Nós simplesmente nós olhamos e encaramos, e cada uma seguiu para um lado diferente, só morta que eu ia andar junta com ela, mas adivinha quem pegou o caminho errado e teve que voltar depois de dar de cara com uma trilha sem saída? Eu!

Após horas de caminhada, ou talvez minutos, dou de cara com o Enzo, que voltava correndo.

–Kate, nunca mais faça isso, quando vi que você sumiu quase perdi minhas pernas. –disse ele tentando respirar fundo. –Vamos. –ele me abraçou a nós continuamos o caminho lentamente, por que ele não conseguia respirar direito.

–Você pretende desafiar o Aaron novamente? –perguntei baixinho após um tempo. Enzo suspirou, eu estava pensando isso, será que ele iria querer uma revanche? Eu não iria deixar, se ele acabar quebrado novamente eu o mato.

–Não... –disse ele fracamente, desviando os olhos, e vi que ele estava mentindo para mim.

***

Chegamos no acampamento, eu e Enzo não falamos mais nada no resto do caminho, ele estava se distanciando de mim, mas... Por que? A noite havia a festa das garotas, e então eu me arrumei e fui, já que não tinha mais nada para fazer mesmo, e ler com o som alto seria quase impossível.

Encontrei com Enzo e fomos, as garotas já estavam bêbadas e havia um barril de cerveja onde um garoto estava plantando bananeira em cima e tomando a cerveja por um canudo enquanto outros idiotas contavam quanto tempo ele aguentava, já estava em dois minutos.

Enzo foi lá dentro da cabana buscar bebidas para nós, e eu fiquei observando ao redor, ali não havia mesas para eu dançar em cima caso ficasse bêbada, então um perigo a menos, mas havia vários caras sentados em uma rodinha bebendo e fumando, sempre tem que ter isso não é?

Enzo estava demorando demais, já fazia quase cinco minutos que ele havia entrado e ainda não havia voltado, entrei para procurar por ele, e o vi, bem no fundo, com dois copos de cerveja na mão, conversando com Vanessa, ela ria e ele a acompanhava, então ela puxou o rosto dele para perto dela.

Eu saio correndo, antes de ver qualquer coisa rolar, eu não acredito. O que ele estava fazendo? Por que ela? Por que fazer isso comigo? Sinto lagrimas pularem dos meus olhos e me repreendo, por que estou chorando? Eu não devia estar chorando, não devia fazer esse papelão.

Esbarro em uma pessoa e vejo Gabriel na minha frente, ele me segura pelos braços e faz eu olhar para seus olhos, ele me encara e então me solta e corre furioso para dentro da cabana, eu nem pensei em puxa-lo, impedi-lo, apenas deixo ele ir para lá furioso.

Continuo indo para em direção a minha barraca quando escuto o grito da multidão: Briga, briga, briga!