.

Encontrara Éomer como planejara e juntos estavam cavalgando o mais depressa que podiam em direção ao Abismo de Helm. Tinham que chegar a tempo. As defesas tinham que resistir.

Gritos começaram a vir dos últimos homens do grupo e todos tiveram que parar.

–O que está acontecendo? –Éomer exigiu.

–Meu lorde, um exército se aproxima. –um dos guardas falou.

–Aliados? –ele quis saber.

–Não sabemos dizer. –foi a resposta –Mas eu não apostaria nisso.

Era só o que precisavam. Mais problemas.

–Preparem-se para batalha, mas esperem meu comando. –Éomer instruiu.

Gandalf sacou sua espada, enquanto amaldiçoava a demora. Saruman obviamente enviara alguém atrás de Éomer. Era uma decisão lógica e óbvia.

Mas eles tinham que continuar.

Logo.

XxX

Chegara.

Aragorn finalmente chegara.

Quando caíra do penhasco achara que era o fim. Ao ouvir a voz de Arwen teve certeza de que estava morto. Mal pôde acreditar quando seus olhos abriram e percebeu-se vivo.

Não fora fácil chegar até o Abismo, principalmente sem ser visto pelas tropas que marchavam em direção a fortaleza, mas estava la.

–Onde ele está? Onde ele está? Saiam do meu caminho! Eu vou mata-lo.

Aragorn viu Gimli abrir caminho por entre a multidão, até estar frente a ele.

–Você é o mais sortudo, mais sagaz, mais descuidado homem que eu já conheci! –o anão falou, obviamente emocionado, abraçando o guardião –Abençoado seja, rapaz.

–Gimli, onde está o rei? –Aragorn perguntou, porque era urgente.

Gimli indicou com a cabeça as escadas e o homem apressou-se. No topo delas deu de cara com Legolas.

Você está atrasado. –o elfo falou, então analisou-o –Você está terrível.

Aragorn riu. Legolas deu-lhe algo. O pingente de Arwen, a Estrela Vespertina.

Aragorn achara que estivera perdida para sempre, acordar e não te-la foi doloroso. Ve-la agora em sua mão era um milagre.

Obrigado. –falou sincero.

–Aragorn!

O guardião virou-se bem a tempo de pegar Susan, que jogara os braços em volta do pescoço dele.

–Minha Rainha.

–Como você ousa fazer isso comigo? –ela estava falando, mas podia ouvir o tom choroso de sua voz.

–Eu peço mil perdões. –ele falou abraçando-a de volta.

–Aragorn. –Boromir aproximou-se –É bom ve-lo, amigo.

–Infelizmente eu trago apenas más notícias.

XxX

–Um grande exército, você diz? –Théoden perguntou.

–Isengard está totalmente deserta. –Aragorn afirmou.

–Quantos? –o rei quis saber.

–Pelo menos dez mil.

–Dez mil? –Théoden repetiu incrédulo.

–É um exército criado com um único propósito: destruir o mundo dos Homens. –o guardião falou –Eles estarão aqui ao anoitecer.

XxX

Susan não gostava do rei Théoden. O homem era orgulhoso e teimoso demais para o próprio bem. Porém o maior pecado de seu temperamento era que afetava seu povo e arriscava a vida de todos eles.

Porém, embora Aragorn tivesse insistido em pedir ajuda, Susan sabia que ninguém chegaria ali a tempo. Tinham poucas horas até o anoitecer e a chegada das tropas inimigas.

Estava tão acostumada a essas situações, ao desespero de enfretar uma exército maior que o seu, de estar cercada e sem esperança de sair, que não devia sentir o medo, o pânico. Sentia assim mesmo.

Sua mão foi parar em sua corneta. E se...

–Susan.

Sorriu para Boromir.

–Ei.

–Você já pensou em ir para as cavernas com as outras mulheres?

Ela arqueou uma sobrancelha em resposta.

–Valeu a tentiva. –ele falou com um pequeno sorriso.

–Eowyn foi para as cavernas? –ela quis saber.

–Depois de uma cena muito desconfortável com Aragorn. –Boromir admitiu.

–Eu o avisei. –Susan suspirou –Era óbvio que ela se apaixonaria pelo primeiro homem forte que a respeitasse como mulher forte.

–Você está sendo um pouco dura, Susan. –Boromir indicou.

–Eu estou sendo realista. –ela falou.

–Majestade, Mestre Boromir! –Reepicheep apareceu correndo –Venham depressa.

Os dois trocaram olhares e seguiram o rato.

Entraram na sala das armas bem a tempo de pegar Aragorn gritando.

–Então eu morrerei como um deles!

Susan brecou, olhando chocada para o guardião. Aparentemente Aragorn estivera discutindo com Legolas e a conversa chegara a esse ponto.

Os olhos do guardião varreram a sala e então ele saiu. Legolas pareceu pronto para ir atrás dele, mas Gimli o segurou.

–Deixe-o ir, rapaz. –ele falou –Deixe-o.

Susan virou as costas e saiu dali também.

XxX

Aragorn não queria entrar em desespero. Queria ser aquele que manteria a calma durante toda a batalha, porque sabia que poucos deles o fariam. Queria ser o que acreditava que tudo ia dar certo.

Estava perdendo a luta contra si mesmo.

Quem era ele para exigir algo de Théoden? Para dizer o que era certo ou errado? Estava se enganando e muito provavelmente enganando a todos no processo.

–Você parece preocupado, amigo. –Boromir falou, sentando-se ao lado dele na escada.

–Eu não devia estar?

–Todos nós devíamos estar. –Boromir admitiu –Não leve a mal o que Legolas disse.

–Eu não levo. Ele está assustado, como todos nós.

Os dois ficaram em silêncio por um minuto.

–Eu ainda acredito em você, Aragorn. –Boromir falou –Mais do que acredito em mim mesmo. Você nos trouxe até aqui e eu o seguirei até o fim dessa guerra. Nem que ela nos leve aos portões de Mordor.

–Nós teremos que sobreviver a essa noite antes disso acontecer, meu amigo.

–Quando estivermos no portão de Mordor, eu direi: “eu avisei”.

Aragorn deu uma risada rouca, então seus olhos caíram em um garoto tão jovem, que carregava uma espada e parecia não ter ideia do que fazer com ela.

–Dê-me sua espada. –Aragorn falou para o garoto.

Ele pareceu olhar para os lados, como se quisesse ter certeza de que era com ele que Aragorn falava. Então aproximou-se e ofereceu a arma.

–Qual seu nome? –Aragorn perguntou ao aceitar a espada.

–Haleth, filho de Háma, meu senhor. Os homens estão dizendo que não passaremos dessa noite. Eles dizem que não há esperança.

Aragorn trocou um olhar com Boromir, então levantou-se e analisou a espada, dando alguns golpes no ar com ela.

–Essa é uma boa espada. –ele declarou –Haleth, filho de Háma... –devolveu a espada ao garoto –Sempre há esperança.

–Bem dito. –Boromir falou –Acho que está na hora de você se armar, Aragorn.

XxX

A batalha era inevitável. Desistir ou lutar eram as escolhas.

Aragorn nunca desistiria.

Então fez o que Boromir disse e foi armar-se. E la encontrou Legolas.

–Nós confiamos em você até aqui. Você não nos decepcionou. Perdoe-me. Eu errei ao me desesperar. –o elfo falou.

Não há o que ser perdoado, Legolas. –Aragorn falou sinceramente.

Os dois trocam sorrisos.

–Se nós tivéssemos tempo eu ajustaria isso. –Gimli resmungou colocando uma malha de ferro que caiu por seu corpo até alcançar o chão –Está um pouco apertado no peito. –ele falou diante dos olhares dos outros homens.

Os três sorriram, mas o som de cornetas fez todos pararem.

–Essa corneta não é de Orcs. –Legolas falou.

Os quatro saíram correndo de lá.

XxX

Susan ouviu as cornetas e viu os elfos se aproximando.

Desceu as escadas das muralhas e alcançou-os ao mesmo tempo que o rei.

–Como isso é possível? –Théoden perguntou chocado.

–Eu trago palavras de Elrond de Rivendell. –Haldir, que obviamente liderava a tropa inteira, falou –Uma aliança uma vez existiu, entre Homens e Elfos. Há muito tempo nós lutamos e morremos juntos. Nós viemos para honrar essa aliança.

Aragorn chegara agora e descera os degraus com pressa, parou para cumprimentar Haldir a distância, mas desistiu e abraçou o elfo, que pareceu surpreso por um minuto, mas então retornou o gesto.

Legolas aproximou-se para fazer o mesmo.

O olhar de Haldir foi parar em Susan.

–Majestade, é um prazer reve-la.

–Eu digo o mesmo, Haldir de Lórien. –ela sorriu –Seus modos melhoraram. Quem diria?

Ele sorriu de volta para a Rainha, então olhou para Théoden.

–Nós estamos orgulhosos de lutar ao lado dos Homens mais uma vez. –Haldir falou ao rei.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: A Batalha do Abismo!
Comentem e aguardem!

Eu esotu indo postar em "Nove Meses" agora mesmo! E sexta feira teremos post em "Primeiras Impressões".

B-jão