POV Alex

Não demorou muito para percebermos algumas coisas. A primeira, estávamos congelando. A segunda, já era 2010. E a terceira, havíamos nos beijado de novo, e lá estávamos, praticamente abraçados, nos olhando, e uma pergunta não saía da minha cabeça.

“E agora?” Foram só duas palavras, mas eu não precisei explicar mais que isso, ele entendeu. Ele sempre entendia.

“Não sei... O que eu sei,” ele disse, seu tom um pouco hesitante, como se não tivesse certeza que deveria falar aquilo. “é que eu gosto de você. Digo, gosto mais do que deveria gostar da minha irmã adotiva que eu sempre achei que fosse de sangue. Digo, não que isso mudaria alguma coisa se eu não gostasse de você desse jeito, eu ainda te veria como irmã, mas sendo que-” Por mais que eu gostasse de ver ele se atrapalhar com as palavras, decidi cortá-lo.

“Justin!” Ele parou de falar, e eu continuei. “Eu também gosto de você.”

E que jamais seja dito que Alex Russo não tem sentimentos. Ela só esconde muito bem, debaixo de várias e várias camadas de sarcasmo. Exceto quando o assunto é Justin Russo. Por mais que tentasse, naquele momento, não conseguia esconder mais nada dele.

“Gosta?” Ele perguntou, com aquela cara de criança na manhã de Natal, e eu acenei com a cabeça. “Isso é... isso é bom, né?” Eu ri, era sempre hilário ver o genial Justin Russo sem saber o que falar.

POV Justin

“E... Isso... Isso significa que a gente... tá namorando?” Eu perguntei, mais que meio hesitante.

Eu nunca fui bom com garotas, elas me deixavam meio nervoso em momentos como esse, mas Alex... Com ela era tão, tão mais complicado, mas ao mesmo tempo mais simples. E ainda sim, eu hesitei com a pergunta, porque eu sinceramente não tinha a menor ideia do que ela iria responder.

“Justin, Justin, como você é inocente.” Alex responde, rindo um pouco. “Precisa de mais que isso pra namorar Alex Russo. Comece com um pedido decente, faz um esforço, quem sabe...” Ela riu de novo, beijou minha bochecha e entrou na casa.

E como muitas vezes desde que nos conhecemos, Alex me deixou sem palavras. Mas, no geral, eu estava feliz. Ela havia dito que gostava de mim. Não havia mais dúvida sobre isso na minha mente, e eu disse que gostava dela. O que mais ela precisava? Um pedido decente...

E quando a resposta veio a mim, senti vontade de gritar um ‘Eureka!’. Mas eu tenho limites. Ao contrário, eu a segui para dentro da casa. Encontrei-a entrando no quarto que estava dividindo com Harper.

“Alex, espera!” Ela se virou, e quando estávamos a uma distância melhor para conversar, continuei. “Quando a gente voltar pra Waverly. Você... você quer sair comigo? A gente pode assistir Desastre na Irmandade na Noite de Halloween Parte 4.”

“Viu? Sabia que você era esperto.” Ela deve ter visto a confusão estampada no meu rosto. Rolou os olhos e esclareceu. “Isso foi um sim, bobão.” Ela me beijou de novo, mas dessa vez, foi mais no canto da boca que na bochecha, e eu sei, tenho certeza, foi para me provocar. “Boa noite!” E com isso, ela entrou no quarto, fechando a porta.

E eu? Eu fiquei no corredor, sorrindo que nem um idiota. E, claro, sobrou para mim a tarefa de explicar para nossa família por que não estávamos com eles na hora da virada, por que Alex já estava no quarto, e por que eu estava mais vermelho que um tomate.

Mas eu nem ligava. Minha coleção de figuras de ação podia estar em chamas, eu não ligaria. Porque Alex disse sim.

POV Max

A sobremesa estava boa... será que o Dragão ia gostar dela? Vou guardar um pouco pra ele...

Alex e Justin não estão aqui.

Esses fogos de artifício no vestido da Harper são tão coloridos... espero que ela não solte nenhum deles em mim. Pensando bem, ia ser bem irado...