Mirros escrita por Thaís Romes


Capítulo 30
Destruição.


Notas iniciais do capítulo

Oie amores! Só uma dica, leia o capítulo até o final ok?
Boa leitura!



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–Felicity. –Thea chamou meu nome prendendo o ar. –É uma emboscada! Manda eles voltarem. –Ela dizia desesperada. –Agora!

As coisas aconteceram muito rápido. Diggle imediatamente ligou para a Waller e para Sara pedindo reforços, saindo em seguida. Thea começou a mexer em algo atrás de mim que não pude dar importância na hora, tudo o que eu fazia era chamar por Oliver.

–Oliver! –Gritei no comunicador a ponto de entrar em pânico.

–Felicity. –Respondeu. –O que aconteceu.

–Eu preciso que volte. Agora! –Pedi em desespero. –É uma emboscada, Thea acabou de confirmar.

–Não posso fazer isso. –Respondeu com a voz neutra. –Laurel está lá dentro. –Reprimi o ciúme por ele estar correndo para salvar a vida de sua ex-namorada, pois havia muito mais em jogo.

–Oliver o esquadrão suicida está a caminho assim como Sara e Nissa. –Tentei argumentar. –Por favor, volte. Deixe que eles cuidem disso.

–Eu estou entrando no prédio Felicity. –Disse impassível.

–Por mim? –Tentei a última vez.

–Estou dentro. –Respondeu simplesmente enquanto meu corpo inteiro parecia estar prestes a entrar em colapso por puro medo.

–Ele entrou. –Disse em voz baixa para Thea.

–Vou para lá! –Decretou pegando uma espada e cobrindo o top que usava com um casaco.

–Não! –Pedi a segurando pelo braço. –Por favor, não vá também. –Pedi com a voz quase infantil devido o tamanho do meu desespero. –Não faça isso.

Ela se inclinou me dando um beijo no rosto com carinho. –Preciso parar isso Felicity, talvez eu consiga convencê-lo a não machucar meu irmão. –Ela possuía a mesma força no olhar de Oliver. –Prometo fazer tudo o que puder para trazê-lo de volta para você.

–Me deixe ir junto então? –Pedi como ultimo recurso. –Posso ser útil.

–Felicity, não duvido disso, mas não posso arriscar sua vida, você a única pessoa que mantêm Oliver inteiro. –Ela me abraçou apertado. –Gostaria de ter mais tempo com você, seriamos boas amigas. –Disse antes de partir.

Então me vi sozinha sem ter mais a quem recorrer. Andei em círculos pela caverna tentando pensar em algo, o comunicador de todos estavam ligados de forma que eu pudesse saber exatamente onde cada um estava. Quando estava a ponto de surtar Sara e Nissa chegaram.

–O que aconteceu Felicity? –Narrei toda a história rapidamente as colocando a par da situação.

–Sara você sabe o que está acontecendo. –Afirmou Nissa a lançando um olhar significativo para Sara que concordou balançando a cabeça.

–O que está acontecendo? –Gritei desesperada. –Alguém pode me contar?

–Oliver é o alvo, Laurel nem mesmo corre perigo. –Explicou Nissa. –Meu pai deu Oliver como missão a Merlin, ou ele o mata ou será morto. –Sua voz era sombria assim como sua expressão, senti um arrepio percorrer minha espinha.

–Sara o que nós fazemos agora? –Eu não estava bem, minha cabeça girava meu estômago parecia a ponto de voltar tudo que tinha nele, nesse momento corri para a lixeira mais próxima e me agachei vomitando. Sara segurou meus cabelos me esperando terminar.

–Se sente melhor? –Perguntou.

–Por que vocês estão aqui ainda? –Ignorei sua pergunta sem sentido, claro que não estou bem! Como poderia estar bem em uma situação dessa? –Vão ajudar!

–Temos que cuidar de você. –Respondeu paciente. –Se Malcom não matar Oliver, eles virão atrás de quem ele mais ama e mataram essa pessoa. –Explicou com um olhar cansado. –Você Felicity. –Ela colocou uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha me olhando nos olhos.

–Você não entende? –Questionei chocada, agora as lágrimas corriam livremente por minha face. –Eu não sou nem um pouco importante nessa equação! Mas se acontecer alguma coisa com Oliver, perdemos também o Arqueiro e conseqüentemente diversas outras vidas.

–Se perdemos você acontece exatamente à mesma coisa. –Respondeu paciente. –É tão importante quanto Ollie. É a força dele, não percebe isso?

–Felicity. –Era a voz de Thea no comunicador.

–Sim? –Respondi tentando controlar o choro.

–Eu estou presa. –Sua voz era apenas um sussurro fraco. -Tem um gás, as portas estão travadas. Posso ver Oliver e Roy. –Ela chorava. –Estão inconscientes...

–Thea! –Gritei. –Thea!

Comecei a mexer em todo o sistema de segurança do prédio tentando destravar as portas, mas eu sempre era bloqueada, precisava chegar mais perto.

–Sara precisamos ir! –Informei já pegando meu tablet e a chave mestra que conseguimos com o Rei dos Relógios. –Eles vão morrer! -Gritei quando vi que nenhuma das duas se moveu.

–Ela está certa. –Para minha surpresa a frase saiu dos lábios de Nissa. –Respeito sua coragem. –Falou me olhando nos olhos.

–Tudo bem. –Cedeu Sara a contra-gosto. –Mas não saia de perto de mim. –Ordenou.

–Não pretendia fazer isso... –Murmurei com sarcasmo já na metade das escadas.

Odeio sociopatas assassinos, odeio, odeio, odeio. Era tudo o que eu conseguia pensar dentro do carro a caminho da promotoria de Starlling City. Enquanto eu tentava derrubar os bloqueios de segurança do prédio, Nissa e Sara estavam no modo super assassinas totalmente focadas, liguei para Diggle e ele garantiu estar bem e que estava com Laurel. Parecia que eles foram fechados em partes diferentes do prédio, separados uns dos outros. Thea estava em uma sala próxima a que Oliver e Roy estavam presos, Dig e o esquadrão foram presos do outro lado do prédio junto a Laurel e os outros reféns.

Expliquei a situação para as duas. Conseguimos entrar no prédio e eu acessei o primeiro computador que vi em minha frente. E finalmente consegui desativar as defesas. Sara e Nissa saíram em disparada para libertar os reféns. Fiz o mesmo, corri como se minha vida dependesse disso e encontrei a sala onde Oliver estava caído ao lado de Roy com os arcos jogados pelo chão.

Meu coração parou de bater por um momento. Cai de joelhos a seu lado verificando seus sinais vitais, respirei aliviada quando conclui que ele estava apenas desacordado. Repeti o processo em Roy e depois Thea, que ainda não havia ficado completamente inconsciente, eu a ajudei a ir para a sala onde os dois estavam.

Thea se arrastou em direção a Roy, encostando seu corpo na parede e colocando a cabeça dele em seu colo enquanto acariciava seus cabelos com carinho e murmurava palavras inaudíveis olhando para seu rosto.

–Sara? –Chamei no comunicador enquanto tentava encostar o corpo inconsciente de Oliver na parede.

–Sim. –Respondeu imediatamente.

–Estou com eles, mas estão inconscientes. –Descrevi o estado dos dois rapidamente.

–Nissa tem o antídoto, estamos a caminho. –Informou.

–Eu poderia estar com ele Felicity. –Thea me disse chorando. –Agora que os vejo dessa forma, tudo parece ridículo.

–Vai ficar tudo bem. –Disse mais para mim do que para ela na verdade.

Sara e Nissa chegaram, Nissa tirou uma flecha como as do Oliver que ele carregava com antídotos e entregou depois fez a mesma coisa com Thea a entregando duas flechas, uma para ela e outra para Roy. Nós injetamos o liquido nos arqueiros e esperamos para que fizesse efeito.

–Precisamos sair daqui. –Disse Sara olhando para os lados. –não encontramos Malcom em lugar algum estou começando a ficar seriamente preocupada.

Roy começou a se mexer no colo de Thea que imediatamente selou seus lábios nos dele que retribuiu assim que recobrou a consciência por completo. Os dois se abraçavam e pediam desculpas desesperadas uma para o outro.

–Felicity o que esta fazendo aqui? –Escutei a voz de Oliver rouca ao meu lado.

Não consegui descrever a imensidão do meu alívio. Joguei-me em seus braços tentando ser gentil, Oliver me abraçou com força acariciando meus cabelos, nem mesmo percebi que estava chorando até que pude ouvir meus próprios soluços.

–Shiii! Eu estou bem, fica calma! –Ele dizia em meu ouvido. -Não aconteceu nada grave!

–Ollie. Precisamos sair daqui agora! –Escutei Sara dizer.

–Vocês não vão a lugar algum! –Disse uma voz conhecida.

Oliver e Roy se levantaram imediatamente pegando seus arcos e se posicionando a nossa frente de maneira protetora. Malcom passou pela porta com um capanga também com o uniforme da Liga dos Assassinos. Sara e Nissa partiram para cima deles, Merlin hesitou por um instante quando viu a filha de Ra’s Al Ghul, mas nesse memento sete outros capangas entraram na sala dando início a luta.

Percebi que Oliver e Roy não se afastavam de mim e Thea por nada, por mais que a irmã esteja revidando da melhor forma possível.

–Não vai morrer ninguém além de você hoje Oliver. –Gritou Malcom. –Seria mais fácil se entregasse agora e poupasse a vida de minha filha. -Ameaçou. - Vou te dar três segundos.

Não dava para ver direito o que estava acontecendo. Oliver estava lutando com alguém que o forçou a afastar, Roy também. Quando olhei para o lado e vi que Thea estava completamente exposta assim que conseguiu derrubar o ninja com quem ela lutava.

Agi por puro impulso e me joguei em sua frente. Tudo que me lembro depois e de sentir a dor mais intensa que já experimentei em toda minha vida e de escutar o grito desesperado de Oliver. E tudo se foi...

OLIVER

DOIS DIAS DEPOIS

Eu estava na casa dela sentado em seu sofá, olhando para o quadro do Robin Hood em cima de sua televisão. Existem muitas maneiras de lidar com o luto e a essa altura eu deveria ser mestre no assunto, só que eu não estava lidando apenas com o luto pela vida dela, lidava também com o meu, eu estava morto. Eu queria morrer. Não existia nada que me fizesse querer lutar agora, na verdade eu parei de me importar, por mim que todos morressem e que essa droga de mundo acabe, será um favor que a vida me fará.

Quando a flecha acertou o coração de Felicity o mundo pareceu parar por um instante, tudo ficou lento. Eu pude ver a vida deixar seu corpo, então tomado por uma fúria sobre humana cobria a distância entre mim e Malcom, o pegando de surpresa. Quebrei seu pescoço com minhas próprias mãos, só que isso não foi suficiente, então matei todos os outros capangas do Ra’s Al Ghul e agora tudo o que quero é que ele venha e me mate, acabando por fim com meu sofrimento...

BARRY

Eu estava trabalhando em um caso de seqüestro juntando as peças para que pudesse encontrar o refém. Quando recebi uma ligação que mudou meu dia, nada mais passou a ter importância.

–Diggle! –Cumprimentei animado. –Em que posso ajudar?

–Infelizmente nada. –A dor em sua voz era palpável. –Felicity está morta e eu estou ligando para lhe avisar. –Deixei meu corpo escorrer encostado na parede me sentando no chão sem conseguir ficar em pé.

–O... O que aconteceu? –Disse com lágrimas escorrendo de meus olhos.

Diggle narrou toda a história e ele parecia chorar do outro lado da linha. Depois ele me contou o estado deplorável em que Oliver se encontrava, afundado na depressão rejeitando a todos. Sem pensar duas vezes vesti meu uniforme e sai correndo mais rápido do que nunca, desejando de todas as minhas forças poder voltar no tempo e salvar a pessoa com o melhor coração que já encontrei em minha vida. Tudo que queria era salvá-la... Não sei como encarar um mundo onde a Felicity não existe.

Em menos de um minuto eu já estava em Starlling City, em frente à entrada secreta da caverna, o ar a minha volta parecia diferente, mas não dei importância a isso. Desci as escadas segurando o choro e o desejo de vê-la novamente... Mas não esperava pelo que aconteceu... Não estava certo!

Felicity estava sentada em sua mesa parecendo irritada com algo, passei alguns segundos apenas olhando para ela. Linda em um vestido rosa, os cabelos soltos e o semblante concentrado... Demorei algum tempo para concluir o que havia acontecido.

Eu consegui o que queria, voltei no tempo!

–Felicity rastreie o sinal do celular dela, preciso de uma localização agora! –Oliver ordenava totalmente alheio a raiva que sua mulher sentia. –Barry! –Exclamou surpreso assim que seus olhos me viram. -O que está fazendo aqui?

–Vim para salvar Felicity. –Respondi cheio de convicção, vendo todos me olharem como se eu fosse um lunático. –Por esse motivo preciso que fique aqui. –Pedia a Oliver que neste momento olhava para a namorada. –Acreditem em mim, não vão querer sair dessa caverna hoje.

–Explica isso direito. –Pediu Felicity se levantando e caminhando em nossa direção.


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Notas finais do capítulo

Então, acho que assustei vocês né? I'm sorry!
Se vocês conhecem os poderes do Flash sabem que isso é sim possível para ele... Bom, não esqueçam de comentar. Bjs