History Assignment... escrita por Daughter of Athena


Capítulo 27
Triste realidade... Ou não?


Notas iniciais do capítulo

O que acharam da capa nova?
Pov Annabeth



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Ás vezes penso que a vida pega mais no meu pé do que no do resto do mundo. Veja bem: Minha vida estava, finalmente nos eixos! Eu finalmente tinha aceitado a ideia de viver longe de Percy e finalmente tinha seguido em frente, superado.

Os negócios iam ás mil maravilhas e todos os meus sonhos se realizavam em minha carreira profissional, o que deixava a vida corrida como apenas uma pequena consequência de algo bem maior. Melhor. E Chazz me ajudava bastante também.

Ah, Charlie...

Além de companheiro de trabalho no escritório, Charles também era namorado nas horas vagas e, mesmo depois de eu deixar bem claro que o nosso lance era só uma tentativa, que eu não o amava da maneira como ele o fazia, ele me pediu em casamento. Eu fiquei sem ter o que fazer, não me culpe!

Percy era um sonho tão... Distante! Era impossível pra mim que ele voltasse um dia e, se voltasse, que viesse até mim. Desde que ele se mudou para a Califórnia no fim da faculdade venho conversando intimamente com Sally, sua mãe. A fiz prometer que não diria nada á ele, mas eu fazia de tudo para saber de cada detalhe da vida de Perseu. Eu o vigiava de longe.

E quando fiquei sabendo que ele dividia um apartamento na costa com Reyna, a namoradinha advogada que ele arrumou depois de mim, logo esperei o pior: Ele tinha se casado e Sally não dissera nada para não me magoar!

Sem pensar duas vezes aceitei o pedido de Charles, que alegava que iria me cativar, fazer com que eu aprendesse a amá-lo, não importava quantos anos isso levaria. Ele era um alívio para os meus dias mais difíceis e ombro onde eu podia chorar, mas nada mais que isso: Um super melhor amigo, um irmão mais velho que eu não tive.

E agora Percy estava ali, comigo, outra vez. Como se ele fosse uma peça que a vida me pregava, um castigo, maldição... Sei lá! Entenda como quiser, mas Percy Jackson não voltaria simplesmente por sentir saudades do trânsito caótico de Nova York. Ele estava atrás de alguma coisa. Alguém...

–N-noivos? -Ele engasgou-se com um suspiro surpreso.

Eu tentava ao máximo disfarçar o desejo enorme que eu tinha de tirar aquele anel de rubis e lançar-me nos braços do moreno á minha frente. O nervosismo em minha voz me entregaria se Perseu não fosse tão... Lento. Eu não podia render-me aos encantos dele, por mais que eu quisesse, era errado. Não podia fazer isso com Chazz, que tanto me apoiou quando Percy me deixara.

–É! -Exclamei, na melhor imitação de entusiasmo que encontrei.-Não é o máximo?!

–Cla... - Tossiu. -Claro. Eu... Fico, f-fico feliz por vocês.

–Completamos três meses de noivado na sexta. O tempo passa voando quando precisamos dele, não é?

–Você diz precisar... -Ele falou confuso.

–Para os preparativos, Cabeça de Algas.

Ele sorriu.

Ele sorriu por que eu sorri. Sorriu por que o chamei pelo apelido que tanto amava, sorriu por que eu expliquei algo tão óbvio mas que ele não fazia ideia do que se tratava. Ele sorriu por que percebeu que o que ele sentia por mim, eu ainda sentia por ele, como cinco anos antes, quando tínhamos ambos 17 anos e sem querer fomos empurrados um ao outro com um trabalho de história. O único oito na minha vida.

–Quem estamos tentando enganar? -Ele sussurrou. A voz rouca.

Eu o fitei: Cabelos bem aparados, barba rala por fazer, feições fortes e ombros largos. Percy se tornara um homem. Amadurecera tanto desse tempo pra cá, que eu diria que não era o mesmo menino que jogava no time de futebol do colégio e arrasava os corações das garotas de colegial se não fosse pelas orbes extremamente verdes e atraentes. As esmeraldas verde-mar que ocupavam o que era pra ser sua íris, me afetavam de forma avassaladora quando eu me perdia em sua vastidão.

Os lábios sutilmente rosados e entreabertos, a respiração descompassada e ofegante, as bochechas vermelhas de frio e vergonha. Cada detalhe nele me fazia querer agarrar o "garoto" de agora 22 anos á minha frente. Até mesmo seu guarda-roupas fora trocado: As bermudas largas para a prática esportiva deram lugar aos jeans skinny amarronzados e o costumeiro xadrez azul perdera espaço no armário para as camisas polo e os suéteres de cores neutras.

–Sabe que não posso. -Eu sussurrei de volta, fitando os lábios mais que convidativos. -Estou comprometida, Perseu.

Ele levantara-se de onde estava sentado com as pernas cruzadas e agachou-se perto de mim. Perto o bastante para eu sentir seu hálito fresco e seu cheiro de maresia. Percy pegara meu rosto entre as mãos e eu corei mais do que já estava, como se fosse possível. Colara nossas testas:

–Que pena.

E selou nossos lábios. Um único e ingênuo selinho, desses que se dá ao namoradinho da quinta série, demorado, cheio de paixão e saudade. E foi assim o primeiro contato entre nossos lábios desde aquele dia em que nos separamos: Nada mais e nada menos que um roçar de lábios.

Tentei alcançar a boca dele novamente, capturar os lábios que eram meus por direito, terminar o que ele havia começado. Mas Percy já estava longe demais, de pé e se retirando da sala. Ao passar pelo batente da porta parou e inclinou-se novamente para onde eu estava com um sorriso bobo e frustrado no rosto:

–Estarei te esperando, Annabeth. -Sorriu amarelo. -E esperarei o quanto for preciso. Só não me faça ter que esperar muito, por favor.

–Percy...

–Sabe onde me encontrar. Adeus.


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Notas finais do capítulo

Reviews!!!!!! Estamos na reta final!!!



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