A Recruta escrita por Jessyhmary


Capítulo 5
A Busca


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores!!! Penultimo capítulo, eu acho... rs E creio que termino de postá-la hoje ainda... Tô muito tensa com esse episódio!! :)

— Quanto às outras fics, babys... Só vou voltar a postar amanhã, okay? Essa nova fic me tomou toda a semana, então... Só peço um pouquinho de paciência a vocês, sim? Muito obrigada pelo apoio e pelos comentários... Vocês são 10!! :)

#BoaLeitura! :)



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* 30 minutos antes.



– Coulson! – A voz da garota soou apressada e tensa. – Me diga que não estão atacando as embarcações!

– Estamos no meio de um confronto, Skye! Isso é realmente importante?!

– Simmons é da H.I.D.R.A.

Simples e direta.

Sem especulações, sem suposições. “Simmons é da H.I.D.R.A.” foi tudo o que ela conseguiu dizer, embora no fundo, não acreditasse nas próprias palavras.

– O QUÊ?!

– Cessem fogo! Donnie Gill foi apenas uma isca! Jemma está com eles, ela sabe como pensamos! – ela se machucava mais a cada instante, ao ficar cada vez mais comprovado que Jemma era da H.I.D.R.A. – E o pior...

– Ela sabe sobre a base. – Coulson finalmente entendia a preocupação dela.

– Exatamente! Já fizeram contato visual com ela?

– Só quando ela abriu fogo contra nós, o que devo dizer, não foi nada adorável. – Hunter apareceu no meio da conversa, deixando-a ainda mais preocupada com a gravidade dos fatos.

– Então ela ainda está no barco...

– Estava – Coulson interrompeu, ao ver a movimentação estranha da água saindo pela parte traseira do barco. – Ela escapou dentro de um submarino ou algo assim.

– E agora? Podemos ser atacados a qualquer momento! – ela usou subscreveu as comunicações pelo canal do notebook, simulando a atividade normal da base Playground. – Vocês precisam voltar pra cá, imediatamente! Não posso defender a base sozinha, e o Fitz não pode operar os...

– May está na linha cruzada e já está direcionando o quinjet.

– Coulson – Skye chamou antes que ele desligasse. – Estou mandando as coordenadas da... Casa da Simmons.

Skye relutou ao revelar a informação a Coulson. Sabia que dessa maneira o chefe descobriria sua desobediência, mas aquilo era o menor dos problemas naquele momento. Havia algo naquela casa que a H.I.D.R.A. queria colocar as mãos e ela estava disposta a descobrir o que era.

– Simmons escapou... Você é o diretor... – ela tentou dar algumas dicas.

– May e os outros voltarão para a base logo após me deixarem na residência dela. Vamos descobrir o que ela entregou a eles sobre nós.

– Certo, senhor. Desculpe-me pela...

– Você agiu corretamente Skye – ele não a deixou terminar a frase. – Sei que deve estar sendo difícil pra você.

– Bem... Nunca é muito legal quando se descobre que a sua melhor amiga trocou sua organização pela H.I.D.R.A. mas... – ela deu de ombros, tentando parecer que aquilo não tinha importância. – Fazer o que? Isso acontecendo com certa frequência, ultimamente...

– Logo chegaremos aí. Fique atenta!

– Pode deixar, chefe.

Skye desligou o telefone e voltou a olhar para o computador de Simmons que ela havia acabado de invadir. Um lindo quadro de borboletas a encarava, apenas querendo convencê-la de que tudo aquilo era um grande mal entendido. Jemma não era da H.I.D.R.A. Não podia ser.

A agente balançou a cabeça rapidamente, na tentativa de espantar os próprios pensamentos e focar-se na missão de encontrar a tal coisa que a H.I.D.R.A. queria naquela casa. Fez o download de todos os arquivos suspeitos para um pen drive e revirou a casa inteira atrás do objeto. Após alguns minutos, ouviu a porta abrindo-se e correu para o guarda-roupas. E se não fosse Coulson? Ela não poderia arriscar se entregar assim.

Mas era Coulson. Ele também estava fazendo a ronda pela casa. Skye ouvia tudo, porém não queria que ele a visse naquele momento. Estava começando a achar que podia escapar ilesa do castigo, ou talvez já fosse muito tarde. Seria melhor sair antes que May chegasse na base e o informasse sobre o seu desaparecimento. Ela deu um passo para sair do guarda-roupas quando ouviu a porta abrindo-se novamente e o barulho de uma pistola destravando.

– A H.I.D.R.A. está aqui. – ela sussurrou. – Droga, Coulson – Skye pressionou o comunicador e resolveu reportar-se à sua O.S.

– May?

– Skye? – a asiática respondeu surpresa. – Acabamos de chegar na base, onde você está?

Skye tomou fôlego antes de responder àquilo.

– Estou infiltrada na casa da Simmons. Olha, surgiu uma pista da H.I.D.R.A. tive que seguir... Sinto muito, não quis causar problemas...

– Skye, fale devagar – ela a interrompeu. – Você é uma agente agora. Tenho certeza de que avaliou os riscos antes de fazer isso.

– Sim! – ela suspirou levemente aliviada. – Eu encontrei algumas coisas no computador dela, enfim... Isso não importa agora. A H.I.D.R.A. está aqui. Coulson está lá fora sem reforço. Não sei o que está havendo agora, mas Coulson está conversando sob a mira de alguém.

O coração de Melinda pareceu parar naquele momento. Aquela seria definitivamente a última missão de campo que ela o permitiria ir.

– Droga, Coulson – ela balançou a cabeça negativamente, em tom preocupado. – Estamos a caminho, okay? Fique na cola dele para cobri-lo. – May deu uma pausa e fechou os olhos com força. – Skye. Se for preciso...

– Eu sei, May – ela respondeu, engolindo em seco. – Você me treinou muito bem para isso.

– Ótimo – Melinda pegou o casaco novamente e chamou os outros. – Estarei levando Fitz e Mac. Talvez precisemos de alguma ajuda com esse objeto misterioso. Mac precisará avalia-lo e Fitz...

– Não ficará bem sozinho. – Skye completou.

– Exatamente – ela afirmou, com certo ar de melancolia. – Chegaremos o mais rápido possível.

Skye desligou o telefone e escutou com atenção. Coulson estava conversando com alguém. Mais precisamente com Jemma Simmons.

* Presente atual...


– Sabe – Simmons permanecia imóvel, com a arma ainda apontada para o diretor da S.H.I.E.L.D. – A Skye que eu conheço não faria isso.

– E a Jemma que eu conheço nunca nos trocaria pela H.I.D.R.A. Mas – Skye usava seu tom de voz mais irônico. – Aqui estamos nós.

– Skye, é melhor não fazer nenhuma besteira. – ela alertava, sem desviar os olhos de Coulson.

– Tem certeza de que sou eu quem está fazendo a coisa errada aqui, minha amiga?

– Você não entenderia...

– É claro que eu não entenderia, Simmons! Não há o que entender! – Skye gritava, agora sentindo seu coração apertando dentro do peito. – Agora, largue a arma e entregue a droga do objeto que está escondido nessa casa!

– Eu não sei do que você está falando. – ela respondeu séria e sentiu a pistola arranhando sua nuca. – É sério, Skye! Eu não sei que coisa é essa e nem por que invadiram a minha casa!

– Ah, é mesmo? – Skye deu dois passos para o lado e apareceu para Simmons pela primeira vez, ainda encostando a arma na cabeça dela. – Vamos falar sobre o fato de que você pode escolher entre falar agora ou não falar nunca mais.

Simmons sorriu com o canto da boca. May estava fazendo um ótimo trabalho como O.S. da Skye. Tudo nela estava mais aguçado, física e emocionalmente. Jemma não pôde evitar se orgulhar da postura dela diante daquilo.

– A May andou te treinando, não foi?

– É, eu tenho malhado ultimamente – ela disse com sarcasmo. – Cadê a droga do objeto, Simmons?

– Pela ultima vez – Jemma abaixou a arma e virou-se para ela, sem se importar com o fato de que a pistola estava carregada e destravada. – Eu... Não... Sei!

– É o que vamos descobrir.

Coulson aproveitou o deslize de Jemma e tomou a arma dela, arrastando-a pelos braços em direção ao quarto. Skye continuou vasculhando o local, agora sem cuidado algum com as coisas dela, como se quisesse descontar toda sua raiva nos objetos pessoais de Simmons. Roupas, livros, seu box raro de Doctor Who. Tudo ia sendo jogado aos montes, até uma pilha de coisas se formar em cada canto da casa.

– Vocês não encontrarão nada aqui – Simmons alertava, algemada à esteira. – Podem procurar o dia inteiro.

E ela estava certa. Até onde sabia, não havia nada de novo ou nada em que a S.H.I.E.L.D. ou a H.I.D.R.A. quisesse por as mãos. Mas de alguma maneira, alguém havia enviado aquele sinal. Alguém que estava mexendo os pauzinhos para que tudo ocorresse naquela ordem.

– Coulson, Skye!

A voz de May veio acompanhada por um conjunto de passos. O rastro de coisas espalhadas pelo chão fazia parecer que ali havia passado um terremoto. A asiática parou na porta e demorou a acreditar na cena: Jemma Simmons sentada no chão, algemada à esteira e sob a mira de uma pistola.

– Coulson – ela lançou um olhar de reprovação para ele, já prevendo o que aconteceria em seguida. – Não...

– Ela é uma traidora, May. Simmons é uma agente da H.I.D.R.A.

May abaixou a cabeça. Não por ter ouvido aquilo, afinal ela já sabia do que se tratava. Era por ele. Antes que a piloto pudesse avisar qualquer coisa, Fitz entrou naquele cômodo, ainda mais perturbado do que estava. Ele forçou a vista e levou as mãos à cabeça, percebendo pela primeira vez que Simmons não estava com ele todo aquele tempo. Aquela era a Simmons real.

Toda a casa ficou em silêncio. Coulson jogou a arma no chão e a chutou para longe, tentando fazer com que Fitz esboçasse alguma reação, mas o garoto ficou estático. Olhava para Simmons algemada e não sabia o que pensar, como agir. Sentiu como se voltasse àquele contêiner no meio do oceano. Sem ar.

– Jemma... O que estão fazendo com você, eu não...

– Não se aproxime, Fitz. – Simmons pediu com cuidado. – Por favor, saia daqui.

– Não, Jemma... Eu não entendo – ele não se deteve. – Eu não quero... Você não é da H.I.D.R.A. – a respiração de Leo começava a ficar mais intensa – Você só não... Você não...

– Suportou – Simmons ajudou.

– Isso! Suportou esse meu estado de doença! – ele disse, sentindo nojo de si mesmo.

– Isso não tem nada a ver com você, Fitz! – ela respondeu, também sentindo o coração acelerar. – Perdoe-me por isso, mas você precisa aceitar os fatos!

– Fatos... Que fatos?! Isso não é fato! Nunca foi um fato! – ele descontrolava-se, chutando parte das coisas que estavam no chão.

– Fitz – Skye tentou acalmá-lo. – Mac está chamando você para...

– Não... Ele só quer me tirar daqui porque eu estou agindo como um... – ele fechou os olhos e estalou os dedos, tentando lembrar-se do termo. Olhou para Simmons e apontou o dedo para ela, esperando que ela completasse a sentença.

– Vá com ele, Fitz. Vai ser melhor para você. – ela disse, olhando pra ele fixamente.

– Eu amo você, Jemma. – ele disse, aproximando-se ainda mais dela. – E você me disse naquele dia na... – ele desistiu de se lembrar. – Algum dia... Você não é da H.I.D.R.A.

– É isso que nós fazemos Fitz – Jemma engoliu em seco e inclinou o corpo para frente, sentindo a saliência do metal machucando o seu pulso. – Fazemos as pessoas acreditarem em nós. E depois que estamos dentro, nós bagunçamos com as vidas delas. É o trabalho. Não é nada pessoal

Skye deu um passo para trás ao ouvir aquilo. “Não é nada pessoal”. Seus olhos encheram-se de lágrimas. Ela definitivamente não acreditaria em nenhuma palavra que Jemma dissesse, aliás, já estava se segurando por tempo demais.

– Por que, Jemma? – Skye largou a pistola e se pôs ao lado de Fitz, ajoelhando-se no chão. – Por que você nos deixaria? – seus olhos cansaram de segurar as lágrimas. – Eu ainda posso ver você aí dentro em algum lugar... Não só o Fitz... Eu também posso ver, Simmons.

– É mais fácil se todo mundo fizer o seu trabalho, não acha? – Jemma estava séria, sem um traço de medo na voz. – Eu fiz o meu. Agora faça o seu como agente: supere. O máximo que posso dizer é sinto muito, mas não me arrependo das escolhas que fiz.

Skye pôs-se de pé novamente. Acenou positivamente com a cabeça e saiu em silêncio, deixando Fitz ainda estático na frente dela. Todos os outros agentes estavam com as respirações pesadas, mas nenhum deles ousou quebrar o silêncio do ambiente por um tempo até que Fitz voltasse a reagir.

– Jemma – ele disse, alisando o rosto dela. – Eu acredito em você.

– Você acreditou no Ward, Fitz – ela respondeu, afastando seu rosto do dele. – Até ele lançar nós dois no fundo do mar. – ela deu uma pausa e voltou a olhar para ele. – Não espere eu fazer o mesmo para desistir de mim. Eu sinceramente não quero te machucar.

A essa altura, nem o treinamento de May conseguiu impedi-la de sentir seu coração se partindo em dois. Mas ela precisava ser racional naquele momento. Fitz estava quebrado e aquilo só o estava machucando ainda mais. Ela precisava intervir de alguma maneira.

– Fitz – ela chamou, mas o engenheiro permaneceu hipnotizado pelo rosto gentil da bioquímica. – As pessoas acreditam no que precisam pra justificar suas ações. Por favor, tente compreender o fato de que não pode...

– Sim, eu acredito nela – Fitz aproximou-se novamente de Simmons e a beijou brevemente, deixando todos os outros agentes completamente sem ação. – E acreditarei até que ela me prove o contrário.

– Essa é uma boa hora de descobrir, amigo.

Outra voz surgia bem detrás deles, fazendo com que todos os olhares se voltassem para a porta. Um homem alto, forte e vestido com um sobretudo preto apareceu, trazendo uma Skye ensanguentada nos braços.

– Olha só o que eu achei lá fora? – ele sorria descaradamente. – Vamos deixar a pequena Simmons finalizar essa – ele continuou. – Ela vai adorar da a facada final.

Skye se contorcia meio grogue. O indivíduo a havia sedado ao encontra-la chorando na porta do 2C e logo após, havia espancado Skye no meio da rua, enquanto a garota lutava para ficar de pé, sob o efeito da droga.

– Seu desgraçado! O que fez com ela?! – May partia para cima dele quando ouviu Coulson gritando do outro lado do quarto.

– May, Não!

– Olha, olha, cuidado – Jörn deu um passo para trás e ameaçou injetar algo suspeito na garota. – Mais um passo e... Vocês não vão querer ver o que essa gracinha vai se tornar.

May não teve outra escolha a não ser recuar. Ele foi até Jemma e abriu os cadeados, não poupando carinhos a ela na hora de fazer isso. A bioquímica olhou de relance para cima e pensou ter visto alguma coisa brilhante escondida no abajur. Deixou isso de lado e ficou de pé, enquanto Jörn mantinha Skye de pé, quase desacordada. May estava suando frio e com os punhos cerrados. Coulson estava tão perplexo quanto Fitz e Mac, apenas assistindo tudo sem poder reagir. Os outros agentes voltaram para o quinjet, seguindo de volta para a base com Triplett, após Koenig fazer uma chamada. Simmons havia pegado a arma de Coulson e olhava para Skye com uma expressão sarcástica de compaixão.

– Agora – Jörn afastou-se de Simmons, segurando Skye pelos dois braços. – Vamos acabar com isso, Jemma.


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Notas finais do capítulo

[Insira uma nota final aqui]

#Itsallconnected