The Undercover escrita por Mares on Mars


Capítulo 2
Chapter 1




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The Playground,Cozinha, quinta feira, 07:45am

— Demorou, mas eu encontrei – Skye declarou entrando na cozinha para o café da manhã.

— Encontrou o que? – Koening perguntou servindo-se de uma xícara de café.

— A origem do número que Spina recebeu – disse alegremente – Vem do subúrbio de Omaha.

— Subúrbio de Omaha? – May perguntou incrédula. – Como agentes de uma organização internacional, possivelmente H.I.D.R.A. se escondem em Omaha?

— Por que esse é o último lugar do mundo onde alguém procuraria por eles – Coulson disse ao entrar na cozinha alguns segundos depois – Bom dia – saudou e todos responderam de volta. Sentou-se à ponta da mesa, e serviu-se de suco de laranja. – Mas continue com a sua descoberta Skye.

— Bom, eu venho procurando a meses a origem do número e procurando pelas descrições que Spina nos deu. Acontece que ontem eu sincronizei meu banco de dados com os bancos de dados das cidades em volta de grandes centros e boom! 24ª Rua, número 24, Omaha. Um casal com 3 filhos pequenos mora lá. São duas meninas, com idades entre 5 e 9 anos e um bebê. O casal está junto a 12 anos, os dois são professores e moram na cidade desde o casamento em 2002. Ano passado fizeram uma viagem de dois meses para a Venezuela e deixaram os filhos com os pais dele. Essa viagem não consta em nenhum registro de cartão de crédito – a hacker explicou animada, surpreendendo a todos pela eficiência de sua pesquisa.

— Se a viagem não consta em registro de cartão de crédito como nós sabemos da existência dela ? – Trip perguntou parecendo um pouco confuso.

— Porque eles trocaram no banco da cidade mais de 5 mil dólares por dinheiro venezuelano e contrataram um caseiro por dois meses. Logo, eu deduzi que eles passaram dois meses na Venezuela. A partir disso eu pesquisei nos bancos de dados do país,e descobri que eles ficaram hospedados por 1 mês em um hotel de luxo na capital, usando nomes verdadeiros, e o segundo mês eles passaram em três cidades diferentes – explicou enquanto mastigava um pedaço pequeno de bolacha doce.

— Há alguma conexão entre essas cidades? – Fitz perguntou olhando diretamente pela sua xícara com um desenho de macaco. Parecia muito animado com o presente que May havia trazido de sua última missão de campo para o Sul.

— Nope, nenhuma – a hacker disse e suspirou.

— Nós precisamos investigar mais sobre eles, mas não podemos bater na porta e dizer: Oi, nós somos da S.H.I.E.L.D. – Jemma informou e todos ficaram pensativos por um momento.

— Eu tenho uma ideia – Fitz disse timidamente e os agentes seniores olharam para ele – Talvez vocês odeiem mas nós poderíamos nos mudar pra uma casa próxima a deles e nos passarmos por família. Isso nos aproximaria deles ...

— Oh Fitz, isso é ... – May o interrompeu parecendo exasperada, afinal, odiava missões disfarçadas.

— Incrível – Coulson disse levantando-se. – Skye, trabalhe em cima dessa ideia. Nos arranje casa, identidades falsas e nos crie uma história. Nós vamos em uma missão secreta. – declarou e os agentes mais jovens comemoraram,adorando a ideia. Lance e Tripp dividiram opiniões em silêncio e concordaram. A única que havia odiado a ideia fora May, que assim que Coulson declarou a missão, levantou-se sem encerrar o café, e saiu rapidamente.

— Acho melhor você falar com ela – Skye aconselhou o diretor e levantou-se logo em seguida, pronta para se preparar para a missão.

Corredor dos quartos,08:05am

— May, abre a porta – Coulson pediu, batendo na porta de madeira pela 4ª vez. Segundos depois, ouviu o barulho da chave sendo girada na maçaneta, e a figura irritada de May apareceu pelo vão.

— Fala – ela disse e o diretor pediu licença para entrar. Relutante, ela abriu espaço para que ele passasse e fechou a porta atrás de si.

— Precisa de todo esse drama? – perguntou ao sentar-se na beirada da cama de casal.

—Uma missão a paisana, com todas essas crianças? – perguntou – Nós já fizemos uma vez. Eu fui esfaqueada, Simmons atingida por uma granada de dendrotoxina e Skye levou um tiro. – ela respondeu em um tom mais alto do que usava normalmente.

— Dessa vez é diferente. Nós vamos passar meses em uma casa segura, vai ser uma observação, sem combate direto... – argumentou calmamente.

— Você sempre diz que vai ser diferente, e no fim das contas, todo mundo sai ferido. – ela gritou a última palavra, ressentida por todas as vezes que as coisas deram errado no último ano.

— May, por favor – ele pediu, parecendo exausto – Eu sei que as coisas não estão boas agora, mas vai melhorar, sempre melhora. Nós já passamos por coisas difíceis antes.

— Coulson... – ela tentou interromper, afastando-se da porta.

— May, não, me escuta. Sem você, essa missão não pode acontecer. Talvez ficar no subúrbio de Omaha pode ser a única porção de paz que nós teremos em meses – argumentou e levantou-se da beirada da cama.

— Eu estava bem em paz, carimbando papéis na Administração... – May provocou e Coulson riu.

— May, nós precisamos de você – ele disse com um biquinho que com certeza derreteria o coração de qualquer um.

— Com uma condição – respondeu, quase convencida.

— Qualquer coisa – foi uma resposta automática.

— Eu não vou usar joias absurdas e nem roupa formal para andar no quintal, como essas ricaças estranhas – declarou, e o diretor riu aliviado, sabendo que independente da situação, poderia contar com sua melhor amiga.

Sala de TV, 08:11am

— Será que Coulson conseguiu convencer ela? – Ward perguntou jogando-se no sofá.

— Eu espero que sim, sem ela não vai rolar – Skye respondeu, digitando furiosamente em seu laptop.

— Se ela não aceitar, podemos dizer que somos órfãos – Leo sugeriu e sua melhor amiga revirou os olhos.

— Oh Fitz – disse exasperada – É claro que a May vai aceitar.

— Claro que sim, ela faz tudo pelo Diretor – Lance comentou sarcasticamente.

— Não entendi o que quis dizer com isso – Skye replicou, com uma ruga se formando entre suas sobrancelhas.

— Ah Skye ... Tão inocente – o mercenário riu e foi acompanhado pela risada de Trip e Ward.

— Vocês são ridículos – a hacker respondeu, segurando-se para não rir. Sorte a dela, pois nesse momento, o Diretor entrou no cômodo.

— Alguma piada? – perguntou interessado e sentou-se na grande poltrona à esquerda da porta.

— Não senhor, apenas um comentário do agente Hunter – Jemma respondeu rapidamente.

— Certo – o agente sênior disse desconfiado – May aceitou participar da missão – declarou e os agentes jovens comemoraram.

— Isso é ótimo DC, agora eu posso montar a nossa história – Skye comemorou e voltou a digitar em seu computador – Nós vamos ser uma família feliz, feliz, feliz – sussurrou e Grant riu ao seu lado.

Cozinha, 12:45pm

Todos estavam reunidos na cozinha, prontos para o almoço. Eram 12 lugares ocupados pelos agentes da unidade, com Phil em uma extremidade e May na outra. Os mais jovens conversavam animadamente alguns detalhes da missão, tentando montar uma história convincente, enquanto os três mercenários comiam em silêncio e os agentes seniores se encaravam as vezes. Era claro que a chinesa ainda estava irritada com a ideia de estar em uma missão de campo disfarçada, só que o que mais a incomodava era que teria que passar semanas, e talvez meses, se passando por esposa daquele que era a razão de seus sentimentos profundos e noites em claro, e que nesse momento a encarava em busca de algum sinal de raiva.

— Alguém já levou em conta que somos muitos, e que se formos apenas uma família os vizinhos ficarão espantados ? – Izzy perguntou, dirigindo-se a ninguém em especial.

— Eu já – a hacker declarou – Na verdade, já pensei em tudo ... Quase tudo.

— E pode nos dizer qual é a história? – Hunter perguntou, segurando firme a mão de Hartley por baixo da mesa.

— Claro que posso. Mas não agora – Skye respondeu – Na sala de TV, depois do almoço – e levantou-se, levando consigo um copo de suco de uva.

— Espere só para ver, é genial – Simmons comentou com Fitz, e os dois riram em silêncio.

Sala de TV, 13:30pm

— Estão prontos para o meu plano genial? – Skye perguntou empolgada, sentada no chão em frente de seu laptop. Todos os outros agentes estavam espalhados pela sala. Alguns sentados nos sofás, como FitzSimmons, Ward, Idaho, Hunter e Hartley, Coulson e Koening, e outros empoleirados na mobília, como Mack, que apoiava-se numa estante antiga e May e Tripp sentados na mesa de sinuca, compartilhando uma cerveja.

— Vá em frente Skye – a chinesa pediu, curiosa e ao mesmo tempo receosa.

— Certo. Nós ficaremos com três casas, pois somos muitos – iniciou, mostrando as tais casas no projetor – Hunter e Hartley serão casados,e acho que não se importarão com isso, e serão os pais de FitzSimmons.

— Pais de FitzSimmons? – ambos disseram quase ao mesmo tempo.

— Quantos anos pensa que eu tenho? – Hartley questionou.

— Isso não importa, a sua desculpa para terem filhos dessa idade será : engravidei no colégio e nos casamos logo depois” – Skye esclareceu e recebeu um olhar de aprovação de Hunter. Em seguida, prosseguiu: – Tripp, Mack, Idaho e Ward, irmãos adotivos.

— Por que quatro irmãos estariam vivendo juntos aos 30 anos numa casa no subúrbio de Omaha? – Tripp perguntou confuso.

— Porque seus pais acabaram de morrer em um acidente, e vocês se reuniram na antiga casa para tentar superar esse momento de dificuldade – a hacker explicou e surpreendeu a todos.

— Genial Skye, continue – Phil pediu e ela sorriu satisfeita.

— Koening, nós vamos precisar que você fique aqui na base, se estiver tudo bem por você – disse ao agente, que sorriu agradecido.

— Por último, Coulson e May. Casados a 25 anos – explicou – E se não importarem, meus pais... – houve um pequeno silêncio em seguida, que Skye tentou quebrar esclarecendo que poderia ser a filha adotiva caso não fosse convincente dizer que era filha biológica, mas foi interrompida por May.

— É convincente o suficiente – disse a agente sênior e esboçou um sorriso para a hacker, que se orgulhou por um instante.

— Então temos quase tudo pronto. Usei três antigos números de registro para locar as casas,e os pagamentos já foram feitos em nome de Isabelle Hunter, Melinda Coulson e Antoine Ward. Eu tomei a liberdade de misturar os nomes, já que nós tecnicamente não existimos mais. Todos de acordo ? – perguntou apreensiva, e após um ou dois segundos de silêncio, todos concordaram, parecendo muito empolgados repentinamente.


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Notas finais do capítulo

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