If I Were A Boy escrita por Carol Munaro, Warri0rGirl


Capítulo 11
Happy Thanksgiving! II


Notas iniciais do capítulo

Ooi, gente! Boa leitura!



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– Eu te pedi pra me ajudar. - Falei pro Logan. Ainda estávamos no banheiro da casa dele.

– Espera. Eu tenho que me vestir também, se você não percebeu. - Torci o nariz.

– To com frio. - Fiz bico. Ele fechou meu vestido e me abraçou, dando um beijo na minha bochecha depois. Saímos do banheiro e, quando chegamos na sala, todo mundo olhou pra gente. Senti meu rosto esquentar e eu tinha certeza que estava o mais próximo possível da cor de um pimentão.

– Acho que rolou uma comemoração só deles no banheiro. - O primo mais velho comentou.

– Pelo menos parece ser uma boa garota. - A avó dele comentou. Gente, hello! Eu ainda to aqui! Ouvindo tudo!

– Vocês estão deixando a Meg com vergonha. E para de olhar pra menina assim. - Ele pegou a almofada e atacou no primo mais velho. Eu fingi que nem era comigo.

– Pelo menos ela é uma boa moça. - A mãe dele disse e eu continuei fingindo que não tinha nada a ver com o assunto. - Vem aqui, Megan. Logan guarda os álbuns de infância no quarto dele. Era tão bonitinho! - Sorri olhando pra ele, que começou a ficar vermelho. Ri.

– Tá com vergonha, Logan?

– Não. - Olhei pra ele tipo “jura?”. - É que… Olha só, eu era estranho. Tinha a cabeça maior que o corpo todo. E minha mãe deixava meu cabelo ficar grande. Aí quando eu cresci um pouco, tipo uns sete anos eu era gordinho.

– Ele era uma graça, Meg. - A mãe dele me disse, ignorando toda a fala dele e me guiando até seu quarto. Ela pegou uma caixa dentro do guarda-roupa do Logan e colocou na cama, onde eu já estava sentada. Minha mãe veio seguindo nós duas também, assim como ele.

– Eu não poderia perder isso. - Minha mãe comentou. E começamos a ver as fotos.

– Ah, para, Logan. Você era uma gracinha. - Falei e ele sentou do meu lado.

– Olha, na verdade, continuo sendo. Mas posso dizer com toda a certeza que melhorei bastante. - Ficamos vendo as fotos. Ele era realmente uma graça de menino. Gordinho de cabelo tigelinha e banguelo. Típica criança de sete anos.

Tomamos um café de tarde e eu e minha mãe fomos pra casa. Obviamente o Logan ficou com a família dele. Minha mãe não ficaria o feriado todo em casa. Na sexta ela já pegaria o avião de novo.

Claro que acordei tarde no dia seguinte (isso depois de deixar minha mãe no aeroporto e voltar a dormir). Peguei meu cobertor e travesseiro, e fui pro sofá. Resolvi assistir uma maratona de America’s Next Top Model. Um dia super interessante, como podemos ver.

Na verdade, ficou interessante mesmo quando meu celular tocou. Eu já achava que era o Logan, porque aquele menino não vive mais sem mim. Mas fui surpreendida.

– Alo?

– Meg?

– Eu. Quem é? - Ouvi uma risadinha.

– Scoot.

– Ah… Ah! Tudo bom?

– Aham. Espero que você também.

– Uhum. - E eu achando que ele tinha desistido. Apesar de que, vamos combinar, se ele desistisse depois de tanto tempo, é porque meu beijo é um lixo.

– Bom, ontem foi dia de Ação de Graças, então eu imaginei que você tava com a sua mãe. - Mais ou menos. - E… Pensei sobre a gente se ver hoje. - Claro.

– É, pode ser…

– Passo na sua casa as oito, então? - Olhei no relógio. 19h10.

– Ok. - Desliguei e fui correndo tomar banho. Só 50 minutos! Esse cara faz ideia de quanto tempo eu gasto pra arrumar os cachos? Óbvio que não, ou me ligaria mais cedo.

Tomei banho já pensando na roupa que eu iria usar. Me senti a “Barry Allen*” feminina correndo pra me arrumar. E, as oito horas, lá estava ele, tocando a campainha, pontualmente.

– Onde vamos? - Perguntei já dentro do carro.

– Vou te levar pra conhecer o restaurante da família. - Hmmmm…

– Tá trabalhando lá?

– Digamos que meu pai cansou de trabalhar e me deu.

– Devo dizer parabéns? - Ele sorriu.

(…)

O jantar com o Scoot foi maravilhoso. Definitivamente, ele é um dos caras mais legais que já saí. Sempre amei conversar com ele.

– Acho que a gente pode assistir um filme hoje. - Ele disse. Estávamos ainda sentados no restaurante. Só havia nós. Scoot estava com um braço sobre meus ombros e falava bem perto do meu rosto.

– Sua casa? - Ele me deu um selinho.

– Acho uma boa. - Me deu outro. - Adoro ficar assim com você. - Ele falou baixo. Sorri. Ao invés de me dar um selinho de novo, ele me beijou. Ficamos mais um tempo assim. Depois, o ajudei a fechar o restaurante e fomos pra casa dele. Scoot colocou um filme e eu me estiquei no sofá da sala. Ele deitou do meu lado e ficamos vendo. Ou quase vendo. Assim… Eu realmente tava interessada no filme. Pra infelicidade dele, que queria um sexo básico, como dava pra notar claramente. Mas a gente se beijava de vez em quando.

– Acho melhor eu ir pra casa. - Falei e ele até tentou disfarçar, mas fez uma cara de decepção…

– Eu levo você. Só deixa eu pegar um casaco. - Olhei a hora. Já era quase quatro da manhã. Afastei um pouco a cortina pra ver lá fora. Nossa senhora…

– Scoot? - Chamei por ele.

– Oi! Tem certeza que quer ir agora? - Ele falou voltando pra sala.

– Então… Acho que sua rua tá meio congestionada. - Ele parou do meu lado.

– Meio? Até derreter a neve já vai ser manhã.

– Isso se derreter de madrugada. - Ele me abraçou.

– Acho que alguém vai ter que dormir aqui.

– Pode tirando esse sorrisinho da cara. Vou ter que dormir aqui, mas no sofá, Scoot.

– Para de graça, Meg. Minha cama é de casal.

– Pois é, né… Me traz um travesseiro, por favor?

– Você é difícil, hein.

– Mas é lógico! Tá me achando com cara de Tracy? - Ele revirou os olhos.

– To querendo dizer que não vai rolar nada e você sempre pensa besteira. - Ele me deu um selinho e foi descendo até meu pescoço, me dando cócegas. - Não vou fazer nada que você não queira. - Ri e o empurrei.

– Para de palhaçada. - Ele riu também e foi buscar o tal travesseiro, mas me trouxe uma camiseta e um edredom também. Me deu vários beijos de boa noite e foi pro quarto. Me troquei e me enfiei debaixo da coberta. Tudo bem que tinha aquecedor na casa, mas tava frio do mesmo jeito.

"Mas que… Porrinha. Onde tu tá?"

Ai que pessoa estressada. Liguei pra ele.

– Você sumiu!

– Deixa eu te contar um segredo, Logan. Eu tenho uma vida, apesar de não parecer. - Ele respirou fundo.

– Eu fiquei preocupado.

– Jura?! Que fofo! - Falei sorrindo. Podia imaginá-lo revirando os olhos.

– Tava onde?

– Saí com o Scoot. To na casa dele.

– Vai dormir aí?

– É o jeito. Já viu a nevasca que tá lá fora?

– Devia ter ido embora mais cedo.

– Amanhã volto pra casa. Mas então… Por que me procurou?

– Pensei que iríamos sair. Aí chego na sua casa e dou de cara com a porta.

– Você devia ter me ligado antes de ir.

– Não pensei que você fosse sair. - Revirei os olhos. Mais seco que isso, só ele desidratando.

– Eu não tenho culpa.

– E aí vai dormir na casa de um cara que você mal conhece.

– Mal conheço?! Brincou, né? Nos conhecemos desde o colégio!

– Ele pode ter mudado. Sei que vocês não se viam faz mó tempo. - Tá brincando que ele realmente tá bravo comigo…

– Vai querer mandar em quem eu saio agora?

– Hm…

– Tá. Mas saiu ou voltou pra casa?

– Fui com uns amigos numa balada. Encontrei aquela tua amiga por lá.

– Que amiga?

– Ex, na verdade. - Deu até ânsia de vomito.

– Algum babado? - Espero que ela tenha engasgado com a língua de algum cara.

– Não. Ela tava, sei lá… Normal. Como todo mundo. - Damn!

– Ela te viu? Quis um remember?

– Viu. Remember?

– É. Se vocês ficaram de novo.

– Eu sei o que um remember significa, Meg. Mas… Eu nunca te contei isso.

– Vocês já se conheciam. E eu não sou estúpida, Logan. - Ele respirou fundo de novo.

– Entendi… Ela quis. - Resmunguei um “hm”. Será possível que ela querer todos os meus restos? To pensando em mandar o restante do meu almoço de segunda pra ela. - A gente meio que ficou. - Ele falou baixo. Até sentei no sofá.

– Oi?! Como assim “a gente meio que ficou”?! Logan, você tá de zoação, né?!

– Ué. Você ficou com seu amigo e eu com ela. Foi só um beijo, Megan. Para de drama.

– Primeiro, você não tem nada contra o Scoot. Segundo, vocês nem se conhecem. Terceiro, você sabe muito bem quem aquela vaca é.

– Ela dormiu com o seu namorado. E o que eu tenho a ver com isso?

– Você é meu amigo!

– Seu amigo, não seu namorado. - Não falei nada. - Tá aí ainda?

– To, né!

– Vai continuar emburrada só por isso?

– Vou dormir, Logan. Boa noite. Sonha com a vaca da Tracy. - Desliguei. Mereço uma coisa dessas?! Ele sabe que eu odeio aquela menina e fica com ela! Se ele não me contasse, capaz de chegar na minha casa amanhã e a gente ficar. E… Ai que nojo!

– Tá tudo bem? - Ouvi a voz do Scoot.

– O que você ouviu?

– Uma parte do final. Foi sem querer. É que você… se alterou um pouco. - Ah, que ótimo! Eu parecia uma louca na casa do cara.

– Eu supero. - Ele sorriu de canto e deu um beijo na minha testa.

– Tem certeza que não dormir lá no quarto? Sem malícia, Meg.

– Vou ficar bem aqui, Scoot. Obrigada. - Ele voltou pro quarto e eu deitei no sofá, me cobrindo até o queixo.

Fiquei pensando sobre Logan + Tracy. E em como ele teve coragem de ficar com ela. Uma vez, tudo bem. Mas duas é burrice. E o Logan fica tão burro por mulher. Parece que tem formigamento na cueca. Não se controla. Logo ela! Ele pode ficar com qualquer uma que juro que não vou ligar (mentira). Mas com ela não.


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Notas finais do capítulo

*O nome verdadeiro do Flash. Meio que viciei no seriado. Aí saiu né rç
Espero que tenham gostado do cap. Então, né... Acho que é só. Beijos!



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