Uma Nova Etapa escrita por Bianca Saantos


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

GEEENTEEE !!!
Aqui estou eu mais uma vez rsrs'
Postei mais um aqui, porque nao sei quando vou postar, pq tenho que adiantar as outras fics que estão paradissimas haha
Obrigada a todos os comentários incentivadores e maravilhosos.

Recomendação mais que especial da StarGirl, você foi linda com suas palavras flor, muito obrigada pelas palavras maravilhosas, e também por ter deixado de ser uma fantasminha pra se tornar uma leitora participativa, me alegra muito que esteja gostando!!! Um beijo!



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Acordei sentindo uma carícia lenta em minhas costas e um corpo embaixo do meu. Não sei em que momento nós trocamos de posição no meio da noite, mas lá estava eu em cima de León, toda esparramada. Sou um pouco espaçosa mesmo.

— Acordou? – perguntou com a voz rouca, por serem as primeiras palavras do dia.

Ergui um pouco a cabeça, dando de cara com dois olhos esverdeados e um sorriso torto. Nunca me cansaria de dizer o quanto o León é maravilhoso. Sorri de volta me aconchegando em seu peito.

— Obrigada por ontem. – passei meu braço por seu abdômen.

— Pelo o quê? – perguntou em um tom confuso e eu o olhei arqueando uma de minhas sobrancelhas. – Ah ok... – riu. – Não é algo que você precisa agradecer, eu também gostei bastante, fazia tempo que...

A porta do meu quarto se abriu do nada, nos dando um baita susto, e uma figura feminina gordinha entrou desesperada em meu quarto, segurando uma bolsa na cor vinho e os cabelos presos em um rabo de cavalo. Eu e o León nos cobrimos ainda mais com o lençol de minha cama. Era ninguém menos do que Olga.

— Ai meu pai. – disse exagerada virando-se de costas ao notar o nosso estado. Pude ver o León segurar o riso e logo se levantar procurando por suas roupas e se dirigindo o banheiro de meu quarto, enquanto eu esperava Olga se virar, com o lençol enrolado ainda mais em meu corpo.

— Olguinha... – a chamei quando escutei León bater a porta.

Ela se virou com o queixo caído e as bochechas mais vermelhas que um pimentão. Eu não aguentei e ri. Eu nunca me iria sentir constrangida na frente dela. Olga era a minha segunda mãe, e sabia tudo sobre mim, quer dizer... Quase tudo.

— Menina, onde você está com a cabeça? – perguntou em um sussurro. – Ainda bem que não foi o Ramalho que veio te acordar. – aliviou-se.

— Calma Olga, não é como se fosse à primeira vez que fazemos isso. – comentei e logo ri brevemente.

— Como assim?! Violetta, o que aconteceu com a minha menininha?! Ó céus. – não me aguentei e desandei a rir. – Estou tentando parecer séria aqui.

— Impossível Olguinha. – pedi. – Como sabia que eu estava aqui? – perguntei achando estranho, ninguém, a não ser a família de León, sabia que nós voltaríamos a Buenos Aires.

— Seu colégio ligou para o Ramalho. E bom, tivemos que vir correndo depois que soubemos do que ocorreu com seu pai e a Angie. – me encolhi ao ouvi-la. – Vilu, eu quero que saiba que nós estamos aqui com você. Eu e o Ramalho, e o León também. – disse com desdenho a última parte e eu forcei um sorriso.

— Olga... – senti meu coração apertar ao lembrar-me do meu pai.

— Não vamos falar disso agora. – disse se sentando em minha cama. – Agora me diz, quando foi que minha menininha virou uma mulherzinha?

— Ai, você não existe. – falei vendo o quanto eu senti falta dela.

***

— Vilu, vamos lá para minha casa. – León disse sussurrando em meu ouvido, enquanto assistíamos a um filme na televisão.

— Por quê? Aqui está tão bom. – me aninhei ainda mais em seu corpo.

— Violetta. – resmungou. – Olga está me olhando como se você me fuzilar, isso me desconcerta.

— E talvez ela queira mesmo. – ri. – Olguinha acha que você tirou minha inocência. – fiz um tom dramático.

— Mas isso é mentira! – alterou a voz assustado e eu não pude deixar de rir ainda mais. – Eu não to brincando aqui.

— Ok. Vamos para sua casa. – revirei os olhos achando ele dramático demais, mais do que eu até.

Levantamos do sofá e eu dobrei o cobertor, desligando a televisão em seguida, Olga parou de nos supervisionar e agora cantava animadamente na cozinha. Acho que ela estava cozinhando alguma coisa, porque eu estava sentindo um cheirinho de molho de tomate, mas não sei ao certo.

Peguei meu casaco e calcei meus tênis, vendo que León fazia o mesmo. Antes de gritar a Olga que eu estava saindo, o telefone começou a tocar. Olhei para o León apreensiva, sentindo o meu coração apertar mais uma vez. Ele apenas sorriu de lado e indicou que eu atendesse.

— Alô.

Boa Tarde, aqui é do Hospital Gutierrez, no Chile, e estamos ligando para informar o estado dos pacientes Germán Castillo e Angeles Saramengo. Por favor, a Violetta Castillo se encontra?

— Sou eu mesma.

Olá Violetta, sou Matilde, a médica que está cuidando de seus parentes. Gostaria de lhe informar algumas coisas importantes.

— Estou ouvindo. – falei com o coração nas mãos.

Felizmente Angeles se encontra fora de risco, agora ela está dormindo, por causa dos inúmeros sedativos, mas continua em observação, para ver se existe alguma sequela.

— Obrigada, mas e o meu pai?

O senhor Castillo, se encontra em um estado um pouco mais delicado. Já está fora de perigo, mas temos a sensação de que ele esteja com alguns problemas... Como posso lhe dizer... Físicos.

— Como assim? – tentei não soar impaciente, mas era o que eu estava. León me olhou não entendo o que se passava.

Suspeitamos que seu pai possa ficar paraplégico.

Aquilo atingiu o meu cérebro e eu caí sentada no sofá. Meu pai paraplégico? León se sentou ao meu lado, pegando a minha mão, e eu apertei-a com força.

Sentimos muito.

Desliguei o telefone, começando a chorar novamente, como ontem. León tentava me acalmar, mesmo não sabendo o que estava acontecendo.

— Sinto muito. – ele sussurrou, afagando os meus cabelos.

— Não, não sente. – empurrei o braço dele, fazendo com que ele se assustasse. – Não sabe o que não é ter uma mãe, ou quase perder um pai. Então não minta dizendo que sente muito, porque não é verdade. – solucei. – Aposto que se isso acontecer com você, não vai sentir um terço da dor que eu estou sentindo.

Falei aquilo sem pensar, como sempre. Vi nos olhos do León uma pontinha de tristeza brotar e ele abaixar a cabeça, sentando um pouco afastado de mim.

— Desculpa... Eu... – ele me interrompeu sem levantar a cabeça.

— Tá tudo bem. – murmurou.

— Não, não tá. – levantei. – Acho melhor você ir embora, eu não estou bem, preciso ficar sozinha. – encolhi os ombros e cruzei os braços.

— Não, não precisa. – pegou minha mão. – Estou com você, pra sempre lembra? – sua expressão era serena e tranquila. – Não te deixaria sozinha nem que me expulsasse daqui a ponta pés.

— Não está chateado?

— Você está nervosa, é normal dizer essas coisas sem pensar. – sorriu de lado. – Agora vamos lá para casa, precisa distrair sua cabeça.

— Vou só avisar a Olga.

***

Ludmila ##

— Tia, cadê o León? – perguntei para a minha tia queria, enquanto voltava do quarto do León, e o via vazio, sem ninguém, a cama intacta.

— Não está no quarto? – perguntou tranquilamente, enquanto lia uma revista.

— Não, acabei de voltar de lá. – disse e ela me olhou preocupada. – A cama dele está arrumada, achei estranho.

— Estranho... Não o vi saindo hoje, e ontem ele não jantou em casa... – analisou tirando os óculos de leitura. – Era só o que me faltava. León dando um perdido. Esse menino tá muito mal acostumado, pensa que aqui é igual aos Estados... – antes de ela terminar, a porta da sala se abriu.

León entrou segurando a mão de Violetta, que estava com uma blusa de moletom gigante e os cabelos presos em um coque desarrumado, o rosto meio pálido e o nariz vermelho. Estava com um ar estranho.

— Que bom ver você meu amor. – minha tia disse entusiasmada com um sorriso enorme indo abraçar a Violetta. – Estávamos muito preocupados com o seu sumiço.

— Desculpa Sra. Vargas. – sorriu de lado.

— E você, garoto... – disse se dirigindo ao León com as mãos na cintura. – Onde você estava on... – ela parou de falar ao cair à ficha. – Passaram a noite juntos? – perguntou e dois assentiram. – Deveria ter imaginado. – ela revirou os olhos se sentando no sofá.

Olhei para a Violetta e a mesma me olhou de volta, mas não demonstrou emoção alguma. Tudo bem que eu peguei pesado, mas ela podia ser um pouquinho menos rancorosa, né?

— Não poderia ter me avisado León, sei que você é maior de idade, mas eu sou sua mãe querido. – minha tia continuava tagarelando.

— Esqueci mãe. Nós precisávamos resolver as coisas. – disse olhando carinhosamente para a Violetta.

— Ainda bem que se resolveram. – sorriu. – Vocês juntos são perfeitos.

Revirei os olhos. Porque pra mim é tão difícil achar uma alma gêmea? Às vezes tenho inveja do León e da Violetta, parece que foram predestinados, credo.

— Nós vamos para o meu quarto. – León avisou, subindo apressadamente as escadas.

— Espera. Aconteceu alguma coisa? Vocês estão meio... Abatidos. – minha tia comentou incerta.

León sussurrou alguma coisa para Violetta, que eu não fiz questão de entender. Então ela subiu correndo o restante das escadas, enquanto ele descia pra falar com a tia, que encarava sem entender, assim como eu.

— Eu trouxe a Vilu pra cá, porque ela não tá muito bem, mãe.

— Mas o que aconteceu? – a tia perguntou curiosa.

— O pai dela sofreu um acidente. – explicou e meu queixo foi ao chão. – Aí ela tá meio mal, já perdeu a mãe dela, seria um choque e tanto se perdesse o pai também.

— Que horror. – murmurei.

— É. – suspirou. – Vou subir pra ficar com ela.

Violetta

Estava no quarto de León, analisando uma foto dele com a Mel. Eles eram tão lindos. A genética dessa família é tão maravilhosa que ninguém faz ideia. Agora eu estou me sentindo péssima em não ter desejado parabéns pelo casamento dela.

— Violetta?

Olhei para trás encontrando León com um sorriso no rosto.

— Adoro ter você no meu quarto.

— É... Eu gosto do seu quarto.

Deitei na cama dele e ele se deitou também, só que do lado ao contrario, fazendo com que nossos rostos ficassem lado a lado, e assim ficamos encarando o teto sem dizer nenhuma palavra. Apenas sentindo a presença um do outro, em silêncio. León sabia respeitar o meu espaço, e eu adorava isso.

— Eu te amo mais do que tudo.

— Quer casar comigo? – León perguntou do nada.

— O quê? – ri do modo espontâneo que ele disse aquilo.

— É... Você sabe... Casar. Trocar sua aliança prata pela dourada, ter meu sobrenome, dormir todo dia juntinho... – disse ainda encarando o teto, com um sorriso bobo nos lábios, mesmo tendo essa conversa estranha, eu o estava achando super fofo.

— Eu tenho dezessete anos, ficou maluco? Meu pai nunca deixaria. – falei entre risadas.

— Não precisa ser agora.

— Quando então? – perguntei voltando a encarar o teto também.

— Quando você quiser dizer sim.

Ri e me sentei na cama, ele fez o mesmo. Ficamos nos encarando mais um pouco, antes dele pegar a minha mão e dar um beijo no dedo onde estava a aliança prata. Ele era um romântico incurável, isso eu tinha certeza.

— Sim. – sussurrei.

— O quê? – tentou esconder o sorriso.

— Eu quero.

— Mas você acabou de dizer... – o interrompi.

— Não precisamos casar do jeito que você acabou de dizer. – dei um sorrisinho. – Podemos fazer o nosso casamento aqui, agora, só com os nossos votos inventados, depois a gente casa do jeitinho que você quiser. – ele me deu um selinho, e em seguida um sorriso.

— Eu aceito. – riu.

Ele ficou de joelhos na cama e eu fiz o mesmo. Entrelaçamos nossos dedos e León beijou minha testa.

— Eu, León, prometo estar contigo sempre, mesmo que você não queira mais ouvir minha voz, ou se cansar do meu jeito. Prometo te amar sempre, te respeitar e te ouvir quando você estiver mal, porque eu te amo, e só quero o melhor para você. Prometo nunca te decepcionar, ou ficar triste por uma besteira que eu tenha feito. Não aguentaria viver sem você.

— Lindo... – suspirei apaixonada. – Eu, Violetta, prometo estar sempre ao seu lado. Prometo não ser tão ciumenta, e não brigar com você toda vez que ver uma garota se insinuando para você. Prometo não ser tão explosiva, te dar mais atenção, e ser a melhor namorada do mundo, porque eu te amo demais, e não imagino a minha vida sem você.


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Notas finais do capítulo

O que acharam???
Beijos !!!