How it all began escrita por Saturn


Capítulo 2
CHAPTER TWO - Oh Merlin, Hogsmeade


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi pessoal!
Me adiantei um pouco e trouxe um capítulo antes de terça-feira :D
Não consigo me segurar, precisei postar esse capítulo recheadinho de tudo o que há de bom (Ou não).

Enjoy it!



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Acordei com um raio de sol batendo em meus olhos, e me levantei da cama, xingando quem quer que fosse o ser humano estúpido que tinha deixado a cortina escarlate aberta, impossibilitando meu sono por conta daquele minúsculo raio de sol irritante. 

Vou tomar um banho, antes que as madames levantem da cama e demorem anos no chuveiro. No momento que saio, vejo um borrão de cabelos longos e negros correndo em direção ao banheiro, me chutando para fora e batendo a porta na minha cara. Padfoot, sempre delicado. 

Eu dou as costas para a porta do banheiro e me deparo com Remus amarrado ao pé da cama e Peter flutuando acima dos cortinados das camas. Eu abafo uma risada e vou me vestir, colocando as vestes de Hogwarts de qualquer jeito, enquanto desfaço o feitiço que prende meus amigos e os deixo brigar para ver quem vai tomar banho após Sirius, se ele algum dia parasse de arrumar o cabelo e saísse de lá. 

O dia passa se arrastando, e eu só consigo pensar no dia seguinte, na visita a Hogsmeade e em como eu iria para Hogsmeade sozinho de novo. Claro, recebi alguns convites, mas os recusei, pensando na ínfima possibilidade de encontrar certa ruiva, e claro, eu não poderia sair com alguém sabendo que não era com aquela pessoa que eu gostaria de estar. Hogwarts toda comentava sobre isso, como se fosse a primeira vez que eu não levaria alguém. Se dependesse da indignação de muitas garotas, a notícia provavelmente sairia no Profeta Diário no dia seguinte. Dou uma risadinha e reviro meus olhos, hábito que aprendi com Lily, depois de tantas rondas e conversas. 

Sirius, Peter e Remus vão descer antes do que eu para o vilarejo. Padfoot vai com uma garota da Corvinal, loira e extravagante, Peter vai descer com Mary e me esperar no Três Vassouras e Remus está fazendo segredo com quem ele irá. Ah, mas nós descobriremos, ou não somos Marotos. 

Peter e Mary vão passar pela Dedosdemel, Remus não abriu a boca para falar onde ele e seu encontro secreto iriam, enquanto Sirius irá ao Cabeça de Javali no seu encontro, um pub afastado onde costumávamos ir para beber Firewhiskey que o barman nos vendia nos encarando com seus olhos azuis e familiares sem se preocupar com a nossa idade. 

Quando vou para a vila, dou uma passada na Zonko’s para reabastecer meu estoque de Snap Explosivo e Bombas de Bosta. Depois de pagar, vou me dirigindo vagarosamente até o Três Vassouras e, no meio do caminho, encontro um lufano e um sonserino aos berros no meio da rua. Fico um pouco surpreso por ouvir um lufano gritar, sendo que em meus sete anos de escola, jamais havia visto um erguer a voz. Eles prezavam muito pelo diálogo civilizado. Com o sonserino eu nem me surpreendo, sendo que eles são horríveis mesmo. 

Eu corro e me jogo no meio da briga, tentando separá-los, e quase sou acertado por um feitiço que tinha sido direcionado para o garoto de gravata amarela, penduro o lufano no ar e me viro para enfrentar o sonserino que está espumando de raiva. 

Dou um sorrisinho debochado e lanço uma azaração. Ele bloqueia, mas se desequilibra devido a força do feitiço, tropeça em um ramo de árvore e vai ao chão. O lufano, ainda pendurado no ar, começa a gargalhar e eu deixo uma risadinha escapar por entre meus lábios. O garoto no chão levanta-se, me encarando com o mais puro ódio, e arruma suas vestes, espanando a poeira que acumulou nelas quando ele caiu na estrada empoeirada, e então se vira e vai embora. 

Eu desço o lufano do ar com segurança e ele ainda está com lágrimas nos olhos e rosto vermelho de tanto rir. Me agradece e vai embora com os seus amigos. Eu dou de ombros, e logo desejo não tê-lo feito pela dor que corrói a parte superior do meu braço, fui atingido por um feitiço e nem percebi, devido tamanho calor do duelo. 

Xingo algumas gerações de sonserinos e continuo meu caminho em direção ao Três Vassouras. Com alguma sorte, poderia encontrar Moony lá, e ele daria um jeito no meu ombro. Suspiro e, me arrependendo por nunca ter prestado atenção quando o assunto era feitiços de cura. 

Entro no bar e encontro apenas Peter e Mary, atacando alguns petiscos que Madame Rosmerta tinha deixado na mesa para eles. Eu sorrio, levanto a mão em um aceno, me encolhendo levemente quando a dor me atinge e vou me juntar a eles na mesa. Bebemos algumas cervejas amanteigadas e comemos alguns doces, até que a porta da taverna se abre e Padfoot entra, com os cabelos despenteados e o rosto corado, parecendo que tinha corrido um longo caminho até aqui, e ele está desacompanhado. 

— Padfoot, onde está a corvina? - Pergunto no instante que ele se senta junto conosco. 

Ele faz uma careta, como se quisesse esquecer algo

— Ela veio com uma conversa de relacionamento sério, saí correndo de perto dela e a deixei em algum lugar entre Madame Puddifoot e a entrada de Hogwarts. 

Nós rimos, e ele pede uma cerveja, piscando para Madame Rosmerta quando ela atende seu pedido, ela revira os olhos e dá um tapa na cabeça dele, que lhe manda um beijo, deixando a bela mulher corada. 

Conversamos um pouco, e, só então, Sirius pareceu notar meu ombro cortado. Ele vira o corpo na cadeira, me encara e pergunta, seriamente:

— Prongs, você se meteu em encrenca e não me chamou?

Eu fico um pouco confuso, até lembrar do meu ombro e do que tinha acontecido um pouco antes de chegar ao bar. 

— Isso foi obra de um sonserino, fui separar uma briga e acabei sendo atingido, Nem percebi na hora. 

Ele balança a cabeça e faz um aceno com a varinha, deixando a dor no meu ombro abrandar. Ele não era tão bom quanto Remus em feitiços curativos, mas era disparadamente melhor do que eu. Agradeço, enquanto ele joga dois sapos de chocolate na boca de uma vez só. 

Quando eu olho para fora, através da janela limpa do estabelecimento, eu vejo um borrão de cabelos vermelhos feito fogo correndo desesperadamente. Me levando imediatamente, murmurando uma desculpa qualquer para os meus amigos sentados ao redor da mesa e disparo porta afora, sendo atingido por um ar gélido no momento que piso na estrada em direção à ruiva. 

Quando finalmente a alcanço, eu estou ofegante, Lily está chorando e com o rosto corado. Eu me aproximo dela cautelosamente e toco seu ombro, fazendo-a se assustar:

— Lily? Está tudo bem?

Ela balança a cabeça, negando, e me surpreende quando se atira em mim, me abraçando com força e soluçando em meu peito. Eu fico sem reação, apenas ergo uma das mão e acaricio seu cabelo, extremamente confuso. 

Puxo ela para um banquinho de madeira posicionado em um local meio escondido, um pouco afastado da estrada principal que leva a Hogwarts. Sento-me ao lado dela, sem tirar o meu braço dos seus ombros que ainda tremiam e fico ali até ela se acalmar. Quando sua respiração começa a normalizar, conjuro um lenço e estendo-lhe, ela pega, agradecida e seca delicadamente seus olhos e rosto manchado pela trilha de lágrimas. E então, crio coragem o suficiente para lhe perguntar:

— Lily, o que aconteceu?

Ela reprime um soluço involuntário e diz:

— James - Fico surpreso por ela não me chamar pelo nome, mas ignoro e a deixo continuar - Promete não contar para ninguém?

Eu assinto.

— Mas ninguém mesmo, nem para Sirius e Remus, ou eu grito no Salão Principal que você dorme com a varinha dentro da meia.

— Como você…- Deixo pra lá e continuo - Eu juro pela minha própria vida. 

A ruiva respira fundo e começa a dizer as palavras que mais me deixariam com raiva em toda a minha vida:

— Snape...E os amiguinhos dele...Me jogaram...

Ela soluça forte e eu a abraço novamente, puxando seu rosto em direção ao meu peito, como se fosse protegê-la de todo mal e pergunto, em uma voz tão baixa que duvidava muito que ela ouvisse:

— Usaram o que, Lily?

E o que sai de seus lábios é nada mais que um sussurro, e, mesmo assim, me faz empalidecer e enxergar tudo desbotado ao meu redor. 

— Maldição Cruciatus. 


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Capítulo cheiinho de emoções.

Comentem, favoritem, recomendem, compartilhem com os amiguinhos e acompanham para não perder nenhum capítulo dessa novela mexicana com nosso casal favorito!

Até a próxima,

Um beijo :*



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