Desculpa: Eu não mereço você.

Tradução: Na verdade, eu mereço alguém muito melhor que você.

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–Então Felicity? –Oliver me olhava, ainda esperando minha resposta.

–Ok. Mas não me julgue depois dizendo que eu enganei você, por que, eu nem mesmo queria começar esse relacionamento... –disparo a falar, sem nem mesmo respirar. –E agora você vem, todo charmoso com esse sorriso... –ele me olha divertido. –E esses braços... –acho que falei isso em voz alta. Ops!

Oliver dá risada, parecendo fascinado por minha cena vergonhosa. –Espero que se acostume comigo Srta. Smoak, pois tenho a impressão que por mais que tente se afastar, nós vamos nos encontrar novamente e novamente. –me envolve em seus braços com carinho e cuidado. –Acho que acredito em destino, agora.

–E eu em carma! –revido sarcástica.

Passamos o resto da noite juntos, dançando e conversando trivialidades. Quando Barry me chamou para ir embora, Oliver tentou protestar, dizendo que me levaria, mas ai também já era muito pra uma noite só. O dispenso da forma mais carinhosa possível, depois de passar o meu número, que ele fez questão de comparar com o da agenda do celular da Iris, fazendo com que meus amigos dessem risada.

Ray e Helena evaporaram da boate, quando ligamos para ele descobrimos que já haviam saído há muito tempo, e resolveram caminhar pela noite. Se ela consegue aturar ele, então que sejam felizes! Brincadeira, Ray é um cara legal, vai ser bom para ela.

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QUINTA ETAPA DO INFERNO DO TERMINO DE UM RELACIONAMENTO: DESPEITO

Entro pela manhã, na cafeteria onde Iris trabalha. Este é o meu primeiro caso do dia, e ainda havia mais dois. Eu cuido dos fins de namoros, Barry ficava com amizades e rescisões de contratos, mas quando minha demanda ficava muito grande, ele acaba me dando uma força, e por mais que eu odeie admitir, Barry lida com isso muito melhor do que eu, nada parece o abalar de verdade.

–Então amiga. O que vai ser hoje? –Iris pergunta animada, me abordando na entrada.

Analiso a cliente por um instante, a mulher esguia que estava sentada na habitual mesa mais afastada de todas. Isabel Rochev, meu primeiro trabalho do dia. Era bonita, parecia uma super modelo, com seus cabelos espessos, as pernas cumpridas, incrivelmente magra, e um rosto imponente.

–Chá verde gelado, com menta. E para mim, o de sempre. –digo a Iris que adora meus truques, ela me deu um beijo no rosto antes de sair para buscar meus pedidos.

–Bom dia Srta. Rochev, eu sou Felicity, entrei em contato com você. –ofereço minha mão em um cumprimento, que ela aceita, mas só depois de me analisar dos pés à cabeça.

–Claro. –responde seca.

–Então, o Sr. Merlin pediu para que te entregasse isso. –coloco a carta de termino sobre a mesa. Espero paciente, enquanto ela a lê, com o semblante beirando a fúria.

–É isso? –murmura indignada. –Ele mandou a secretária dele, para terminar comigo? –só para constar, eu odeio as mulheres que são chá verde, geralmente são egocêntricas e chatas, isso para dizer o mínimo.

–Eu sinto muito Srta. Rochev, se existir algo que eu possa fazer por você? –tento ser o mais simpática possível.

–Você está transando com ele? –solta de repente, um pouco alto demais, enquanto Iris coloca nossos pedidos sobre a mesa, e me lança um olhar assustado.

–O que? Não! -me apresso em responder. –Só vim te entregar isso, e suas coisas que estavam na casa dele. –a entrego uma bolsa com os pertences dela.

–Eu preciso falar com Malcom, agora! -diz transtornada, mexendo no celular.

–Novamente Isabel, preciso que se acalme. –falo cuidadosamente, tocando sua mão. –Acredite em mim, poderia ser pior. Ele não vai falar com você, eu sou a ponte entre vocês agora, por favor, se acalme.

–Ele não me ama. –Isabel respira fundo, tentando conter as lágrimas que se formavam em seus olhos.

Conversamos por muito tempo. Rochev é uma mulher difícil de domar então apelei para sua independência e força. O que logo surtiu efeito, no fim, conto a ela minha história, o que a fez esboçar o menor dos sorrisos.

–Nos vemos na terça feira, à tarde. –digo, me levantando da mesa para me despedir dela com um aperto de mãos. –Passo em sua casa no fim da tarde, e lembre-se, se precisar falar com o Sr. Merlin, ligue para mim.

Ela concorda balançando a cabeça. –Obrigada pela conversa, Felicity.

–Não por isso.

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No horário do almoço, faltava apenas mais um caso para encerrar meu dia, Adam Backer. Estava a caminho do restaurante onde marcamos de nos encontrar, quando meu celular começa a tocar, atendo rapidamente, o colocando no viva voz, para que não me atrapalhe a dirigir.

–Não existe aquela regra, a dos três dias, quando se pega o telefone de uma garota? –brinco ao atender o telefone.

‘Que se danem as regras!’ Sorrio imediatamente ao ouvir sua voz. ‘Se te der três dias para pensar, tenho certeza que será tempo suficiente para você mudar de país!’ Debocha, me fazendo dar risada.

–Que droga! Agora que acabou com meu plano de fuga, o que eu vou fazer? –dou corda, me divertindo com a conversa.

‘Almoço comigo, agora, pode ser uma opção.’

–Calma cowboy! Eu adoraria de verdade almoçar com você, mas agora, realmente eu não posso. –lamento com sinceridade. –Vou almoçar com uma cliente.

‘E jantar?’ Continua, sem se deixar abater.

–Você, deve ser a pessoa mais insistente que eu conheço! –solto surpresa.

‘Então, acho que esgotaram suas desculpas evasivas. Meu amigo Diggle, vai te pegar em sua casa as oito.’ Decreta.

–Oliver, é só me passar o endereço, que me encontro com você no local.

‘Nada de dois carros, quero poder te levar a sua casa.’ Esse homem, será minha perdição. ‘Sem segundas intenções.’ Acrescenta por fim.

–Que pena.

‘O que você disse?’ Oh merda! Acho que pensei em voz alta.

–Nada! –digo engolindo em seco, com minha face queimando de vergonha. –Nos vemos as oito. Tchau Oliver.

‘Tchau, Felicity!’

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Eram sete e quarenta e cinco, e eu já estava pronta há meia hora. Escolhi um vestido vermelho, acima dos joelhos, e saltos nude. Estava andando de um lado a outro, em círculos no meu apartamento, quando finalmente a campainha tocou. Um homem negro, e muito bonito, usando um terno escuro, estava parado do outro lado da porta, com um sorriso simpático nos lábios.

–Oi, você deve ser Felicity Smoak. –diz, estendendo sua mão para mim. –Sou John Diggle, amigo, motorista e guarda costas, do Oliver. –informa, com um sorriso acolhedor.

–É um prazer conhecê-lo, Sr. Diggle!

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Surpreendi-me ao perceber que não estávamos indo para um restaurante, mas sim para um bairro residencial, próximo aos Glades. Diggle é uma pessoa envolvente, dessas que não deixam silêncios constrangedores, ou um ar de julgamento pairando sobre nós. Perguntou sobre minha família, meus amigos, meu emprego, como se eu, fosse a pessoa mais interessante do mundo.

–Aonde estamos indo? –questiono curiosa.

–A minha casa. –sorri, me olhando de lado. –Oliver queria apresentar minha família a você, e tenho que admitir, estou muito feliz em te receber. Não suportava aquela Laurel! –desabafa, me fazendo soltar uma risada.

–Ela consegue ser uma pessoa difícil, quando quer. –acaba saindo sem que eu perceba.

–Você não imagina o quanto! –Dig também dá risada. –Chegamos!

Caminhamos lado a lado, ainda conversando e rindo. Diggle abriu a porta de sua casa para mim, era um belo lar, espaçoso e bonito, cada cantinho dava sensação de família e aconchego. Oliver e Layla, a mulher de Diggle, nos esperavam na sala, sentados no sofá, parecendo estar no meio de uma conversa divertida. Oliver usava calça e blusa social preta, e Layla que é realmente muito bonita, usava um vestido azul. Ela se adiantou me cumprimentando com um abraço carinhoso, e em seguida Oliver me puxou para seus braços, em um abraço saudoso.

–Eu gosto dela, Oliver. –diz Diggle. Olhei de um para o outro sem entender direito o que estava acontecendo naquele lugar.

–John insistiu em te conhecer antes. –Oliver explica. –Por esse motivo, ele foi te buscar em sua casa. -Oliver se inclina para falar em meu ouvido. –Ser pai liberou muitos hormônios no organismo dele, e eu prefiro não o contrariar. –sorri de sua piada, enquanto o casal nos olha com ar sonhador.

–Como vai a sua filha? –pergunto para puxar assunto.

–Ela está dormindo agora. –Lyla, tem um sorriso apaixonado nos lábios. –Quer vê-la?

–Claro! –digo animada, sorrio para Oliver, que beija o alto da minha cabeça antes de soltar a minha cintura, e aceno para Diggle, antes de seguir sua esposa.

No fim da noite eu já estava completamente apaixonada pelos Diggle’s. Acabamos por marcar um jantar em minha casa no final de semana, não via à hora de apresentá-los para meus amigos, Barry e Iris se encantariam por eles, assim como eu. Na volta, Oliver não parou de sorrir, enquanto dirigia.

–O que foi? –não consigo mais me conter.

–Estou impressionado. –diz se virando para me lançar um olhar rápido. –Uma noite, e você já tem meus amigos na mão!

–Você tem amigos incríveis.

–Você é incrível. –ele tira a mão do volante, para segurar a minha. –Eu estou muito feliz por ter conhecido você.

–Eu também. –sou sincera, não adianta mais negar.

Oliver estaciona na porta da minha casa, e dá a volta, para abrir a porta do carro para mim. Caminhamos em silencio, e quando paro em minha porta, o puxo pela camisa, o fazendo se curvar para que pudesse beijá-lo. Esse beijo foi diferente dos outros, pois nesse eu estava completamente entregue. Seus lábios eram gentis, suas mãos permaneceram comportadamente em minha cintura, enquanto as minhas estavam em volta de seu pescoço.

–Essa é a primeira vez que você me beija. –diz assim que me separo dele. –Adorei isso. –tem um sorriso radiante em seus lábios.

–Você quer dizer, que esse é o primeiro beijo, que você não rouba! –corrijo, e ele solta uma risada curta.

–Ninguém mandou ser tão difícil. –provoca, me dando um beijo no rosto.

–Obrigada pela noite de hoje Oliver, foi maravilhosa.

–Na próxima seremos só nós dois prometo. –diz antes de me beijar novamente.

Ao fechar a porta da minha casa, depois de me despedir dele, constato algo que com certeza vai tirar meu sono está noite. Eu estou completamente apaixonada por Oliver Queen.