Passava das 7 a.m., relatei ao olhar o relógio pela quinta vez, na minha cabeça aconteciam 100 guerras ao mesmo tempo, e eu estava longe de resolver alguma delas. Ainda por cima quando todas elas envolvem o seu irmão cabeça oca que está prestes a se meter em confusão. Como se ele ter mais de 100 anos resolvessem alguma coisa, ou o fizesse ser menos teimoso. 

Alice tinha visto que tudo ia mudar, que uma humana iria chegar, Edward ficaria balançado, que o inferno na terra estava previsto pra acontecer, se alguém me contasse isso a um século atrás, eu acreditaria, mas agora? Logo agora que tínhamos voltado a calmaria.  

Você deveria estar pronta – soou uma conhecida voz dentro da minha cabeça, me fazendo virar os olhos mais uma vez. Admito que daria minha vida, por cada um daqueles anormais que formavam a minha família, quero dizer, ao menos se eu tivesse uma. 

Deveria parar de ser tão teatral, Louise. Vão começar a achar que você tem afinal, um coração – o babaca realmente queria brincar comigo hoje.  

E você Cullen, deveria sair da cabeça alheia – retruquei indo para a garagem, onde todos se preparavam para mais um dia.  

Louise o tempo vai continuar fechado hoje, você seria a melhor irmã do mundo se me acompanhasse a Port Angeles hoje – Alice bate as palmas e me dá um sorriso encantador.  

Entro no Volvo de Edward, ignorando Alice, não é como se eu fosse conseguir escapar, ainda mais da baixinha, gostaria de saber como alguém criou algo tão pequeno e tão irritante ao mesmo tempo.  

Não adianta vir aqui na intenção de tentar conversar, esse assunto está encerrado – Edward diz e permaneço calada, não ha nada que eu possa fazer por hora. 

Logo chegamos ao estacionamento, acabando de vez com qualquer discussão, era hora de fingir ser uma garota humana de 17 anos, mais uma vez.  

No começo de tudo, logo quando fui transformada, e consegui ficar perto dos humanos, sem querer sugar cada gota de sangue do corpo deles, me pareceu uma boa ideia, estudar, aprender novas línguas, mas com o passar dos anos, a rotina necessária acaba se tornando um estorvo.  

Mas o meu humor estava bom, e as horas até passam rapidamente, faço um projeto de química, e ajudo uma garota sentada do meu lado com o projeto dela. O sinal bate, e todos seguem para o refeitório.  

Nós deveríamos caçar, já faz algum tempo que não temos diversão nas montanhas - Emmet se junta a mim, mas e claro que ele tinha que usar um tom de voz igual a um cara narrando uma partida de futebol.  

Levanto uma sobrancelha pra ele, Emmet era daquele tipo de pessoa que não tinha nenhum fio de maturidade em todo o seu corpo, e olha que ele era enorme.  

Ao cruzar as portas do refeitório e como se uma avalanche de vozes invadem a minha cabeça, e repilo as no mesmo segundo, como um botão de ligar e desligar. Afinal era sempre as mesmas coisas, o mesmo drama adolescente. 

Me dirijo a mesa que minha família já estava acomodada, e me sento ao lado de Rosalie, puxando assunto sobre um novo modelo de carro que eu tinha visto ontem a noite. Rose faz milagre em qualquer carro, até mesmo Edward pede pra ela olhar o volvo dele.  

Percebo uma garota olhando em nossa direção, com curiosidade, os olhos dela focados em Edward, dou um meio sorriso presunçoso, antes de fechar o rosto completamente. Era ela, a visão de Alice. Tudo acontece muito rápido, até que me viro para olhar Edward e vi ali a batalha travada em seus olhos. Eu vi a curiosidade no seu olhar, e tive medo do que viria a acontecer. E essa era a questão, o que poderia acontecer?