Use Somebody II escrita por Thaís Romes


Capítulo 26
O Casamento.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas!
Espero que curtam o capítulo...
Musica usada: Ed Sheeran - Thinking Out Loud
https://www.youtube.com/watch?v=1J0OyQUlFG8



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FELICITY

Eu vivo preparada para as coisas mais absurdas do mundo, como amigos que são atingidos por um raio e passam a correr absurdamente rápido, uma droga que faz pessoa ficar louca, louca e super forte, ou um cara super lindo que aparece em meu trabalho me pedindo os favores mais estranhos do mundo. E talvez eu esteja preparada para enfrentar uma liga de assassinos sanguinários, e o psicopata de Merlin, mentira, esse ultimo eu estou preparada. Totalmente preparada.

Mas não é assim tão fácil quando nada está em risco além da sua felicidade. Eu era acostumada a solidão, acostumada a cuidar de mim mesma, mas então o cara super bonito e péssimo mentiroso me tirou da minha vida que havia acabado de voltar a calmaria. Oliver chegou em meu mundo e o virou de cabeça para baixo, todo o controle e proteção que eu criei para me proteger depois de Cooper desabou. Ele me fez querer ser mais outra vez, fazer muito mais do que apenas viver.

E com Oliver veio Diggle, Roy, Sara e até mesmo Barry que é a pessoas mais doce que conheço. Agora Connor que se tornou minha sanidade quando pensei não ter mais nada pela qual lutar. Eu não estava pronta para essas coisas, nenhuma dessas quando aconteceram, não estava pronta para ser amada da forma que eu sou, mas foi a melhor coisa que já me aconteceu na vida.

–Vamos ter um bebê. –ele diz me olhando nos olhos com o sorriso mais lindo do mundo em sua face. Sinto tudo em minha volta girar e sou tomada por um pânico sem precedentes, a expressão de felicidade de Oliver muda para preocupação quando ele percebe o que estava prestes a acontecer.

Eu corro para o banheiro me agachando na privada, para vomitar, provavelmente pela vigésima vez só hoje. Alguns segundos depois Oliver está segurando meu cabelo e acariciando minhas costas. –Está tudo bem, vamos ficar bem. –diz como um mantra.

–Como vamos ter essa criança com tudo o que está acontecendo Oliver? –arrasto meu corpo até a parede me encostando nela, ela dá descarga e se junta a mim, se sentando ao meu lado.

–Da mesma forma que fazemos com Connor, você não está sozinha nisso Felicity. –garante pegando minha mão, e sinto algumas lágrimas escorrerem por minha face. –O que realmente está te preocupando?

–Eu morro de medo todos os dias que você não volte, sinto muito Oliver, mas é uma merda isso. –respiro fundo e ele passa seu braço por meus ombros. –Tenho medo de alguém descobrir sua ligação com Connor e vir atrás dele. Pensar nisso me deixa aterrorizada.

–Eu sei. –Oliver beija o alto da minha cabeça enquanto eu choro em seu ombro. –Por isso precisamos melhor minha identidade, preciso ser um Oliver mais convincente. –me viro para o olhar nos olhos.

–Do que exatamente você está falando?

–Acho que ser apenas CEO e filantropo não é o bastante, eu andei pensando em algo mais elaborado.

–Como?

–Política. –volto correndo para o vaso e Oliver volta a segurar meus cabelos. –Não quero ter que mandar você, Connor e nosso bebê para longe, então passei os últimos dias buscando uma solução. Não vou mais perder nenhum de vocês Felicity, e se você consegue ser empresária, heroína e mãe. –sorrio me acalmando aos poucos com suas palavras. –Acho que eu posso ser herói, pai e quem sabe um político? –dou risada imaginando as desculpas que seriam necessárias para o tirar de uma reunião desse porte.

–Faria isso? –pergunto com a voz fraquinha.

–O que eu não faria, seria uma pergunta melhor. –Então percebo que estava tudo onde deveria estar.

–Queria te beijar agora... –sussurro o olhando.

–Pode beijar. –responde se aproximando de mim, mas eu me levando desviando dele.

–Eu acabei de vomitar Oliver, duas vezes. –o lembro abrindo a pia para enxaguar minha boca, cuspo a água umas duas vezes, não me dou por satisfeita, mas quando pego minha escova de dente e a pasta Oliver me vira colando seu corpo no meu. –Espera...

–Não. –responde beijando meus lábios, sinto suas mãos sob minha regata e agora acariciando meu ventre, ele separa nossos lábios e se abaixa beijando minha barriga lisa. –Vai ser legal te conhecer. –sorrio o vendo conversar com um provável feto, não estou totalmente convencida ainda. Mas sua voz era encharcada de carinho, de uma forma que eu nunca tinha visto antes. -Temos que contar para Connor e os outros. –fala se levantando novamente.

–Ou, calma ai Robin Hood! –Oliver dá risada do apelido novo. –Me deixe fazer um exame, vai que é só uma virose.

–Você não acredita em viroses. –revida me encarando.

–Não, mas você sim.

–Okay, se é disso que precisa, faça seu exame. –dá de ombros voltando para nosso quarto e eu me viro para a pia novamente para escovar meus dentes. –Quero ver sua cara quando descobrir que eu estou certo! –grita do outro lado da porta.

–Seria a primeira vez. –provoco. Enxáguo minha boca e volto para o quarto agora me sentindo muito melhor, deito em seu ombro e seus braços me envolvem imediatamente. Oliver?

–Sim?

–Podemos contar apenas para Connor antes do casamento?

–Por quê?

–Eu já estou enlouquecendo com tudo o que vou precisar resolver, não quero todo mundo me rodeando por algo alem do fato de que sou a noiva.

–Isso quer dizer que você concorda com o fato de que está grávida? –ele provoca segurando o riso.

–Você é um idiota.

–O idiota que você ama, alias, minha teoria é que você se apaixonou por mim justamente por eu ser um idiota.

–Não se engane Oliver, a escalada de salmão tem oitenta por cento do crédito. –revido e ele não pode conter a risada.

–E os outros vinte? –se vira para me olhar nos olhos.

–Por esse motivo. –coloco minha mão sobre seu coração que batia descompassado. –Você é a melhor pessoa que eu conheço.

–Nesse caso o credito é no mínimo setenta por cento seu. –suspiro feito uma adolescente apaixonada me inclinando para beijá-lo, mas quando me aproximo lá vem o enjôo de novo e preciso correr para o banheiro com ele atrás de mim.

–Olha bebê, nos precisamos entrar em um consenso. –o escuto dizer segurando meu cabelo. –Com tanta coisa minha para você puxar, monopolizar sua mãe não é uma delas.

OLIVER

Agora eu estava de volta a sociedade legalmente falando, pela segunda vez. A boate estava decorada com arranjos de orquídeas brancas e alguns que pendiam do teto, a minha frente alguns amigos, como Cisco, Caitlin, Roy, Lyla, Steve e familiares como minha irmã e Donna em um vestido vermelho e extravagante. Laurel estava atrás de mim, com os papeis que tornariam meu casamento legal, e só agora eu me dou conta que a pessoa que me casaria é a minha ex namorada e depois disso, ex cunhada. Sorrio com esse pensamento, aceitando minha sina, nada na minha vida jamais será normal.

–Pai? –Connor estava ao meu lado vestindo um smoking parecido com o meu, o que o tornava uma espécie de miniatura infantil minha. –Por que está demorando tanto? –questiona impaciente como só uma criança pode ser.

–Falta a madrinha. -respondo olhando para Caitlin que balança a cabeça em sinal negativo. ‘Desculpe’. –mexe os lábios sem emitir som.

Nesse momento a boate parece ter sido invadida por uma ventania imensa. –A madrinha acabou de chegar. –corrijo para Connor que tem seus olhos iluminados, não sei mais como vou conseguir manter segredos desse garoto.

–Maneiro! –exclama me fazendo dar risada.

–Não se anima muito não.

–Você é mais maneiro pai. –fala revirando os olhos.

–E você é muito novo para ser sarcástico...

–Vai começar! –Laurel bate palmas chamando a atenção de todos.

Quando suas pernas não funcionarem mais como antes, e eu não puder carregá-la no colo. Sua boca ainda se lembrará do sabor do meu amor? E seu sorriso ainda chegará de ponta a ponta?

Barry começa a descer as escadas seguindo pelo tapete branco que foi colocado no caminho até o altar improvisado. Ele sorri para mim e pisca para Connor que tinha a boca aberta em um “o” perfeito, vendo a “madrinha” de Felicity parar de frente para ele no altar. –Você está bem? –pergunto em voz baixa.

–Tudo resolvido agora. –dá de ombros. –Desculpe o atraso.

–Não seria você se não atrasasse... –Mas parei de falar assim que a vi ao lado de Diggle que a segurava cheio de orgulho.

E querida, eu te amarei até que tenhamos setenta anos. E eu ainda estarei apaixonado como se tivesse vinte e três. E fico pensando como as pessoas se apaixonam de jeitos esquisitos, talvez por um simples toque. Bem, eu me apaixono por você todos os dias, só quero dizê-la quem eu sou.

Nossos olhos se encontram e vejo meu sorriso espelhado no dela, vejo quando ela para de frente para mãe e a entrega uma das begônias brancas de seu buquê, antes de voltar a seguir com Diggle em minha direção. “Então querida, leve-me aos seus braços amorosos, beije-me sobre a luz de milhares de estrelas, descanse sua cabeça sobre meu coração. Estou pensando em voz alta, e talvez encontramos o amor bem aqui.”

Diggle coloca a mão dela sobre a minha, eu um gesto tradicional de um pai entregando sua filha, e me encara de forma ameaçadora fazendo Felicity dar risada quando ele beija seu rosto e aperta minha mão, antes de se sentar ao lado da mulher que tinha a filha nos braços. –Oi. –sussurro para Felicity ao meu lado.

–Oi. –sorri da forma mais linda que já vi em minha vida.

–O que eu posso dizer a respeito do Oliver e Felicity? –Laurel começa a dizer. –Passei os últimos dias pensando nisso, e descobri que não tenho o que dizer, não posso falar mais dos dois separados, por que não consigo pensar em como seria algo desse tipo. Eu conheço o Oliver minha vida toda, e posso dizer que ele é melhor com Felicity, e não conheço Felicity a tanto tempo assim, mas posso ver o quanto ela o ilumina, o quanto ela faz isso em todos nós. –Felicity sorri para Laurel que sorri de volta. –Podem trocar os votos!

–Eu pensei a respeito da conversa que tivemos a alguns dias. –começo a dizer olhando em seus olhos, segurando suas mãos tremulas. –Sobre a forma que nos apaixonamos...

–A história de ver você malhando era brincadeira. –sussurra me interrompendo e Barry que estava mais próximo tosse para disfarçar a risada.

–Não era disso que eu estava falando.

–Ah, tudo bem, desculpe. Não vou mais interromper, por favor, continue. –as pessoa riam divertidas da confusão dela. –Como nos apaixonamos.

–Eu descobri que não sei dizer o momento exato em que me apaixonei por você, mas sei que no momento em que entrei em seu escritório pela primeira vez você me mudou. E continuou mudando todos os dias depois desse, sei quem eu era antes de você, não gosto daquele cara, mas ao seu lado sei que posso ser o que quiser, por que tenho seu apoio. E quando eu estiver sem mais forças para lutar, provavelmente sem alguma parte do meu corpo, sei que vai me amar do mesmo jeito. Prometo que não vou a lugar nenhum, mas se for obrigado a ir sempre vou voltar para você e para nossa família. –olho para Connor por sobre seus ombros que sorri para mim.

“Continuarei cometendo os mesmos erros, espero que você entenda.”

–Só o que eu poderia pedir. –ela responde com um sorriso amoroso. –Não tem muito a te dizer que eu já não tenha falado. Por querer ou não. –dou risada ao perceber que mesmo agora ela parecia falar sozinha. –As pessoas se apaixonam de formas estranhas, e talvez, só talvez eu possa ignorar toda a lógica em minha mente e pensar que isso é parte de um plano maior. Você me deu coisas maravilhosas. –ela se vira olhando para Connor e depois passa os olhos em nossos amigos. –Obrigada por isso. Também não vou a lugar algum, e prometo ser sempre sua parceira e te amar mesmo quando te odiar. –dou risada. –Por toda a nossa vida.

–Eu te amo. –digo preso em seus olhos.

–Eu te amo.

Então sinto meu celular vibrando em meu bolso e o toque do telefone de Felicity no bolso de Barry. Laurel tira o dela da pequena bolsa que estava sobre o pedestal a sua frente. Eu olho para ela esperando um diagnóstico da situação e seu rosto se torna branco. –Oliver, você aceita Felicity como sua esposa? –fala rapidamente.

–Sim.

–E você? –pergunta para Felicity.

–Aceito.

–Então assinem aqui. –coloca os papeis em nossa frente e fazemos o que ela pediu.

–Pelo poder a mim investido, os declaro marido e mulher. Não vai dar tempo de beijar a noiva. –sussurra a ultima parte. –O centro de Starlling está em chamas, e existem pessoas sendo mantidas como reféns em um prédio, parece que a única exigência é que o Arqueiro vá resgatá-las.

–Mãe, preciso que leve Connor para casa. –diz imediatamente. –Steve, pode ir com eles?


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Notas finais do capítulo

Se casaram!
Eu sei que foi um tanto corrido e embolado no final, mas fazer o que meu povo? Esse homem é um herói.
Me contem o que acharam do capítulo, e preciso agradecer a compreensão de todos quanto as postagens, vocês são os melhores.
E como sempre agradecer a minha "tampinha" que leu o capítulo para me dar aquele apoio moral de sempre.