Possible Dream escrita por Thayy


Capítulo 2
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Notas iniciais do capítulo

Hey gente, tudo bem com vocês? Ontem eu estava estudando e não deu de postar aqui, mas agora deu tempo então espero que gostem de capítulo haha



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Sim, eu havia acabado de esbarrar em Charlie, o garoto que eu tinha conhecido no ônibus. Ele olhou pra mim e sorriu.

– O que você está fazendo aqui, mocinha?

– Passeando, e você?

– A mesma coisa. – Falou, e rimos.

– Então... Que tal você me contar o que você ia dizer quando chegamos na escola?

– Acho que aqui não é o lugar certo... – Falou.

– Ah, porque não?

– Hoje, às três horas na minha casa, ta bom?

– Ah meu deus, ta bom, vou falar com a minha mãe e depois eu te ligo... Aliás qual o número do seu celular?

Ele passou o número do celular dele e eu passei o meu pra ele, assim eu me despedi e voltei pra sala. Não via a hora de ir pra casa. Queria muito ir à casa de Charlie, conhecer sua família e conhecer mais ele, também. Fiquei pensando nisso, até que o sinal bateu e eu corri pro ônibus. Lá eu encontraria Charlie, provavelmente. Cheguei e sentei no mesmo banco de antes, e fiquei esperando. Foram vindo, e vindo, muitas pessoas, e nada de Charlie. Até que a porta do ônibus fechou e a pessoa que eu estava ansiosa pra ver não havia entrado. Fiquei triste com isso, mas sabia que eu o encontraria mais tarde.

Quando cheguei em casa vi que minha mãe estava na cozinha, preparando a comida. Ela veio e depositou um beijo em minha bochecha.

– Olá, filha! – Falou alegre. – Como foi na escola?

Na hora, eu fiz uma cara de “assustada”. O que tinha acontecido com minha mãe? Hoje pela manhã ela estava tão triste, tão pra baixo, e agora está toda alegre? Decidi não perguntar nada, e ser legal com ela.

– Oi, mãe! Foi entediante como sempre, mas eu gostei. – Falei. Decidi não contar sobre Charlie.

– Que bom que você gostou da sua aula, filha! Fico muito feliz com isso.

– Então mãe, a comida já está pronta?

– Só espera mais um pouquinho... Hm... Está pronta!

– Ótimo, estou com fome. – Sorri.

Minha mãe, Carla, colocou a comida na mesa. Eu comi devagar, e ao mesmo tempo conversava com minha mãe. Falei com ela que eu tinha que ir à casa de um amigo pela tarde.

– Que amigo?

– Um amigo da minha classe, mãe.

– Qual o nome dele? – Ela parecia preocupada.

– É Pedro, mãe! – Menti.

– Ah que bom! – Ela suspirou de alivio.

– Porque a pergunta?

– Nada não filha...

Assim eu terminei de comer, e fui assistir TV. Como não estava passando nada de legal, decidi terminar Harry Potter e as Relíquias da Morte para conversar sobre o livro com Charlie. Como eu estava no final, bastou uma hora e eu terminei de ler. Disquei o número de Charlie, e ele atendeu.

– Hey, Alice!

– Charlie! Tudo bem aí?

– Ta de boa, e aí?

– Mais ou menos...

– Ah meu deus, por quê?

– EU ACABEI DE TERMINAR RELIQUIAS DA MORTE!

– OH MEU DEUS ALICE!!! Eu acredito que você está com vontade de chorar, acertei?

– Sim, acertou! MEU DEUS QUE FINAL FOI ESSE?

– Na minha opinião Rowling devia continuar os livros.

– Concordo totalmente. – Ri- Seu personagem favorito morreu e o meu não Há-há

– Ah, mas eu duvido que Voldemort tenha morrido mesmo! Ou pelo menos ele deixou algo, deixou alguma pessoa... Aquele cara é muito foda, ele não pode morrer.

– Será? Como eu gostaria de fazer essas perguntar pra Rowling!

– Eu também! Podíamos escrever um final juntos, aceita?

– Claro! Mas não hoje... Eu vou preparar alguma coisa aqui em casa e daqui a duas semanas eu te mostro ta bom? E você faz o mesmo.

– Claro, Srta. Roswell. – Falou rindo.

– Charlie, eu vou desligar ta? Até daqui a pouco.

– Até!

Assim desliguei o celular... Ainda eram duas horas, mas eu resolvi me ajeitar. Tentei procurar uma roupa legal no meu guarda-roupa, mas não tinha nada. Fui procurar no guarda-roupa da minha mãe, e só tinha um vestido preto bem simples... Decidi usar ele. Coloquei uma sapatilha que eu tinha em casa, e deixei meu cabelo solto. Peguei meu celular e pedi pra minha mãe me levar até a casa do “Pedro” (Que era Charlie). Ela disse que não podia, então resolvi ir a pé porque não era muito longe.

Quando cheguei lá, vi Charlie na frente de uma casa bem bonita, de dois andares.

– Você está incrivelmente linda! – Falou quando eu cheguei mais perto dele.

– Obrigada – Corei. – Enfim, essa é a sua casa?

– Bem-vinda a casa dos Campbell’s. – Falou apontando pra casa, que estava mais pra mansão. – Convido essa menina linda pra entrar na minha casa. – Falou sorrindo e dizendo pra eu entrar. Eu entrei e me deparei com muito luxo, muita riqueza. A casa era cheia de lustres, móveis luxuosos, TV’s enormes, era tudo muito lindo.

– Então, gostou? – Falou, quando percebeu que eu admirava a casa.

– Eu amei! Minha casa não é nem metade disso aqui. – Falei e ele riu.

– Porque está rindo?

– Preferia mil vezes morar na sua casa pequena, do que aqui.

– Então você é um retardado! – Falei rindo.

– Meus pais não estão em casa... Como sempre, então estamos só nós e as empregadas.

Quando ele falou logo vi uma mulher de uniforme, e de touca na cabeça vindo correndo pra sala.

– Deseja alguma coisa, Sr. Campbell?

Charlie olhou pra mim como se perguntasse se eu queria alguma coisa, e só balancei a cabeça negativamente. Então a empregada foi embora.

– O que tavas fazendo quando eu cheguei?

– Te esperando, horas.

– Não, seu bobo, antes disso.

– Tava no meu quarto relendo o último capítulo de Harry Potter e as Relíquias da Morte para conversar com você sobre ele. – Falou. – Então quer subir lá em cima e ver minha coleção?

Então eu subi as escadas, e entramos no quarto de Charlie. Era lindo, e grande. Tinha uma estante enorme, cheia de livros, tinha uma escrivaninha com um computador, tinha pilhas de games e filmes no canto do quarto, e também havia uma TV na frente da cama. Ele andou até um armário, e me chamou pra ir lá.

– Meus livros e minhas coisas de Harry Potter não estão lá naquela estante, estão aqui. – Falou e abriu o armário. Lá tinha todos os livros, todos os filmes, tinha duas varinhas, o pomo de ouro, Hogwarts em lego, tinha quase tudo. Olhei pra ele impressionada e ele riu.

– Meu deus! Isso é um sonho! – Falei e ele riu.

– Você tem o que de Harry Potter?

– Só os livros, não sou rica.

– Então, eu te dou esse pomo de ouro se você quiser... – Ele falou sorrindo.

– Não! Quê? Sério? Ai meu deus, é claro que eu quero. – Ele me entregou o pomo de ouro. – Muito obrigada, Charlie.

– De nada, Alice. – Ele andou até a cama e sentou. Eu peguei uma cadeira e sentei de frente pra ele.

– Agora é o momento de eu dar uma de professora de filosofia. – Sorri – Conta pra mim, o que aconteceu?

– Contar o que eu ia falar no ônibus?

– É.

– Ta bom... Não é nada, eu to bem, super bem.

– Poxa, Charlie! Fala a verdade.

– Ta, eu não to muito bem, mas...

– Desembucha menino.

– Ta bom, minha mãe está super diferente comigo, ela não me trata do mesmo jeito... E não sei, parece que na minha vida está dando tudo errado, até eu te conhecer. – Falou, e eu sorri.

– Eu entendo, Charlie, mais que qualquer um eu entendo. Minha mãe também está diferente, mas minha vida está normal eu acho. Vai melhorar, ta bom? É só você acreditar, e qualquer coisa é só me ligar que eu vou estar lá pra conversar com você.

– Obrigada, mesmo, Alice! E o seu pai? Ele também está diferente contigo?

– Eu não tenho pai. – Falei, com a voz falhando.

– Ah meu deus, me desculpe.

– Não foi nada, relaxa.

– O meu está viajando... Como sempre. Ele não é nem um pouco presente na minha vida... Sabe, eu não tenho ninguém. Fico o dia todo aqui, nessa casa enorme, sem ninguém.

– Bom, agora você está comigo.

– Pelo menos uma coisa boa. – Sorriu.

– Então... Conte mais de você.

– Eu tenho vários problemas, e...

– Não! – Eu o interrompi. – Não quero saber da história dos seus problemas, quero saber seus hobbies, suas coisas favoritas, seus medos.

– Meus hobbies? Ler, assistir filmes e jogar vídeo-game. Minhas coisas favoritas? Meu celular e minha guitarra. Meus medos? Nunca ser o único de alguém.

– É sério?

– Aham. – Falou. – E me fale sobre você.

– Meus hobbies são ler, assistir filmes e escrever. Minhas coisas favoritas são meu violão e meu iPod. E meu medo é perder minha mãe.

– Você toca violão? – Perguntou impressionado.

– Sim, eu amo. E você toca guitarra, pelo visto?

– Sim. – Afirmou - Então, vamos assistir a um filme?

– Eu topo! – Falei me levantando. – Qual?

– Enigma do Príncipe?

– Pode ser. – Falei, e peguei o filme. Entreguei-o pra Charlie e ele desceu as escadas para assistir na sala. Fui até lá também e perguntei se ele iria fazer pipoca, então ele falou que ia chamar a empregada. Assim o fez, e depois ficamos ali vendo filme, em baixo das cobertas. Até que me dei conta que já eram 6 horas e me levantei num pulo.

– Que foi? – Charlie perguntou.

– Preciso ir. – Falei colocando minha sapatilha.

– Meu motorista te leva até lá.

– Ta bom, você vem comigo?

– Pode ser. – Falou, calçando o tênis. Então ele chamou o motorista, e partimos pra minha casa. Quando cheguei vi que minha mãe me esperava na janela.

– Tchau, Charlie. – Falei, depositando um beijo em sua bochecha.

– Tchau, Alice. Nos vemos amanhã.

Eu saí do carro e acenei. Eles se foram, e entrei pra dentro de casa.

– Graças a Deus, filha! – Falou minha mãe me abraçando. – Chegou tarde.

– Tá tudo bem mãe, estou inteira. – Falei e ela riu.

– De quem era aquele carro? – Perguntou.

– Da família de Charlie. – Falei, e logo depois fui perceber que tinha falado “Charlie” ao invés de “Pedro”.

– Charlie? – Minha mãe estava com uma voz de preocupada.

– É mãe. – Resolvi contar a verdade. – Não te falei que o nome do menino era Charlie?

– Não, filha. Você falou que era Pedro.

– Ah, eu me confundi, desculpa.

– Filha, eu quero que você fique longe desse menino!

– Quê? Mãe, você nem conhece ele.

– Alice, já pro quarto! – Falou num tom de voz mais alto. – E eu não quero saber de você conversando com ele, ta? Está proibida.

Fui correndo pro quarto, e bati a porta o mais forte que pude. Minha mãe nem conhecia Charlie, porque estava assim? Meu celular estava na minha mão, eu poderia ligar pra ele mas decidi que não era um bom momento.

(Mãe de Alice Narrando)

Não podia ser. Esse dia tinha chego, Alice enfim conheceu Charlie. Eu não podia deixar minha filha sair de perto de mim, eu não podia deixar que eles a levassem da minha casa. Eles estavam perto, e agora mais do que nunca terei que proteger minha amada.


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Notas finais do capítulo

Eai? Gostaram? Já já vocês vão descobrir sobre o que a mãe de Alice estava pensando mas enquanto isso fiquem na curiosidade haha ♥ Xoxo



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