Deixe a neve cair escrita por Snow Girl


Capítulo 8
Contagem regressiva


Notas iniciais do capítulo

Ei moças!
Demorei? Sim, demorei. E vocês tem sorte de ter um capítulo hoje, sério. Quase joguei esse computador pela janela u.u Resumo da ópera: eu sempre edito os capítulos antes de postar, ok, normal, hoje eu fiz uma super edição que tinha ficado muito top eis que o Nyah. Simplesmente. Saiu. Da. Minha. Conta. Fiquei muito p*** sério, af que ódio!
Enfim, mudemos de água pro vinagre....
Alguém já leu O Sangue do Olimpo? Preciso falar com alguém sobre esse livro! Não? Ok.
Notas finais tem mais, se não vou atolar essa parte aqui.

E última coisa aqui: Música do capítulo: She will be loved - Maroon 5



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Durante a semana, Dimitri parecia sinceramente disposto a me ignorar, embora estivesse quase sempre a meu lado, silencioso como uma porta e respondendo apenas monossilábicos quando eu o chamada para qualquer coisa. Você quer cavalgar? Não. Quer fotografar os pássaros na floresta? Não. Gosta de Illéa? Sim.

Nossas conversas eram mais ou menos assim e eu não descobri nada específico sobre ele. Às vezes eu jurava que tinha visto um sorriso, mas era só eu piscar que desaparecia e eu me convencia que era coisa da cabeça porque Dimitri era cool demais para sorrir. E ele nunca me permitia fotografá-lo, o que era o mais irritante, porque eu adoraria poder fazer um estudo de cores e expressões com Dimitri, mas eu sabia que não ia rolar se dependesse dele, o que infelizmente dependia.

Mari e Kristine tentavam me convencer que ele era assim mesmo, muito reservado. Marianne, que o conhecia quase há tanto tempo quanto me conhecia — o que era desde sempre —, dizia que ele estava apenas tentando entender o mosaico Layla que lhe foi apresentado antes de fazer uma investida.

Não entendi muito a coisa da investida mas ela só me disse para relaxar e que ia melhorar com o tempo, quando ele percebesse que estava no mesmo barco furado que eu.

Enfim, na quinta todos os nossos convidados já tinham partido, com exceção dos russos. Dessa vez eu fiquei no meu quarto, observando Kristine e um batalhão de costureiras cosendo roupas para o intenso inverno russo quando a porta do meu quarto foi aberta.

— Layla Schreave! — minha mãe me chamou, os olhos brilhando perigosamente, com meu pai e Robert em sua cola. — O quê você está aprontando?

E essa era uma coisa que eu costumava ouvir bastante. Fiquei feliz de um jeito meio masoquista de que as coisas estavam mais ou menos normal, nos últimos dias todos agiam como se estivessem se preparando para o meu funeral, não para uma viagem. Gostava de ver que minha mãe era a mesma de sempre.

Voltei-me para as mulheres surpresas coma entrada do rei e da rainha de Illéa. Ah, e o Robert.

— Por favor, vocês podem terminar isso na área de serviços? Preciso falar com minha família.

Todas concordaram ávidas para darem o fora dali. A expressão de mamãe me dava dicas do motivo que fazia as costureiras quererem sair do meu quarto e eu também queria desaparecer, porque eu sabia que só haviam avisado mamãe do que estava acontecendo agora. E, cara, minha mãe odiava ser a última a saber de alguma coisa. Acho que ela surtou quando soube que estava grávida de gêmeos, o que só aconteceu quando nós dois nascemos.

Kristine me olhou com uma sobrancelha arqueada e eu concordei, dispensando-a. Chegou a hora de assinar de vez minha sentença, digo, decisão.

As costureiras saíram levando os pedaços de tecido que já tomavam forma de vestidos elegantes.

— Agora… — mamãe começou. — Que ideia é essa de aceitar essa proposta maluca, Layla?

— Não é maluca, mamãe. Veja: Dimitri não é um maluco… eu acho… a Rússia é um grande país, nossas relações com eles é praticamente zero. Se ninguém der um passo essa relação não vai para a frente — tudo bem, inventei de última hora, mas poxa, minha mãe podia ser mais teimosa que eu às vezes e iria acabar entregando que isso tudo tinha um propósito por trás.

— E também... francamente, mamãe. Eles não vão me cozinhar. É apenas uma experiência.

— Isso é excelente — papai declarou. — Desde que você não faça besteira.

— Pai!

— Estou brincando, estou orgulhoso de você.

Papai e Robert começaram a falar empolgados sobre os pontos turísticos da Rússia e coisas para aumentar a moral de Illéa com a população e saíram conversando baixo.

A única que permaneceu foi minha mãe, que se sentou do meu lado na cama. Eu não conseguia encará-la.

— Eu sei que você está confusa, querida. Eu também estaria, mas você tem certeza sobre o que você está fazendo? Uma vez casada você não pode se separar, em relação a casamentos reais, eles são eternos.

— Mas eu não estou me casando, estou? É apenas um... intercâmbio para eu conhecer Dimitri melhor e tal.

Mamãe sorriu.

— Sim, Layla, eu entendi. Você que parece não ter entendido que quando as pessoas veem "princesa X vai passar um tempo com príncipe Y" elas entendem "princesa X em breve estará casada com príncipe Y".

Fiz careta mas consegui manter minha voz estável.

— Eu não ligo para o que as pessoas vão pensar, mamãe. Eu quero ir para lá. A Rússia pode ser um grande aliado, se eu estreitar as relações, talvez as coisas se ajeitem aqui em Illéa.

Minha mãe me olhou com franqueza.

Era difícil acreditar que ela já foi uma adolescente que tinha uma banda e quase passou fome. Para mim, mamãesempre seria uma rainha, mesmo que não tivesse se casado com o rei de Illéa.

— E eu te admiro por essa iniciativa, filha. Mas não será só uma aliança que fará as coisas se ajeitarem. As coisas estão mais críticas do que seu pai e irmão querem admitir. Eu sei disso, já vivi em uma guerra antes. — Mamãe estava se lembrando, eu sabia, dos rebeldes que vez ou outra invadiam o palácio. Alguns os chamavam de sulistas, outros, de destruidores. Não importava o nome, eram farinha do mesmo saco de assassinos.

Eu tremi embora claramente não fosse de frio. Desde pequena sabia dos riscos que corríamos. Não importava o quanto minha família dava o seu melhor, sempre havia alguém se ressentindo contra nós.

— Eu sei, mamãe — tranquizei-a, eu sabia o que estava fazendo. Mais ou menos. — Mas se isso é o que eu posso fazer, é o que eu farei. O poder corrompe, e se Michael precisa de aliados, então ele já foi corrompido. Precisamos de toda a ajuda possível e a Rússia se prontificou. Não podemos deixar isso passar — quem se importa com a felicidade pessoal quando se tem um país para governar?

— Você tem certeza disso? A Rússia é tão longe…. E é muito fria. Eu sei o quanto você odeia o frio — ela estava tentando me dissuadir.

Assenti. Ela não precisava me lembrar daquilo.

— Pessoas fazem sacrifícios por coisas que elas amam o tempo todo, eu também tenho que fazer.

Mamãe sorriu de forma carinhosa.

— Que foi? — perguntei estranhando sua expressão.

—Você age como uma verdadeira princesa e, embora eu odeie isso, estou orgulhosa de você.


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Notas finais do capítulo

Estou fazendo umas atualizações na fic, nada para se preocupar e nem precisam voltar e nem nada, só acrescentando umas ideias que eu tive esses dias e algumas nem tão novas assim.
Até logo :*



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