Sorry to You escrita por MihChan


Capítulo 13
Especial: Uma declaração, um imenso ponto de interrogação?


Notas iniciais do capítulo

Primeiro: Não me matem. Segundo: Eu posso explicar porque tanta demora. Terceiro: Não me matem, sério.
Oi, pessoas lindas do meu kokoro *3* (Isso é bajulação, tia) Bom, eu vou explicar porque eu demorei tanto para dar as caras por aqui porque acho que vocês merecem saber. Eu fiquei muito mal a alguns dias atrás, meu word ficou de gracinha com a minha cara, a internet também (Tivemos até que chamar um técnico pra resolver a parada), aí as aulas voltaram e meu professores são tão legais que, além de dar deveres para casa na sala de aula, eles também mandam por e-mail. Uns amores. Enfim, espero que me entendam.
Estou muito feliz pelos comentários, pelos favoritos e pelos acompanhamentos! Muito obrigada, gente! Agora os nomesinhos das pessoinhas que favoritaram: Im4gin3, Di Angelo, Karol e MoonWitch ❤ Sintam um abraço meu *u* E agradeço também a KuroiNeko e a Dreamer que estão acompanhando :3
Apesar da demora, pelo menos o especial saiu e.e Vocês vão poder conhecer mais a Chiyo e... Ah, descubram aí.
(Talvez, lendo esse capítulo, vocês recordem de algum anime, mas eu juro que não foi a intenção. Apenas ficou parecido xD)
Boa leitura ~>



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Certa garota, conhecida por sua ruivisse e crenças estranhas, estava acordando nesse exato momento.

Chiyoko colocou o pé direito primeiro ao se levantar. Você não acreditaria se eu dissesse o quanto ela consegue ser negativa quando não segue suas mandingas ou, como ela gosta de dizer, seus rituais. Só pra ficar mais bonitinho...

Ela se espreguiçou, esticando os braços para cima, e seguiu para o banheiro, fez sua higiene e desceu as escadas.

– Chiyo. – a mãe cumprimentou.

– Ohayo, Kameko. – ela sorriu gentilmente.

– Não me chame assim! – a mulher revirou os olhos em desagrado – Eu sou sua mãe! Seja normal e me chame de mãe! - a filha riu, sabia que ela ficava daquele jeito.

– Nervosa logo pela manhã? - ela brincou.

A mãe bufou em desagrado e sorriu por fim.

Chiyoko não parecia em nada com a mãe. Ela tinha um porte baixo e os cabelos eram um castanho escuro. Os olhos negros davam uma impressão de que ela iria lhe servir num jantar, mas ela era amável. Chiyoko puxara totalmente ao seu pai. Ele também era cheio de manias e costumes. Havia sido um ótimo marido.

Terminado o café. A ruiva se levantou e correu até uma pequena estante com somente uma foto, um vaso com flores, uma vela acesa e uma almofada a frente. Ela se ajoelhou na almofada, juntos as mãos e fechou os olhos. Sussurrou:

– Bom dia, papai. Me deseje boa sorte hoje.

E se levantou sorrindo. Eram iguais todos os dias. Ela sempre o pedia para lhe desejar sorte, como faziam quando ele ainda estava vivo. Pode não parecer, mas Chiyoko não era assim tão segura do que fazia num passado não tão distante. Seu pai então sempre a incentivara e lhe desejara sorte. Depois da morte dele, ela se tornou uma garota bem amargurada e de mal com a vida, até decidir que seria como ele. Alguém confiante e decidido, que procurava sempre ver o lado bom das coisas. E hoje, em especial, ela precisava de mais sorte do que nos outros dias.

Subiu para quarto enquanto a mãe a observava com aqueles olhos e expressão curiosa. Colocou um short solto e uma blusa mais justa de alças. Jeans e rosa, observou ela, Boa combinação? Deu de ombros, pegou uma bolsa que parecia ser de praia e desceu de volta.

– Estou saindo. – disse.

– Aonde vai? – a mãe perguntou.

– Eu volto logo. – sorriu, travessa – Kameko.

A mãe lhe jogou um porta-copo, mas o mesmo bateu na porta, pois Chiyoko já havia fechado a mesma e saído correndo.

Ela suspirou, nervosa. Não ficava assim facilmente, mas havia um motivo especial. A ruiva ficara sabendo que seu professor daria uma palestra em uma universidade perto da sua casa e que a mesma seria aberta ao público. Ela não perderia a chance de ver o Fukuda fora do terreno da escola por nada.

Andou atenta as placas pela região. A universidade não era tão longe de sua casa mas ela nunca tinha reparado na localização até esse momento. Começou a se queixar por não ter pego o celular para pesquisar a localização certa. Finalmente achou o local. Era bem grande para não ser notado. Suspirou de ansiedade e entrou.

Tinha várias pessoas por ali. Aparentemente as pessoas se importavam com a saúde, nutrição e em não serem sedentárias. Era mais ou menos sobre isso que a palestra trataria. Ou talvez só não tivessem coisa melhor para fazer.

Um auditório se estendia depois de passar pelas portas. Já tinham pessoas sentadas por ali. A universidade era bem renomada e fazia jus a toda atenção que recebia.

Ela se sentiu meio constrangida por não ter dado tanta atenção a sua roupa mais cedo. Cruzou os dedos e fechou os olhos com força. Daria um jeito de se declarar para ele antes que o perdesse para alguma mulher em alto na vida, o que não seria tão difícil considerando que ela era a única colegial com roupas casuais ali.

– Droga, Chiyoko! - repreendeu-se.

Procurou um lugar mais escondido e se sentou, com seu bloquinho de notas já em mãos. Chiyoko costumava anotar as manias da sua pessoa importante. Como por exemplo passar uma das mãos no cabelo enquanto explica algo, ou como não consegue ficar parado num lugar, ou em como seu sorriso treme quando está nervoso. Tudo isso e mais um pouco estava anotado.

Ele apareceu depois de alguns minutos de que ela já estava lá. Seu coração bateu mais forte. Na verdade, ela não entendia realmente porque gostava dele. Ela tinha contado para Aoi a alguns dias atrás sobre isso. Ela lhe perguntou o porquê de ela gostar dele.

"- Você tem vários garotos aos seus pés e gosta de um cara inalcançável?

– Obrigada pelo apoio. - ironizou.

– Mas, sério, não é tipo pecado?

– O que?

– Gostar do professor...

– Não. - a ruiva riu.

– E por que você gosta dele?

– Eh?

– Tipo, o que te atraiu nele?

Chiyoko fez uma longa pausa, o que fez Aoi querer retirar a pergunta. Talvez ela não estivesse pronta para comentar ainda mais sobre aquele assunto. Ás vezes Aoi não conseguia entender a amiga.

– Depois que meu pai faleceu, eu fiquei muito mal. - ela sorriu torto - E foi o Fukuda-sensei que me ajudou a superar. Ele sempre me incentivava e dizia que meu pai não gostaria que eu ficasse presa a sua morte. Eu acabei criando esse sentimento...

– Então é como uma admiração, né?

– Pode ser, mas eu vejo como amor. - e sorriu."

Fora muito difícil contar aquela história pra Aoi, mas ela já sabia do caso do pai da Chiyoko e já começava a desconfiar e de suas frequentes escorregadas em relação a esse sentimento que nutria pelo professor. Ela tinha que saber ocultar mais aquilo.

Depois de praticamente três horas com os olhos vidrados em seu sensei, a palestra acabou. A garota esperou que todos fossem até ele e conversassem, parabenizassem, ou tirassem dúvidas. Fukuda passou a mão no cabelo incontáveis vezes.

Ela saiu e permaneceu ao lado da porta. Além da saída de emergência aquela era a única saída. Depois de mais alguns longos minutos, ele saiu com sua uma blusa social branca e calça jeans, uma mochila nas costas. Ele parecia mesmo novo demais para ser um professor, na visão da Chiyoko. E ela também percebeu que ele não tivera se preparado tanto para aquela palestra apesar de ser no lugar onde estavam.

– Sensei! – ela chamou sua atenção e sorriu.

– Okada? – ele sorriu de volta – O que está fazendo aqui?

Eles caminharam juntos até um café perto dali e pediram algo para tomarem juntos. Chiyoko estava feliz por ele te-la chamado, já que ela não tinha realmente pensado em algo. “Ei, vamos andar um pouco juntos porque eu to afim de me declarar pra você, beleza?”, isso não daria certo.

– Então você é interessada nesses assuntos? – Fukuda levantou uma das sobrancelhas.

– Eto... – ela sorriu, sem graça – Sim.

– Certo. – ele riu - E eu consigo ficar parado por muito tempo.

– Ei! - ela protestou.

Eles continuaram conversando sobre nada. Chiyoko tentava achar assunto para os dois mas era um pouco difícil. Lembrou-se da primeira vez que Fukuda viera conversar com ela.

"- Sabe, você precisa interagir mais com seus colegas de classe. - ele pegou alguns papeis - Esses trabalhos eram para ser em grupo e não individuais.

– Eu não tinha grupo.

– Isso porque não interage.

Chiyoko continuou com a cabeça baixa. Estava sentada em sua carteira quando o professor resolveu chamar sua atenção. Ele suspirou e tentou parecer mais solidário.

– Está acontecendo alguma coisa?

– Nada que lhe diga respeito.

– Certo, estressadinha.

– Não estou estressada."

Fukuda percebeu que ela não seria uma garota fácil de lidar. Foi daí que ele começou a pegar no pé da ruiva. Sempre a incentivando até que ela contou sobre seu pai, o que deu mais motivos para ele não deixar que ela passasse pelo colegial sem aproveitar.

"- Algum dia, você vai chegar lá na frente e vai se arrepender de não ter aproveitado esses anos.

– Não vou, não.

– Como tem tanta certeza?

– Se eu tiver você do meu lado vai ficar tudo bem. - ela sentiu as bochechas corarem.

– Ora, o que é isso? - ele riu - É claro que sou seu amigo, mas você precisa se relacionar com pessoas da sua idade e não com esse velho aqui! - tinha um pontada de nervosismos em sua voz.

– Você nem é tão velho assim! - queixou-se.

– É claro que sou! Estou até calvo. - passou as mãos nos cabelos, penteando-os para trás - Vê?

– Você é idiota. - ela riu.

– Não chama seu professor de idiota! - e riram juntos."

Mesmo assim, ela decidiu que seguiria os conselhos do Fukuda e de garota invisível, ela passou a ser bem visível. Por isso quando Aoi chegou na escola, ela já era bem popular.

– Eu preciso ir agora. – ele disse – Eu não moro por essa região e ainda tenho que acertar muitas coisas hoje.

– Ãhn, eu te levo até a estação. – ela levantou-se bruscamente, o que o assustou um pouco. Na verdade, ele nem tinha mencionado se iria de metrô ou não.

Ela ia pensando como falaria para ele, pelo caminho. Será que estava fazendo o certo? Talvez ele não quisesse ouvir aquilo dela. E se ele se afastasse? Ou se depois disso só desse notas baixas a ela em sua matéria? E se o valor de pi não batesse? Ops, cancela esse último... Aquilo tudo a assustava.

– Está quente hoje, né? - ela perguntou e logo depois quis se jogar na frente de um carro.

– Eu sei que quer dizer algo, Okada. – o professor sorriu – Você não consegue esconder seu nervosismo. É evidente! - ele riu.

– Está enganado! – ela tentou se fazer de indiferente - Pare de quer me arrancar coisas que você anda imaginando.

– Está na defensiva? – ele riu novamente.

– Ora! Não. – ela riu junto, só que de nervosismo.

Silêncio novamente. Ela pensou que talvez ele soubesse o que ela queria dizer e estivesse mesmo esperando. Talvez ele estivesse se sentindo da mesma forma que ela. Tá bom, repreendeu-se. Sonhe mais baixo, Chiyoko,

Ela pensou, também, que se não arriscasse nunca saberia qual de seus “talvez” estaria certo. Encheu-se de coragem e parou de andar, fazendo seu professor parar também.

– Fukuda-sensei, eu... – por alguma razão, ela travou.

Sentiu vontade de chorar e de sair correndo dali. Ande logo! Fale!, ela disse a si mesma, mas não adiantou. Talvez fosse algum pressentimento. Um aviso do além "Vá devagar, coisinha! Vai dar tudo errado!"

– Okada... – a voz do professor a fez encará-lo – Alguns alunos começam a duvidar da nossa relação...

Chiyoko sentiu-se indignada. Ela queria gritar que era óbvio que eles não tinham nada, mas também se lembrou da maneira que agia e de como sempre fazia o sorriso do professor tremer... Ele estava sempre nervoso e esse era o motivo.

Ela se sentiu mal por sempre pensar em si mesma. E como as pessoas o viam? Ele era professor e ela uma aluna... Se as pessoas o interpretassem mal, ele podia até ser demitido. Ela o encarou, aflita. Ele mantinha um sorriso caloroso no rosto, o qual a fez a vontade dela de chorar ser ainda maior.

– Eu gosto de você, me desculpe. – a ruiva conseguiu falar enquanto fazia uma reverência - Pare de sorrir desse jeito. - sentiu seus olhos marejarem.

A rua em que estavam não tinha muito movimento. Era possível ouvir o barulho do vento nas folhas das árvores. Ela ouviu os passos dele se aproximando e logo depois uma mão afagou seus cabelos.

– Acho que você está confundindo os seus sentimentos.

– Eh? – ela levantou o olhar.

– Você gosta de mim como gosta da Aoi, da Alice, de seus familiares... – explicou.

– Não. – negou – Eu gosto de você de outra maneira. Desejo que fique ao meu lado, que me encoraje sempre, que só olhe pra mim. – ela corou ao pronunciar as palavras.

– Como o seu pai fazia. – ele sorriu gentilmente.

– Eh?

– O amor que você sente por mim, não é parecido com o amor que você sente por seu pai? – ele continuava com o mesmo sorriso no rosto.

–... Acho que você tem certa razão.

– Isso é porque você encontra semelhanças do seu pai em mim. – seu sorriso se alargou.

A ruiva segurou o choro e sentiu a garganta doer, por fim retribuiu o sorriso que lhe fora dado. FriendZone, é?, pensou. Que ótimo. Fukuda suspirou, aliviado, como se tirasse um peso das costas.

– Sensei, por acaso... Já sabia que eu gostava de você? – perguntou.

– Estava meio na cara... – ele sorriu amarelo e desviou o olhar - E eu entendi o que quis dizer naquele dia...

– Entendo... – Chiyoko sorriu, derrotada, e corou levemente – Ainda posso te acompanhar até a estação? – sorriu entusiasmada.

– Claro! – o sensei sorriu da mesma maneira.

Seguiram o resto do caminho em silêncio, além de alguns comentários vez ou outra, vindos de seu professor. Chiyoko queria cavar um buraco e se enterrar dentro para o resto da eternidade. Teria errado em alguma parte do seu ritual? Teria que fazer algum descarrego? Ela sentia que aquilo era o certo a ser feito. Ela achava mesmo que estava confundindo as coisas.

Aoi tinha dito... "Admiração"... "Amor"... Seria mesmo possível que Chiyoko tivesse se confundido tanto assim? Começava a se sentir meio idiota. Devia ter dito "bai bai" e ido embora enquanto podia.

Os dois se despediram na entrada da estação. Ele sorriu uma última vez, um sorriso solidário, como se estivesse sentindo por ela todo aquele aperto que só aumentava dentro de si. Ela acenou e sorriu pretendendo não demonstrar como estava se sentindo.

Deu meia volta e fez um percurso mais comprido para casa. Já era fim de tarde. O dia passara bem rápido, ela mal havia percebido. Chiyoko não tinha imaginado que se desenrolaria daquele jeito. Como ela agiria na escola depois disso? Ela ainda conseguiria ter a confiança que somente ele lhe passava? Seria mesmo que seus sentimentos estavam confusos?

Finalmente ela não conseguiu mais segurar as lágrimas. Se sentou no banco de uma praça com balanços, gangorras e escorregadores. Algumas crianças se aproximaram para perguntar se ela estava bem, se dirigindo a mesma como “onee-chan.” Ela não queria ser grossa com as crianças, mas não queria conversar e muito menos brincar no momento.

– Deixem a onee-san, por favor. Outro dia ela brinca com todos vocês. – ela ouviu uma voz conhecida e levantou o olhar.

– Yuu? – saiu como um sussurro, mas ele assentiu sorrindo.

Ela tratou de limpar as lágrimas e se recompor diante de um dos colegas de escola. Não era comum ver aquela ruiva chorando, levando em conta que ela realmente vivia sorrindo.

– Nós queremos brincar. – uma das crianças choramingou.

– Hai. Brincamos outro dia, é uma promessa. – Yuu estendeu o dedo mindinho e aquilo pareceu convencer as crianças. Se não cumprisse a promessa teria que engolir mil agulhas e cortar o dedo. Isso parecia meio doloroso.

O garoto observou as crianças voltarem a brincar e se sentou ao lado da garota que lutava contra a vontade de correr dali para chorar em paz.

– Está tudo bem? – ele se pronunciou.

– É claro! – ela forçou um sorriso.

Ele a encarou intensamente. O clima pesou um pouco. A noite caia atrás deles.

– Não é o que parece.

Yuuto tirou um lenço do bolso da camisa xadrez e estendeu a ela, só então a mesma percebeu que seu esforço não estava adiantando. As lágrimas caiam sem nem mesmo o seu consentimento.

Ela soluçou e usou o lenço para secar as lágrimas.

– Vá em frente. – ele incentivou-a.

Ela queria mesmo desabafar e então foi o que fez. Aoi a mataria quando soubesse que ela não a procurou, mas Yuu-chan parecia disposto a ajudá-la nesse momento. A amiga teria que considerar.

Ela contou que havia se declarado para alguém, mas a pessoa acabou confundindo-a dizendo que o amor que ela sentia na era o amor que ela pensava sentir e sim outro tipo de amor. Yuuto ficou meio perdido algumas vezes, mas conseguiu acompanhar.

– Você tem outro alguém que faz seu coração bater mais forte? – ele perguntou, direto.

Ela pensou um pouco.

– Não.

– Pode ser que essa pessoa esteja certa. Tente organizar seus sentimentos e aí terá a resposta para essa pergunta.

– Se fosse fácil...

– Mas é como dizem: Nada é fácil na plantação de trigo.

– Como é? – ela reprimiu um riso.

– Acho que não era esse o ditado... – ele pareceu pensar e corou levemente.

Por fim, ele se ofereceu para levá-la até em casa. Alegou que não queria que ela se matasse pelo caminho. Caminharam um longo percurso sem dizer nada. Evitavam contato visual e Chiyoko se sentia estranhamente desconfortável.

“Seu coração bate mais forte por outra pessoa?”, a pergunta rondou por sua cabeça.

– Minha casa é aquela. – ela apontou – Pode me deixar aqui.

– Tudo bem. – Yuuto pareceu incerto em relação aquilo.

– Não vou me suicidar nesse meio caminho. – afirmou.

– Espero.

Riram. Ela o encarou. Percebeu então que seu coração estava batendo acelerado. Lembrou-se que fica assim toda vez que ele está por perto e também que ele é o único garoto que a faz corar com seus comentários e não querer bater nele como é o caso do pobre Jun.

Será que...? Ela franziu o cenho.

– Tudo bem? – o garoto perguntou.

– Hai! – ela respondeu – Bom, eu já vou. Bai bai! – sorriu e acenou, saindo correndo dali.

– Espere! - Yuu gritou.

Ela parou mais a frente e o encarou. Ele não disse nada por um tempo, só ficou observando-a como se não quisesse que ela fosse embora. Fique mais um pouco, ele pensou. Apenas mais algum tempo. Ele queria dizer isso a ela.

– O que foi? - a garota indagou.

– Ãhn, nada. Se precisar de mim, eu estou aqui pra você. - e corou.

– Claro. - ela sorriu e seguiu seu caminho, correndo, de novo.

Entrou em casa rapidamente, ignorando os comentários de sua mãe que esteve espionando da porta e dizia que Yuuto era seu namoradinho e dirigia-se a ele como o garoto da touca, que ele estava mesmo usando. Ela se jogou na cama. Ainda sentia vontade de chorar, mas também estava mais confusa que antes. Agora tinha uma grande interrogação na sua vida: O que, exatamente, o Yuuto significava pra ela?


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Notas finais do capítulo

E então? Gente, eu amei escrever esse capítulo então espero que você gostem senão vou me atirar da minha janela. Okay, muito drama~ Obrigada novamente a paciência que vocês tem comigo, ou não e.e Agradeço de coração por não me abandonarem! O que seria da minha insignificante existência, se não fosse por vocês? Muito amor ❤
Eu fico por aqui! Tchau~