Nosso Direito Divino escrita por Ju Mellark


Capítulo 15
Capítulo 15: Vamos fazer Um Jardim!; Coronel e Seu Sexto Sentido; Aquilo Não Podia Estar Acontecendo, Não Com Ela; Eu Amo Você


Notas iniciais do capítulo

E aí, beleza??
Não, gente, não há notas no capítulo 14, pq eu postei ele e o 15 hoje, como um presentinho de Natal! Bom dia, pra vc!
Como vcs podem ter visto, o 14 foi só uma pequena passagem, mas esse 15 tem mtas coisas, e digo desde já: NÃO ME MATEM, SENÃO NÃO TEM CAPÍTULOS DPS! OBG, DE NADA. Heuehueheuheuh eu não tô brincando. Mesmo tudo q ocorre, eu espero q vcs gostem! É um acontecimento super importante. Quem adivinhar uma pequenina mensagem oculta dps de ler, ganha uma paçoca!
Annabelle Chase e Isa Mellark Lovegood, espero muito q gostem e obrigada por terem favoritado :D
Muito bem, muito bem... Obrigada pelos comentários do capítulo 13, é mto bom ver o carinho de vcs, suas fofas *u* Esse capítulo é dedicado a todas leitoras, beijão pra cada uma! e.e
Eu não sei qnd volto, mas com certeza antes do ano novo, ok??
Hm... Quem me dará o meu presente de natal?? Hein, hein?? e.e
Ok, espero q vcs gostem, gente, e pensem bastante antes de me xingar!
Comentem e favoritem!
Beijoos ;D



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– Por que estou fazendo isso mesmo? - Pergunta Finnick equilibrando os vasos de flores nos braços.
– Porque você é meu amigo. E porque eu consegui um frango assado para Annie às duas e meia da manhã. Considere uma troca de favores.
– É, é uma boa explicação. Obrigado. E por que está fazendo um jardim?
– Quero fazer uma surpresa a Katniss. - Explico.
– Entendi. Sabe, cara, acho que meses atrás eu não acreditaria que você estaria assim hoje. Me lembre de agradecer Katniss pelo resto da minha vida. - Diz naturalmente.
– Por quê? - Acho que eu já sabia a resposta.
– Por te fazer voltar a viver. Você sabe, por te fazer feliz. Eu sempre quis te ver assim, e hoje é uma realidade. - Ele deu de ombros enquanto eu tirava a terra com uma pá.
– Finn, eu nunca te disse isso, mas obrigado por se preocupar tanto comigo. Eu te devo muito por isso. - Digo sincero.
– Não deve, não. Agora cava logo isso, temos um jardim para fazer até as cinco e meia. Já são duas e meia. - Ele alertou. Eu sorri. Sabia que o loiro só havia desviado o assunto por um motivo. Mesmo parecendo um brutamontes, o coração daquele cara era igual manteiga, ele era tão sensível quanto a maior parte da população feminina.
Deu trabalho para terminar o jardim em três horas. Mas eu sabia que valeria a pena para ver a expressão animada e satisfeita de Katniss.
Tive que manter Coronel longe, já que ele queria espalhar toda a terra de novo para todos os lados.
– Somos ótimos jardineiros. - Declarou Finnick amassando a terra com a pá, terminando tudo.
– É, acho que somos, sim.
Honestamente, o jardim tinha ficado muito bonito, ainda mais contando com o fato que não havia sido feito por um profissional. E estava do jeito que me fez ter certeza que Niss gostaria: colorido.
– Você tem cerveja aí? - Ele perguntou.
– Não sei como consegue gostar tanto disso. - Murmurei. - Tenho, sim, deve ter uma garrafa na geladeira. - Indico para ele entrar em casa. - Vou levar essas coisas lá para o fundo. - aviso pegando as ferramentas que usamos.
– Tá bom. - subiu os degraus de madeira da varanda e entrou.
Deixei os instrumentos ajeitados no quintal e entrei pelos fundos.
Finnick estava esparramado no sofá com a garrafa de Heineken em uma mão e o controle da TV na outra.
– Vai ter que sumir daqui até as cinco e meia. - Digo.
– Mas... Meu trabalho não será reconhecido? - brincou.
– Foi uma troca de favores, Finn. Eu vou subir para tomar banho.
– Tá - Apenas disse voltando sua atenção a um jogo de basquete.
Eram cinco e vinte, então fiz o máximo para não demorar e ainda assim tirar toda terra que parecia sacudir em minhas roupas.
Finnick não havia ido embora quando desci, e perguntei por quê.
– Katniss ainda nem chegou. - Ele murmurou prestando mais atenção no jogo.
Rolei os olhos e fui fazer um sanduíche.
– Oh, Peeta, por que Coronel tá nervoso desse jeito? - o loiro perguntou no sofá estranhando.
Coronel latia sem parar, e logo veio até mim, pulando em minha perna.
– Não, garoto, assim você me machuca. - O repreendi quando suas unhas arranharam minha coxa.
Coronel não parou de latir ainda pelos próximos quinze minutos, quando Katniss ainda não havia chegado e quando eu já me preocupava.
– Ah, carinha, o jogo tá acabando, fica só quietinho um pouquinho. - Pediu meu amigo choroso para o cão. Mas ele, de novo, não parou.
– Ei, amigo, calma. O que aconteceu? - o acariciei. O telefone começou a tocar, e me levantei para atender.
– Ok, eu desisto, vejo o resultado depois. - Finnick levantou as mãos em rendição com os olhos arregalados. Fiz sinal para ele se calar.
– Alô? - atendi, mas ninguém falou nada do outro lado. - Alô? Quem é? - Disse de novo.
Peeta– Annie respondeu com um soluço cortando sua fala.
– Annie? O que foi? - perguntei, e Finnick já ficou em alerta, se levantando e me olhando com interrogação.
Peeta, eu... Eu não sei o-o que... Aconteceu direito...– ela lutava com as palavras, gaguejando.
– Annie, calma. Respira. - Pedi. Ela o fez. - Mais uma vez. Agora me diz, o que aconteceu? - Perguntei.
É a Katniss.– Ela conseguiu falar mais claramente. - Ela...– minha amiga não conseguiu terminar, pois foi interrompida por um choro alto.
– Annie, o que foi? Não chore. O que aconteceu com ela? - Meus batimentos cardíacos já estavam acelerados, conseguia ouvir o sangue circular em minha cabeça.
Katniss sofreu um acidente, Peeta.
E foram essas as palavras jogadas em mim como facas. Eu simplesmente congelei.
Meu coração, que antes estava rápido demais, havia parado.
A última coisa que consegui realmente assimilar foi o telefone escorregando da minha mão para ir de encontro ao chão, com um baque completando seu objetivo.
******
– Mais rápido, por favor! - Pedi nervoso para o taxista. Ele arregalou os olhos assustado e pisou no acelerador.
Ele parou na frente da entrada do hospital e saí do carro, batendo a porta com força inconscientemente.
– Obrigado. - vi Finnick dizer e lhe jogar uma nota.
Corri para dentro e vi a moça baixinha da recepção se assustar quando encostei no balcão.
– Moça, pelo amor de Deus... - comecei.
– Peeta! - Annie chamou minha atenção. Ela logo veio até mim e me abraçou com força. A abracei de volta - tomando cuidado com sua barriga já um pouco maior -, mas me afastei, perguntas rodavam em minha cabeça e eu tinha que fazê-las. A morena chorava. - Annie, o que aconteceu com ela? Não é grave, não é? Ela vai ficar bem, não vai? - perguntei desesperado, já chorando com ela.
– Peeta, eu não sei o que aconteceu. - disse sinceramente. - Acho que ela estava indo embora... Eles me ligaram, meu número estava como em caso de emergências. Só me disseram que ela havia sofrido um acidente, e eu voei pra cá. Mas ninguém veio dar notícias. - Lamentou fungando.
– Amor. - Finnick a abraçou.
Eu pisquei algumas vezes, mas nem isso impediu com que eu tivesse a sensação que tudo à minha volta rodasse.
Esfreguei meus olhos, mas também não funcionou.
– Cara, senta um pouco, você não tá bem... - Finnick pediu preocupado, me segurando pelos ombros. Não protestei. - Eu vou pegar uma água pra vocês. - Ele saiu.
– Annie, eu preciso de notícias dela. - Choraminguei.
– Eu também, Peet, mas calma, vai dar tudo certo. - Ela esfregou minhas costas, quando dois vultos invadiram o espaço apressados.
– O. Que. Aconteceu. Com. A. Minha. Irmã? - Gale perguntou pausadamente. Madge sentou ao lado de Annie, a abraçando e tentando a consolar.
– Também não sabemos. - ela respondeu baixo. O moreno suspirou alto e puxou seus cabelos em um ato de nervosismo. Finnick voltou com duas garrafinhas de água e me deu uma.
– Cadê minha menina? - Mary apareceu também com Joseph. - Peeta! Como está Katniss? - ela veio até mim. - Você está chorando, querido? - perguntou quando levantei e tirei as mãos do rosto. - Vem aqui. - Ela abriu os braços em claro sinal para abraçá-la, e não neguei. Me inclinei até poder fazê-lo.
– Não temos notícias dela, Mary. - Murmurei.
– Vai ficar tudo bem, rapaz. - Joseph assegurou batendo em meu ombro.
– Com licença, pode me dar informações sobre o estado de Katniss Everdeen? - ouvi alguém perguntar para a recepcionista. Reconheci como a voz de Clove.
– Desculpe, mas ainda não foi declarado nada. - Ela respondeu.
– Claro, obrigado. - Agora era Cato.
O casal logo me viu, e andou até mim.
– Peeta. - Cato me cumprimentou com um abraço breve e Clove me deu um beijo no rosto. - Sinto muito. - A baixinha me olhou mordendo o lábio, solidária.
– Tudo bem. Vai ficar tudo bem. - repeti para mim mesmo.
– Vai mesmo. - Cato concordou. - Katniss é forte.
Qualquer um já sabia o quanto Katniss era querida. Mas, olhando aquela sala, dava para ver que todas aquelas pessoas tinham um espaço dentro de si que pertenciam àquela garota. Todas aquelas pessoas olhando para o nada, tentando esperar pacientemente por uma notícia daquela garota que tinha os cativado. Katniss era amada.
Em mim eu sabia que não era mais só um pequeno espaço. Katniss havia me encantado por inteiro. E a consequência disso era o fato de meu coração pertencer totalmente a ela.
******
– Família de Katniss Everdeen? - um médico apareceu com uma prancheta, a olhando através das lentes quadradas.
Mais da metade daquela sala se levantou. Ela não estava cheia.
Depois de Clove e Cato, mais pessoas ainda chegaram. Eu não pensava que conheceria Mags enquanto esperava qualquer notícia da minha namorada no hospital, mas foi exatamente assim. Vieram mais quatro colegas de trabalho - Glimmer, Marvel, Rue e Tresh -, e até a doutora Paylor passou, mas logo teve que ir embora.
– Uau - O doutor silvou surpreso.
– O que aconteceu, doutor? - Annie estava quase o agarrando pela gola da camisa de tanta impaciência.
– Bem, o carro da Srta. Everdeen foi atingido na traseira com muita força, e foi atirado para frente, o que fez com que outro carro batesse em sua lateral. - Ele começou.
– E como ela está? - Finnick perguntou atento. Todos nós estávamos com a expressão curiosa e atenta sobre o médico.
– Bem, ela bateu a cabeça no volante com muita força, fizemos alguns exames, mas não dá para saber, ela está inconsciente. - ele lamentou. -E teve uma fratura na perna, felizmente não é grave. De resto nada além de arranhões e alguns cortes sem profundidade. - olhou por outro lado. Em seu crachá estava impresso "Dr. Heavensbee".
– E ela pode receber visitas? - pergunto esperançoso. Precisava ver Katniss, saber que estava bem.
– Sinto muito, pessoal, mas ainda é preciso realizar alguns exames. Talvez poderemos liberar daqui um tempo. - o doutor assentiu várias vezes. - Bom, com licença. - Ele se retirou.
Nós nos sentamos novamente e ficamos em silêncio. Clove, Glimmer e Rue roíam as unhas, Gale, Cato e Marvel passavam as mãos suadas nos jeans, Tresh batia o pé levemente e cruzava os braços, Mary segurava a mão de Joseph, Madge esfregava as costas de Gale, Finnick beijava a cabeça de Annie e a abraçava, e a mesma acariciava e massageava a barriga.
Eu não tinha reações.
******
– Peeta, nós temos que ir, amanhã trabalhamos e... Olha, nos ligue se tiver notícias, a qualquer hora. Gostamos muito daquela garota, precisamos saber se ela está bem. - Clove anotou o número do celular apressadamente num pedaço de papel e me entregou. - Nós voltaremos amanhã. - Ela prometeu antes de ir abraçada com Cato.
Mary e Joseph haviam ido embora um pouco antes, não podiam ficar muito, claro.
Os outros colegas de trabalho de Katniss lutaram e queriam ficar, mas sabiam que não podiam, então se foram também.
– Annie. - A chamei. Ela virou a cabeça ainda encostada no ombro de Finnick para me olhar. - Vá pra casa com Finn descansar, não é saudável ficar assim. - Me referi ao filho deles.
– Mas, Peeta... - ela começou a protestar.
– Ela vai ficar bem. - Tentei a convencer tanto quanto tentei me convencer. - Vai pra casa Annie.
– Prometa que vai me ligar por qualquer notícia que seja. A qualquer hora.
– Sabe que eu prometo. - Deixei um beijo em sua testa. Ela se levantou e Finnick pegou sua bolsa, antes de guiá-la para fora e me dar um aceno.
E assim ficou apenas eu, Gale e Madge.
Encostei a cabeça na parede, cruzei os braços e encarei o teto.
– Família de Katniss Everdeen? - Dr. Heavensbee apareceu novamente com as mãos nos bolsos do jaleco. Nós três nos levantamos esperando por algo. - Ela já pode receber visitas. Mas só um de cada vez. - Avisou. - Quarto 356. - E se retirou novamente.
– Peeta, você se importa se eu for primeiro? - Gale perguntou com a mão em meu ombro.
– Não, tudo bem. Eu quero ir por último. - Digo.
– Tá bom, obrigado. - Ele saiu com Madge pelos corredores.
Esperei alguns minutos de novo. Acho que mais ou menos uns quinze.
Quando Gale voltou, estava abraçado a Madge, e qualquer um via que ele tinha chorado, por menos que fosse.
– Eu vou deixar Madge em casa, ela está muito cansada. Volto ainda essa noite. - Disse lambendo os lábios e piscando várias vezes.
Katniss falara uma vez que ele só fazia tal coisa quando segurava o choro.
– Tá. Tá legal. Como ela...? - não termino a pergunta.
– Vai lá. - Tocou meu ombro e saiu do hospital.
– Tchau, Peeta. - Madge acenou e devolvi antes de dobrar a esquerda para procurar o quarto de Katniss.
Parei em frente à porta e a abri devagar, sem ouvir o costumeiro rangido que as portas fazem.
Olhei diretamente para a maca, e meus olhos queimaram. Cheguei mais perto e sentei numa cadeira ali do lado.
Aquela garota não era a minha Katniss.
Aquela garota não carregava o mesmo sorriso.
Aquela garota tinha a pele mais pálida. Não tinha os lábios tão vermelhos quanto a da minha garota. Mas tinha um corte na bochecha, a cabeça enfaixada e a perna engessada, além de tubos e fios ligados ao seu corpo.
Aquela garota não tinha o mesmo brilho nos olhos, já que suas pálpebras pesavam sobre os mesmos.
Simplesmente não havia nada de Katniss ali.
– Eu não sei o que posso dizer. - Sussurrei triste para ela pegando sua mão e sentindo seus dedos compridos e gelados. - Eu ia te fazer uma surpresa hoje. Seu jardim está pronto, com as flores que você pediu. Tulipas, azaléias, camélias, lírios, violetas, dálias, lembra? Estão todas lá. Acho que Coronel sentiu que tinha acontecido alguma coisa errada contigo, ele não parou de latir. O quão louco isso é, não? Eu estava te esperando para mostrar o jardim pra você, fazendo um sanduíche, quando Annie me ligou falando que tinha sofrido um acidente. Se não tivesse acontecido, acho que você não saberia do sanduíche, porque provavelmente me daria uma bronca, já que eu não jantaria depois. Me desculpe por isso, eu vou te escutar. Há segundos eu disse que não sabia o que dizer, mas agora eu sei: acorde, por favor. Nessas horas eu sei o quanto não posso ficar sem você. Eu não imaginava que te diria isso enquanto estivesse desacordada numa maca de hospital, mas eu te amo. - Suspiro beijando o dorso da sua mão. - Não achei que podia sentir isso, mas estou sentindo. Quando olho pra você, vou me lembrar que foi você, é você e será você a pessoa que me fez sentir amado novamente e que me fez amar novamente. Eu só quero que você saiba disso, então volte. Volte e repetirei o que disse quantas vezes você quiser. Volte, amor.

E então, pensei em como não queria que a hora certa fosse aquela. Não era.


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Notas finais do capítulo

Yeah, eu voltei!
Só vim aqui rapidinho deixar uma mensagem para cada um de vocês.
Eu espero do fundo do meu coração que o natal de vocês seja maravilhoso, que vocês aproveitem muito, mas não esqueçam do verdadeiro sentido da data ;)
Que vocês ganhem aquele presente que vocês esperaram por meses e que deêm valor. Que vocês agradeçam, que aproveitem suas famílias todas unidas, com aquele espírito maravilhoso. Que vocês pensem no próximo, que sejam felizes.
É isso. Feliz Natal!
;D