Free Fallin' - Dramione escrita por rodriguessr


Capítulo 4
Capítulo 3 - Sonho e beijos


Notas iniciais do capítulo

Nos encontramos nas notas finais.



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06 de setembro de 1996

Querido Diário;

Hoje é a primeira vez que escrevo em você.

Faz cinco dias que Gina e Luna me deram você e até então eu não sabia o que escrever.

Elas me disseram que eu tinha que escrever os meus sentimentos e o que se passava por dentro de meu coração, que eu tinha que desabafar com alguém, já que eu não queria desabafar com elas.

Okay, lá vai então.

Estou aqui, sentada em minha cama escrevendo em você enquanto minhas colegas dormem, e o fato de eu não estar deixando isso pra amanha é porque eu não aguenta mais aquele garoto.

Eu definitivamente O.D.E.I.O Draco Malfoy! Porém, ele anda estranho.

Um dia ele me trata bem, é educado e quase não se parece com ele. E no outro dia ele age como agiu hoje na ronda. Ele me chamou de sangue-ruim e disse que era para eu aproveitar o tempo que eu ainda tinha de vida. Por mais que eu não tenha demonstrado na hora, eu fiquei muito magoada.

Sem contar que ultimamente ele tem despertado em mim o mesmo que eu sentia no meu segundo ano. Sim, eu já havia gostado daquele idiota. Mas agora era só passado.

Sem contar que eu dei uma procurada em contra-feitiço para o Feitiço para Ladrões, mas não havia encontrado nada. Eu queria dar uma bomba para Draco e me livrar daquele garoto de uma vez por todas.

Em relação aos estudos, está ido tudo muito bem. É claro, foi uma semana puxada, cheia de deveres e trabalhos para a monitoria, mas nada que eu não consiga dar conta. A única coisa que eu estava realmente irritada era o fato de Harry ainda não ter se desfeito daquele maldito livro. Por causa do tal do Principe Mestiço ele era o favorito de Slughorn. Não que eu estivesse com ciúmes (ok, eu acho que estou com um pouco de ciumes), mas era errado aquilo, ele tinha que devolver o livro. E eu não sou a uncia a achar isso. Gina e Ron também estão me apoiando nisso.

Bom, Diário, creio que seja somente isso por hoje. Tentarei escrever em você o máximo que puder.

Com Carinho;

Hermione Granger.

Fechei o diário e o coloquei em baixo do meu travesseiro. Deitei a cabeça e adormeçi mais facilmente hoje do que qualquer outro dia da semana. Gina e Luna tinham razão. Eu precisava desabafar mais.

Enquanto isso, nas masmorras ---~

Ela estava sentada na beira da cama, de costas para mim. Ela estava nua, enrolada apenas em meu lençol verde e seus cabelos desciam encaracolados pelas costas brancas e ávidas dela. Aquilo era excepcionalmente maravilhoso, pois alem de ser linda e ter um corpo escultural, ela era o amor da minha vida. Eu não sabia se podia falar daquele jeito, mas já não havia mais nenhuma dúvida. Ela era a única pessoa nesse mundo que eu faria de tudo para te-la. Ela me mudou de todas as maneiras possíveis. E agora lá estava eu, Draco Malfoy, pronto para dizer para ela o quanto eu a amava. Ela se virou e veio até mim, deitando por cima de meu peito. Ela me encarou nos olhos e eu pude ver aquelas duas órbitas cor de avelã que me olhavam brilhando. Ela sorriu e levou a mão até meu rosto. Fechei os olhos instintivamente, porem quando os abri, aquele quarto que parecia ser o mais iluminado e aconchegante que eu já havia visto na vida, agora parecia mais um calabolço ou uma masmorra. Ela já não estava mais sentada na beira da cama e eu não estava mais deitado coberto apenas por um lençol. Eu estava de pé, vestido todo de preto e minha varinha na mão. Eu conhecia aquele lugar onde eu estava. Parecia uma especie de corredor, porem muito sombrio. Ouvi um grito desesperado, mas mesmo sem identificar a voz, eu sabia que era ela. Ela estava em perigo. E eu tinha que salva-la de alguma maneira. Corri por um corredor extenso e cheguei a frente de algumas portas. Os gritos dela enchiam minha cabeça e não me deixavam raciocinar. Eu estava ofegante e desesperado. Eu tinha que encontra-la. Peguei a porta da direita, mas percebi que estava me afastando dos gritos. Voltei e tentei a porta do meio e esta dava para uma sala vázia. Quando me aproximei da porta da esquerda, percebi que era de lá que vinham os gritos, mas a porta estava trancada. Tentei empurar a porta, força-la, Alohomorra, Bombarda... Nada abria a porta. Começei a chorar desesperado. Eu não podia deixa-la morrer. Sem ela eu iria continuar a ser o maldito e idiota Malfoy que sempre fui. Ela que me dava forças para mudar. Eu fazia isso por ela, por nós, mas se ela morresse tudo ia acabar e eu iria ficar sozinho.

Abri os olhos e o teto do dormitório me encarou. Deveria ser a centésima vez que eu tinha o mesmo sonho, e sempre acontecia a mesma coisa. Eu ficava preso naquela droga de porta e não conseguia entrar. Mas nesse sonho de hoje, alguma coisa tinha mudado. Ela nunca tinha se virado para mim antes, e essa noite ela tinha me olhado nos olhos, e por mais que eu não lembrasse de seu rosto. Eu lembrava dos olhos cor de avelã. Eu já conhecia aqueles malditos olhos e os tinha visto muito nesses ultimos dias. Porem isso só podia ser um mal entendido. A garota dos meus sonhos não pode ser a Granger. Eu nunca pensaria nem em tocar naquela Sangue-Ruim, quanto mais beija-la e dormir com ela. É obvio que seus olhos eram realmente incriveis, e ela até que era encantadora quando dava aqueles sorrisos escancarados com Potter e Weasley. É, ela até poderia ser bonita, mas ela estava em um nível inferior ao meu. Ela era uma Sangue-Sujo e eu um Sangue-Puro. Eu não iria envergonhar minha família e o mundo bruxo me relacionando com algo como ela.

Olhei no relógio de pulso que eu ganhara no meu aniversário e praguejei. Eu havia acordado as 3:30 da manha por causa da maldita Granger. Me levantei da cama, pois sabia que não iria adiantar ficar deitado naquela cama já que não conseguiria dormir novamente. Agora que estava acordado, iria fazer algo de proveitoso. Resolvi me trocar em silêncio e ir para o Escritório ler um pouco, já que no Salão Comunal algum idiota poderia atrapalhar minha doce leitura.

No escritório ---~

Eu definitivamente era a pior monitora da história. Por mais que tivesse dormido mais facilmente essa noite, acabei tendo pesadelos horrendos com uma sala escura e fria. Sentia que alguém queria me machucar e então eu gritava demais. Acordei assustada e resolvi que não queria mais dormir. Peguei meu roupão de seda rosa e fui até o Escritório. Eram 3:20 da manhã e eu iria voltar em menos de uma hora. Pequei meu diário e saí pelo quadro da Mulher Gorda que não reclamava por eu chegar e sair cedo pois ela sabia que eu era a monitora-chefe. Andei lentamente até o quadro do Coronel Sighson e entrei. Eu tinha que escrever 25 centimetros de pergaminho sobre uns fungos magicos muito estranhos. Peguei todos os livros que eu tinha sobre Herbologia e os larguei em cima da minha mesa. Dei uma olhada nos que tinham nas parteleiras de Draco, e achei Fungos e Fungosas – Um dicionário de fungos para bruxos sem tempo. Minha mesa agora, se encontrava lotada de livros abertos e pergaminhos em branco. Me levantei da cadeira e dei uma volta na mesa me debruçando em cima dela. Eu poderia, quem sabe, pedir ajuda a Neville. Ele sempre foi apaixonado por Herbologia...

Draco ---~

Coronel Sighson estava debruçado em seu cavalo tirando um cochilo. Aquele, sem duvida nenhuma, era o quadro mais imprestável de todo o castelo. Mas ele era um cara legal.

– Lotus. - Falei baixinho, pois não queria que ninguém me visse perambulando pelo castelo a essa hora. Coronel deu um pulo e me olhou com cara de surpreso.

– Ah. Sim, sim, garoto. Entre. - Falou ele abrindo o quadro. Eu estava observando o quadro se fechar quando olhei pra frente. Meu queixo caia em câmera lenta enquanto eu observava um belo par de pernas que mal estavam tapados por um roupão rosa. Mordi o lábio inferior e estreitei os olhos. Era, definitivamente, Hermine Granger. Mas desde quando ela tinha adquirido aquelas pernas?

Pigarreei e a observei da um pulo de mais ou menos meio metro.

– Você é louco? - Ela me perguntou com uma cara de espantada se agarrando a mesa atras dela. Era incrivel o quão gostosa ela estava naquele momento. Seu roupão estava preso apenas por um nó mal feito na frente, e por baixo dele vi apenas um pequeno conjunto de short e regada. Seus cabelos estavam mais volumosos que o normal e seu rosto completamente vermelho. - Hein? O que você está fazendo aqui? - Ela tentou, ainda nervosa, percebi.

– Te faço a mesma pergunta. - Minha voz saiu mais rouca que o normal e não consegui tirar os olhos dela de maneira nenhuma.

– Estudando. - Ela deve ter percebido meu olhar nem um pouco discreto em suas pernas que pegou a borda do roupão e abaixou um pouco. Sorri.

– Eu não mordo, Granger. - Falei dando um passo à frente.

– Não é o que sua expressão induz. - Ela disse se apertando mais ainda contra a mesa. Ela estava quase sentada em cima dela e eu estava achando aquilo cada vez mais divertido.

– Bom, quem sabe eu até morda. Mas te juro que não vai machucar. - Me sorriso aumentava cada vez mais, e eu estava me aproximando mais dela. Deveria estar à um meio metro dela. - O que ouve, Granger? Algum problema? - Nesse momento nós estavamos muito perto um do outro. Eu sentia sua respiração descompassada em meu rosto e seu hálito cheirava a hortelã. Coloquei minhas mãos na mesa, bem perto de seu corpo. - O gato comeu sua língua? -

– Saia de perto de mim. - Ela falou num sussurro tão melodioso que me causou um arrepio na espinha. Sua voz estava fraca e aqueles malditos olhos cor de avelã. Imaginei que ela poderia ter me jogado a Maldição de Imperius e me obrigado a encara-la, pois eu não conseguia desviar o olhar de nenhum maneira.

– Me beije? - Me senti covarde e não quis lhe roubar um beijo. Eu queria que ela quisesse me beijar também.

– Não. - Ela falou, mas não moveu nenhum músculo. O jeito como seus labios dançavam enquanto ela falava ela alucinante.

– Fale “não” de novo. -

– Não. - Não me controlei e juntei logo meus labios nos dela. Tinha um sabor de morango e eles eram os labios mais macios e quentes que eu já havia beijado. Uma de minhas mãos pousou em sua cintura e a outra em seu rosto. Ela continuava parada como uma estatua, porem ao menos, correspondia meu beijo. Desci a outra mão até sua cintura também e a puxei para mais perto. Suas mãos voaram até minha nuca e ficaram ali, brincando com a gola da minha camiseta. Desejei descer minhas mãos até suas coxas, mas fiquei com receio de acabar estragando o momento. Ela colocou suas mãos em meu peito e me empurrou de leve. - Para. - Sua respiração estava ofegante e ela ainda tinha os olhos fechados.

– Pare você, Granger. Vai estragar o momento. - Ela não abria os olhos, parecia que não queria ver a realidade.

– Que momento, Malfoy? - Ela abriu os olhos. Tão lindos que eu tinha vontade e olha-los pelo resto da eternidade. - Me solte, por favor! -

–Não. - Fiquei sério. - Pare de se fazer. Você gostou tanto quanto eu. -

– Você gostou? - Ela parecia surpreendida.

– É claro. - Respondi, mas me arrependi logo após. Poís ela tinha um sorriso travesso no rosto. - Quer dizer... - Pigarreei. - Foi bom. - Me liguei que nem completar uma frase eu estava conseguindo. Era comose eu tivesse nervoso.

Seu sorriso se ampliou e ela subiu as mãos até minha nuca novamente, arranhando minha pele de leve com as unhas. - Hmm. - Fechei os olhos e senti um arrepio em todo o meu corpo. - Interessante. - Uma de suas mãos subiu até minha face e começou a acariciar minha bochecha. Segundo depois senti uma ardencia no local e fui empurrado po Hermione. - Você por acaso foi acertado na cabeça por um trasgo, seu idiota? Você acha que pode chegar assim e beijar qualquer uma, que ela logo vai cair a seus pés? Sinto muito, Malfoy, mas eu não sou Pansy Parkinson. - Ela estava tão vermelha que parecia que ia pegar fogo. Por incrivel que pareça, minha cara ainda doia do tapa. Essa garota tinha uma mão pesada.

– Pelo menos Pansy tem sangue-puro. - Falei com desdem me recuperando do tapa.

– Então por que você não está na cama dela nesse momento? - Ela parecia cada segundo mais vermelha. Eu estava realmente preocupado. Nunca tinha visto uma pessoa ficar tão corada assim.

– Porque você também da pro gasto, Granger. Dá pra pegar de vez enquando. - Aquilo não era uma completa mentira. Ela beijava bem e era bem gostosa. Se fosse um pouco menos escandalosa eu já teria tentado levar-la para o sofá.

– Vá se danar, Malfoy. - Ela disse cruzando comigo e indo até a porta do escritório. - E nunca mais encoste um dedo em mim, ou falarei para Dumbledore. - Ela virou as costas e me deixou lá sozinho.

Fiquei um tempo pensando e decidi que ela era uma completa idiota. Eu tinha chegado nela. A única coisa que ela precisava fazer era abrir as pernas e pronto. Mas não, ela é a Granger santinha. Me sentei em minha mesa e peguei meu caderno – porque chama-lo de diário soava gay – e abri em uma página em branco. Peguei uma pena e começei a escrever.

07/09/96

Me acordei com aquele sonho de novo. Até quando vou ter que aturar isso? Mas agora que sei que a garota do meu sonho é Granger quem sabe eu pare de te-lo. Mas a pergunta que não quer calar é: Por que ela?

Não vou perder meu tempo tentando descobrir o que minha mente está planejando contra mim e vou me focar em coisas importântes. Como, por exemplo, aquele maldito armário.

Eu já havia tentado de tudo, mas não tinha maneira nenhuma de arruma-lo. Eu nem ao menos sabia o que tinha de errado com ele. Desde que cheguei nessa droga de escola estou tentando concerta-lo, mas continua dando errado. Li vários livros e procurei pesquisar mais sobre Armários Sumidoures, entretanto parece não existir nada sobre eles. A não ser que eram muito usados pelos Comensais da Morte a muitos anos.

Ah, mamãe me mandou uma carta um tanto quanto estranha essa semana. Dizia: “Então, meu filho, nenhuma garota em especial roubando seu coração esse ano?”. Mamãe só pode ter sido atacada por uma Manticora. Ela sabe da missão que o Lord me encubiu e ainda fica me perguntando sobre garotas?

Acho que por hoje é só.

Boa noite Caderno!

D.B. Malfoy


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Notas finais do capítulo

Hello, tudo bem com vcs?
As notas iniciais estão bugadas então vou escrever tudo nas finais.
Gostaria de agradecer pelos maravilhosos comentários do capítulo anterior. Fico muito feliz que a história esteja apenas com três Capítulos e já tenha Reviews maravilhosos.



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