Let it snow? I don't think so escrita por Alexandra Watson


Capítulo 8
Nada é para sempre... maldito clichê


Notas iniciais do capítulo

Bem, final de fic amores.
Para aqueles que leram, espero que tenham gostado. E espero que gostem deste também.
*Divirtam-se*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/545631/chapter/8

Eram duas e meia da manhã quando chamamos um táxi para nos levar para casa. Alaska e Gordo insistiram para que ficássemos mais um pouco, mas não iria abusar já na primeira festa (vai que poderiam haver outras).

– Ron, obrigada. Eu ... eu me diverti muito.

– Ainda bem, Mi. Agora eu não preciso ir nas festas desacompanhado.

– Não precisa mesmo – eu disse pegando sua mão. – Sabe, vai ser mais complicado para nós dois se nós assumirmos para nossos pais esse namoro por enquanto.

– E por que?

– Porque, se nós falarmos isso para meus pais longe de sua mãe, não será um problema. Mas se nós falarmos para eles perto dela, ela pode mencionar que nós dormimos juntos.

– Mas nós não fizemos nada.

– Eu sei e você sabe, mas ...

– Mas eles vão pensar que nós fizemos coisas inapropriadas.

– Tá ficando mais espertinho, hein?

– Há há. Muito engraçada você – mas ele continuou segurando minha mão mesmo assim.

Chegamos em casa e fomos direto para meu quarto. Molly havia preparado nossas camas lá. Nós nos trocamos, ele no banheiro e eu em meu quarto e fomos dormir imediatamente. Estava quase dormindo quando senti a mão de Ron sobre a minha e me assustei.

– Mi, já dormiu?

– Não. O que foi?

– Pensa comigo: lembra que minha mãe havia ligado para seus pais avisando que nós íamos passar a noite aqui sozinhos e você contou para sua mãe sobre mim?

– Lembro. E daí?

– E daí que sua mãe provavelmente já sabe que nós estamos dormindo, se não no mesmo cômodo, na mesma casa. Acho que nós podemos contar para eles sim.

– Bom, você que sabe. Por mim tudo bem.

– Ok. Até mais tarde então, princesinha.

– Nunca mais me chame assim, Ronald Weasley – mas eu estava sorrindo.

Escutei sua risada ecoar pelo quarto e depois não escutei mais nada. Não por estar dormindo, mas por ele provavelmente dormir. Eu ainda estava elétrica por causa da festa, então decidi ir tomar um copo de leite quente pra me ajudar a dormir. Fui até a cozinha e coloquei a caneca no micro-ondas e esperei. Quando ele ficou pronto, coloquei achocolatado e me sentei na mesa.

Havia bebido metade da caneca quando Molly chegou na cozinha.

– Hermione? O que faz acordada a essa hora, querida?

– Não conseguia dormir, Molly. Vim beber leite pra ver se ajuda. Eu te acordei?

– Não, eu também não estava conseguindo dormir.

Ela pegou leite e se serviu dele gelado mesmo e se sentou a minha frente.

– E então? Como foi a festa?

– Foi ótima, Molly. Nós nos divertimos muito, Ron me apresentou uns amigos super legais dele e tudo...

Contei para ela a festa toda, com exceção do pedido de namoro. Ela escutou todos os detalhes com um sorriso no rosto. Quando nossas bebidas acabaram, ela colocou-as na pia e voltou a se sentar.

– Hermione, eu queria te perguntar uma coisa - ela disse olhando diretamente em meus olhos, mas pude ver que ela corava levemente.

– Pode perguntar, Molly.

– O que você sente em relação ao meu filho?

É, direta e reta. Corei e olhei para minhas mãos que estavam depositadas em meu colo.

– Bem, Molly. Eu gosto muito de Ron. Mas por que pergunta isso?

– Eu não sei se já ficou bem caro, afinal ele é bem lerdinho mesmo, mas ele gosta muito de você, Hermione. Mais do que só uma amiga.

Olhei para Molly e vi, surpreendentemente, diversão em seus olhos. Ela já sabia.

– Ele te contou não foi?

– Ele nem precisou. Eu estava acordada no quarto das meninas quando vocês dois entraram e devo dizer que falaram um pouco alto sobre isso.

– E você ainda vai permitir que ele durma lá? - ok, assim parecia que eu estava me certificando de que ela não iria aparecer lá pelo resto da noite e que poderíamos nos pegar loucamente. Não era o caso, mas esfim.

– Eu conheço muito bem meu filho, Hermione. E também conheço você, sei que são tranquilos.

Sorri para ela e me levantei. Antes de sair da cozinha, voltei e a abracei.

– Obrigada, Molly. Você é ótima.

Ela retribuiu e eu voltei para meu quarto. Pera, tinha alguma coisa diferente ali. Móveis no lugar, confere. Luzes apagadas, confere. Colchão de Ron vazio, confere. Pera, não, não confere. Olhei para minha cama e lá estava ele.

– Ronald, sai dai. Você não tá mais com febre.

– E eu não posso querer dormir com minha namorada só por causa disso?

– Acontece que sua mãe está ai, Ron.

– E dai? Ela não sabe.

– Talvez ela saiba agora.

– Você acordou ela só pra contar isso? - ele se sentou num pulo e eu me sentei ao seu lado.

– Na verdade, eu só precisei conformar. Talvez nós estivéssemos falando muito alto quando chegamos e talvez ela tenha nos escutado.

– E agora?

– E agora você vai pra sua cama, senhor Ronald. Ela disse que tudo bem, mas não é bom abusar da boa vontade dela.

– Ok, você que manda - ele se jogou no colchão de baixo. - Nem um beijinho de boa noite?

– Vai dormir, Ronald! - eu disse jogando um travesseiro nele e rindo.

Ele pegou o travesseiro e subiu em minha cama, pulando em cima de mim. Tentei afasta-lo, mas ele deu um jeito de imobilizar meus braços e pernas.

– E agora, hein, sabe-tudo? O que vai fazer?

Levantei minha cabeça e encostei meus lábios nos seus. Não permiti que o beijo se aprofundasse, porque se o fizesse, não ia conseguir me separar dele.

– Já tem seu beijo de boa noite. Agora seja um bom menino e vá dormir.

Ele concordou, roubou mais um selinho meu e voltou a se deitar. Me virei para o lado e, ao fechar os olhos, pensei que a vida poderia voltar a ser boa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não gostei muito dessa conclusão, mas não consegui pensar em uma frase de efeito melhor, me desculpem. Mas vocês pegaram a ideia.
Beijinhos.
— A