Segredos de Família escrita por KurosakiMariana


Capítulo 7
Happy New Year Part 1


Notas iniciais do capítulo

Classificação: T
Par: Justin/Alex
Boa leitura!



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POV Justin

Seis dias. Faziam exatamente seis dias desde que eu e Alex nos beijamos, e nós sequer nos falamos depois disso. Sinceramente, não sabia mais o que sentir. Primeiro, tive a sensação de puro êxtase, como não? Porra, eu beijei Alex! Tenho mesmo que explicar isso? Mas então veio o medo. Quando quebramos o beijo, eu olhei em seus olhos e pude ver claramente um estado de pânico. Em minha mente, o arrependimento dela era claro. Percebi que ia falar algo, mas Max nos interrompeu. Lembre-me de agradecê-lo por isso mais tarde. Não que eu não quisesse falar com ela. Eu tinha realmente muito para dizer. Mas eu não estava pronto. Não aquela hora, com tantos pensamentos e sentimentos conflitando em meu interior, eu duvido que pudesse formar sequer uma frase em direção a ela. Então eu simplesmente sorri e deixei o quarto. Sim, eu sei, covarde. Que tipo de homem faz isso? Agora estamos aqui. É o último dia do ano. E minha última chance de fazer isso certo.

POV Alex

O ano estava chegando ao fim. Era quase noite e tudo estava estranhamente silencioso. Estavam todos lá embaixo, fazendo qualquer coisa. E eu? Eu estava trancada no meu quarto, olhando pro teto e com uma única memória repetindo em minha mente. Seis dias atrás, após o jantar. Eu beijei Justin. Estúpida. Que tipo de pessoa responde um ‘O que está acontecendo?’ com um beijo? Mas eu estava focada mesmo em descobrir por que exatamente eu fui beijada de volta. Eu esperava tudo. Esperava que ele gritasse, fizesse uma de suas expressões de horror ou raiva que, diga-se de passagem são muito fofas, lançasse um feitiço, chamasse pelos pais ou saísse correndo. Mas não, ele simplesmente retornou o beijo. Agora, sim, eu estava em pânico. Você deve estar pensando ‘Ei, isso pode significar que ele possa sentir algo por você, certo?’ Pra mim, errado. Quando quebramos o beijo eu estava no mesmo pânico que estou agora, e quando olhei para ele, vi um olhar confuso e uma expressão indecifrável. É mais do que óbvio que ele se arrependeu completamente daquilo. Há um tempo eu aprendi a lidar com meus sentimentos por Justin. Lidar, quero dizer, empurrá-los para longe, ignorá-los, esquecê-los. Eu sabia que nunca poderia tê-lo, então que devia me contentar apenas com a nossa proximidade ‘fraternal’. Mas naquele momento não era suficiente. E então, depois disso, não achei que teria ao menos essa proximidade. Nenhuma proximidade, se eu estivesse certa. O relógio marcava 20h,e já começava a ouvir gritos para descer. Oh, vida cretina.

POV Justin

Eram exatamente 22h. Há duas horas, todos estavam reunidos na sala de estar, alguns vendo o mesmo filme de todos os anos na TV, outros ajudando na cozinha. Normalmente eu estaria reorganizando minhas malas, ajudando a arrumar a mesa ou qualquer coisa do tipo, mas meu foco era outro. Eu tinha que falar com Alex, eu tinha que dizer a ela. Eu não fazia ideia de que palavras eu vou usar, como eu iria dizê-las, quando, onde, qual será a reação dela... Mas pela primeira vez, eu realmente não me importava. Eu só sabia que precisava fazer isso naquela noite.

POV Alex

Duas horas. Faziam duas horas que eu estava olhando pra um ponto fixo da parede, por sorte ninguém pareceu notar. Eu realmente não estava a fim de fazer ou falar nada, porque meus pensamentos ainda estavam presos na mesma coisa. Isso já começava a ficar estúpido, quero dizer, sério? Ficar olhando pro nada, pensando na mesma coisa por uma semana? É claro que, por mais de mil vezes, eu já havia considerado falar com ele, dizer o que eu tinha a dizer, e não ligar pra reação dele, só... dizer. Falar era fácil. Coragem? Nem um pouco. Agora já não era mais estúpido, era irritante. Nem parecia mais que estávamos falando de mim. Eu me odeio. Meus pensamentos foram interrompidos por Justin chamando meu nome. Justin. Ai, Deus. Lá vamos nós.

POV Justin

Eu não aguentava mais. Tinha que ser agora. Vi Alex sentada no sofá do outro lado da sala, olhando pro nada, e não queria nem imaginar no que ela estava pensando. De qualquer forma, caminhei até lá e chamei por seu nome. Ela apenas me olhou, com uma expressão interrogativa, e sinalizei com a cabeça para irmos à varanda. Ela só assentiu e foi na minha frente. Quando finalmente percebi o que eu fiz, e que não havia como voltar atrás, comecei a ficar nervoso, e fazer cálculos matemáticos em minha mente. Eu sei, nerd. Chegamos lá e, após fechar as portas de vidro para ter certeza de que ninguém ouviria a conversa a seguir, limpei a garganta e comecei a falar:


“Alex, sobre o Natal... Nós precisamos conversar...”


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Notas finais do capítulo

Read and Review!